Este artigo ou secção cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. (Outubro de 2011) |
Neto em 2021 | |||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||
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Nome completo | José Ferreira Neto | ||||||||||
Data de nasc. | 9 de setembro de 1966 (55 anos) | ||||||||||
Local de nasc. | Santo Antônio de Posse, São Paulo, Brasil | ||||||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||
Altura | 1,74 m | ||||||||||
Pé | canhoto | ||||||||||
Apelido | Craque Neto, Neto | ||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||
Posição | ex-meio-campista | ||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||
1979–1980 1980–1982 |
Ponte Preta Guarani | ||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s | |||||||||
1984–1986 1986 1987 1988 1988 1989–1993 1993 1993 1994 1994 1995 1995 1996–1997 1997 1998 1998–1999 |
Guarani Bangu São Paulo Guarani Palmeiras Corinthians Millonarios Atlético Mineiro Santos Matsubara Guarani Araçatuba Corinthians Osan Indaiatuba Paulista Deportivo Italia |
16 (1) 30 (4) 19 (7) 25 (3) 192 (78) 10 (3) 17 (2) 18 (3) 28 (10) 13 (1) 2 (2) 20 (1) 22 (5) 11 (6) 5 (1) | 58 (26)|||||||||
Seleção nacional | |||||||||||
1988–1993 | Brasil | 26 (7) | |||||||||
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José Ferreira Neto (Santo Antônio de Posse, 9 de setembro de 1966),[1] mais conhecido como Craque Neto ou apenas Neto, é um comentarista esportivo e ex-futebolista brasileiro que atuava como meio-campista. Atualmente é apresentador dos programas Baita Amigos e Os Donos da Bola, do Grupo Bandeirantes. Também é Dono da Rádio Craque Neto no YouTube.
Como jogador, conquistou em 1988 nas Olímpiadas de Seul, ao lado de Bebeto, Careca, Romário e Taffarel, entre outros, a segunda medalha de prata olímpica do futebol masculino brasileiro.[2] Tornou-se ídolo do Corinthians, sendo considerado, inclusive, o principal jogador do clube no seu primeiro título brasileiro, em 1990.[3]
É um dos maiores ídolos da história do Corinthians, tendo recebido o apelido de xodó da fiel, sendo o principal condutor do clube ao seu primeiro título brasileiro, em 1990. Ficou conhecido por seu espírito de liderança, ótimos lançamentos e por ser um exímio cobrador de faltas (foi considerado o melhor do Brasil em sua época).[4] Ao longo de sua carreira disputou 470 jogos, tendo marcado 184 gols.
Começou a carreira no infantil da Ponte Preta, mas ainda amador se transferiu para as categorias de base do Guarani. Talentoso, o meio-campista despertou a atenção da opinião pública tão logo estreou como profissional, aos dezessete anos. Com sua habilidade e gols espetaculares, despertou interesse de grandes equipes do Brasil, chegando a ser visto por alguns como um novo Maradona. Apesar disso, passou o segundo semestre de 1986 no Bangu.
Foi contratado pelo São Paulo em 1987, mas teve participação discreta, pois sofreu um acidente automobilístico; que o deixou afastado durante um tempo. Foram 33 partidas (doze vitórias, treze empates, oito derrotas), cinco gols marcados e conquistando o título paulista daquele ano.
Voltou para o Guarani e foi vice-campeão paulista de 1988. No time de Campinas voltou a brilhar. Num dos grandes lances de sua carreira, marcou um gol de bicicleta antológico sobre o Corinthians, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista de 1988. O golaço rendeu a capa da revista Placar com a manchete: "Golpe de Mestre". O jogo terminou 1–1, com o gol de empate corintiano sendo marcado pelo lateral Édson Boaro. Pelo bom desempenho em 1988, foi contratado pelo Palmeiras no ano seguinte. De novo não foi bem. Escalado sucessivamente na ponta-esquerda pelo técnico Emerson Leão, brilhou pouco. O time fez um bela campanha no Paulista daquele ano, perdendo apenas um jogo, nas semifinais, para o Bragantino, sendo eliminado.
No mesmo ano, transferiu-se para o Corinthians junto com o lateral-esquerdo Denys. O time alvinegro mandou para o rival o lateral-esquerdo Dida e o meia Ribamar. Ao chegar ao Parque São Jorge, porém, a carreira de Neto finalmente deslanchou.
