Sigmund Freud

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Sigmund Freud
Sigmund Freud, por Max Halberstadt, em 1922.[1]
Nome nativo Sigmund Schlomo Freud
Nascimento 6 de maio de 1856
Freiberg in Mähren, Morávia, Império Austríaco
(hoje Příbor, República Checa)
Morte 23 de setembro de 1939 (83 anos)
Londres, Inglaterra, Reino Unido
Residência Viena, Londres
Nacionalidade austríaco (1856-1867)
austro-húngaro (1867-1918)
austríaco (1918-1939)
Cidadania Áustria-Hungria, Áustria Alemã, Primeira República Austríaca, Estado Federal da Áustria, Alemanha Nazista, Reino Unido
Progenitores Mãe:Amalie Nathanson
Pai:Jacob Freud
Cônjuge Martha Bernays (1886–1939)
Filho(s) 6, incluindo Ernst e Anna
Irmão(s) Alexander Freud
Alma mater Universidade de Viena
Ocupação psicanalista, neurologista, ensaísta, filósofo, psicólogo, psiquiatra
Prêmios Prêmio Goethe
Empregador Universidade de Viena
Obras destacadas A Interpretação dos Sonhos, O Mal-estar na Civilização, Totem e Tabu, Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade
Escola/tradição Psicanálise (fundador)
Principais interesses Neurologia, psiquiatria, psicologia, psicoterapia, psicanálise, literatura
Religião ateísmo
Causa da morte câncer de laringe
Assinatura
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Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856Londres, 23 de setembro de 1939; foi um médico neurologista e psiquiatra criador da psicanálise. Freud nasceu em uma família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco (atualmente, a localidade é denominada Příbor, e pertence à República Checa).[2]

Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose no tratamento de pacientes com histeria, como forma de acesso aos seus conteúdos mentais. Ao observar a melhora dos pacientes tratados pelo médico francês Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da histeria era psicológica, e não orgânica. Essa hipótese serviu de base para outros conceitos desenvolvidos por Freud, como o do inconsciente.[3]

Freud também é conhecido por suas teorias do complexo de édipo e da repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento das psicopatologias, através da escuta do paciente. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana. Sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano, como um animal dotado de razão imperfeita e influenciado por seus desejos e sentimentos. Segundo Freud, a contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade gera, no ser humano, um tormento psíquico.

Freud tinha uma visão biopsicossocial do ser humano. Fatos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow por dose excessiva do antidepressivo da época, a cocaína, levaram-no ao abandono das técnicas de hipnose e de drogas para criar um novo método: a cura pela fala, ou seja, a psicanálise, que utilizava a interpretação de sonhos e a livre associação como vias de acesso ao inconsciente.[4][5]

Suas teorias e seus tratamentos foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. Sua teoria é de grande influência na psicologia atual e segue se desenvolvendo através de estudos e prática clínica na área, com psicanalistas que vieram depois dele. Estes criaram suas próprias teorias, mas sempre com base nos pressupostos intrínsecos colocados por Freud, como a noção de inconsciente e transferência.

Biografia

Anos iniciais e educação

Casa onde nasceu Freud em Příbor, República Tcheca.
Sigmund Freud e Amalia Freud, em 1872.

Sigmund Freud (seu primeiro nome de nascimento era "Sigismund", mas o mudou em 1878)[6] era filho de pais judeus que moravam na cidade morávia de Freiberg, no território do Império Austríaco (atual Příbor, na República Tcheca). Seus pais eram da Galícia, uma província histórica que fica entre a atual Ucrânia Ocidental e o sudeste da Polônia. Seu pai, Jacob Freud (1815–1896), um comerciante de lã, teve dois filhos, Emanuel (1833–1914) e Philipp (1836–1911), de seu primeiro casamento. A família de Jacob era de judeus hassídicos e, embora o próprio Jacob tenha se afastado da tradição, ele ficou conhecido por seu estudo da Torá. Ele e a mãe de Freud, Amalia Nathansohn, que era 20 anos mais jovem e sua terceira esposa, foram casados pelo rabino Isaac Noah Mannheimer em 29 de julho de 1855.[7]

