Como jogador, atuou por Flamengo, Internacional e Botafogo, tendo passado pela base do Botafogo e iniciado a carreira no Flamengo.
Lidera a lista de treinadores ganhadores de campeonatos estaduais no século XXI, com nove conquistas, empatado apenas com Givanildo Oliveira.[5] Na carreira, possui 14 campeonatos estaduais (além de uma copa estadual), empatando com Maurício Simões e atrás somente de Givanildo.[6][7] Foi campeão em todos os quatro estados do Sudeste, sendo o maior campeão de estaduais da região (treze títulos) e do Paulistão (nove títulos).[8]
É o treinador com mais títulos de Brasileirão (cinco títulos; empatado com Luís Alonso Pérez), ao qual é também o mais vitorioso, com 350 vitórias.[9] Outro recorde é o de mais títulos oficiais pelo Palmeiras (oito títulos; empatado com Abel Ferreira).[8] Treinou grandes equipes do futebol brasileiro e a Seleção Brasileira, além de uma passagem pelo Real Madrid.
Foi introdutor do esquema tático 4-1-4-1 no futebol brasileiro.[10] Em 1999, foi eleito o melhor treinador de Seleções do mundo pela IFFHS.[11]
Carreira como jogador
A carreira de jogador de futebol não foi tão marcante como a de técnico. Despontou no futebol como lateral-esquerdo no time de juvenis (atual Sub-20) do Flamengo de 1971, que revelaria também os zagueiros Rondinelli e Jayme de Almeida, o goleiro Cantareli e ninguém menos do que Zico. Subiu aos profissionais do Flamengo em 1972, e permaneceu na equipe carioca até 1978.[12] Neste período, teve como grande concorrente na posição o lateral Júnior, revelado em 1974 também nos juvenis do rubro-negro, considerado um dos maiores jogadores da história do Flamengo e da Seleção Brasileira.[13]
Depois de deixar a equipe rubro-negra e atuar pelo Internacional em 1978, teve uma passagem pelo Botafogo, onde jogou até 1980, quando uma contusão no joelho o afastou dos gramados.
Depois de passagens por outros clubes brasileiros e do futebol árabe, foi no Bragantino que conseguiu seu primeiro grande feito, conquistando dois títulos: a Série B do Campeonato Brasileiro de 1989 e o Campeonato Paulista de 1990.
Palmeiras
Sua primeira conquista em um grande clube como técnico aconteceu em 1993, quando foi campeão do Campeonato Paulista daquele ano pelo Palmeiras, encerrando um jejum de 17 anos do alviverde no estadual. O título, alcançado com uma vitória por 4 a 0 sobre o maior rival da equipe alviverde, o Corinthians, foi um dos mais importantes da história do clube, pois interrompeu um jejum de 16 anos sem títulos.[17] No mesmo ano, Luxemburgo levaria o Palmeiras aos títulos do Torneio Rio-São Paulo e do Campeonato Brasileiro. Em 1994, foi bicampeão paulista e brasileiro.[18][19]
Breves passagens por Flamengo e Paraná e retorno ao Palmeiras
Depois de breves passagens por Flamengo e Paraná, em 1995, retornou no mesmo ano ao Palmeiras, conquistando em 1996 mais um título do Campeonato Paulista, este marcado pela maior campanha de uma equipe no estado na era profissional, com um ataque arrasador de mais de 100 gols marcados.[20]
Apesar de passagens vitoriosas nos times com grandes jogadores montados, teve problemas no período que treinou a Seleção, sofrendo ao ser flagrado utilizando documentação falsa e com um processo de sonegação fiscal. Por esta razão, mudou seu nome de Wanderley (artístico) para Vanderlei (original). Sua saída do selecionado brasileiro ficou marcada pela eliminação da equipe nas Olimpíadas de 2000, quando o Brasil foi derrotado por Camarões nas quartas de final.[22][23]
Retorno ao Corinthians
Em 2001, de volta ao Corinthians, levou a equipe alvinegra a mais um título do Campeonato Paulista.[24]
Palmeiras (terceira passagem)
Teve uma passagem rápida e conturbada pelo Palmeiras em 2002, sendo responsabilizado por parte da torcida pela queda da equipe para a segunda divisão do futebol brasileiro, em virtude da dispensa de alguns jogadores de posições importantes logo no início do Campeonato Brasileiro, pouco antes de sua saída do clube para o Cruzeiro.
Cruzeiro
Chegou ao Cruzeiro no dia 13 de agosto de 2002.[25] Comandou sua primeira partida oficial no empate em 0 a 0 contra o Botafogo.