Durante a carreira marcaria outros gols fantásticos, principalmente com a camisa do Corinthians. Valendo destacar um de bicicleta contra o Guarani, em 1992, três em mesmo jogo contra o Cruzeiro, em 1991, um contra a Ponte Preta, em 1990 - driblando vários adversários (parecido com o de Maradona contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1986), e um de falta contra o Flamengo, em 1991, no Maracanã (em uma cobrança quase do meio do campo).[5]
Neto foi o principal jogador do Corinthians na conquista do primeiro título brasileiro de clube. O time do Corinthians era tecnicamente limitado. Os destaques, além de Neto, eram o goleiro Ronaldo e o zagueiro Marcelo Djian (dois pratas-da-casa). A equipe contava na determinação de jogadores como Márcio Bittencourt, Wilson Mano, Fabinho e Tupãzinho, além de atletas oriundos da categoria de base, como o atacante Dinei.
Depois de uma campanha irregular na primeira fase, o time ficou com a penúltima vaga para as oitavas-de-final. Iria enfrentar o o segundo melhor time do Campeonato até então, o Atlético-MG. Foi quando Neto fez valer sua condição de líder e craque do time. Na partida de ida, numa noite de sábado, 24 de novembro, no Pacaembu.
Os mineiros saíram na frente logo aos 15 minutos do primeiro tempo, com Gérson. Tudo indicava que seria um desastre para o Corinthians. O placar seguiu inalterado até os 30 minutos da etapa final, quando Neto empatou. E aos 40 minutos, ele, de novo, marcou e sacramentou a virada por 2–1. No Mineirão, o time segurou o empate por 0 a 0 e foi para a semifinal.
Era a vez de enfrentar o Bahia, campeão de 1988 e vivendo uma fase esplendorosa. No dia 5 de dezembro, numa quarta-feira em que a chuva castigou um Pacaembu absolutamente lotado, com 40 mil pessoas dentro e mais 40 mil pessoas do lado de fora, a história se repetiu. O Bahia saiu na frente, aos dois minutos de partida, com Wagner Basílio. Paulo Rodrigues, contra, empatou para o Corinthians. E aos 25 minutos do 2º tempo, Neto, de falta, fez o gol da virada. No jogo de volta, três dias depois, na Fonte Nova, em Salvador, o Corinthians mais uma vez segurou o empate por 0–0.
A final seria contra o então vice-campeão brasileiro São Paulo, treinado por Telê Santana e com um elenco muito superior. O Corinthians dependia de Neto e da determinação dos outros jogadores, e ele correspondeu: logo aos 4 minutos do primeiro jogo, com público de 88.000 pagantes e muita chuva, ele cobrou uma falta e deixou Wilson Mano livre para fazer 1–0. No jogo de volta, com forte calor, público pagante superior a 100.000 pessoas e com o Estádio do Morumbi tendo 85% das suas dependências ocupado pela Nação Corintiana, marcado, Neto limitou-se a jogar para o time e saiu campeão: 1–0, gol de Tupãzinho. Festa para Neto, para o Corinthians e para toda a gigantesca e fervorosa Fiel Torcida.
Em 1991, conquistou com o Corinthians, o título da Supercopa do Brasil (competição que reunia o campeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil do ano anterior). O título foi conquistado em um confronto contra o Flamengo, com o time corintiano vencendo por 1–0, gol de Neto. Ainda em 1991, também protagonizou um caso polêmico ao cuspir no rosto de um árbitro durante uma partida contra o Palmeiras.[6] No final, foi eleito para a seleção do Campeonato Brasileiro de 1991, ganhando a Bola de Prata.[7]
Defendeu o Corinthians em dois períodos: entre 1989 e 1993 e entre 1996 e 97. Em um total de 227 partidas (104 vitórias, 74 empates, 49 derrotas), Neto anotou 80 gols[8] e conquistou 7 títulos.[9]
Após o término de sua carreira como jogador, Neto ficou inativo por algum tempo. Fez participações como comentarista esportivo na Record e na RedeTV!, até ser contratado em definitivo pela Rede Bandeirantes, em 1999, para exercer a mesma função. Está trabalhando na emissora até hoje e também em outras empresas do grupo, como o BandSports e a Rádio Bandeirantes.
Com estilo polêmico e falastrão, teve diversos problemas durante a carreira de futebol e depois dela.