Em função de problemas financeiros, Jacob e Amalia mudaram-se para Leipzig em 1859 e em 1860 para Viena, onde se estabeleceram com os filhos Sigmund e Anna. Os meios-irmãos de Freud mudaram-se para Manchester. Em Viena, a família Freud cresceu até 1866, com o nascimento de Rosa, Marie, Adolfine, Pauline e Alexander. Embora tenha passado boa parte da vida em Viena, Freud revelou que nunca se adaptou à cidade e que sempre sentia saudades de Freiberg. Enquanto criança e adolescente, Freud nutriu mais sentimentos amorosos pela mãe do que pelo pai, que o considerava "fraco" e "covarde". A compreensão desses sentimentos torna-se-ia a base para a futura formulação do complexo de Édipo.[8]

Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele destruiu seus escritos pessoais em duas ocasiões: a primeira em 1885 e novamente em 1894. Além disso, seus escritos posteriores foram protegidos cuidadosamente nos Arquivos de Sigmund Freud, aos quais só tinham acesso Ernest Jones (seu biógrafo oficial) e uns poucos membros do círculo da psicanálise. O trabalho de Jeffrey Moussaieff Masson pôs alguma luz sobre a natureza do material oculto.[carece de fontes?]

Placa memorial localizada onde Freud nasceu em Příbor, na República Tcheca.

Freud ingressou na Universidade de Viena aos 17 anos. Ele planejava estudar direito, mas as doutrinas de Darwin e seu interesse por ciências naturais o impulsionaram a cursar medicina, onde seus estudos incluíram filosofia com o professor Franz Brentano, fisiologia com o professor Ernst Brücke, e zoologia com o professor darwinista Carl Friedrich Claus.[9] Em 1876, Freud passou quatro semanas na estação zoológica de Claus em Trieste, dissecando o sistema reprodutor masculino de aproximadamente quatrocentas enguias. Na época, pouco se sabia sobre a reprodução de enguias, e a pesquisa de Freud objetivava verificar a afirmação do pesquisador polonês Simone de Syrski, a qual postulava a existência de gônadas em enguias. No fim, Freud confirmou parcial e inconclusivamente a asserção de Syrski.[10]

Entre 1876 e 1882, Freud trabalhou no laboratório de fisiologia de Ernst Brücke, o qual se tornou um grande mentor intelectual para ele, de modo que seu quarto filho se chamou Ernst em sua homenagem. Com Brücke, Freud entra em contato com a linha fisicalista da fisiologia. O interesse de Brücke não era apenas descobrir as estruturas de órgãos ou células particulares, mas sim, suas funções. Dentre as atribuições de Freud, nesta época, estavam o estudo da anatomia e da histologia do cérebro humano. Durante os estudos, identificou várias semelhanças entre a estrutura cerebral humana e a de répteis, o que o remete ao então recente estudo de Charles Darwin sobre a evolução das espécies e à discussão da "superioridade" dos seres humanos sobre outras espécies. No laboratório, Freud conheceu Ernst von Fleischl-Marxow e Josef Breuer, futuros amigos que tiveram impacto, respectivamente, no estudo da cocaína e na formação psicanalítica de Sigmund.[11]

Início da carreira e casamento

Embora tenha se formado em 1881, Freud continuou com suas pesquisas no laboratório de Brücke. No ano seguinte, conheceu Martha Bernays numa visita que fez à casa de sua irmã e acabou se apaixonando. Já em 17 de junho de 1882 Martha e Freud noivaram. Cinco anos mais nova, Martha era oriunda de uma família judaica ortodoxa, enquanto que Freud era um descrente que tentou separá-la de suas crenças religiosas. Freud também se mostrou austero quanto ao papel que Martha exerceria em sua casa depois de casados: embora pensasse que, em algum momento futuro, a lei concederia às mulheres os direitos até então negados, também acreditava, a exemplo de um burguês de sua época, que a mulher deveria cumprir seu papel com as tarefas doméstica e familiar.[12]

