Wagner Montes

Wagner Montes
Wagner Montes
Deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro
Período Morreu antes de tomar posse
Deputado estadual do Rio de Janeiro
Período 1º de janeiro de 2007
até 26 de janeiro de 2019
Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro
Período 21 de novembro de 2017
até 4 de fevereiro de 2018
Antecessor(a) Jorge Picciani
Sucessor(a) André Ceciliano
Dados pessoais
Nascimento 18 de julho de 1954
Duque de Caxias, RJ
Morte 26 de janeiro de 2019 (64 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Esposa Sônia Lima (1987–2019)
Partido PDT (2001-2011)
PSD (2011-2013)
Republicanos (2013-2019)

Wagner Montes dos Santos (Duque de Caxias, 18 de julho de 1954Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2019) foi um advogado, jornalista, jurado e apresentador de rádio e televisão e político brasileiro filiado ao Republicanos. Era deputado estadual do Rio de Janeiro e foi presidente em exercício da Alerj.[1][2][3] Desde 2003 apresentava os programas jornalísticos populares da RecordTV Rio.[4]

Biografia e carreira

Formado em direito pela Universidade Gama Filho, começou sua carreira na rede Tupi, primeiro como repórter policial na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro, em 1974[5] e depois, em 1979, como apresentador do programa Aqui e Agora da TV Tupi. Em 1981, após rápida carreira no cinema (fez A Morte Transparente, em 1978 e A Pantera Nua, em 1979), foi contratado por Silvio Santos para trabalhar na TVS, emissora que estava inaugurando (mais tarde mudaria o nome para SBT), onde permaneceu por dezessete anos.

No SBT participou de programas como O Povo na TV, Jornal Policial, Clube dos Artistas, Musicamp e Musidisc, além de ter sido jurado do Show de Calouros.[6] Em 5 de novembro de 1981, sofreu um acidente de triciclo na Zona Sul carioca e precisou amputar a perna direita.[7] Também já foi cantor e gravou quatro discos. Uma de suas canções mais famosas foi "Me Use, Abuse e Lambuze". Mas segundo ele mesmo dizia, cantava muito mal e depois abandonou a música. Namorou a miss Catia Pedrosa, com quem teve um filho, o político Wagner Montes. Casou-se com a atriz Sônia Lima em 1987, com quem teve seu segundo filho, o ator Diego Montez.

Em 1990, candidatou-se a deputado estadual pelo PTB, recebendo 11 041 votos, embora não tenha sido eleito, assumiu uma vaga de suplente, no final do mandato, seu nome foi citado em uma lista de doações do bicheiro Castor de Andrade, algo que ele negou.[8]

Também trabalhou nas rádios Record e América em São Paulo, e na Manchete, no Rio de Janeiro. Em junho de 1997 foi contratado pela CNT, onde comandou os programas 190 Urgente, Na Boca do Povo e Em Cima do Fato. Na mesma emissora, por algum tempo, comandou o Programa Wagner Montes. Na CNT lançou ainda o programa Novos Talentos, que ia ao ar todo sábado, dando oportunidade a novos artistas.

Em 2003 foi para a TV Record. Apresentou os programas jornalísticos locais Verdade do Povo, Cidade Alerta Rio, RJ no Ar e, finalmente, o Balanço Geral - sendo o primeiro apresentador da versão carioca, antes do noticiário se tornar uma marca nacional da Rede Record, com versões na maioria dos estados do país. No comando do Balanço, Wagner deixou a Record do Rio de Janeiro na liderança de audiência na hora do almoço, obrigando os concorrentes, inclusive a TV Globo, a mudar o tom da cobertura jornalística local; antes fria, passou a ser mais popular.[4][9]

Nas eleições de 2006, afastou-se da televisão para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Foi o terceiro deputado estadual mais votado no estado do Rio de Janeiro e o mais votado na legenda do PDT, com mais de cem mil votos. Após a eleição, voltou ao Balanço Geral local. Em fevereiro de 2007 inaugurou sua coluna semanal Escraaaacha!, publicada às sextas-feiras no Jornal carioca Meia-Hora. O nome da coluna faz referência ao bordão que popularizou na TV e no rádio. A partir de 14 de setembro de 2008 sua coluna foi rebatizada "Balanço Geral" e passou a ser publicada nas edições de segunda, quarta e sextas-feiras do mesmo Jornal Nas eleições de 2010, reelegeu-se à Alerj, pelo PDT, com a expressiva votação de 528 628 votos, tendo sido o candidato mais votado naquele ano.[10] Nas eleições de 2014, reelegeu-se à Alerj, pelo PSD, para o mandato 2015–2019, com a expressiva votação de 208 814 votos, tendo sido o segundo candidato mais votado naquele ano.[11]

Em março de 2015, Montes deixa o Balanço Geral RJ e assume o Cidade Alerta RJ.[12] Logo nos primeiros meses elevou a audiência da emissora no horário.[13] Em abril desse mesmo ano, votou a favor da nomeação de Domingos Brazão para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, nomeação que foi muito criticada na época.[14] Em dezembro de 2015, o apresentador foi afastado do programa por problemas de saúde, por não ter seguido as orientações médicas de repouso depois de uma cirurgia de implante dentário.[15] Em março de 2016, anunciou sua filiação ao PRB.[16] Em maio desse mesmo ano, retornou ao comando do Cidade Alerta RJ.[17]