Sua última partida foi um empate de 0 a 0 contra o Uberaba em casa. Após a partida, em que o time celeste esteve muito mal, Luxemburgo disse que havia problemas internos e que faltava sintonia no clube. No dia 27 de fevereiro de 2004, teve sua demissão anunciada.[27]
Santos (segunda passagem)
Em 2004, de volta ao Santos, conquistou o Campeonato Brasileiro daquele ano. Além dos atacantes Robinho e Deivid, os principais destaques da equipe naquele ano foram os meias Diego e Elano.
Real Madrid
Deixou o time do Santos em dezembro de 2004, sendo anunciado pelo Real Madrid. O resultado foi uma malograda passagem, com Luxemburgo sendo demitido no dia 4 de dezembro de 2005, após entrar em conflito com alguns medalhões (conhecidos como Galácticos) do time.[28] Dez dias depois, foi anunciado o retorno do técnico à equipe santista.
Santos (terceira passagem)
Em seu retorno ao Santos, conquistou nos dois anos seguintes o título do Campeonato Paulista.[29]
Em 2006, um caso folclórico: Num clássico contra o Corinthians, para confundir o técnico adversário, além de não divulgar a escalação do time, ele mandou a campo com 12 jogadores. O zagueiro Domingos e o atacante Geílson entraram mudos em campo. Nenhum dos dois falou quem jogaria. Os jogadores ficaram ao lado do mesário mentindo que assinavam a súmula. Esse "teatro" só foi encerrado quando o juiz exigiu que o Santos ficasse com 11 em campo: Geílson foi para o banco de reservas e Domingos seguiu no gramado.[30]
Em 2007 levou a equipe às semifinais da Copa Libertadores da América, mas foi eliminado pelo Grêmio. A falta de uma conquista de torneio internacional interclubes é justamente uma das maiores frustrações do técnico.
“
As pessoas me criticam por eu nunca ter conquistado uma Libertadores. Mas isso não me machuca. Dizem que para se vencer Libertadores tem de dar pontapé, praticar anti-jogo. Eu prefiro buscar esse título jogando futebol envolvente e bonito, como todas as minhas equipes têm demonstrado.[31]
”
— Resposta de Vanderlei após a eliminação do Santos para o Grêmio na semifinal da Libertadores de 2007
Palmeiras (quarta passagem)
Em 2008, voltou ao Palmeiras, onde conquistou mais um título do Campeonato Paulista.[32] A equipe alviverde não vencia um campeonato desde 2000, e não conquistava o torneio estadual desde 1996.
Para a volta das quartas de final da Copa Sul-Americana, contra o Argentinos Juniors, fora de casa, Luxa mandou um time reserva, poupando em razão do Brasileirão. O diferente é que, além não ter viajado junto à equipe, o treinador comentou a partida na transmissão da Rede Globo.[33] O Palmeiras, que havia sido derrotado por 1 a 0 no Brasil, perdeu por 2 a 0 em Buenos Aires e foi eliminado sob o comando do auxiliar Nei Pandolfo.[34]
Em 2009, depois de ser eliminado mais uma vez da Copa Libertadores da América, desta vez nas quartas de final, as críticas da torcida palmeirense aumentaram em relação a Luxemburgo, que era questionado por suas interferências na equipe fora do campo, com a indicação de jogadores que não agradaram os torcedores.
No dia 26 de junho, às 00h44, Vanderlei anunciou no seu Twitter e no seu blog que havia sido demitido pelo Palmeiras. A publicação no Twitter dizia: "Não sou mais técnico do Palmeiras. Fui demitido por discordar (sic) das atitudes do Keirrison". A decisão da saída do técnico ocorreu após uma longa reunião no dia anterior. Segundo o clube, o motivo foi a quebra de hierarquia do treinador, ao falar sobre a transferência do atacante Keirrison para o Barcelona. Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol do Palmeiras, relatou que a decisão "não teve nada a ver com a eliminação na Libertadores".[35]
Santos (quarta passagem)
No dia 17 de julho de 2009, acertou seu retorno ao Santos.[36] Com um resultado fraco no Campeonato Brasileiro (a pior que teve no comando da equipe da Vila Belmiro), conseguindo apenas a décima segunda colocação, deixou o time em dezembro.[37]
Atlético Mineiro
Luxemburgo acertou sua ida para o Atlético Mineiro no dia 8 de dezembro de 2009,[38] fechando um contrato de dois anos com o clube e rejeitando propostas de CSKA Moscou e Internacional. No dia seguinte, foi apresentado oficialmente na sede administrativa, em entrevista coletiva. Mesmo debaixo de chuva, mais de 100 torcedores compareceram para acompanhar a apresentação do treinador.[39] Em 2 de maio de 2010, quando estava há cinco meses no comando da equipe, venceu o Campeonato Mineiro, em final contra o Ipatinga.[40] No entanto, após o título estadual e a eliminação na Copa do Brasil nas quartas de final, a equipe não obteve bons resultados no Campeonato Brasileiro.