O baixo salário e as poucas perspectivas de carreira na pesquisa científica fizeram-no abandonar o laboratório e a começar a trabalhar no Hospital Geral, o principal hospital de Viena, passando por vários departamentos como "cirurgia, medicina de doenças internas, psiquiatria, dermatologia, doenças nervosas e oftalmologia sucessivamente". Começou no cargo de Aspirant (assistente clínico) e alcançou o cargo de Privatdozent (conferencista) em julho de 1884, um cargo que oferecia prestígio mas não salário.[13]

Em 1885, Freud solicitou uma bolsa de viagem e licença do hospital por seis meses. Viajou para a França, onde trabalhou com Jean-Martin Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital psiquiátrico Saltpêtrière que estudava a histeria. Charcot curava paralisias histéricas através da hipnose, o que impressionou Freud e contribuiu ainda mais para Charcot se tornar um modelo para o médico vienense. Freud aperfeiçoou suas técnicas em hipnose em 1889 ao visitar uma escola rival de Charcot, localizada em Nancy, que afirmava ser possível realizar a hipnose em qualquer pessoa, independente de ser histérica ou não. Assim como fez com Brücke, Freud rendeu algumas homenagens a Charcot ao nomear um de seus filhos de Jean-Martin, além de traduzir para o alemão suas conferências.[14]

De volta ao Hospital Geral e entusiasmado pelos estudos de Charcot, Freud passa a atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira parcial, alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser diagnosticados com exames. O tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na época, massagem, terapia de repouso e hipnose.[carece de fontes?]

Em 14 de setembro de 1886, em Hamburgo, Freud casou-se com Martha Bernays com a ajuda financeira de alguns amigos mais abastados, dentre eles Josef Breuer, um colega mais velho da faculdade de medicina.[15]

Freud em 1905

Foi com as discussões de casos clínicos com Breuer que surgiram as ideias que culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise. O primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o tratamento dado a uma paciente (Bertha Pappenheim, chamada de "Anna O." no livro), que demonstrava vários sintomas clássicos de histeria. O método de tratamento consistia na chamada "cura pela fala" ou "cura catártica", na qual o ou a paciente discute sobre as suas associações com cada sintoma e, com isso, os faz desaparecer. Esta técnica tornou-se o centro das técnicas de Freud, que também acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual. Breuer não concordava com Freud neste último ponto, o que levou à separação entre eles logo após a publicação dos casos clínicos.

Na verdade, inicialmente, a classe médica em geral acaba por marginalizar as ideias de Freud; seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm Fliess. Depois que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas recebidas por Fliess, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo, determinando as raízes de suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a fonte para a obra A Interpretação dos Sonhos. Durante o curso desta autoanálise, Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade em relação a seu pai. É o famoso "complexo de Édipo", que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.[carece de fontes?]

Nos primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras A Interpretação dos Sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana. Nesta época, Freud já não mantinha mais contato nem com Josef Breuer, nem com Wilhelm Fliess. No início, as tiragens das obras não animavam Freud, mas logo médicos de vários lugares — Eugen Bleuler, Carl Jung, Karl Abraham, Ernest Jones, Sandor Ferenczi — mostram respaldo às suas ideias e passam a compor o Movimento Psicanalítico.[16] O público geral passou também a se interessar na prática da análise psicológica, principalmente entre círculos de educadores e até mesmo teólogos, o que foi amplamente divulgado, dentre outros, pelo clérigo protestante e colaborador freudiano Oskar Pfister, contribuindo para o avanço da análise leiga, defendida por Freud.[17][18]

Por sua vida inteira, Freud teve uma posição financeira modesta. Josef Breuer foi, no início, um aliado de Freud em suas ideias e também um aliado financeiro.

Freud criou o termo "psicanálise" para designar um método para investigar os processos inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo.