Em 1989, Neto entrou em atrito com o então técnico do clube, Emerson Leão, que não aceitava a falta de forma física do meia e o colocou para treinar em separado, ao lado de outros jogadores fora de forma. A atitude revoltou Neto.
Em 1990, era dada como certa a convocação, para a Copa do Mundo da Itália. No entanto, o então técnico Sebastião Lazaroni, decidiu não convocá-lo, devido atritos com ele e com os jogadores. O fato é ironizado pelo ex-atleta até hoje, apesar de ter passado por mais de duas décadas, já que a Seleção Nacional jogou mal nas três partidas que venceu com poucos gols e o técnico adotar um polêmico sistema com líbero com dois alas chamado 3-5-2 (apontado por muitos analistas brasileiros e até estrangeiros na época como contrário às características do futebol brasileiro) e ter sido eliminada nas oitavas de final pela Seleção Argentina de Maradona, que por vez, perdeu na final para a então Alemanha Ocidental (que se unificaria à Alemanha Oriental meses depois da conquista), após três finais consecutivas. Foi considerada a pior campanha brasileira desde 1966. Por outro lado, a derrota da seleção manchou muito a carreira de Lazaroni.
Contudo, o fato que mais marcou negativamente sua carreira foi a cusparada que deu na cara do árbitro José Aparecido de Oliveira, na partida em que o Corinthians perdeu para o Palmeiras, no Morumbi, em 13 de outubro de 1991, pelo Campeonato Paulista. Pelo ato, Neto foi suspenso por quatro meses.
No início de 2010, teve um desentendimento com o comentarista Benjamin Back no programa Jogo Aberto da Rede Bandeirantes. Após a discussão ao vivo, Benjamin pediu demissão da emissora.[10]
Em maio de 2013, ao entrevistar Mano Brown, rapper vocalista dos Racionais MC's, perguntou se foi o pai do cantor o responsável por influenciá-lo a torcer para o Santos. Contudo, de maneira desconcertante, Brown replicou que não conheceu seu genitor. Tentando corrigir a gafe, o apresentador ainda diria: "Também não fez muita falta, né?"[11]
Durante o ano de 2015, foi acusado por torcedores do Palmeiras nas redes sociais, de ter conduta tendenciosa e parcialidade nos comentários e que, segundo eles, faz críticas e rotula negativamente Palmeiras (apesar da passagem desse time), protege e enaltece excessivamente Corinthians, do qual é declaradamente torcedor.[12] Em março, no placar do jogo entre São Paulo vs. Palmeiras, afirmou que o São Paulo iria aplicar goleada de 4 a 0 e ganhou grande repercussão de imediato, mas o Palmeiras saiu vitorioso por 3–0.[12] No “Esporte Notícia”, na Rádio Bandeirantes, afirmou “O Santos tem um time muito forte do meio-campo para a frente e também acertou a sua defesa. O Santos joga o primeiro jogo em casa, mas tem uma coisa muito importante. O Palmeiras, nos últimos 25 jogos, tomou gol em todos. O Palmeiras está em uma posição tática que a gente não entende o que acontece”, mas novamente Palmeiras saiu vitorioso.[12] Em agosto, no programa Donos da Bola, em que estava o comentarista Velloso, afirmou que o Palmeiras tem mais elenco que o Corinthians, mas Neto afirmou o contrário.[12] Em outubro, criticou até o gramado do Palmeiras: “Os quatro gramados do CT do Corinthians são melhores que o do Allianz Parque”.[12] Quando a direção do Palmeiras proibiu os jogadores de darem entrevistas à Band, que logo foi revertida após repercussão negativa, insinuou em os Donos da Bola que o time estaria "implantando a ditadura": “Num momento em que você precisa mostrar o seu patrocinador, num momento onde você tem que valorizar os seus jogadores e você proibir os seus jogadores, na segunda-feiras [sic], depois de vencer o Corinthians... Essa ditadura”.[12] A suposta conduta tendenciosa, parcial e até provocativa aos palmeirenses nos comentários de Neto, fizeram com que os torcedores desse time não perdoassem o apresentador na internet, que através das redes sociais, mandaram recados com ameaças e ofensas.[12]
São Paulo
Corinthians
Matsubara
Deportivo Italia
Artilharia
Prêmios individuais
Seleção da Bola de Prata da Revista Placar: 1991
Seleção Brasileira
Jogos Olímpicos: Medalha de prata - 1988
Guarani
Corinthians
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