Luxemburgo foi demitido no dia 24 de setembro, logo após uma derrota por 5 a 1 contra o Fluminense que deixou o Atlético na zona de rebaixamento para a Série B. Posteriormente, o então presidente do clube, Alexandre Kalil, revelou que o elenco havia "derrubado" o treinador, em entrevista para um programa de TV.[41] O técnico comandou o Galo em 53 jogos durante toda a temporada, alcançando 22 vitórias, 12 empates e 19 derrotas.[42]
Palmeiras
O treinador acertou seu retorno ao Palmeiras em dezembro de 2007, sendo essa a sua quarta passagem pelo clube.[43] Logo de cara, conquistou o Campeonato Paulista, título que o clube não conquistava há anos.[44] Com o título, Luxemburgo chegou ao seu oitavo título paulista na carreira.[45] A equipe terminou o ano de 2008 em quarto lugar no Campeonato Brasileiro, classificando-se para a Copa Libertadores da América.[46]
Na competição continental, o Palmeiras viria a ser eliminado nas quartas de final para o Nacional por conta do critério do gol fora de casa. As duas equipes empataram em 1 a 1 no jogo de ida, realizado no Palestra Itália, e empataram em 0 a 0 no jogo de volta.[47] Em junho, o treinador afirmou ter ficado incomodado com o fato do atacante Keirrison, que estava negociando com o Barcelona, não ter lhe telefonado para dizer que não iria ao treino. Luxemburgo também disse que caso a negociação do atacante não fosse concretizada, o jogador não atuaria mas sob o seu comando.[48] Após essas declarações, o Palmeiras demitiu Luxemburgo, alegando que o treinador quebrou uma hierarquia do clube.[49]
Flamengo
No dia 5 de outubro de 2010, Luxemburgo aceitou a proposta do Flamengo para assumir o comando técnico, fechando um contrato de dois anos com o clube da Gávea.[50] A missão do treinador era evitar o rebaixamento do clube carioca, missão que ele conseguiu completar, terminando o campeonato na 14ª colocação.[51]
Em 2011, Luxemburgo ganhou reforços da diretoria, que queria ver a equipe brigando por títulos. Os principais reforços foram os meias Ronaldinho Gaúcho[52] e Thiago Neves.[53] Esteve invicto no comando do Flamengo em 26 jogos, superando a marca do memorável técnico rubro-negro Carlinhos, de 20 jogos. No dia 1 de maio, Luxemburgo conquistou a Taça Rio e o Campeonato Carioca, pois já havia sido campeão da Taça Guanabara.[54] O treinador terminou o Campeonato Brasileiro na quarta colocação, levando o Flamengo para a Pré-Libertadores.[55]
No dia 2 de fevereiro de 2012, o treinador teve sua demissão anunciada pelos dirigentes do clube carioca.[56] O motivo da demissão era o desentendimento com Michel Levy, vice-presidente de finanças do clube, e com Ronaldinho. O desentendimento com Levy foi por defender os jogadores que cobravam salários atrasados, e com Ronaldinho por não gostar da atitude do jogador, que declarou que não entraria em campo por não receber parte do salário desde agosto de 2011.[57]
Grêmio
Foi anunciado como novo técnico do Grêmio no dia 21 de fevereiro de 2012. Na estreia pelo Tricolor Gaúcho, Luxemburgo viu a equipe ser eliminada da Taça Piratini, o primeiro turno do Campeonato Gaúcho, pelo Caxias, fora de casa, nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Na noite de 21 de novembro, o treinador renovou com o Tricolor por mais duas temporadas.[58]
Em 29 de abril de 2013, após se envolver numa confusão no jogo contra o chileno Huachipato, pela Libertadores, Luxa foi suspenso por seis jogos na competição sul-americana.[59] No dia 29 de junho, apesar da boa campanha no Campeonato Brasileiro, o técnico foi demitido.[60] A equipe vinha apresentado desempenho irregulares em competições de mata-mata, como quedas na Copa do Brasil de 2012, Copa Sul-Americana de 2012, Campeonato Gaúcho de 2013 e principalmente a eliminação nas oitavas de final da Libertadores de 2013. Segundo o diretor executivo do clube, Rui Costa, Luxa deixou o Tricolor pela "porta da frente". Ainda segundo Rui, chegou o momento que a diretoria avaliou e que precisavam de fato novo para a retomada do campeonato.[61]
Fluminense
No dia 30 de julho de 2013, Vanderlei Luxemburgo aceitou a proposta do patrocinador para assumir o comando técnico do Fluminense, fechando um contrato de seis meses com o clube das Laranjeiras.[62] Em sua estreia no tricolor, venceu o Cruzeiro por 1 a 0.[63]
