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Loading ID TV S.A.[1] | |
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Tipo | Rede de televisão comercial aberta |
País | Brasil |
Fundação | 7 de dezembro de 2020 |
Pertence a | Kalunga Spring Comunicação |
Proprietário | José Roberto Garcia Paulo Sérgio Garcia José Roberto Maluf |
Presidente | Thiago Garcia |
Cidade de origem | São Paulo, SP |
Sede | São Paulo, SP |
Estúdios | São Paulo, SP |
Slogan | A casa do entretenimento |
Formato de vídeo | 1080i (16:9 HDTV) |
Canais irmãos | Ideal TV |
Cobertura | Brasil e partes do continente americano |
Emissoras afiliadas | Lista de emissoras |
Nome(s) anterior(es) | MTV Brasil (1990–2013) Ideal TV (2013–2020)[nota 1] |
Página oficial | loading |
Disponibilidade aberta e gratuita | |
Lista de canais
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Disponibilidade por satélite | |
Canal 11 | |
Canal 227 (Amazonas) Canal 246 (Intelsat 34) | |
Canal 244 | |
Canal 20 | |
Canal 16 | |
4162 MHz Banda L, Horizontal (HDTV) | |
Disponibilidade por cabo | |
Canal 114 (HD) | |
Canal 25 (São Paulo) Canal 525 (HD; São Paulo) | |
Canal 21 (Piracicaba e Santos) Canal 22 (Osasco) Canal 522 (HD; São Paulo) | |
Canal 19 | |
Canal 28 | |
Canal 32 | |
Canal 324 | |
Disponibilidade digital | |
Simulcast | |
Simulcast | |
Canal 5 (HD)[2] |
Loading é uma rede de televisão brasileira. Sua estreia ocorreu em 7 de dezembro de 2020 substituindo a Ideal TV através de canais em sinais terrestre, a cabo e satelital, por onde operava desde 2013, quando substituiu a MTV Brasil. Sua programação é baseada em atrações sobre culturas pop e geek em geral, séries, filmes, animações e esports. Com sede em São Paulo, capital do estado homônimo, no Edifício Victor Civita, suas concessões e estrutura pertencem aos empresários José Roberto Garcia e Paulo Sérgio Garcia, donos da rede de lojas Kalunga, e José Roberto Maluf, presidente da agência de publicidade Spring Comunicação e da entidade de comunicação governamental Fundação Padre Anchieta.[3][4]
Em 2013, o Grupo Abril encerrou as atividades da MTV Brasil, no ar desde 1990, e devolveu os direitos de uso da marca "MTV" no país à sua detentora, a Viacom, que gerenciava o canal original estadunidense. A rede, que tinha transmissão em sinais de TV aberta e fechada, teve sua programação substituída por reprises de programas da Ideal TV, canal que a Abril havia operado entre 2007 e 2009 na TV paga. Posteriormente, em dezembro do mesmo ano, o grupo iniciou o processo de venda da concessão e da estrutura física da emissora, concluído em outubro de 2015, para os irmãos empresários José Roberto Garcia e Paulo Roberto Garcia, donos da rede de varejo Kalunga, e José Roberto Maluf, dono da agência de publicidade Spring Comunicação, que torna-se presidente da emissora.[5][6]
A ideia inicial dos novos donos era fazer um canal, com foco em cinema, música, entretenimento e o mundo das celebridades aos moldes do canal norte-americano E!.[7][8] Entretanto, essa ideia foi maturando ao longo dos anos e, em outubro de 2020, foi anunciado publicamente que o novo projeto - em substituição a Ideal TV - seria um canal de entretenimento com enfoque aos públicos geek, otaku e gamer - com conteúdos de cultura pop, esports, séries, filmes, animes, tokusatsu, dentre outros - denominado Loading. Com Thiago Garcia como CEO, a equipe da emissora já contava com especialistas nas áreas de entretenimento, tecnologia e comportamento jovem.[5] Em uma entrevista, Thiago afirmou que o canal seria uma solução de entretenimento para uma parcela do população brasileira que não tem acesso a esse tipo de conteúdo via streaming.[9]
Em 2 de dezembro, a Loading anunciou uma parceria com a Sony Pictures Entertainment para a exibição de mais de cem títulos, entre filmes, séries e animes.[10]
Às 19h53min de 3 de dezembro, o sinal da Ideal TV é interrompido por alguns segundos, dando lugar a uma imagem inspirada em um cartão de teste de monoscópio com os escritos "Please stand by" ("Aguarde um momento" em inglês). Alguns minutos antes, o frame teria vazado na tela por alguns segundos, até retornar o sinal da Rede Mundial. Mas por volta das 19h59, a Ideal TV sai do ar definitivamente nas TVs aberta, fechada e via satélite digital, seguindo apenas no satélite analógico Star One C2. Pouco mais de um minuto depois, inicia-se a programação experimental da Loading com a aparição do personagem "Mr. 52X" no switcher da emissora, que anuncia uma "invasão" ao sinal seguido da exibição do primeiro episódio do anime Saint Seiya: The Lost Canvas com uma contagem regressiva para o lançamento oficial. Após a exibição, é levada ao ar o tal "monoscópio" vazado antes, alternando-se com cenas curtas protagonizadas por "Mr. 52X" e pré-estreia de outros animes e desenhos animados que seriam exibidos no canal.
