Marcos do Val | |
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Senador pelo Espírito Santo | |
Período | 1 de fevereiro de 2019 até a atualidade |
Dados pessoais | |
Nascimento | 15 de junho de 1971 (51 anos) Vitória, ES, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Prêmio(s) | |
Partido | |
Profissão | Instrutor Consultor Palestrante |
Residência | Estados Unidos Brasil |
Website | marcosdoval.com.br |
Serviço militar | |
Lealdade | ![]() |
Serviço/ramo | ![]() |
Graduação | ![]() |
Unidade | 38.º Batalhão de Infantaria
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Marcos Ribeiro do Val GORB • GOMA • GOMD (Vitória, 15 de junho de 1971) é um militar, instrutor, consultor, palestrante e político brasileiro, filiado ao Podemos.[5] Nas eleições gerais de 2018, foi eleito senador pelo estado do Espírito Santo. Tem atuação principalmente na área de segurança pública.
Marcos Ribeiro do Val é natural de Vitória (ES), nascido em 15 de junho de 1971. Prestou o serviço militar obrigatório no Exército Brasileiro, lotado no 38º Batalhão de Infantaria, sediado no Espírito Santo.[6][7][8]
No início dos anos 1990, fundou a CATI, empresa de segurança voltada ao treinamento avançado de policiais. Por meio dessa empresa, do Val tem ministrado cursos e palestras que visam a difusão de de diversas técnicas e doutrinas inerentes à atuação policial, como abordagens e imobilizações táticas não letais.[9][10][8][11][12][13]
Segundo o instrutor, sua motivação em desenvolver essas técnicas e aplicá-las nas policias partiu do desejo em mitigar a violência e casos de fatalidade em abordagens policiais mal sucedidas devido à falta de treinamento necessário. Boa parte dessas técnicas foram criadas por Marcos do Val a partir de sua experiência nas Forças Armadas do Brasil, do apoio da Budokai Centro de Artes Marciais de Vitória e de sua formação em Aikidô, especialidade em que é mestre de 2º grau e credenciado pela Federação Internacional de Aikidô, situada em Tóquio, no Japão.[8][12][14]
Essas técnicas envolvem táticas para manipular e imobilizar suspeitos essencialmente por meio do uso de mãos ou mãos com algemas, ainda envolvendo um contexto de estresse, risco e imprevisibilidade.[8][12]
O sucesso com as experiências iniciais de seu curso, motivou do Val a difundir esses conhecimentos para policiais de outros países. No final da década de 1990, passou a trabalhar como instrutor da polícia de Dallas, Texas, nos EUA, nas unidades da SWAT (Special Weapons And Tactics), o grupo de elite da polícia norte americana. Nessa polícia, e mais tarde nas unidades de polícia de outras cidades americanas como Beaumont e Rowlett, dedicou-se a ministrar o curso “Super SWAT” voltado ao preparo para enfrentamento de situações críticas, com técnicas de invasão, abordagem, imobilização e combate, tendo inclusive acompanhado algumas operações.[6][10][8][12][14][15][16]
Anos mais tarde, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da NASA (a Marshall Space Flight Center), a segurança do Vaticano, a Carabineri da Polícia de Roma e para militares das Forças Armadas Americanas.[6][8][12][15][16]
Também passou a integrar a associação TTPOA (Texas Tactical Police Officers Association), que reúne equipes de instrutores para aprimorar sua formação e aumentar os conhecimentos, em que na convenção anual ministra o curso de Imobilizações Táticas.[9][12][15]
A história do instrutor virou tema de um livro chamado “Um Brasileiro na SWAT”, de autoria da jornalista Ana Lígia Lira, publicado em 2013. O livro essencialmente narra as experiências de Marcos nos EUA na sua atuação como instrutor de segurança pública, também descreve aspectos da juventude e dificuldades que enfrentou no início de sua carreira.[12]
Marcos do Val regularmente participado de eventos relacionados a temática da segurança pública. Como instrutor, ainda participou na produção de alguns filmes na preparação de atores, como no filme Tropa de Elite 2. Além disso, costuma dar entrevistas em que opina sobre temas concernentes a essa área, além de demonstrar parte das técnicas que costuma ensinar em seus cursos para policiais. No programa The Noite no SBT, ele costuma aparecer em quadros humorísticos em que demonstra formas de abordagem e imobilização de suspeitos.[6][10][12][13][16][17][18][19][20][21][22]
Nas eleições gerais de 2018, Marcos do Val, filiado ao PPS, foi eleito senador pelo estado do Espírito Santo, com 863.359 votos, 24,08% dos votos válidos. Posteriormente o seu partido mudou a denominação para Cidadania.[23][24]. Em agosto de 2019, se desligou do Cidadania e se filiou ao Podemos.[5]
Marcos do Val recebeu recomendações dos comandantes das entidades em que atuou como instrutor, incluindo a SWAT de Dallas, Beaumont, Rowlett, e outras cidades americanas. É considerado membro honorário da unidade do Texas.[8][12]
Foi comendado pelo seu treinamento na base NWS Earle, da Marinha americana, além de diversas outras emitidas por entidades brasileiras da polícia civil, militar e órgãos do Poder Judiciário, como atestado de seus bons préstimos como instrutor.[8][12][15][25]
Recebeu o título de Mestre Honoris Causa em Artes Marciais pela FACEI e mais tarde também o título de Doutor Honoris Causa em Artes Marciais, pela Universidade Erich Fromm World University, da Florida, nos EUA.[8][12] A Erich Fromm University não é uma instituição de ensino reconhecida pelo governo brasileiro ou pelas autoridades certificadoras americanas[26].
