Tarcísio de Freitas | |
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Tarcísio em 2019 | |
64.º Governador de São Paulo | |
Período | 1.º de janeiro de 2023 (a assumir) |
Vice-governador | Felicio Ramuth |
Antecessor(a) | Rodrigo Garcia |
Ministro da Infraestrutura do Brasil | |
Período | 1.º de janeiro de 2019 – 31 de março de 2022 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | Valter Casimiro Silveira (Ministro dos Transportes) |
Sucessor(a) | Marcelo Sampaio Cunha Filho |
Diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes | |
Período | 22 de setembro de 2014 – 16 de janeiro de 2015 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor(a) | Jorge Ernesto Pinto Fraxe |
Sucessor(a) | Adailton Cardoso Dias |
Dados pessoais | |
Nascimento | 19 de junho de 1975 (47 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Academia Militar das Agulhas Negras Instituto Militar de Engenharia |
Partido | Republicanos (2022–presente) |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Graduação | Capitão |
Tarcísio Gomes de Freitas (Rio de Janeiro,[1] 19 de junho de 1975[2]) é um engenheiro, militar da reserva e político brasileiro,[3] filiado ao partido Republicanos. É o atual governador eleito do Estado de São Paulo. Foi ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro,[4] bem como diretor executivo e diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes durante o governo Dilma Rousseff.
Servidor público de carreira vinculado à consultoria legislativa da Câmara dos Deputados, é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduado em engenharia - fortificação e construção pelo Instituto Militar de Engenharia (IME),[1] onde obteve a maior média histórica do curso na instituição.[5]
Foi engenheiro do Exército Brasileiro, chefe da seção técnica da Companhia de Engenharia do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti e coordenador-geral de Auditoria da Área de Transportes da Controladoria Geral da União (CGU).[6]
Em 2011, foi indicado para ser diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), pelo General Jorge Fraxe, que assumiu o órgão em meio à "faxina ética" determinada pela então presidente Dilma Rousseff, após uma crise provocada por denúncias de corrupção. Ascendeu à Diretoria-Geral em 2014, tendo exercido o cargo entre 22 de setembro de 2014 a 16 de janeiro de 2015.[7]
Em 2015, atuou como secretário da Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelo programa de privatizações, concessões e desestatizações.[6]
Em novembro de 2018, foi anunciada pelo então presidente eleito Jair Bolsonaro a escolha de Freitas para assumir o Ministério da Infraestrutura.[8][9] Em março de 2022 filiou-se ao partido Republicanos para concorrer ao governo de São Paulo.[10] em 30 de outubro de 2022 foi eleito governador do estado de São Paulo com 13.480.643 votos, 55,27% do total .[11]
No final de 2018 a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recomendou a cassação da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), concessão ferroviária do grupo CSN no Nordeste (antiga malha Nordeste da RFFSA), por descumprimento de metas.[12] Em outubro de 2019 a ANTT estava prestes a declarar a caducidade da concessão da malha Nordeste sob controle da CSN.[13] Naquele momento, dos 4207 quilômetros da malha concedida, apenas 26% se encontravam em uso (localizada nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí) enquanto o restante da malha do Nordeste se encontrava abandonado.[14] Em 2017 um estudo da Confederação Nacional da Indústria indicou que 70% da malha Nordeste se encontrava sem uso.[15] O processo de caducidade chegou a ser entregue ao ministro Freitas.[16] Apesar do descumprimento do contrato apontado pela ANTT, a concessão acabou mantida pelo ministro. Porém o presidente da FTL (empresa responsável pela malha Nordeste) foi substituído.[17]
Segundo a FTL, sua operação atual se concentra nos estados do Ceará, Maranhão e Piauí (1195 quilômetros e 28% da malha concedida) e o restante da malha ferroviária do Nordeste (3014 quilômetros e 72% da malha concedida) estão desativados e desde 2013 em processo de devolução para a ANTT.[18]
Freitas anunciou em abril de 2019 que o Metrô de Belo Horizonte receberia 1 bilhão de reais para sua expansão (com a retomada das obras da Linha 2, paralisadas desde 2004), apesar do metrô ser ligado oficialmente ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Os recursos seriam oriundos do pagamento de uma contrapartida da renovação do contrato de concessão da Ferrovia Centro-Atlântica S.A. (FCA), porém dependiam de aprovação do Tribunal de Contas da União.[19]