Em 4 de dezembro, o canal anuncia uma parceria com a Crunchyroll para a exibição exclusiva de animes em horário nobre, faixa que compreende das 18h à 1h.[11]
Em 7 de dezembro, às 20h28, após a pré-estreia de um episódio de Transformers: Cyberverse, o personagem "Mr. 52X" aparece se despedindo dos telespectadores com um discurso oferecendo o canal à disposição do público, seguido de uma contagem regressiva contendo todas as atrações. Dois minutos depois, foi ao ar uma edição especial de estreia do programa Multiverso, que abriu definitivamente as transmissões do canal e recebeu todo o seu elenco para apresentar a programação, além de anunciar a parceria com a Funimation para exibição de mais de trinta títulos de animes por meio de um bloco exclusivo.[12] Na mesma noite, também houve a estreia do programa MetaGaming - que foi suspenso após 4 dias e, depois, cancelado - e a transmissão ao vivo da primeira edição da Liga Loading de Esports (LLE) com um torneio do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), tendo a participação de seis times.[13]
Em janeiro de 2021, um relatório do Kantar IBOPE Media no Painel Nacional da Televisão mostrou que a Loading havia alcançado 10 milhões de telespectadores no período entre 8 de dezembro e 4 de janeiro, conquistando ainda grande repercussão nas redes sociais. Dados do Google Analytics também apontaram que o site da emissora obteve 4,7 milhões de visualizações. Na Região Metropolitana de São Paulo, o canal cresceu 134% na audiência em sua primeira semana no ar, sendo maior parte da contribuição do público jovem entre 25 e 34 anos. As maiores altas da audiência domiciliar ocorrem na faixa entre 7h e 12h (com 173%) e 18h e 1h (com 132%).[14] Ainda segundo o Kantar IBOPE Media, nos primeiros 45 dias no ar, o canal conseguiu números expressivos de audiência na Grande São Paulo, ganhando em alguns horários de emissoras tradicionais da cidade como Gazeta, Cultura, RedeTV! e Band.[15]
Em 18 de janeiro, foi anunciado que a Loading fechou acordo com a provedora Garena para transmitir com exclusividade para a TV a Liga Brasileira de Free Fire entre janeiro e abril.[16] No dia 23 de janeiro, a Loading registrou recorde de audiência (PNT) domiciliar, superando duas das principais emissoras abertas. Nos dias 23 e 24 de janeiro, passaram pelo canal 2,9 milhões de pessoas – um incremento de 18% em relação à média de alcance dos quatro finais de semana anteriores.[17]
Em poucas semanas, o canal começa a inserir vozes nas chamadas da programação, com as contratações dos locutores Macau Amaral, em janeiro, e Joana Ceccato, em março; ambos veteranos da MTV Brasil.
