O Rei do Gado | |
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The King of the Cattle (EN)[1] El Rey del Ganado (ES)[2] | |
Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Duração | 50 minutos |
Criador(es) | Benedito Ruy Barbosa |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | Luiz Fernando Carvalho |
Roteirista(s) | Edmara Barbosa Edilene Barbosa |
Narrador(es) | Dirceu Rabelo (chamadas) |
Elenco | |
Tema de abertura | "Rei do Gado", Orquestra da Terra |
Composto por | Luiz Schiavon, Marcelo Barbosa e Nil Bernardes |
Exibição | |
Emissora original | TV Globo |
Formato de exibição | 480i (SDTV) |
Transmissão original | 17 de junho de 1996 - 14 de fevereiro de 1997 |
Episódios | 209 |
O Rei do Gado é uma telenovela brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 17 de junho de 1996 a 14 de fevereiro de 1997, em 209 capítulos.[3] Substituiu O Fim do Mundo e foi substituída por A Indomada, sendo a 53ª "novela das oito" exibida pela emissora.
Escrita por Benedito Ruy Barbosa, com colaboração de Edmara Barbosa e Edilene Barbosa, foi dirigida por Luiz Fernando Carvalho, Carlos Araújo, Emilio Di Biasi e José Luiz Villamarim. A direção geral e de núcleo foram de Luiz Fernando Carvalho.[5][6][7]
Contou com as participações de Antônio Fagundes, Patricia Pillar, Raul Cortez, Glória Pires, Fábio Assunção, Silvia Pfeifer, Carlos Vereza e Stênio Garcia.[4]
Nem o ódio entre duas famílias impediu o amor dos jovens Enrico e Giovanna. Os Mezenga e os Berdinazzi são vizinhos e, por causa de uma cerca no limite de suas propriedades, vivem uma guerra sem precedentes. As duas famílias proíbem o amor entre Enrico, filho de Antônio e Nena Mezenga, e Giovanna, filha de Giuseppe e Marieta Berdinazzi. Os dois se casam e mesmo depois de casados não conseguem viver esse amor, por isso fogem.
O filho de Enrico e Giovanna, Bruno Mezenga, cresce e se transforma num dos maiores criadores de gado do país, conhecido como o "Rei do Gado". Ele sabe do ódio que separou as famílias de seus pais, e nunca conheceu os parentes de sua mãe: os avós e os tios, Bruno, que morreu na guerra, e Giácomo Guilherme , que morreu pobre. Só sabe que o outro tio, Geremias Berdinazzi, tornou-se um rico fazendeiro. Mas o velho Geremias é um homem solitário que não reconhece os Mezenga como membros de sua família, e cujo único sonho é encontrar Marieta - a sobrinha que ele nunca conheceu, filha de seu irmão Giácomo Guilherme - e deixar para ela toda sua fortuna.
Bruno Mezenga, por sua vez, vive um casamento fracassado com Léia, uma esposa infiel que o trai com Ralf, um mau-caráter. O casal tem dois filhos: Lia, que apaixonou-se pelo peão Pirilampo, e Marcos, que vive um atribulado romance com Liliana, filha do senador Roberto Caxias.
Mas as vidas de Bruno Mezenga e Geremias Berdinazzi mudam completamente com a chegada de duas mulheres. Marieta, que julga ser a sobrinha desaparecida de Geremias; e Luana, uma boia-fria de passado incerto, por quem Bruno se apaixona.
