Padre Kelmon | |
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Dados pessoais | |
Nome completo | Kelmon Luís da Silva Souza |
Nascimento | 21 de outubro de 1976 (45 anos) Acajutiba, BA |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | PT (2002–2009)[1] PTB (? – presente) |
Kelmon Luís da Silva Souza (Acajutiba, 21 de outubro de 1976),[2] mais conhecido como Padre Kelmon, é um político brasileiro, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Celebra missas e batismos na Bahia e ganhou notoriedade em grupos conservadores graças ao discurso bélico contra a esquerda política.[3] Desde 2010, mantém em Brasília a loja de artigos religiosos Jabuti.[4] Foi candidato à Presidência da República em 2022, conseguindo 0,07% dos votos.[5]
Filho de Risoldete e José Gomes, uma família católica. Na adolescência, nos anos 90, liderou grupos de jovens como a Legião de Maria[6] e atuou na comunidade ecumênica cristã de Taizé, de origem francesa. Participou ainda da criação de um grupo chamado Jovens Unidos Semeando Paz e Esperança (JUSPE).[4]
Aos 20 anos ingressou no seminário Mater Ecclesiae, dos Legionários de Cristo, em São Paulo, seguindo sua formação nos seminários Santana e Santa Catarina de Alexandria, o primeiro romano e o segundo ortodoxo.[6]
Em 2003, decidiu seguir como ortodoxo. Seis anos depois, tornou-se missionário no serviço aos pobres, presidiários, e à juventude universitária.[6]
Durante esse tempo serviu as igrejas Greco Melquita e Apostólica Ortodoxa da América, onde foi ordenado padre em São Paulo, em 2 de agosto de 2015, pelo bispo Kyrios Ioannis de Santa Catarina.[6][7][8] Em 6 de agosto de 2021, ingressou na Igreja Ortodoxa do Peru,[6] vínculo reconhecido pela própria, em nota.[7] Atualmente, é pároco do seu Vicariato Episcopal do Brasil na Ilha de Maré, na Bahia.[9] A Igreja Ortodoxa do Peru não tem relação com a matriz grega ou russa da Igreja Ortodoxa,[3][10] e a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia também afirmou, em 25 de setembro de 2022, que não tem vínculos com Kelmon.[11] Em 30 de setembro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota afirmando que Kelmon não pertence à Igreja Católica Apostólica Romana.[12] Kelmon obteve licença eclesiástica da Igreja Ortodoxa do Peru para concorrer à Presidência em 2 de agosto de 2022.[8]
Em outubro de 2021, fundou o Movimento Cristão Conservador Latino-Americano (MECCLA), assumindo-o como seu primeiro presidente, tal como da Associação Theotokos, que declara à Receita prestar atividades de organizações religiosas ou filosóficas e atividades de associações de defesa de direitos sociais.[6]
O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) descreve Kelmon como "homem cristão, conservador e de direita, que sempre se dedicou à igreja e ao combate da esquerda no país". Ajudou a criar o Movimento Cristão Conservador e lidera o Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla).[13]
Padre Kelmon se diz admirador dos já falecidos Enéas Carneiro e Levy Fidelix. Através de seu canal no YouTube, faz denúncias à "islamização" e a "perseguição" de cristãos no Brasil. Apesar de seu discurso ser radicalmente contra o espectro político referente a esquerda, isso contrasta com sua antiga filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT).[14]
Inicialmente, apoiou o Partido Social Cristão (PSC),[15] mas, depois chegou a ser integrante do PT, na Bahia, entre 2 de junho de 2002 e 21 de novembro de 2009.[6]
Já fora desse partido político de esquerda e arrependido por isso, propagandeou contra a então candidata petista nas eleições presidenciais do Brasil de 2010, Dilma Rousseff[6] ao serviço[necessário esclarecer] da Frente Integralista Brasileira.[4]
Em 2012, participou do 4º Congresso Nacional desse movimento Integralista brasileiro, de extrema-direita nacionalista e católico.[16] O partido de Kelmon, o PTB é hoje um partido com diversos filiados que se declaram integralistas, anteriormente autodenominados integralistas haviam se filiado aos partidos PRONA de Enéas Carneiro e o PRTB de Levy Fidelix.[17]
Após ter começado a conversar com Roberto Jefferson, desde que este gritou em público para José Dirceu (PT) sair do governo, terá[necessário esclarecer] surgido no PTB o movimento Juventude Trabalhista Cristã Conservadora (JTCC), desse diálogo, do qual o padre Kelmon se vinculou.[4]
Após o indeferimento da candidatura de Jefferson, o então candidato à presidência do PTB,[18] seu candidato a vice-presidente, Padre Kelmon, foi escolhido como candidato à presidência, em 1º de setembro de 2022, tendo Pastor Luiz Cláudio Gamonal como candidato a vice.[19][20] Padre Kelmon apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral o mesmo plano de Roberto Jefferson, que cita a valorização de Deus, da família e da liberdade, prometendo intensificar a agenda de privatizações, convocar uma nova Assembleia Constituinte, reduzir a carga tributária, pôr fim à estabilidade dos servidores públicos, proibir a legalização, plantio, cultivo e comercialização da maconha e criminalizar a "cristofobia".[21][22]
Em sua primeira participação em um debate televisivo, no SBT, em 24 de setembro Kelmon frequentemente elogiou e defendeu o presidente Jair Bolsonaro, atuando como seu aliado.[23][24][25][26] Após a transmissão, Kelmon se tornou popular na Internet e foi comparado ao candidato de 2018 Cabo Daciolo,[27][28][29] o que Kelmon disse que seria uma "ofensa".[30] Antonio Lavareda, cientista político e presidente do Conselho Científico do Ipespe, declarou à CNN: "Padre [Kelmon] está para Bolsonaro em 2020 como esteve o Cabo Daciolo em 2018. Ele deixa Bolsonaro mais moderado".[31] No debate, Kelmon também ficou conhecido por defender a pauta antiaborto e dizer que negros não precisam de cotas.[32][33][34]
Durante sua participação no debate da TV Globo em 29 de setembro, Padre Kelmon voltou a elogiar e defender o presidente Bolsonaro.[35] Também se envolveu em discussão com o ex-presidente Lula, onde foi chamado de "impostor", "candidato laranja" e "fariseu".[36] Por outro lado, a senadora Soraya Thronicke o chamou de "padre de festa junina" e lhe perguntou se "teria medo de ir para o Inferno".[37] Tais falas geraram repercussão na internet e memes.[38][39] Kelmon também viralizou devido a suas constantes interrupções às falas de seus oponentes, sendo advertido em diversos momentos pelo mediador William Bonner, que perguntou-lhe se ele sabia que o debate tinha regras.[40] Após novas interrupções, Bonner disse: "O senhor realmente decidiu instituir uma nova regra neste debate".[41] Após o debate da Globo, segundo o Datafolha, a rejeição de Kelmon cresceu sete pontos percentuais, se comparado com o levantamento anterior: de 19% para 26%, tornando-se o terceiro candidato mais rejeitado entre os eleitores, atrás apenas de Lula e Bolsonaro.[42]
Não foi eleito presidente da República.[43]
Ano | Eleição | Cargo | Partido | Votos | % | Resultado | Ref. |
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2022 | Gerais do Brasil | Presidente | PTB | 81.129 | 0,07% | Não eleito | [43][5] |
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2022-10-14 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=6971154