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Randolfe Rodrigues | |
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Randolph Frederich Rodrigues Alves | |
Randolfe Rodrigues | |
Senador pelo Amapá | |
Período | 1° de fevereiro de 2011 até atualidade |
Deputado Estadual do Amapá | |
Período | 1º de fevereiro de 1999 até 1° de fevereiro de 2007 (2 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 6 de novembro de 1972 (48 anos) Garanhuns, Pernambuco |
Partido | PT (1990-2005) PSOL (2005-2015) REDE (2015-presente) |
Profissão | Professor, Historiador |
Website | randolferodrigues |
Randolph Frederich Rodrigues Alves, mais conhecido como Randolfe Rodrigues (Garanhuns, 6 de novembro de 1972), é um professor e político brasileiro atualmente filiado a Rede Sustentabilidade (REDE), é líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado Federal.[1] Foi o mais votado da história do estado do Amapá nas Eleições de 2010.[2][3][4][5][6] Defendeu, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff que, se fosse pelo conjunto da obra, teria de afastar também o vice Michel Temer.[7] Nas eleições de 2018, foi reeleito senador.[8]
Nascido em Garanhuns, na zona agreste de Pernambuco,[9] Randolfe reside no Amapá desde os oito anos de idade, onde se formou em história pela Universidade Federal do Amapá e atuou como professor.[10][11] Assim como o pai sindicalista e militante socialista, foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em sua primeira disputa eleitoral elegeu-se deputado estadual do Amapá em 1998 com 1.756 votos nominais, reelegendo-se em 2002.
Deixou o PT em 2005 para filiar-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Seu pedido de desfiliação do PT foi causado, principalmente, pela crise política nacional causada pelas denúncias de um esquema de pagamento a congressistas para votarem de acordo com os interesses do executivo (o escândalo do mensalão). De acordo com o senador Randolfe Rodrigues, foi causado também pelas mudanças regressivas do PT que, na concepção do parlamentar e demais fundadores do partido, abandonou o socialismo como meta estratégica. Militantes históricos e mesmo fundadores do PT, como Plínio de Arruda Sampaio e Hélio Bicudo, saíram do partido individualmente ou em conjunto.
Tentou eleger-se deputado estadual em 2006, mas não obteve sucesso. Em 2008, foi candidato a vice-prefeito de Macapá, tendo conquistado o segundo lugar nas eleições. Foi, dessa forma, o primeiro psolista a chegar a um segundo turno de eleição.
Em 2010, foi o senador mais votado do estado do Amapá com 203.259 votos[12], tornando-se o mais jovem integrante do Senado Federal de sua legislatura[13].[carece de fontes]
Por um projeto de decreto legislativo elaborado pelos senadores Pedro Simon e Randolfe Rodrigues, o Congresso Nacional, reunido em sessão simbólica em 18 de dezembro de 2013, devolveu simbolicamente o mandato de Presidente da República ao presidente deposto em 1964, João Goulart.[14]
Em setembro de 2015 anunciou sua saída do PSOL após 10 anos no partido.[15] Filiou-se à recém-criada Rede Sustentabilidade,[16] liderada por Marina Silva.
No primeiro dia como senador concorreu ao cargo de presidente do Senado contra o então presidente do senado, José Sarney e foi derrotado por 70 votos a 8, com dois votos em branco e um nulo.[17] Deputado estadual por oito anos, eleito senador em outubro de 2010, Rodrigues, na época com 38 anos, decidiu concorrer com Sarney em defesa de valores éticos revogados pelo grupo do adversário. Além do próprio voto, conseguiu mais sete. Só cinco foram identificados: Marinor Brito (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Marisa Serrano (PSDB-MS). Até agora não apareceram os donos dos dois votos restantes. Tampouco se sabe quem foi o autor do segundo voto em branco. Sem contar os peemedebistas dissidentes Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, eram 18 os senadores filiados a partidos de oposição (10 do PSDB, cinco do DEM, um do PPS e na época dois do PSOL).
