Oxigenação por membrana extracorporal (ECMO) é uma técnica de suporte de vida extracorporal em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar.[1][2] A ECMO usa uma bomba para fazer circular o sangue por um pulmão artificial fora do corpo, regressando depois à corrente sanguínea.[3]
Entre as condições mais comuns que podem necessitar de ECMO estão casos de pneumonia grave, COVID-19 (em casos agudos), hérnia diafragmática congénita, doenças cardíacas congénitas, síndrome de aspiração de mecónio, pressão arterial muito elevada nas artérias dos pulmões e durante o recobro de uma cirurgia cardíaca.[3] A ECMO é uma técnica complexa, de alto risco e custo elevado.[1][4][5][6] Entre as possíveis complicações estão hemorragias, formação de coágulos sanguíneos e infeções.[3]
A ECMO foi desenvolvida na década de 1950 por John Gibbon, e depois por C. Walton Lillehei. O primeiro uso em neonatos foi em 1965.[7][8]
Banning Gray Lary[9] foi o primeiro a demonstrar que o oxigênio intravenoso poderia manter a vida. Seus resultados foram publicados no periódico Surgical Forum em novembro de 1951.[10] Lary comentou seu primeiro trabalho a respeito em uma apresentação de 2007, onde escreve: "Nossa pesquisa começou por elaborar um aparato que, pela primeira vez, manteve os animais vivos enquanto respiravam nitrogênio puro. Isso foi efetuado com bolhas de oxigênio bastante pequenas injetados à corrente sanguínea. Essas bolhas eram feitas através da adição de um 'agente umidificante' no oxigênio, que era forçada através de um filtro de porcelana até a corrente de sangue venoso. Pouco após sua apresentação inicial no Colégio Americano de Cirurgiões, esse aparato foi avaliado por Walton Lillehei, que, junto de DeWall, construiu a primeira máquina cardiopulmonar que empregava um oxigenador de bolhas. Com algumas adaptações, essas máquinas permaneceram sendo usadas pelos próximos vinte anos."
No começo de fevereiro de 2020, médicos chineses aumentaram o uso de ECMO como um suporte adicional para pacientes apresentando síndrome respiratória aguda grave associada à infecção pelo vírus SARS-CoV-2 quando, mesmo após o uso de ventiladores mecânicos, os níveis de oxigenação permanecem baixos demais para manter o paciente.[11] Relatórios preliminares demonstram que o tratamento auxilia a recuperação da oxigenação sanguínea e reduz as fatalidades entre os aproximadamente 3% dos casos onde foi utilizado.[12] Para pacientes criticamente doentes, a taxa de mortalidade baixou de cerca de 59–71% com terapia convencional para 46% com o uso da oxigenação por membrana extracorpórea.[13] A capa do jornal LA Times em 14 de março de 2021 ilustrou a eficácia do ECMO em uma paciente extremamente comprometida por COVID-19.[14] No Brasil, a terapia só obteve aprovação do Conselho Federal de Medicina em 2018. Eram 21 centros médicos habilitados ao procedimento no país em 2021.[4] Em Portugal, um paciente esteve durante cinco meses sob suporte da ECMO, a mais prolongada aplicação do método já registrada.[15]
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Felizmente, hoje já temos operadoras de saúde se atualizando e cobrindo boa parte dos custos da máquina. No passado, a família assinava uma autorização para o uso do equipamento, por necessidade, sem saber quanto ficaria a conta no final
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