Intérprete | Personagem |
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Antônio Fagundes | Bruno Berdinazzi Mezenga |
Antonio Mezenga (1ª fase) | |
Raul Cortez | Geremias Berdinazzi |
Patricia Pillar | Luana Berdinazzi / Marieta Berdinazzi |
Glória Pires | Rafaela Berdinazzi / Marieta Berdinazzi (falsa) |
Fábio Assunção | Marcos Mezenga |
Sílvia Pfeifer | Léia Mezenga |
Oscar Magrini | Ralf Tortelli |
Carlos Vereza | Senador Roberto Caxias |
Stênio Garcia | Zé do Araguaia |
Bete Mendes | Donana |
Lavínia Vlasak | Lia Mezenga |
Mariana Lima | Liliana Caxias |
Guilherme Fontes | Tavinho |
Jackson Antunes | Regino Pereira |
Ana Beatriz Nogueira | Jacira Pereira |
Almir Sater | Aparício (Pirilampo) |
Sérgio Reis | Zé Bento (Saracura) |
Walderez de Barros | Judite |
Ana Rosa | Maria Rosa Caxias |
Arieta Corrêa | Chiquita |
Leila Lopes | Suzane Maia |
Luiz Parreiras | Orestes Couto Maia |
Iara Jamra | Lurdinha |
Luciana Vendramini | Marita |
Rogério Márcico | Olegário |
Jairo Mattos | Fausto |
Mara Carvalho | Bia |
Maria Helena Pader | Júlia |
Paulo Coronato | Dimas |
Antônio Pompêo | Dominguinhos |
Cosme dos Santos | Formiga |
Amilton Monteiro | Detetive Clóvis Rezende |
Adenor de Souza | Lupércio |
Paulo Gabriel | Uerê’é / Rafael |
Intérprete | Personagem |
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Tarcísio Meira | Giuseppe Berdinazzi |
Vera Fischer | Helena Mezenga (Nena) |
Eva Wilma | Marieta Berdinazzi |
Letícia Spiller | Giovanna Berdinazzi |
Leonardo Bricio | Enrico Mezenga |
Caco Ciocler | Geremias Berdinazzi |
Marcello Antony | Bruno Berdinazzi |
Manoel Boucinhas | Giácomo Guilherme Berdinazzi |
Cláudio Corrêa e Castro | Tony Vendacchio |
Emílio Orciollo Netto | Giuseppe Berdinazzi Bisneto |
José Augusto Branco | Delegado Josimar[8] |
Tadeu di Pietro | Delegado Valdir |
Michel Bercovitch | Dr. Mário Gomide |
Francisco Carvalho | Mauriti |
Paulo Goulart | juiz no caso de Marcos |
Regina Dourado | Magu |
Renato Master | Delegado Bordon |
Chica Xavier | Madre Luzia |
Carlos Takeshi | Olavo |
Cyria Coentro | Maria da Luz |
Ilva Niño | Joana, mãe de Maria da Luz |
Neusa Borges | Marta |
Cláudio Amado | Tony Vendacchio |
Hélio Cícero | Dr. Walfrido |
Liana Duval | Quitéria |
Roney Villela | Genivardo |
Hélio Ribeiro | Maurício |
Duda Mamberti | Matias |
Guilherme Corrêa | Joel |
Marcos Oliveira | Tonico |
Cláudio Tovar | Fernardinho |
Genésio de Barros | líder dos sem-terra |
Gésio Amadeu | sem-terra cantor |
Clemente Viscaíno | deputado, amigo de Caxias |
Dan Stulbach | repórter |
Ivan de Almeida | caminhoneiro |
Maria Ribeiro | prostituta |
Armando Valsani | cantor |
Átila Iório | Honorato, caiçara[8] |
Bia Montez | enfermeira de Geremias |
João Bourbonnais | corretor |
Vanusa Spindler | secretária da corretora |
Adilson Barros | motorista da fazenda de cana[4] |
Luiz Serra | fazendeiro |
Malu Valle | apresentadora de TV |
Luiz Baccelli | oficial |
Nelson Baskerville | repórter |
Altamiro Martins | tabelião |
Celso Frateschi | motorista |
Tácito Rocha | promotor |
Paulo Tiefenthaler | gerente de banco |
Walter Breda | cliente de Tonico Vendacchio |
Luiz Baccelli | oficial do Exército |
Henrique Lisboa | carteiro |
Ken Kaneco | japonês |
Sérgio Milleto | Dr. Arnaud |
Luísa Fiori | Gema |
Síria Betti | Inês, mãe de Gema |
Chico Expedito | Pedro Chiaramonte[8] |
Flavio Antônio | Dr. Castanho[8] |
Beto Bellini | jagunço |
David Y Pond | líder do grupo extremista japonês |
Antônio Castiglioni | Bruno Mezenga (criança) |
Roberto Carlos | ele mesmo |
Edmilson Capelupi | ele mesmo |
Roberto Losan | ele mesmo |
Em O Rei do Gado, Benedito Ruy Barbosa retorna as discussões sobre a reforma agrária, abordada anteriormente em sua outra telenovela, Meu Pedacinho de Chão, e a vida dos trabalhadores do Movimento dos Sem Terra (MST) pela luta da posse de terras. Paralelamente a estes temas e do romance da primeira fase de O Rei do Gado, Benedito Ruy Barbosa retratou a época que viveu pessoalmente. Na juventude, o autor morou em fazendas e acompanhou o recebimento do café, aprendeu a selecionar os grãos, conferir o peso, ver a amostragem das impurezas e o tempo da broca, etapas que mostrou na telenovela.[3] A primeira fase mostrou a decadência do ciclo do café e a inserção do Brasil na Segunda Guerra Mundial. A segunda fase mostrou a modernização e a riqueza do interior paulista através de Ribeirão Preto. A capital São Paulo e a região do Araguaia também serviram de cenário para a trama.[4][3][9]
Na última cena da telenovela, sobe sobre milhares de pés de café, lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar, um letreiro que diz: "Deus, quando fez o mundo, não deu terra pra ninguém, porque todos os que aqui nascem são seus filhos. Mas só merece a terra aquele que a faz produzir, para si e para os seus semelhantes. O melhor adubo da terra é o suor daqueles que trabalham nela". E a câmera volta em Bruno Mezenga e Geremias Berdinazi, em meio àquele imenso cafezal, como se os dois estivessem discutindo, e deixa a pergunta: "vai começar tudo de novo?"