Nos tempos do nazismo, Freud perdeu quatro das cinco irmãs nos campos de concentração: Regine (Rosa) em Auschwitz, Mitzi (Marie) em Theresienstadt, Dolfi (Esther Adolfine) e Paula (Pauline) em Treblinka. Embora Maria Bonaparte tenha tentado tirá-las do país, elas foram impedidas de sair de Viena pelas autoridades nazistas.[19]

Morou em Viena até 1938, quando, após a anexação da Áustria à Alemanha nazista, em razão de sua etnia judaica, refugiou-se na Inglaterra, onde já se encontrava parte de sua família.[20]

Freud e Martha tiveram seis filhos: Mathilde, nascida em 1887, Jean-Martin, nascido em 1889, Olivier, nascido em 1891, Ernst, nascido em 1892, Sophie, nascida em 1893 e Anna, nascida em 1895. Um deles, Martin Freud, escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como um homem que trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar com suas crianças durante as férias de verão. Anna Freud, filha de Freud, foi também uma psicanalista destacada, particularmente no campo do tratamento de crianças e do desenvolvimento psicológico. Sigmund Freud foi avô do pintor Lucian Freud e do ator e escritor Clement Freud, e bisavô da jornalista Emma Freud, da desenhista de moda Bella Freud e do relações públicas Matthew Freud.

Morte

Freud morreu de cancro no palato aos 83 anos de idade (passou por trinta e três cirurgias). Supõe-se que tenha morrido de uma dose excessiva de morfina. Freud sentia muita dor, e segundo a história contada, ele teria dito ao médico que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina para terminar com o sofrimento, o que seria eutanásia. Encontra-se sepultado no crematório de Golders Green, no bairro de Golders Green, em Londres, na Inglaterra.

Teoria e conceitos

Fundamentos da terapia freudiana

O objetivo da terapia freudiana ou psicanálise é, relacionando conceitos cartesianos da mente e conceitos da hidráulica, mover (mediante a associação livre e a interpretação dos sonhos) os pensamentos e sentimentos reprimidos (explicados como uma forma de energia) através do consciente para permitir, ao sujeito, a catarse que provocaria a cura automática.

Pensamento e Linguagem

Em suas teorias, Freud afirma que os pensamentos humanos são desenvolvidos por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que o nosso cérebro trabalha essencialmente no campo da semântica, isto é, a mente desenvolve os pensamentos num sistema intrincado de linguagem baseada em imagens, as quais são meras representações de significados latentes. Em diversas obras, como "A Interpretação dos Sonhos", "A Psicopatologia da Vida Cotidiana" e "Os Chistes e suas Relações com o Inconsciente", Freud não só desenvolve sua teoria sobre o inconsciente da mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala, especialmente aos atos falhos.[21] Para Freud, a consciência humana subdivide-se em três níveis: consciente, pré-consciente e inconsciente. O primeiro contém o material perceptível; o segundo, o material latente, mas passível de emergir à consciência com certa facilidade; e o terceiro contém o material de difícil acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado aos instintos primitivos do homem.[carece de fontes?]

Os níveis de consciência estão distribuídos entre as três entidades que formam a mente humana, ou seja, o Id, o Ego e o Superego.

Segundo Freud, o conteúdo do inconsciente é, muitas vezes, reprimido pelo Ego. Para driblar a repressão, as ideias inconscientes apelam aos mecanismos definidos por Freud em sua obra "A Interpretação dos Sonhos", como deslocamento e condensação. Estes dois, mais tarde, seriam relacionados por Jacobson à metonímia e metáfora, respectivamente.[22]

Portanto, as representações de ideias inconscientes manifestam-se nos sonhos como símbolos imagéticos, tanto metafóricos quanto metonímicos. Aplicando o conceito à fala, o inconsciente consegue expelir ideias recalcadas através dos chistes ou atos falhos. Freud propõe que as piadas ou as "trocas de palavras por acidente" nem sempre são inócuas. Antes, são mecanismos da fala que articulam ideias aparentes com ideias reprimidas, são meios pelos quais é possível exprimir os instintos primitivos.

Deste modo, Freud cria uma inter-relação entre os campos da linguística e da psicanálise, que será retomada por estudiosos posteriores, como Jacques-Marie Émile Lacan.