Em 3 de fevereiro de 2021, o canal fecha uma parceria com as operadoras Oi e Vivo para a expansão de sinal em todo o país também através da Claro TV e SKY, além de firmar um acordo com a plataforma Booyah!, que é ligada ao jogo Free Fire. O motivo do fechamento da parceria foi a boa repercussão das transmissões ao vivo da Liga Brasileira de Free Fire, dobrando a audiência do canal.[18]
No dia 19 de fevereiro, o canal exibiu uma premiação mundial de animes ao vivo, as 22 horas. O evento Crunchyroll Anime Awards, teve transmissão nas plataformas digitais da emissora: Facebook, YouTube e Twitch, e pela primeira vez na TV aberta. O anúncio dos vencedores aconteceu durante o programa Mais Geek, tendo duração de uma hora e meia.[19]
Entre os dias 2 e 14 de março, sem aviso prévio, o canal exibiu o Campeonato Clutch, o campeonato de CS:GO, como uma espécie de "tapa-buraco" na programação da Loading.
Com a audiência do canal subindo, a Loading anuncia uma nova programação - apelidada de Fase 2, uma referência às fases de um videogame - tendo foco principal em esports e games, contemplando uma nova grade de horários.[20][21] No dia 9 de março, é anunciado o MVP - O Melhor do Esport, novo programa de esports do canal - em substituição definitiva ao Metagaming - estreando junto com a nova programação.[22]
Mas no dia da estreia da Fase 2, em 15 de março, devido às restrições de circulação em São Paulo pelo aumento de casos da COVID-19 no estado, todos os programas da emissora passaram a ser produzidos via home office; afetando também a nova atração, que, por isso, ganhou o título provisório de Esquenta MVP.
Com o sucesso da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), chegando a atingir mais de 751 mil acessos no site oficial na transmissão via streaming, o canal anunciou também a transmissão ao vivo do Camplota, que é a versão feminina da LBFF, trazendo uma equipe totalmente composta por mulheres, incluindo narradoras, repórteres e comentaristas. A transmissão tem início no dia 28 de março.[23]
Nos meses de abril e maio, a Loading exibiu os campeonatos PUBG Mobile Pro League Brasil, Spike Series,[24] Desafio dos Comédia,[25] Copa Netenho e Red Bull Campus Clutch.
No dia 25 de maio (dia em que é comemorado o Dia do Orgulho Nerd), a Loading preparou uma programação especial, com o nome de Dia do Orgulho Geek, dentre elas, a exibição dos filmes Transformers Prime: Predacon e Power Rangers Samurai: A Batalha dos Rangers Vermelhos. Nesse dia, o diretor do canal, Anderson Abraços, prometeu que estavam chegando novidades no canal ainda naquela semana.
Em 27 de maio, a emissora anuncia a demissão de todos os seus quase sessenta funcionários, incluindo apresentadores, diretores e produtores, encerrando a exibição de programas ao vivo em menos de seis meses no ar. Um dos motivos foi a desistência da Kalunga de investir no canal, apesar do crescimento de anunciantes, sendo eles da Motorola, Havaianas e Cacau Show.[26] A Kalunga também vive uma grave crise financeira, com dívidas perto dos R$480 milhões.[27][28] Com o anúncio do fim da programação inédita, o canal passa a exibir apenas reprises de séries e animes na programação.[29][30] Por volta das 18h, o programa Multiverso não entrou no ar, sendo exibido no seu lugar o telejornal De Olho no Mundo, pegando o público e até mesmo os apresentadores que haviam sido demitidos de surpresa. Os programas seguintes como o Mais Geek também não foram exibidos, sendo substituídos por reprises de enlatados.
Os ex-funcionários do canal, além de publicarem mensagens de agradecimento ao público e anunciar o fim dos programas nas redes sociais, também realizaram uma reunião horas depois do anúncio da demissão, com transmissão nas plataformas online Discord e Twitch para tirar as dúvidas do público, além de expor algumas situações nos bastidores.[31] No dia 28, o CEO Thiago Garcia, responsável pelas demissões em massa, passou a bloquear os ex-funcionários da emissora e parte da imprensa, após os questionamentos dos mesmos e em seguida, desativou a sua conta no Twitter, devido a pressão do público em relação ao fim da produção ao vivo do canal.[32] Além disso, uma das ex-colaboradoras chegou a afirmar que não houve um posicionamento da emissora em relação a mudança da grade.[33]
Entre os dias 28 e 30 de maio, o canal transmitiu ao vivo a fase final da Free Fire World Series, sendo esta a sua última cobertura inédita.