Foi construída uma cidade cenográfica nos Estúdios Globo onde ficava a sede da maior fazenda da trama, do personagem Bruno Mezenga, com dois pavimentos de 600m² de construção.[3] A fazenda foi feita pelo cenógrafo Raul Travassos, sendo até então a maior casa feita por ele e idealizada para gravações externas e internas,[3] e onde só as paredes eram cenográficas, mesmo assim ganharam revestimento de argamassa. O chão era de pedra e tijolo, as vigas de maçaranduba, o teto de pau do mato e eucalipto, e portas e janelas foram feitos com madeira de demolição.[3] Fora dos Estúdios Globo, foram utilizados pelo menos cinco polos de gravação: Amparo, Ribeirão Preto e Itapira no estado de São Paulo, Guaxupé em Minas Gerais e Aruanã em Goiás.[10][3][4], por onde se espalhavam as fazendas usadas como locação. As paisagens bucólicas da região do Araguaia, onde ficava uma das fazendas do personagem Bruno Mezenga, era uma área formada por ecossistemas típicos do Pantanal, da Floresta Amazônica e do Cerrado, abrigando extensa diversidade de flora e fauna.[3] As cenas da primeira fase se passavam durante a Segunda Guerra Mundial e a equipe da telenovela viajou à cidade de Craco, uma das regiões mais pobres da Itália. Com cerca de 300 figurantes, foram reconstituídas cenas de batalhas, sendo filmadas em película 16 mm, própria para cinema, e em preto-e-branco. Na Itália, também foram feitas algumas seqüências na comuna italiana Guardia Perticara e no monumento dos pracinhas brasileiros, na Toscana.[3]
O diretor Luiz Fernando Carvalho dirigiu sozinho toda a primeira fase. Só na segunda, passou a dividir o trabalho com Carlos Araújo, Emílio Di Biasi e José Luiz Villamarim. A telenovela contou com a fotografia de Walter Carvalho, para reforçar o estilo cinematográfico do diretor.[3] Para dar o tratamento da luz na primeira fase da novela, Luiz Fernando se inspirou na Pintura da Itália, do final do século XIX até a era romântica. A intenção era captar a atmosfera dos imigrantes no Brasil do interior de São Paulo na década de 1940. Segundo o diretor, em vez da luz dilacerada, de cores fortes e altos contrastes de Renascer (1993), quando estudou pintores baianos, em O Rei do Gado a luz criava uma atmosfera mais tênue, clara, sem muitos claros e escuros, afirmando no lançamento da telenovela que "tinha que passar a impressão de que a luz tem cheiro, um perfume, não é ardida, não bate no rosto da pessoa, mas perfuma, como se estivesse em volta dela, e não sobre ela".[3]
A maquiagem para caracterizar os personagens que eram imigrantes trabalhadores da terra, queimados pelo sol e endurecidos pelo tempo, a equipe supervisionada por Isabel Arbizu fez um curso com Ve Neill, maquiadora de Hollywood, indicada ao Oscar 1993 na categoria de melhor maquiagem feita em Jack Nicholson no filme Hoffa (1992), dirigido por Danny DeVito.[3] Para isso, fotos em close dos atores, com todas as medidas necessárias, foram enviadas à maquiadora que, em seguida, veio ao Brasil para treinar as profissionais da telenovela com o material que seria usado.[3]