Teoria da Representação

Rede de neurônios associados

O fenômeno representacional psíquico está relacionado ao sistema nervoso humano. As representações, segundo Freud, são analógicas e imagéticas. Estas se inter-relacionam através de redes associativas. As redes associativas das representações são provenientes do processo fisiológico cerebral, que se baseia em uma rede de neurônios. Esse processo ocorre através de um mecanismo reflexo: a informação parte por uma rede associativa de neurônios até chegar à região motora e sensorial. Ela provoca então, modificações nas células centrais, causando a formação das representações.[carece de fontes?]

Enquanto elementos, as representações são originadas da percepção sensorial do indivíduo. São unidades mentais tanto de objetos, como de situações, sensações, relações.[carece de fontes?]

A representação de objeto, também chamada de representação da "coisa", é "um complexo de associações, formado por uma grande variedade de apresentações visuais, acústicas, táteis, cinestésicas e outras", de acordo com Freud.[carece de fontes?]

As emoções, por exemplo, são processos de descarga de energia, que são percebidos como os sentimentos. São as chamadas representações imagéticas, que não formam imagens psíquicas, e sim traços mnésicos de sensações.[carece de fontes?]

É preciso destacar que as relações entre as representações não são a demonstração e a manifestação dos sentimentos, dos afetos, das emoções. A relação entre os tipos de representação formam as ideias, ou seja, as relações associativas contidas nas representações de objeto (captadas pelos processos perceptivos) formam os complexos de sensações associados, dando origem a uma representação completa. Portanto, um único objeto representado na mente é constituído por seus vários aspectos sensoriais da realidade externa: cor, gosto, textura, cheiro e coisas do gênero.[23]

Teoria do processo de pensamento

Segundo Freud, o processo de pensamento é a ativação ou inibição dos complexos de sensações associadas que tornam, possível, o fenômeno representacional psíquico, o que se dá através da energia que flui no sistema nervoso pelos sistemas de neurônios. Podemos distinguir, neste processamento, um nível primário e um secundário.

Processo Primário

Associado ao inconsciente, o processamento primário do pensamento é aquele que dirige ações imediatas ou reflexas, sendo associado, assim, ao prazer, ao emocional do indivíduo e ao fenômeno de arco reflexo. Nele, a energia presente no aparelho mental flui livremente pelas representações, do polo do estímulo ao da resposta.

Processo Secundário

O processo de pensamento secundário, por outro lado, está associado ao pré-consciente, também chamado de "ação interiorizada" ou, ainda, de "processo racional do pensamento". Nele, o escoamento de energia mental fica retido, só acontecendo após uma série de associações, as quais se refletem no aparelho psíquico. As ações decorrentes dessa forma de processamento devem ser tomadas com base no mundo externo, no contexto em que a pessoa se encontra e em seus objetivos. Assim, ao contrário da energia do processo primário, que é livre, a energia do secundário é condicional, ou seja, está sujeita a quaisquer ações.[23]

Cocaína e toxicodependência

Como um pesquisador da área médica e da psicanálise, Freud foi um dos primeiros a usar e a propor o uso da cocaína como um estimulante, bem como analgésico. Ele escreveu vários artigos sobre as qualidades antidepressivas do "medicamento" e ele foi influenciado por seu amigo e confidente Wilhelm Fliess, que recomendou a cocaína para o tratamento da "neurose nasal reflexa". Fliess operou Freud e o nariz de vários pacientes de Freud que ele acreditava estarem sofrendo do transtorno, incluindo Emma Eckstein, cuja cirurgia foi desastrosa.[24]

Freud achava que a cocaína iria funcionar como uma panaceia para muitos transtornos e escreveu um artigo científico bem recebido, "Sobre a coca" (Über Coca, em alemão), explicando as suas virtudes. Outros pesquisadores também estudavam os usos medicinais da droga, como foi o caso de Carl Koller, que ficou com mais prestígio do que Freud em função de suas experiências da cocaína como anestésico local. Até então, pouco se sabia sobre os efeitos de dependência que a cocaína causava, de modo que Freud prescreveu-a para seu amigo Ernst von Fleischl-Marxow, que estava viciado em morfina, como forma de analgésico para dores que sentia ao tratar de uma doença do sistema nervoso. Fleischl-Marxow também se viciou em cocaína. O próprio Freud consumiu a droga como forma de amenizar seu estado depressivo e de diminuir a tensão antes eventos sociais, tendo enviado algumas quantidades a Martha Bernays para consumo próprio. No entanto, não há nenhum registro de que ambos tenham adquirido hábito ou que tenham se viciado na droga.[25]