As negociações entre o Ministério da Infraestrutura e a FCA arrastaram-se até dezembro de 2019, quando o acordo foi assinado. O anúncio do Freitas de que a "contrapartida" seria destinada exclusivamente ao Metrô de Belo Horizonte desagradou as cidades mineiras atendidas pela FCA, que reivindicaram parte dos recursos.[20] O recurso para o metrô foi anunciado sucessivas vezes por Freitas ao longo de 2020 (em junho [21] , agosto[22] e setembro[23]), embora dependesse de aprovação do Ministério da Economia e da inclusão do valor no orçamento federal. O Ministério da Infraestrutura tentou por diversas vezes utilizar esse recurso sem a anuência do Ministério da Economia.[24]
Apesar de novas promessas de liberação dos recursos feitas por Freitas ao longo de 2021 (em fevereiro[25], junho[26], julho[27] e agosto [28]), nenhum recurso foi liberado para a expansão. Atualmente, a liberação dos recursos está condicionada a um controverso processo de concessão do Metrô de Belo Horizonte[29] com previsão de ser realizado em 2022.[30]
Em outubro de 2020 o Grupo Itapemirim, controlado pelo empresário Sidnei Piva de Jesus, apresentou ao Ministério de Infraestrutura uma proposta para retornar ao mercado de aviação.[31] Apesar de o Grupo Itapemirim estar em um processo de recuperação judicial, a proposta foi recebida com grande entusiasmo por Freitas ao ponto do ministro gravar um vídeo sobre o encontro com representantes da empresa e anunciar a proposta com destaque em uma live do presidente Jair Bolsonaro (onde levou uma miniatura de ônibus ofertada pelo Grupo Itapemirim).[32]
A Agência Nacional de Aviação Civil, ligada ao Ministério da Infraestrutura, aprovou a proposta da Itapemirim em maio de 2021.[33] Após realizar seu voo inaugural em fins de junho, a Itapemirim Transportes Aéreos passou a sofrer problemas financeiros e gestão que culminaram com uma abrupta suspensão de operações em 17 de dezembro de 2021. A suspensão prejudicou cerca de quarenta mil passageiros, com parte se dirigindo aos aeroportos e protestando contra a medida.[34][35]
Freitas permaneceu em silêncio durante três dias enquanto críticas se avolumavam em relação a sua atuação no caso, com os vídeos do ministro entusiasmado com representantes da Itapemirim e da live com o presidente sendo relembrados na imprensa e nas redes sociais.[32][36] Em 20 de dezembro Freitas deu suas primeiras declarações sobre a Itapemirim. Questionado sobre o porquê seu ministério avalizou a proposta de abertura de uma empresa aérea a um grupo em recuperação judicial, Freitas alegou que a Itapemirim possuía todas as certidões negativas e certificados que garantiam a operação da empresa. Ainda assim, Freitas lamentou o caso e que se tratava de “um problema muito grave”.[37]
No dia 23 de maio de 2021, Freitas participou da "motociata" promovida pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro, em algumas cidades do país, durante a pandemia de COVID-19 no Brasil, mesmo quando a calamidade já havia vitimado mais de 450 mil brasileiros[38]. O ato teria causado aglomerações e agravado a crise sanitária naquele momento.
A foto de Tarcísio na garupa de Bolsonaro, particularmente, foi destaque no jornal britânico The Guardian, que classificou o evento como "obsceno".[39]. Foi comparado ao formato dos passeios de moto promovidos pelo líder fascista italiano Benito Mussolini em 1933[40]
Enquanto candidato ao governo do Estado de São Paulo, Tarcísio afirmou ter sido alvo de um atentado na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul da capital paulista, quando se preparava para a coletiva de imprensa. Um tiroteio aconteceu numa proximidade de 50 a 100 metros do local em que estava Tarcísio e sua equipe. Apesar da campanha e de aliados de Tarcísio terem classificado o ocorrido como "atentado",[41] a Polícia Militar do Estado de São Paulo afirmou não ter provas suficientes para sustentar essa classificação.[42]
Uma investigação do jornal Folha de S. Paulo revelou um áudio onde um integrante da campanha da Tarcísio ordena a um cinegrafista da tv Jovem Pan a exclusão das imagens que este havia filmado sobre o tiroteio.[43] Segundo reportagem do portal The Intercept, quatro testemunhas afirmaram que viram o mesmo integrante da campanha de Tarcísio atirando contra um morador da favela, que estava desarmado.[44] O fato levantou suspeitas e acusações de armação por parte da equipe de Fernando Haddad (PT), seu rival no segundo turno.[45]
Histórico eleitoral de Eduardo Leite | |||||||||
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Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Vice | Votos | % | Resultado | Ref. |
2022 | Estadual de São Paulo | Governador | Republicanos | São Paulo Pode Mais (Republicanos, PSD, PL, PTB, PSC e PMN) | Felicio Ramuth (PSD) | 13.480.643 | 55,27 | Eleito 2º turno |
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Precedido por Valter Casimiro Silveira |
Ministro da Infraestrutura do Brasil 2019–22 |
Sucedido por Marcelo Sampaio Cunha Filho |
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