Alguns atores como Letícia Spiller e Patricia Pillar se submeteram a laboratórios, onde ensaiaram com a atriz e bailarina Gisela Rodrigues, professora e pesquisadora do Departamento de Artes Corporais da Unicamp, para comporem suas caboclas.[3] No caso de Patricia Pillar, ela passou dez dias entre os cortadores de cana-de-açúcar para compor Luana.[3][4] Leonardo Brício, Caco Ciocler, Manuel Boucinhas e Marcello Antony fizeram laboratórios para interpretarem rapazes da roça, sob coordenação do diretor Emílio de Biase. Eles viajaram para a região de Amparo, em São Paulo, onde tiveram várias aulas com os colonos locais, aprendendo montaria e cavalgagem, baterem feijão e colheita do café, entre outras atividades.[3] Durante a produção, foi prometido ao elenco um intervalo de pelo menos um mês entre as duas fases da telenovela. Antônio Fagundes, que fazia o avô na primeira e o neto na segunda da história, engordou para o primeiro personagem e esperava perder peso até a outra fase. Mas o intervalo foi de apenas 12 horas. Segundo o ator, os sete capítulos da primeira fase levaram cerca de três meses para ficar prontos, tamanho o capricho e a dedicação da equipe.[3]
Stênio Garcia, Bete Mendes, Antônio Fagundes e Patricia Pillar foram escalados para passar um tempo no Mato Grosso pesquisando a região, suas paisagens e os moradores locais. No estado, Stênio e Bete tinham a responsabilidade de representar o clima bucólico da vida rural brasileira. Em depoimento ao Memória Globo, o ator contou que, ao trabalhar sobre a foto de Zé das Águas – um habitante local no qual os passarinhos gostavam de pousar –, ele pôde vislumbrar um personagem já realizado. A imagem havia sido um presente do poeta Manoel de Barros ao ator.[3]
O Rei do Gado marcou a estreia na TV Globo de Marcello Antony, Caco Ciocler, Emílio Orciollo Netto e Lavínia Vlasak.[3] Participaram da telenovela os senadores Eduardo Suplicy e Benedita da Silva, que atuaram no funeral do Senador Caxias.
O Rei do Gado estrearia imediatamente após o fim de Explode Coração, no inicio de maio de 1996. Porém como a produção da novela estava atrasada, isso ocorreu apenas em 17 de junho de 1996. Cogitou-se aumentar a trama de Gloria Perez, mas a emissora tinha feito um acordo com a autora, e a liberaria para compromissos decorrentes do julgamento dos acusados pelo assassinato de sua filha, Daniella Perez em 1992. O intervalo entre 6 de maio e 16 de junho de 1996 foi preenchido com a novela O Fim do Mundo, de Dias Gomes.[11]
A primeira fase de O Rei do Gado foi muito elogiada e entrou para a galeria das cenas antológicas da televisão brasileira, com enredo emocionante e produção de altíssima qualidade, Benedito definiu que "Num país que precisa abrir o olho para sua realidade, uma novela não pode ser alienante, deve informar o público, ser algo útil à sociedade".[3][12][4]
O Rei do Gado estreou dois meses após a morte de 19 trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás, no Pará, conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás. A reforma agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram abordados pela primeira vez numa telenovela. O tema teve grande repercussão na mídia e na sociedade em geral.[3] O então presidente do MST, João Pedro Stédile disse na época que "A novela ajudou a fazer as pessoas nos olharem de maneira diferente. Nos deu status de cidadãos".[3][4]
Para Fernando de Barros e Silva, da Folha de S.Paulo, "O Rei do Gado engole o cinema nacional".[13] Segundo o crítico Rogerio Durst, a novela é "um épico dramático com participações especiais de primeira e belíssima fotografia".