Divisão do Inconsciente

Freud procurou uma explicação à forma de operar do inconsciente, propondo uma estrutura particular. No primeiro tópico, recorre à imagem do iceberg em que o consciente corresponde à parte clara, e o inconsciente corresponde à parte não visível, ou seja, à parte submersa do iceberg. De sua teoria, ele estava preocupado em estudar o que levava à formação dos sintomas psicossomáticos (principalmente a histeria, por isso apenas os conceitos de inconsciente, pré-consciente e consciente eram suficientes). Quando sua preocupação se virou para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os conceitos de id, ego e superego.

  • O id representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do Id. Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que atuariam no sentido de autopreservação. Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida. O Id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas.
  • O Ego, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira que seja cômoda para o id e o superego.
  • O Superego, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos morais e éticos internalizados.

Freud estava especialmente interessado na dinâmica destas três partes da mente. Argumentou que essa relação é influenciada por fatores ou energias inatas, que chamou de pulsões. Descreveu duas pulsões antagónicas: Eros, uma pulsão sexual com tendência à preservação da vida, e Tânato, a pulsão da morte, que levaria à segregação de tudo o que é vivo, à destruição. Ambas as pulsões não agem de forma isolada, estão sempre trabalhando em conjunto. Como no exemplo de se alimentar, embora haja pulsão de vida presente, afinal a finalidade de se alimentar é a manutenção da vida, existe também a pulsão de morte presente, pois é necessário que se destrua o alimento antes de ingeri-lo, e aí está presente um elemento agressivo, de segregação.

Além de suas tópicas, em seu sistema de metapsicologia, Freud constantemente reelaborará esses conceitos ao longo de suas obras e especula sobre outros novos, a exemplo do princípio de Nirvana.[26]

Mecanismos de defesa

Ver artigo principal: Mecanismo de defesa

As percepções de um acontecimento, do mundo externo ou interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador, para evitar esse desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade – deixa de registrar percepções externas, afasta determinados conteúdos, psíquicos, interfere no pensamento. São vários mecanismos que o indivíduo pode realizar essa deformação da realidade, chamados mecanismos de defesa, são eles:[carece de fontes?]

  • Recalque: indivíduo “não vê” ou “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade;
  • Formação reativa: o ego procura afetar o desejo que vai para determinada direção, e para isso o indivíduo adota uma atitude oposta á esse desejo;
  • Regressão: o indivíduo retorna as etapas anteriores do seu desenvolvimento, é passagem para modos de expressão primitivos;
  • Projeção: é uma confluência de distorções do mundo externo e interno. O indivíduo localiza no mundo externo e não percebe que aquilo foi projetado com algo que considera indesejável;
  • Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e aceitável, que justifica os estados “deformados” de convivência.

Libido

O conceito de libido desempenha um papel central na psicanálise. Nos primeiros trabalhos de Freud, a libido é definida como o impulso vital de autopreservação da espécie, e compreende tanto a energia sexual no sentido estrito, quanto o fenômeno da pulsão do desejo e do prazer. Mais tarde, ele adota uma visão mais geralista de que o impulso de autopreservação tem origem libidinosa, confrontando a libido com a pulsão de morte.[carece de fontes?]

Freud também acreditava que a libido amadurecia nos indivíduos por meio da troca de seu objeto (ou objetivo). Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. O desenvolvimento psicossexual ocorreria em etapas, de acordo com a área na qual a libido está mais concentrada: a etapa oral (exemplificada pelo prazer dos bebês ao chupar a chupeta, que não tem nenhuma função vital, mas apenas a de proporcionar prazer); a etapa anal (exemplificada pelo prazer das crianças ao controlar sua defecação); e logo a etapa fálica (que é demonstrada pela manipulação dos órgãos genitais).[carece de fontes?]