A programação da Loading é focada em atrações sobre cultura pop, esports, filmes, séries, animes, tokusatsu, k-pop etc.[5][34]
A Loading pode ser assistida na TV aberta pelas suas retransmissoras, pela TV paga por satélite e cabo, no seu site oficial, na plataforma Booyah! e pela Guigo TV
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Em 11 de dezembro de 2020, menos de uma semana após a estreia, a Loading passa por sua primeira crise interna com o desligamento de toda a sua equipe de esports, incluindo jornalistas da redação e os apresentadores Barbara Gutierrez e Chandy Teixeira, do programa Metagaming. Os profissionais desligados do canal alegaram em seus perfis nas redes sociais que o motivo seria "desalinhamento editorial", insinuando que teriam sido alvo de "censura".[36][37] De acordo com reportagem publicada pela The Esports Observer, as reclamações teriam começado devido a insatisfação da direção da Loading com o conteúdo apresentado nas duas primeiras edições do Metagaming. Na estreia, em 7 de dezembro, o programa exibiu uma reportagem investigativa sobre um possível esquema de fraude relacionado a uma campanha de arrecadação de fundos liderada por um jogador no Twitch, chamado de "caso Sparda". Descontente com o material, a direção teria avisado à produção que o objetivo do canal era ser "um lugar alegre, sem assuntos polêmicos". Apesar disso, o programa apresentou em sua segunda edição (em 8 de dezembro, a última que foi ao ar) uma reportagem abordando a saída da equipe Vivo Keyd do Campeonato Brasileiro de League of Legends, apresentando um destaque negativo para a Riot Games, desenvolvedora do evento, devido ao anúncio da empresa Oi (concorrente direta da Vivo) como nova patrocinadora.[38]
Em reação à reportagem, a direção da Loading demitiu o editor-chefe de esports Vicenzzo Mandetta no dia seguinte (10 de dezembro) e reforçou para a equipe a ideia de produzir apenas notícias positivas, seguindo uma "agenda positiva" do canal, proibindo abordagens de assuntos polêmicos ou mesmo reportagens que denunciassem e discutissem sexismo ou discriminação nos esportes eletrônicos. Incomodados com a decisão, a equipe do Metagaming reclamou de censura e enviou à direção uma lista de demandas, cobrando por liberdade de expressão e produção de seu material "com a seriedade que as situações exigissem", exigências que foram rejeitadas. Esta atitude fez com que toda a equipe composta por 12 jornalistas concordasse em pedir demissão no dia seguinte, no entanto, a direção da Loading acabou por antecipar essa decisão e demitiu os profissionais.[38] Após a repercussão do caso na imprensa especializada, a Loading informou em comunicado que o programa Metagaming seria reformulado "devido ao desalinhamento entre o posicionamento da Loading, focado em entretenimento, e o time editorial do programa [...]" e que buscariam "entregar conteúdos que engrandeçam ainda mais o Esports, porém com a linha editorial focada no entretenimento".[39]
No mesmo dia, uma reportagem publicada pelo portal Splash (ligado ao portal UOL) apurou que a Loading ainda não tinha assinado contrato com os profissionais demitidos e com outros que ainda estavam na emissora. A empresa tentou realizar as assinaturas dos contratos, às pressas, para que a rescisão fosse oficializada na sequência, o que foi recusado. Por conta disso, os profissionais ainda não tinham recebido vale-transporte, vale-refeição e plano de saúde. Internamente, a emissora se justifica dizendo que é uma "start-up dando seus primeiros passos" e que não queria que a emissora "batesse em parceiros comerciais".[40] Declarações semelhantes também foram colhidas em matéria da The Esports Observer, onde reportaram dificuldades na produção de material com equipamentos antigos que ainda eram os mesmos usados pela MTV Brasil, "com tecnologia de 20 anos atrás e não depender nem mesmo de um software básico para produção de TV". O texto alega que devido a essa pressão, funcionários chegaram a chorar antes do primeiro Metagaming entrar no ar.[38]
Em solidariedade à equipe de jornalistas, os narradores da Liga Loading de Esports também anunciaram demissão. O programa que seria exibido no dia foi substituído por reprises do Multiverso.[41]
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