Por outro lado, entre os problemas destacaram-se as falhas técnicas, equívocos de roteiro, excesso de cenas arrastadas e clipes, mau aproveitamento de atores e interpretações inadequadas.[14][15][16][17]
Uma cena da telenovela causou polêmica no Senado. Na trama, o Senador Caxias faz um discurso emocionado sobre os sem-terra, e no plenário estão apenas três senadores: um cochilando, outro lendo jornal e o terceiro falando ao celular. No dia seguinte, o então senador Ney Suassuna subiu à tribuna do senado para protestar contra o que classificou como "distorção da realidade". Segundo ele, a cena induzia a população a acreditar que não havia senadores honestos no país.[18]
Em outubro de 2006, o presidente da Rede Bandeirantes, Johnny Saad, em entrevista à Folha de S.Paulo, declarou ter ouvido de países vizinhos problemas com as telenovelas brasileiras, seja em razão do excesso de "tempero", seja de determinados vírus ideológicos. Questionado sobre estes vírus ideológicos, ele respondeu citando como exemplo a trama global: "Vários. Pega o "Rei do Gado" [1996/97]. O que foi glamourizado? O que saiu do noticiário e entrou na dramaturgia? O MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]. Lembra que o [senador petista Eduardo] Suplicy entrou na novela? Procure ver aonde foi a novela [a mais de 30 países, entre eles Cuba e Argentina]. Vi muito país dizer "Não quero". A TV aberta no mundo é muito conservadora. Só não é aqui [no Brasil], onde você vê muito tema com o qual se incomoda por estar com seu filho na sala. Se é menina, então, fica mais grilado. Mas com menino também".[19]
O Rei do Gado foi satirizada pelo Casseta & Planeta, Urgente! com três títulos: O Rei Drogado, O Rei Cagado e O Rei do Galho, como o grupo fazia com todas as telenovelas do horário nobre da emissora. Na Rádio Jovem Pan, o imitador Ciro Jatene não deixou barato: Satirizou a novela com o título O Rei Tardado, chegando a lançar um CD com os "capítulos" da radionovela.
Foi reexibida no Vale a Pena Ver de Novo de 15 de março a 13 de agosto de 1999, em 110 capítulos, substituindo Quatro por Quatro e sendo substituída pela sua mesma sucessora original A Indomada.[20]
Foi exibida na íntegra pelo Canal Viva de 9 de fevereiro a 28 de novembro de 2011, substituindo Por Amor e sendo substituída por Barriga de Aluguel, às 16h30.
Foi reexibida novamente no Vale a Pena Ver de Novo de 12 de janeiro a 7 de agosto de 2015, em 150 capítulos, substituindo Cobras & Lagartos e sendo substituída por Caminho das Índias.[21][22][23][24]
Está sendo reexibida pela terceira vez no Vale a Pena Ver de Novo desde 7 de novembro de 2022, substituindo A Favorita.[25][26] A trama se tornou a primeira novela a ganhar três exibições na faixa.[27][28] Não foi exibida no dia 24 de novembro em razão da cobertura jornalística do pós-jogo da Seleção Brasileira de Futebol pela Copa do Mundo FIFA de 2022.[29]
Em Portugal a novela estreou na SIC a 2 de setembro de 1996 com grande audiência[30]. Argentina, África do Sul, Canadá, Chile, Cuba, Grécia, Nicarágua, Noruega, Paraguai, Perú, Polônia, Rússia e Uruguai foram alguns dos mais de 30 países que exibiram O Rei do Gado.[3]
Foi disponibilizada na íntegra na plataforma de streaming Globoplay em 29 de novembro de 2021, através do Projeto Originalidade, que atualiza o formato original da produção da obra.[31]
O Rei do Gado estreou com média de 51 pontos e pico de audiência de 55 pontos, cerca de 7 milhões de telespectadores na Grande São Paulo.[32] A média mensal foi de 52 pontos no Ibope, o equivalente a 4,2 milhões de telespectadores na Grande São Paulo, com cada ponto equivalente a cerca de 80 mil telespectadores.[33] A audiência de O Rei do Gado não foi das melhores, quando comparada com o Ibope de antigos sucessos das oito na TV Globo como foram as audiências mensais de Renascer (de 58 a 63 pontos) e Fera Ferida (58 pontos).[33] O Rei do Gado, no entanto, teve a melhor performance entre as exibidas desde meados de 1994, superando os índices de O Dono do Mundo (47 pontos), Explode Coração (entre 43 e 53 pontos) A Próxima Vítima (entre 45 e 53 pontos) e Pátria Minha, (de 44 e 48 pontos).[33] Durante os capítulos em que o personagem Ralf, foi assassinado, a trama atingiu 57 pontos.[34] Um outro índice do Ibope, o Audiência Domiciliar por Programa, que é semanal, revela que O Rei do Gado atingiu seu pico entre 23 e 29 de setembro de 1996, quando Bruno Mezenga reapareceu, após sofrer acidente de avião no Araguaia. Naquela semana, a telenovela teve média de audiência de 58 pontos.[33] Em seu último capítulo, registrou 60 pontos.[35]