Em 15 de janeiro de 2013, o então líder do PSOL no Senado, anunciou sua candidatura à Presidência da Casa. Ele disputou o cargo com o líder do PMDB no Senado, o senador Renan Calheiros, que tem o apoio da base governista e que renunciou em novembro de 2007 a esse mesmo cargo devido a denúncias de que teria contas pessoais pagas por uma construtora.[18]
Procurou o apoio de senadores independentes, entre eles do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), e decidiu entrar na disputa para evitar que Renan Calheiros fosse candidato único.[19][20] A eleição ocorreu em fevereiro de 2013 e Renan Calheiros saiu vencedor.[21]
Em 1° de dezembro de 2013, o Partido Socialismo e Liberdade havia escolhido o senador pelo Amapá, Randolfe Rodrigues,[22][23] como candidato do partido para a presidência.[22] Ele havia derrotado a pré-candidata Luciana Genro em votação promovida no 4° Congresso Nacional do partido.[22] Porém, em 13 de junho de 2014, o PSOL anunciou que o senador desistiu da candidatura a presidente pelo partido e que ele seria substituído por Genro. Na nota em que divulgou a desistência de Randolfe, o PSOL afirmou que o senador saiu da disputa para "construir uma alternativa política contra o retorno das forças conservadoras no estado do Amapá" e que a opção "representa um prejuízo na construção de uma alternativa de esquerda nestas eleições".[24][25][26] Após as eleições de 2010, na qual Camilo sagrou-se campeão, os partidos de oposição começaram a articular um bloco único de oposição ao governo. Na Assembleia Legislativa, PDT, PP, PSC e outras legendas se declararam opositoras do governo desde o início de seu mandato. Em outubro de 2012, nas eleições municipais, o PSOL, sigla de esquerda, que no Amapá é dirigido por um setor mais moderado (a dissidência da APS), tendo um arco de alianças mais amplo que o habitual, conquistou sua primeira prefeitura (Macapá) no estado e tornou-se uma peça-chave no cenário pré-2014.[27][28]
Em outubro de 2017 votou a contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves mostrando-se favorável a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no processo onde ele é acusado de corrupção e obstrução da justiça por solicitar dois milhões de reais ao empresário Joesley Batista.[29][30]
O senador Randolfe Rodrigues defendeu em 14 de março de 2012, a aprovação de projeto de lei que estabelece cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre o capital estrangeiro que ingressa no país para lucrar com os juros altos. De autoria da ex-senadora Marinor Brito, do PSOL do Pará, a proposta tem como relator o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que já se manifestou favorável à matéria. Randolfe Rodrigues disse que a ausência de taxação de IR sobre o capital estrangeiro também representaria uma grave injustiça com o trabalhador brasileiro, que é obrigado a descontar mensalmente uma alíquota de 27,5%. O senador ressaltou que os US$ 8,8 trilhões de capital estrangeiro citados na palestra por Mantega vieram para o Brasil apenas pela alta taxa de juros praticada no pais, considerada a maior do mundo (9,75%), sem qualquer preocupação com a implantação de empreendimentos para o desenvolvimento da economia nacional.[31]
Passadas três horas de discussão e muita polêmica em torno da emissão da identidade estudantil, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, em 15 de fevereiro de 2012, parecer do relator da proposta, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ao projeto do Estatuto da Juventude (PLC 98/2011).[32]
Randolfe Rodrigues defendeu a adoção do Financiamento público de campanhas e denunciou a "lamentável podridão" do modelo privado. O parlamentar citou trecho de entrevista de José Roberto Arruda à revista Veja, em que o ex-governador do Distrito Federal justifica práticas das quais é acusado na Justiça dizendo que "jogou o jogo da política brasileira".
O senador Randolfe, junto a um grupo de outros cinco senadores anunciou em 18 de abril de 2016, que apresentará uma proposta de emenda à Constituição para que sejam realizadas novas eleições presidenciais em outubro de 2016. A ideia dos senadores Walter Pinheiro (sem partido-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) é que a proposta tramite paralelamente ao pedido de Impeachment da presidenta Dilma no Senado.[33]
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esperou até 1h da manhã de 29 de abril de 2016, para poder pregar uma peça na autora do pedido de impeachment, Janaina Paschoal, na sessão dedicada a ouvir os denunciantes na comissão especial. O parlamentar fez uma explanação apresentando a edição de decretos de créditos suplementares específicos e pediu, em seguida, a opinião de Janaína sobre esses documentos. A jurista defendeu que os créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment. "Muito bem, fico feliz com sua opinião, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer", disse Randolfe. "Essas ações que eu li foram tomadas pelo vice". Apenas algumas horas antes ela havia dito que não havia indícios suficientes para pedir o impeachment de Michel Temer. "O Vice-presidente assina documentos por ausência do presidente, por delegação. Neste caso, não há o tripé de crimes continuados e intercalados entre si."[34]
DPVAT
Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro editou a Medida Provisória 904/2019, que extingue o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestre – DPVAT. Randolfe Rodrigues, em 20 de novembro de 2019, deu entrada no STF com em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), defendendo que a MP era inconstitucional, o que foi acatado pelo STF, conseguindo assim uma vitória política com o impedimento da extinção do referido seguro obrigatório. Contudo, isso lhe rendeu o apelido de "Senador DPVAT", o que em entrevista a Rádio Jovem Pan, no dia 3 de fevereiro de 2020, negou categoricamente, dizendo ser "a maior mentira contada nos últimos seis meses".[35]
Em 4 de fevereiro de 2021, o senador protocolou um pedido de comissão parlamentar de inquérito para investigar gastos e omissões do Governo Jair Bolsonaro durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Segundo Rodrigues, “Com o recrudescimento da COVID-19 em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, as omissões e ações erráticas do governo federal não podem mais passar incólumes ao devido controle do Poder Legislativo”. [36] Em 27 de abril, Randolfe foi escolhido vice-presidente da CPI pelos integrantes da Comissão.[37]
Prêmio | Categoria | Resultado | Vencedor |
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Congresso em Foco 2012[38] | Parlamentar de Futuro[3] | Venceu | Randolfe Rodrigues |
Combate ao Crime Organizado[4] | Venceu | Randolfe Rodrigues | |
Defesa da Segurança Jurídica e Cidadania[5] | Venceu | Randolfe Rodrigues | |
Defesa da Democracia[39] | 2º colocado | Eduardo Suplicy | |
Melhor Senador[40] | 3º colocado | Eduardo Suplicy | |
Congresso em Foco 2013[6][41] | Senador mais votado pelos jornalistas | Venceu | Randolfe Rodrigues |
Parlamentar de Futuro | 2º colocado | Jean Wyllys | |
Defesa da Gestão Pública | 3º colocado | Chico Alencar | |
Melhor Senador | 4º colocado | Cristovam Buarque | |
Defesa da Democracia | 5º colocado | Chico Alencar | |
Congresso em Foco 2015[42] | Senador mais votado pelos jornalistas | Venceu | Randolfe Rodrigues |
Parlamentar de Futuro | 2º colocado | Jean Wyllys | |
Melhor Senador | 4º colocado | Ronaldo Caiado |
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