Em 2015, se tornou o primeiro brasileiro a ser admitido como membro da Associação Europeia de Tiro Policial. Ainda recebeu do governo dos Estados Unidos o famoso visto de trabalho "O1", designado apenas para pessoas que possuem habilidades extraordinárias em determinadas atividades.[7][9][8][12]
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Após uma entrevista em 2008 no extinto Programa do Jô, da Rede Globo, o instrutor recebeu significativa atenção da mídia, sendo convidado regularmente por veículos de comunicação no Brasil para opinar sobre assuntos relacionados à segurança pública.[27][16][17][28][29]
Em outubro daquele ano, após o trágico desfecho do Caso Eloá Cristina, ele foi entrevistado no programa Fantástico, em que teceu críticas a respeito das falhas da atuação da Polícia Militar de São Paulo e também da atuação do então governador do estado, José Serra. Na ocasião, criticou o governo do estado por ter supostamente feito ingerência na atuação da polícia, o que teria em parte contribuído para a fatalidade.[16][30]
No programa Fantástico afirmou que “teria que ter um policial com escudo balístico na frente, a Nayara do lado, o policial segurando ela para se aproximar, para falar. Se for o caso, recuar. Mas não deixar ela sozinha, andando, abrindo a porta. O sequestrador se sentiu poderoso nessa hora, porque teve a refém de volta. É um erro gravíssimo e eu sinto vergonha de ser brasileiro e saber que a polícia brasileira fez isso". As colocações do instrutor motivou críticas de algumas pessoas, porém, ele posteriormente foi ao programa Mais Você da mesma emissora explicar suas colocações, em que disse que foram descontextualizadas, pois não teve a intenção de dizer que tinha vergonha da sua nacionalidade ou da polícia do país. Porém, alguns reiteraram suas críticas a Marcos do Val, entre eles, o jornalista e então blogueiro da VEJA Reinaldo Azevedo, que fez um artigo em sua página com o título “quem realmente é o suposto especialista da SWAT” onde alegou que Marcos era um mero professor de Taekwondo. Isso fez com que do Val ingressasse com uma ação indenizatória contra o jornalista. Posteriormente o link original do artigo foi retirado do ar.[16][30][31][32][33]
Em fevereiro de 2017, teve um desentendimento nas redes sociais com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, quando o parlamentar alegou ter se sentido ofendido com algumas colocações realizadas pelo instrutor sobre a sua pessoa. Dias depois Marcos do Val publicou um vídeo esclarecendo suas afirmações e com pedido de desculpas pelo o que, segundo ele, teria sido apenas um mal entendido.[34][35]
Entre 25 de abril e 5 de maio de 2019 levou a namorada Brunella Poltronier Miguez, que era consultora legislativa no seu gabinete no Senado, para passear nos Estados Unidos se aproveitando das diárias pagas pelo Senado brasileiro. Brunella foi exonerada um dia antes da viagem e readmitida como diretora-geral uma semana após o retorno da viagem. Essa manobra (exoneração e readmissão em datas coincidentes com a viagem) teve a intenção de facilitar a viagem da sua assessora sem a necessidade de autorização do Senado. O senador Marcos do Val foi procurado pelo imprensa para se manifestar sobre esta situação mas permaneceu em silêncio.[36]
Atualmente, alguns grupos de pessoas costumam questionar na internet a conduta do instrutor, em que alegam que o especialista supostamente se utilizaria indevidamente da imagem da SWAT e das policias norte-americanas. Porém, do Val rechaça essas acusações e afirmou que boa parte dessas críticas começaram após ele anunciar uma parceria com a empresa Taurus num projeto denominado chamado Heróis Reais. Segundo ele, as críticas em relação a Taurus, com os problemas relacionados a qualidade de suas armas, fizeram com que boa parte dessas críticas fossem transferidas a ele após se associar a marca. Contudo, Marcos tem tomado providências junto à Delegacia de Crimes Virtuais para que os mesmos respondam pelos crimes de injúria, difamação e calúnia.[25]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2023-02-08 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=5510346