Telegram | |
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Captura de tela do Telegram num celular com Android. | |
Autor | Nikolai Durov, Pavel Durov |
Desenvolvedor | Telegram Messenger LLP |
Plataforma | Multiplataforma |
Modelo do desenvolvimento | GNU GPLv2 or GPLv3 (clients), proprietary (server) |
Lançamento | 2013 (7 anos) |
Versão estável | 7.3 (iOS) 7.3 (Android) 3.4 (Windows Phone) 0.8 (Cliente web) 2.5 PC/Mac/Linux |
Versão em teste | [+/-] |
Idioma(s) | Inglês, Árabe, Espanhol, Alemão, Neerlandês, Italiano, Português, Coreano, Francês, Malaio, Indonésio, Russo, Ucraniano, turco, catalão, persa e bielorrusso |
Escrito em | C++ |
Sistema operacional | Android, iOS, Windows Phone, MS Windows, OS X, GNU/Linux |
Gênero(s) | Mensageiro instantâneo |
Licença |
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Estado do desenvolvimento | Ativo |
Página oficial | https://telegram.org/ |
O Telegram é um serviço de mensagens instantâneas baseado na nuvem. O Telegram está disponível para smartphones ou tablets (Android, iOS, Windows Phone, Ubuntu Touch, Firefox OS), computadores (Windows, OS X, GNU/Linux) e também como Aplicação web. Os usuários podem fazer chamadas com vídeo, enviar mensagens e trocar fotos, vídeos, autocolantes e arquivos de qualquer tipo. O Telegram também possui criptografia de ponta a ponta opcional. Os clientes do Telegram possuem código aberto, porém seus servidores são proprietários. O serviço também providencia APIs para desenvolvedores independentes.
O Telegram foi fundado em 2013 pelo irmãos Nikolai e Pavel Durov, os fundadores do VK, a maior rede social da Rússia.[1] O Telegram é uma empresa independente, não ligada ao VK.[2] Atualmente, encontra-se sediado em Dubai, Emirados Árabes Unidos.[3] Nikolai criou o novo protocolo MTProto[4] em que o mensageiro é baseado, enquanto Pavel forneceu apoio financeiro e de infraestrutura por meio de seu fundo da Digital Fortress.[5] É concorrente de serviços de mensagens semelhantes, o Telegram precisa de um número de telefone para se usar e é multiplataforma, tem versões para ambiente de trabalho e aparelho móvel, como iOS, Android, Windows, além de uma versão para navegadores web.[6] Diferentemente do WhatsApp, que limita para até 256 pessoas[7] em cada grupo, no Telegram o usuário pode criar um grupo com até 200.000 membros.[8]
Embora o Telegram nunca tenha usado 1 centavo sequer em publicidade (diferente do WhatsApp que faz propaganda até hoje) sua popularidade aumenta organicamente de forma muito sadia. encerrando 2020 como um dos 10 apps mais baixados do ano.[9] E essa popularidade se deve principalmente a enorme quantidade de funções que o aplicativo oferece, mantendo a simplicidade para os usuários normais e suprindo as necessidades dos mais exigentes.
O próprio Telegram tem um espaço dedicado a resumir, em ordem cronológica, as principais funções (que você confere aqui), entre as quais podemos ressaltar:
Como se não bastasse, além dos recursos nativos o Telegram suporta bots que enriquecem ainda mais a experiência do usuário, adicionando funções que vão desde calculadora inline a jogos, conversor de arquivos, download de vídeos e músicas do YouTube e muito mais.
O Telegram afirma que é mais seguro do que os mensageiros do mercado de massa, como WhatsApp e Line. O aplicativo possui dois tipos de chats. Os chats comuns usam criptografia de cliente-servidor e pode ser acessado a partir de vários dispositivos. Os bate-papos secretos usam criptografia end-to-end e só pode ser acessado a partir dos dois dispositivos participantes. Os terceiros, incluindo os administradores do Telegram, não podem ter acesso.[10] As mensagens e meios de comunicação no bate-papo secreto também pode ser configurado para se autodestruir em um determinado período de tempo depois de ser lido. Uma vez que o tempo se esgote, as mensagens desaparecem em ambos os dispositivos.[11] Todos os chats são criptografados, independentemente do tipo. A criptografia do Telegram é baseado em 256 bits de criptografia simétrica AES, criptografia RSA 2048 e garantia de troca de chaves Diffie-Hellman.[12]
Em 19 de dezembro de 2013, o apoiador do Telegram, Pavel Durov anunciou que iria dar US$200.000 em Bitcoins a alguém capaz de quebrar a criptografia do mensageiro.[13][14][15] Não houve vencedores até o momento e hoje o prêmio oferecido é de US$300.000, com recompensas a partir de US$500 para descobertas menores.
Em 2021, foi descoberto que utilizando Google Hacking seria possível descobrir grupos secretos no Telegram, onde usando um pequeno código de pesquisa no Google Busca, tornaria possível encontrar qualquer grupo.[16]
Todos os clientes oficiais do Telegram (e alguns dos clientes não oficiais) são de código aberto[17] e com suporte a builds verificáveis[18] (que permitem que especialistas verifiquem de forma independente que o código publicado no GitHub é exatamente o mesmo usado para construir os apps disponíveis na App Store ou da Google Play).[19]
O código do servidor é fechado. Pavel Durov mencionou que o código do servidor não é software livre, porque o Telegram requereria uma grande reformulação da arquitetura, a fim de permitir que servidores independentes se conectassem à nuvem do Telegram.[20]
Recentemente Pavel Durov publicou em seu canal no Telegram mais detalhes a respeito da possibilidade de tornar público o código do servidor:
"Publicar o código do servidor não garante privacidade porque, ao contrário do código do lado do cliente, não há como verificar se o mesmo código é executado nos servidores. E você nem mesmo precisa do código do lado do servidor para verificar a integridade dos chats secretos - eles são sólidos, independente de como os servidores funcionam."[21]
Na mesma mensagem Durov afirma ter adiado os planos de publicar o código do servidor porque, segundo ele, há 3 anos um regime autoritário estava tentando uma maneira de obter o código do Telegram para lançar seu próprio mensageiro e, depois, banir todas as outras redes sociais do país. "Eu não queria fornecer a ditadores ferramentas para escravizar sua população - esse não deveria ser o legado do Telegram. Não estamos prontos para trair nossos valores porque alguns usuários confusos parecem pensar que publicar o código do servidor irá de alguma forma melhorar a verificabilidade.", completou.[22]
Em 18 de março de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou em decisão monocrática o bloqueio imediato da plataforma no Brasil. Discussões sobre a suspensão do Telegram ocorrem desde janeiro.[23] O bloqueio aconteceu por conta das omissões do Telegram em cumprir decisões judiciais.[24] No dia 20 de março, o Telegram cumpriu as omissões e Alexandre de Moraes revogou a sua decisão de bloquear o aplicativo.[25]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2022-03-31 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=4319620