Na semana de 5 a 11 de agosto de 1996, na Grande Rio, a telenovela atingiu 48% de audiência, o que equivale a 1.189.000 domicílios.[36]
Na casa dos 25 pontos no Vale a Pena Ver de Novo, O Rei do Gado chegou a ter mais audiência que a então novela das seis, Pecado Capital.[37] Em 13 de maio de 1999, O Rei do Gado registrou média de 30 pontos no Ibope, novamente com audiência maior do que a quinta temporada de Malhação e da posterior novela das seis da época, Força de um Desejo.[38]
Reestreou com 14.1 pontos de média e 30.6% de share na Grande São Paulo, segundo dados consolidados do Kantar IBOPE Media. Na mesma faixa horária, a Band ficou na vice-liderança com 5.8 pontos, o SBT foi terceiro colocado com 4.8 e a Rede Record registrou o quarto lugar com 4.7 pontos. O número é 25% menor do alcançado pela antecessora Cobras & Lagartos, que cravou 18.4 pontos de média no primeiro capítulo de sua reprise em 28 de julho de 2014.[39] Bateu seu primeiro recorde em 27 de março de 2015 com 19.9 pontos.[40] Seu segundo recorde foi registrado no dia 30 do mesmo mês com 21.1 pontos.[41] Já seu terceiro recorde foi registrado em 21 de julho com 21.9 pontos.[42] Ao longo de sua exibição, a novela passou a elevar os índices da faixa vespertina, chegando inclusive a encostar em Babilônia em determinados momentos, que naquela ocasião acumulava índices abaixo do esperado para o horário das nove, abrindo um período de crise.[43] O último capítulo alcançou média de 20.1 pontos, e superou as audiências de Malhação, Além do Tempo e até do Jornal Nacional.[44] Esta segunda reprise terminou com uma média geral de 17,4 pontos, e foi a melhor audiência da faixa desde a reprise de O Clone, em 2011.[45]
A terceira reprise estreou em 7 de novembro de 2022 com 15,9 pontos e picos de 16,6. Foram 1,9 pontos a mais que a estreia da segunda reprise. Porém, ficou atrás da estreia da sua antecessora, que registrou 16,8.[46][47]
A novela bateu seu primeiro recorde de audiência em 21 de novembro, com 19,4 pontos, beneficiando-se pelos altos índices da Globo na estreia dos jogos do Mundial FIFA de Futebol, em particular do jogo entre a Seleção dos Estados Unidos e a Seleção do País de Gales, que precedeu a exibição da novela.[48]
Os dois CDs e LPs lançados tornaram-se o maior sucesso de vendas de cópias de trilhas de novelas até então, sendo o Vol 1 a mais vendida e a pioneira em mesclar músicas internacionais e nacionais no mesmo álbum.[49]
O Rei do Gado Volume I | |
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Trilha sonora de Vários artistas | |
Lançamento | Julho de 1996 |
Gênero(s) | Country, MPB, Música Italiana, Pop, Rock e Sertanejo |
Idioma(s) | Inglês, Italiano e Português |
Formato(s) | LP,CD, K7 |
Gravadora(s) | Som Livre |
Capa: Patricia Pillar
O Rei do Gado Volume II | |
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Trilha sonora de Vários artistas | |
Lançamento | Outubro de 1996 |
Gênero(s) | Sertanejo, MPB |
Idioma(s) | Português |
Formato(s) | LP,CD, K7 |
Gravadora(s) | Som Livre |
Capa: Almir Sater e Sérgio Reis
O Rei do Gado recebeu o Certificado de Honra ao Mérito no San Francisco International Film Festival, concorrendo com 1.525 produções de 62 países, e também o Prêmio APCA de Melhor Ator (Raul Cortez), Melhor Ator Coadjuvante (Leonardo Brício), Melhor Atriz Coadjuvante (Walderez de Barros) e Melhor Revelação Masculina (Caco Ciocler).[3]
A primeira fase da telenovela, considerada um dos grandes momentos da teledramaturgia brasileira, e cujos sete capítulos mostravam a decadência do ciclo do café e a participação do Brasil na II Guerra Mundial, foi transformada pela Divisão Internacional da TV Globo na minissérie Giovanna e Henrico, tendo como protagonistas Letícia Spiller e Leonardo Brício. A obra foi selecionada como hors-concours no Festival Banff, do Canadá, entre 720 produções de 38 países.[50]
Melhores do Ano - Troféu Domingão
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Rei do Gado foi a primeira novela a abordar o conflito dos sem-terra e a reforma agrária
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