Até então, percebe-se que a libido é voltada para o próprio ego, ou seja, a criança sente prazer consigo mesma. O primeiro investimento objetal da libido, segundo Freud, ocorreria no progenitor do sexo oposto, esta fase caracterizada pelo investimento libidinal em um dos progenitores (se chama complexo de Édipo). A criança percebe, então, que, entre ela e a mãe (no caso de um menino), existe o pai, impedindo a comunhão por ele desejada. A criança passa então a amar a mãe e a experienciar um sentimento antagônico de amor e ódio com relação ao pai. Ela percebe, então, que tanto o amor vivido com a mãe como o ódio vivido com o pai são proibidos e o complexo de Édipo é, então, finalizado com o surgimento do superego, com a desistência da criança com relação à mãe e com a identificação do menino com o pai.[carece de fontes?]

Transferência

Ver artigo principal: Transferência (psicanálise)

Outro elemento importante da psicanálise é a pouca intervenção do psicanalista, para que o paciente possa projetar seus pensamentos e sentimentos no psicanalista. Através deste processo, chamado de transferência, o paciente pode reconstruir e resolver conflitos reprimidos (causadores de sua doença), especialmente conflitos da infância com seus pais.

Freud e a neurologia

É menos conhecido o interesse de Freud pela neurologia. No início de sua carreira, investigou a paralisia cerebral. Publicou numerosos artigos médicos neste campo. Também mostrou que a doença existia muito antes de outros pesquisadores de seu tempo terem notícia dela e de a estudarem. Também sugeriu que era errado que esta doença, segundo descrito por William Little (cirurgião ortopédico britânico), tivesse, como causa, uma falta de oxigênio durante o nascimento. Ao invés disso, Freud afirmou que as complicações no parto eram somente um sintoma do problema. Somente na década de 1980, suas especulações foram confirmadas por pesquisadores modernos.[carece de fontes?]

Nas últimas décadas o modelo estrutural de Freud tem sido validado pelas pesquisas que buscam correlacionar a neurociência e a psicanálise. Os dados que verificam as descrições de Freud da segunda tópica confirmam seu lugar na neurofisiologia hoje e permanecem abertos à discussão para melhor compreensão da mente humana.[27]

Inovações de Freud

Freud foi inovador. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente. Alguns de seus seguidores afirmam estar influenciados por um, mas não pelo outro campo.

Provavelmente a contribuição mais significativa que Freud fez ao pensamento moderno é a de tentar dar, ao conceito de inconsciente, um status científico (não compartilhado por várias áreas da ciência e da psicologia). Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários; propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.

Em sua obra mais conhecida, A Interpretação dos Sonhos, Freud explica o argumento para postular o novo modelo do inconsciente e desenvolve um método para conseguir o acesso ao mesmo, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose.

Como parte de sua teoria, Freud postula também a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente[28] (o termo subconsciente é utilizado popularmente, mas não é parte da terminologia psicanalítica). A repressão em si tem grande importância no conhecimento do inconsciente. De acordo com Freud, as pessoas experimentam repetidamente pensamentos e sentimentos que são tão dolorosos que não podem suportá-los. Tais pensamentos e sentimentos (assim como as recordações associadas a eles) não podem ser expulsos da mente, mas, em troca, são expulsos do consciente, para formar parte do inconsciente.

Embora, ao longo de sua carreira, Freud tenha tentado encontrar padrões de repressão entre seus pacientes que derivassem em um modelo geral para a mente, ele observou que pacientes diferentes reprimiam fatos diferentes. Observou, ainda, que o processo da repressão é, em si mesmo, um ato não consciente (isto é, não ocorreria através da intenção dos pensamentos ou sentimentos conscientes). Em outras palavras, o inconsciente era tanto causa como efeito da repressão.

