Luciano Hang | |
---|---|
Nome completo | Luciano Hang |
Nascimento | 11 de outubro de 1962 (58 anos) Brusque, SC |
Nacionalidade | brasileiro |
Fortuna | US$ 3,6 bilhões (abril/2020)[1] |
Progenitores | Mãe: Regina Modesti Hang Pai: Luis Hang |
Alma mater | FURB |
Ocupação | empresário |
Prêmios | Lista |
Filiação |
|
Luciano Hang (Brusque, 11 de outubro de 1962) é um empresário brasileiro, co-fundador e proprietário da Havan, uma das maiores redes de lojas de departamentos do Brasil.[2] Foi eleito pela revista Forbes o 21° mais rico do Brasil.[3]
Filho de operários da indústria têxtil, Luciano Hang nasceu em Brusque, Santa Catarina, com ascendência alemã e italiana.[4] Estudou na Escola Básica João XXIII, no Colégio Cônsul Carlos Renaux e na Universidade Regional de Blumenau, onde formou-se tecnólogo em processamento de dados. Durante o ensino superior, foi presidente do Clube dos Estudantes Universitários de Brusque (CEUB) por três anos.[5]
Aos 17 anos foi admitido na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, onde seus pais trabalhavam. No início dos anos 1980, aos 21 anos, comprou uma empresa, a Tecelagem Santa Cruz, à qual passou a se dedicar e expandir, paralelamente à carreira na fábrica de tecidos.[6]
Em 1986, percebendo que Brusque ganhava um novo impulso econômico baseado no turismo de compras, devido à indústria têxtil na região, junto ao sócio Vanderlei de Limas, abriu uma pequena loja de tecidos. Da junção dos nomes Hang e Vanderlei, surgiria a marca Havan.[7]
Em meados de 2016, surgiram na internet e nas cidades em que a empresa prosperou, boatos sobre quem seria o dono da Havan: a filha da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, o bispo Edir Macedo e até o apresentador Silvio Santos. Vendo um risco de ter sua marca equivocadamente associada a políticos, Hang então decidiu atuar nos comerciais da marca e participar de programas de entrevistas.[8][9][10][11]
Em 2018, após 33 anos, Luciano desfiliou-se do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).[12]
Se(c)ções de controvérsias são desencorajadas pela Wikipédia, especialmente em biografias de pessoas vivas, pois podem gerar peso indevido para pontos de vista negativos. |
“Está aqui o processo, nada consta, fomos inocentados. Temos muitos processos, sim, e vamos continuar sendo processados. O que importa é não ser condenado.”
As polêmicas envolvendo a empresa Havan se iniciaram em 1999, quando houve uma operação de busca e apreensão determinada pela Procuradoria da República de Blumenau, resultando na autuação da empresa em 117 milhões de reais pela Receita Federal e 10 milhões pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Foi a maior autuação da Receita Federal até a época. Neste episódio a empresa recorreu a um parcelamento da divida por meio do REFIS e levará cerca de 115 anos para que o débito seja quitado. Em 2004, o Ministério Público Federal propôs ação penal contra 14 pessoas, dentre os quais Luciano Hang, sob acusação de facilitação de descaminho, falsificação, crime contra o sistema financeiro e ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.[9]
Em julho de 2013, a ÉPOCA Negócios publicou um artigo dizendo que Luciano havia sido "condenado pela Justiça Federal a 13 anos, nove meses e 12 dias de reclusão e ao pagamento de uma multa de 1,2 milhão de reais".[10] Em dezembro de 2013, no entanto, o MPF atualiza a sua publicação de 2004 com a seguinte nota de rodapé: “Em 2008, a 1ª Vara da Justiça Federal em Itajaí julgou a denúncia inepta e considerou a ação penal nula.”[9]
Em uma inauguração de uma de suas lojas em Santa Maria, Luciano Hang disse que as universidades federais "formam zumbis e comunistas".[13][14] O reitor Paulo Burmann, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) divulgou uma nota rebatendo Luciano Hang.[15] Esta foi a segunda vez que Luciano Hang acusou a universidade de ter algum ensino ideológico.[16]
Em maio de 2020, Hang foi condenado a indenizar o físico Marcelo Knobel, então reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por ter criado e propagado em sua conta no Twitter em julho de 2019 notícia falsa afirmando que Knobel haveria gritado "Viva la revolución" em uma cerimônia de colação de grau.[17][18][19]
Em 2018, durante eleição presidencial no Brasil, Luciano divulgou vídeo no qual coage seus funcionários a revelar em quem votariam nas eleições para presidente, ameaçando aqueles que não votassem em Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal.[20][21][22] "Talvez, a Havan não vai abrir mais lojas. E aí se eu não abrir mais lojas ou se nós voltarmos para trás. Você está preparado para sair da Havan? Você está preparado para ganhar a conta da Havan? Você que sonha em ser líder, gerente e crescer com a Havan, você já imaginou que tudo isso pode acabar no dia 7 de outubro?", questionou Hang. No vídeo, ele também diz que se um partido de esquerda ganhar e o Brasil "virar uma Venezuela", ele "jogaria a toalha".[20][21][22] Posteriormente, Hang negou que as declarações tivessem sido feitas para coagir seu funcionários, mas sim como parte de uma política de transparência da empresa.[22] No dia 2 de outubro 2018, o Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina moveu ação judicial contra a empresa por coagir funcionários politicamente.[21]
Em 19 de outubro de 2018, Luciano Hang publicou no Twitter o número de celular do repórter Ricardo Galhardo, do jornal O Estado de S. Paulo. O contato do repórter divulgado por Hang está com a seguinte mensagem: "querer vincular o envio de mensagens de texto da Havan a clientes com política: olha o nível da baixaria!!" Ricardo Galhardo tinha ligado para Hang para investigar o suposto vínculo dele com o envio de mensagens em massa a favor de Jair Bolsonaro, o então candidato a presidente. "Quando perguntei sobre o assunto, ele me xingou, disse que iria ‘me f***er’ e que iria colocar meu telefone nas redes sociais", disse Galhardo.[23] A moderação do Twitter foi acionada e Hang teve a mensagem apagada por ser considerada "abusiva". A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou uma nota em que "repudia a exposição indevida do telefone do repórter Ricardo Galhardo pelo empresário Luciano Hang". A Abraji também afirmou que "ações como esta comprometem a liberdade necessária aos jornalistas para fazer perguntas -- especialmente as incômodas" e que "sem essa liberdade, a democracia definha."[23]
Em junho de 2019, Luciano Hang sugeriu que Silvio Santos deveria demitir a jornalista Rachel Sheherazade do SBT, ao acusar falsamente que ela teria "ideologia comunista".[24] Sheherazade reagiu, ao dizer que iria processar judicialmente o empresário. O fato teve repercussão na imprensa.[25][26][27] Escrevendo à Folha de S.Paulo, Tony Goes desmentiu Luciano Hang, dizendo que Rachel Sheherazade segue ideologias da direita política e o empresário viu nas demissões promovidas pelo SBT uma espécie de "caça às bruxas", como a jornalista não concorda em tudo que é feito no atual governo.[28]
Um levantamento divulgado pelo UOL em outubro de 2021 apontou que Luciano Hang processa jornalistas e críticos a sua posição política a cada 26 dias.[29]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2021-10-09 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=5499038