No primeiro mês comandando o Fluminense, em agosto, foi irregular, sem ter uma boa sequência de vitórias. Já em setembro, tudo mudou. O time ficou invicto, vencendo quatro partidas e empatando três.[64] Diferente de setembro, outubro foi péssimo. O time não venceu um jogo sequer e, após perder para o Vitória, no dia 27 de outubro, o cargo de Luxemburgo foi ameaçado.[65] No dia 29 de outubro, sites confirmavam a demissão do técnico como certa, mas no dia 30 o clube resolveu manter o técnico até o próximo jogo, no dia 3 de novembro, contra o Flamengo. O Fluminense perdeu por 1 a 0, com gol contra do zagueiro Gum, aos 44 minutos do segundo tempo.[66] A derrota causou revolta a muitos tricolores e, horas depois do jogo, houve uma invasão na sede do clube.[67] Para muitos, era o último jogo de Luxemburgo pelo Fluminense, mas a diretoria do clube deu um voto de confiança ao treinador. Segundo o presidente, apesar da derrota, o time evoluiu em relação às últimas partidas.[68] Antes do jogo seguinte, contra o Corinthians, Luxemburgo afirmou que salvar o Fluminense do rebaixamento seria a conquista mais importante de sua carreira. O treinador também disse que só sairia do Fluminense se fosse mandado embora.[69]
“
Trocaria meus títulos para manter o Fluminense na primeira divisão.[70]
”
— Vanderlei Luxemburgo
Em 10 de novembro a equipe perdeu outro jogo, contra o Corinthians, acumulando nove jogos sem vitória.[71][72] No dia seguinte, o Fluminense anunciou a demissão do treinador. Luxemburgo disse que foi pego de surpresa.[73]
Horas depois da demissão, o treinador esteve presente no programa Bem, Amigos!, do canal por assinatura SporTV. O treinador disse que havia feito um acordo com o diretor executivo do Fluminense antes do jogo, que independente do resultado, permaneceria no clube, mas o acordo não foi cumprido. Luxemburgo disse também ter certeza de que o Fluminense não seria rebaixado.[74] O treinador teve um desempenho fraco nas Laranjeiras, com 26 jogos, sete vitórias, nove empates e 10 derrotas.[73]
Flamengo (quarta passagem)
Acertou seu retorno ao Flamengo no dia 23 de julho de 2014, que então se encontrava na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.[75][76] Conseguiu levar a equipe ao 10° lugar. Neste mesmo ano, levou o rubro-negro carioca às semifinais da Copa do Brasil, mas acabou sendo eliminado pelo Atlético Mineiro, que seria o futuro campeão da competição, pelo placar de 4 a 1 (4 a 3 no agregado). Luxa foi criticado pela substituição de Éverton pelo jovem Mattheus, ocorrida quando o jogo ainda estava em 2 a 1.[77][78]
Já em janeiro de 2015, conquistou em Manaus o Torneio Super Series. Durante o Campeonato Carioca, chegou a ser suspenso por duas partidas pelo STJD por declarações críticas a FERJ.[79] Após a terceira rodada do Campeonato Brasileiro, com a equipe conquistando apenas um ponto, foi dispensado.[80]
Cruzeiro (segunda passagem)
Nove dias após a saída do Flamengo, foi contratado pelo Cruzeiro no dia 2 de junho, assinando por um ano e meio com o clube mineiro.[81] Pouco mais de dois meses depois, foi demitido no dia 31 de agosto, após uma derrota por 1 a 0 para o Santos, no Mineirão.[82]
Tianjin Quanjian
Em 24 de setembro de 2015, assinou com o clube chinês Tianjin Songjiang (depois rebatizado como Tianjin Quanjian), da segunda divisão do campeonato nacional chinês, por uma temporada.[83] Estreou em março de 2016 com vitória,[84] porém foi demitido em 5 de junho quando a equipe encontrava-se apenas na oitava posição na tabela e longe da zona de acesso a primeira divisão.[85]
No dia 8 de maio de 2019, assinou com o Vasco da Gama até o fim do ano.[90]
Após uma campanha regular no Campeonato Brasileiro, Luxemburgo dava indícios de que prosseguiria no Cruzmaltino em 2020. Porém, no dia 13 de dezembro, deixou o comando do clube.[91]
Palmeiras (quinta passagem)
Em 15 de dezembro de 2019, acertou por duas temporadas com o Palmeiras, sendo sua quinta passagem pelo clube.[92]
Ainda no início de 2020, o treinador conquistou a Florida Cup,[93] um torneio não oficial de pré-temporada realizado nos Estados Unidos. Foi nesse torneio, inclusive, que Luxemburgo subiu jogadores como Gabriel Menino e Patrick de Paula, que viriam a ser muito importantes para o clube alviverde no ciclo que se iniciava.