Críticas a Freud

Atualmente, muitas críticas têm sido feitas ao método psicanalítico, porém, por mais que a ciência moderna avance, muitos dos conceitos estruturadores da psique humana e os resultados obtidos pela aplicação do método continuam melhorando a qualidade de vida de muitas pessoas. Nota-se que a revolução promovida por Freud abriu caminhos para estudos que antigamente se encontravam em um plano imaginário. A criação de um método clínico a serviço do diagnóstico e tratamento de doenças da psique é um fato sem igual em toda a história da ciência. Porém, é de se constatar, certamente, que, em muitos escritos de Montaigne e de Pascal, a ideia da autoanálise já era usada para explicar problemas subjetivos usando a lógica vigente, transformando os problemas do ser e de seu inconsciente em desafios universais, com os quais todos os homens se deparam.[carece de fontes?]

Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos.[carece de fontes?]

Um exemplo é a teoria freudiana do "Complexo de Édipo". Freud afirmava que esse complexo era universal, mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência subjetiva (a sua "autoanálise" precedendo a publicação de A Interpretação dos Sonhos) e da sua prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma Áustria vitoriana. Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos e que não poderiam fundamentar a universalidade pretendida pelo autor. No entanto, contrária a esta afirmação, a utilização da cultura nas teorias psicanalíticas (como demonstrada pelo uso do mito grego Édipo Rei) fundamenta esta universalidade ao recorrer à mesma situação ou conflito em diferentes contextos (para Édipo, a Grécia do século V a.C; para Freud, a Viena do século XX d.C.), de acordo com o psicanalista Renato Mezan em seu livro Freud, Pensador da Cultura.[carece de fontes?]

Outra crítica robusta foi feita pelo psiquiatra inglês Willian Sargant no livro "A possessão da mente". O autor relata suas experiências com pacientes com traumas de guerra, em que ele se deparou com situações nas quais estes se tornavam altamente sugestionáveis. O método psicanalítico, segundo Sargant, atuaria de forma semelhante a estes fenômenos, o que tornava não críveis os relatos dos pacientes que supostamente confirmavam o pensamento freudiano. Como a relação psicanalista-paciente pode provocar estados de alta sugestionabilidade, estes estariam, na verdade, expressando as crenças do próprio psicanalista.[carece de fontes?]

Crítica ao modelo psicossexual

O modelo psicossexual que desenvolveu tem sido criticado por diferentes frentes. Alguns têm atacado a afirmação de Freud sobre a existência de uma sexualidade infantil (e, implicitamente, a expansão que se fez na noção de sexualidade). Outros autores, porém, consideram que Freud não ampliou os conhecimentos sobre sexualidade (que tinham antecedentes na psiquiatria e na filosofia, em autores como Schopenhauer); senão que Freud "neurotizou" a sexualidade ao relacioná-la com conceitos como incesto, perversão e transtornos mentais. Ciências como a antropologia e a sociologia argumentam que o padrão de desenvolvimento proposto por Freud não é universal nem necessário no desenvolvimento da saúde mental, qualificando-o de etnocêntrico por omitir determinantes socioculturais.[carece de fontes?]

Freud esperava provar que seu modelo, baseado em observações da classe média austríaca, fosse universalmente válido. Utilizou a mitologia grega e a etnografia contemporânea como modelos comparativos. Recorreu ao "Édipo Rei" de Sófocles para indicar que o ser humano deseja o incesto de forma natural e como é reprimido este desejo. O complexo de Édipo foi descrito como uma fase do desenvolvimento psicossexual e de amadurecimento. Também fixou-se nos estudos antropológicos de totemismo, argumentando que este reflete um costume ritualizado do complexo de Édipo (Totem e Tabu). Incorporou, também, em sua teoria, conceitos da religião católica e da judaica; assim como princípios da Sociedade Vitoriana sobre recalque, sexualidade e moral; e outros da biologia e da hidráulica. Esperava que sua investigação proporcionasse uma sólida base científica para seu método terapêutico.[carece de fontes?]

Principais seguidores de Freud

Pacientes de Freud

Esta é uma lista parcial de pacientes cujos estudos de caso foram publicados por Freud.

Obras

Ver também

Referências

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Bibliografia

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  • Thá, Fabio (2004). «Representação e pensamento na obra freudiana: preliminares para uma abordagem cognitiva». Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica. 7 

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