Em 2017, começou a apresentar problemas de saúde devido ao seu excesso de peso. Chegou a apresentar o Cidade Alerta sentado e internar-se para tratamento. Enfrentou problemas vasculares, chegando a ser visto nas sessões da Alerj sentado numa cadeira de rodas. Mais uma vez, foi internado e, em julho de 2017, recebeu alta após 39 dias de internação, passando a apresentar o Balanço Geral RJ Manhã[18][19]

Na ALERJ, em fevereiro de 2017, votou contra a privatização da CEDAE proposta pelo governador Luiz Fernando Pezão e seus aliados. Apesar de seu voto contrário, a proposta acabou sendo aprovada pela maioria dos deputados presentes.[20] Em novembro de 2017 Wagner Montes tornou-se presidente em exercício da ALERJ, após a prisão do deputado Jorge Picciani.[21][22] O primeiro desgaste de Wagner Montes com aliados de Picciani ocorreu quando ele votou a favor da permanência da prisão dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi e ainda, como presidente em exercício da ALERJ, não assinou o comunicado em que a Assembleia notificava o Tribunal Regional Federal, da 2ª Região (TRF-2), sobre a soltura dos três deputados após votação realizada em suas dependências. Segundo o jornal O Globo, Wagner Montes pretendia deliberar sobre uma agenda positiva para a Assembleia.[23] Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal pelo PRB, tendo sido eleito com 65 868 votos.[24]

Wagner Montes morreu aos 64 anos no Rio de Janeiro, na manhã de 26 de janeiro de 2019, depois de dois dias de internação para tratamento de uma infecção urinária. Em novembro de 2018 havia sofrido um infarto, tendo se recuperado.[25]

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Referências

  1. Alerj (2014). «Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro». Consultado em 9 de setembro de 2014 
  2. «Após ser solto, Jorge Picciani anuncia licença da Alerj para cuidar da defesa». G1. 19 de novembro de 2017. Consultado em 30 de dezembro de 2017 
  3. «Alerj terá terceiro presidente em duas semanas - Política». Estadão. Consultado em 26 de junho de 2020 
  4. a b «Wagner Montes: de jurado do 'Show de calouros' a presidente da Alerj». O Globo. 16 de novembro de 2017. Consultado em 17 de novembro de 2018 
  5. Folha OnLine (13 de setembro de 2007). «Para Wagner Montes, "Pedro de Lara era como um pai"». 13/09/2007. Consultado em 29 de julho de 2010 
  6. Valéria Souza - Meia Hora (27 de fevereiro de 2009). «Esse Sangue é Bom!, secção da coluna Babado». 27/02/2009. Consultado em 29 de julho de 2010 
  7. Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro. «Wagner Montes - Biografia». Consultado em 8 de novembro de 2016 
  8. Parte comunicador, parte político, Wagner Montes herda a presidência da Alerj em meio a problemas de saúde
  9. «O Balanço que balança a Globo». Observatório da Televisão. 19 de novembro de 2017. Consultado em 17 de novembro de 2018 
  10. «UOL - Eleições 2010 - Apuração - Rio de Janeiro». Consultado em 6 de outubro de 2010 
  11. Lauro Jardim. «Renovação da Alerj é de 40%, mas PMDB domina». 06/10/2014. Consultado em 2 de março de 2016 
  12. Gabriel Vaquer (18 de março de 2015). «RJ: Wagner Montes deixa "Balanço Geral" para assumir o "Cidade Alerta"». Na Telinha 
  13. Gabriel Vaquer (18 de março de 2015). «RJ: Wagner Montes eleva audiência do "Cidade Alerta" RJ». Na Telinha 
  14. Pedro Zuazo (29 de abril de 2015). «Conselheiro vapt-vupt: veja quem votou em Brazão para o TCE». Jornal Extra. Consultado em 8 de dezembro de 2016 
  15. Gustavo (16 de dezembro de 2015). «RJ: Wagner Montes é afastado do "Cidade Alerta" após problemas de saúde». Almanaque Midia. Consultado em 2 de março de 2016. Arquivado do original em 6 de março de 2016 
  16. Fabiana Paiva (18 de março de 2016). «Wagner Montes troca o PSD pelo PRB de Marcelo Crivella». Extra. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  17. Daniel Castro (13 de maio de 2016). «Há seis meses na geladeira, Wagner Montes volta como George Clooney». Noticias da TV. Consultado em 15 de maio de 2016 
  18. Pernambuco, Diario de (25 de julho de 2017). «Após 39 dias na UTI e cinco meses afastado, Wagner Montes volta à TV». Diario de Pernambuco 
  19. «"Eu nunca abandonei minha fé", desabafa Wagner Montes em sua volta à TV». https://m.natelinha.uol.com.br. Consultado em 18 de setembro de 2017 
  20. G1 (20 de fevereiro de 2017). «Saiba como votou cada deputado sobre a privatização da Cedae e veja opiniões». Consultado em 18 de setembro de 2017 
  21. «Após ser solto, Jorge Picciani anuncia licença da Alerj para cuidar da defesa». G1. Globo.com 
  22. «Com crise no Rio, Wagner Montes, da Record, pode assumir presidência da Alerj». RD1 
  23. «'Aliados de Picciani já não garantem votos necessários para revogar prisões de deputados': Resultado de votação em nova sessão plenária seria hoje diferente após repercussão negativa». O Globo 
  24. «Deputados federais eleitos no RJ; veja lista». G1 
  25. Na Telinha (26 de janeiro de 2019). «Morre o apresentador Wagner Montes». Universo Online 

Em formação

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