Com a pandemia de COVID-19, o trabalho foi interrompido e retornou no mês de julho. Apesar de não apresentar um futebol que agradava a torcida, a equipe conquistou o Campeonato Paulista no dia 8 de agosto, após vencer o Corinthians nos pênaltis.[94] O primeiro jogo da final terminou empatado em 0 a 0, e o segundo empatado em 1 a 1. Com a conquista, superou Lula e chegou ao nono título do Paulistão, tornando-se o maior campeão.[95]
Foi demitido em 14 de outubro, após uma derrota por 3 a 1 para o Coritiba.[96] O técnico encerrou sua quinta passagem pelo alviverde paulista com 36 jogos, 17 vitórias, 14 empates e cinco derrotas.
Vasco da Gama (segunda passagem)
No dia 31 de dezembro de 2020, acertou o seu retorno ao Vasco da Gama para 2021, sendo sua segunda passagem pelo clube após 2019.[97] Ao final do Campeonato Brasileiro, o Vasco confirmou que não renovaria seu contrato, após não conseguir evitar o quarto rebaixamento da história do clube.[98]
Cruzeiro (terceira passagem)
Em 3 de agosto de 2021, após Mozart pedir demissão do Cruzeiro,[99] Luxemburgo foi contratado com a missão de levar o time de volta à elite do futebol brasileiro no ano do centenário do clube.[100]
Teve um início positivo, com duas vitórias (contra Brusque e Náutico)[101] e dois empates (contra Vitória e Sampaio Corrêa), afastando o time da zona de rebaixamento e retomando a esperança do torcedor no acesso.[102]
No dia 26 de novembro de 2021, renovou seu contrato com o Cruzeiro até o fim de 2023.[103] Porém, no dia 28 de dezembro, o clube mineiro anunciou que o técnico não permaneceria no comando da equipe para a temporada de 2022, tendo seu contrato rescindido sob a alegação de adequações orçamentais.[104]
Com uma série de resultados ruins no mês de agosto, além de polêmicas entrevistas,[108] a saída de Luxemburgo passou a ser especulada, principalmente pelo baixo rendimento da equipe no Brasileirão e na Copa Sul-Americana. A diretoria do Corinthians chegou a dar um voto de confiança ao técnico durante a Data FIFA no início de setembro, mas após um empate por 1 a 1 contra o Fortaleza, na Neo Química Arena, válido pela Copa Sul-Americana, Luxemburgo teve a sua demissão anunciada no dia 27 de setembro. O experimente treinador deixou o clube paulista após 38 partidas, com 14 vitórias, 12 empates e 12 derrotas, um aproveitamento de 48% em quase cinco meses de trabalho.[109]
Em homenagem aos 110 anos do escritor e flamenguista José Lins do Rego, Vanderlei, em 11 de abril de 2011, quando estava em sua terceira passagem pelo Flamengo, recebeu da Academia Brasileira de Letras a Medalha Machado de Assis, a mais alta honraria da instituição.[113]
Vida pessoal
Seu sobrenome é herdado de homenagem do avô materno a Rosa Luxemburgo, que escolheu para uma de suas filhas, a mãe de Vanderlei, o nome da filósofamarxista. Nenhum de seus onze tios possui o sobrenome, já repassado para filhas e netos.[114]
Em 2018, lançou um canal no YouTube, com foco no futebol e temas relacionados, tais como: análises táticas, comentários sobre campeonatos em andamento e entrevistas com personalidades.[120][121][122]