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Pep Guardiola em 2017. | |||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||
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Nome completo | Josep Guardiola i Sala | ||||||||||
Data de nasc. | 18 de janeiro de 1971 (50 anos) | ||||||||||
Local de nasc. | Santpedor, Catalunha | ||||||||||
Nacionalidade | espanhol catalão[1] | ||||||||||
Altura | 1,80 m | ||||||||||
Pé | destro | ||||||||||
Apelido | Pep | ||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||
Equipa atual | Manchester City | ||||||||||
Posição | Ex-volante | ||||||||||
Função | Técnico | ||||||||||
Clubes de juventude | |||||||||||
1983–1990 |
Gimnàstic Manresa Barcelona | ||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||
Anos | Clubes | ||||||||||
1990–1992 1990–2001 2001–2002 2002 2003 2003–2005 2005–2006 Total |
Barcelona B Barcelona Brescia Roma Brescia Al-Ahli Dorados de Sinaloa | ||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||
1991 1991–1992 1992–2001 1995–2005 |
Espanha Sub-21 Espanha Sub-23 Espanha Catalunha | ||||||||||
Times/Equipas que treinou | |||||||||||
2007–2008 2008–2012 2013–2016 2016– |
Barcelona B Barcelona Bayern de Munique Manchester City | ||||||||||
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Última atualização: 10 de fevereiro de 2021 |
Josep Guardiola i Sala, mais conhecido como Pep Guardiola, (Santpedor, 18 de janeiro de 1971) é um técnico e ex-futebolista espanhol que atuava como volante. Atualmente comanda o Manchester City.
É frequentemente considerado como o melhor técnico da atualidade e como um dos maiores técnicos de todos os tempos [2][3][4] Foi finalista do prêmio de melhor treinador do mundo pela FIFA por 5 vezes desde 2010, quando o prêmio surgiu. Mas ganhou apenas uma vez, em 2011.[5]
Como jogador, Guardiola passou a maior parte da sua carreira no Barcelona, sendo um dos principais jogadores do chamado Dream Team comandado por Johan Cruyff, ganhando a primeira Liga dos Campeões da UEFA da história do clube e conquistando o tetracampeonato consecutivo do Campeonato Espanhol.[6] Pela Seleção Espanhola, disputou a Copa do Mundo FIFA de 1994 e a Eurocopa de 2000.
Como técnico, iniciou sua carreira no Barcelona B, ganhando o título da Quarta Divisão Espanhola em sua primeira temporada.[7] Na temporada seguinte, assumiu a equipe principal do Barcelona e conquistou a primeira tríplice coroa da história do clube (La Liga, Copa do Rei e Liga dos Campeões da UEFA) e, no ano de 2009, a primeira sêxtupla coroa da história do futebol.[8] Ao fazê-lo, se tornou o técnico mais jovem a vencer a competição continental europeia.[9] Após conquistar a Liga Espanhola e a Liga dos Campeões em 2011, foi agraciado com a medalha de ouro do Parlamento Catalão, a maior honra da instituição.[10] Ele deixou o Barcelona em 2012, tendo conquistado quatorze títulos, um recorde na história do clube.[11]
Após um ano sabático, Guardiola assumiu o Bayern de Munique em 2013.[12] No clube alemão, teve um aproveitamento de quase 80%, conquistou o tricampeonato consecutivo da Bundesliga e duas copas nacionais, além disso, chegou a três semifinais na Liga dos Campeões.[13][14] Ele deixou os bávaros e assumiu o Manchester City em 2016, com o clube inglês, conquistou o bicampeonato consecutivo da Premier League, o tricampeonato da Copa da Liga e a Copa da Inglaterra.[15]
Chegou ao Barcelona com 13 anos, permanecendo nas divisões da base até 1990, quando fez sua estreia no time profissional, contra o Cádiz.
Se tornou titular em 1991-92, temporada em que a equipe, então comandada pelo treinador Johan Cruyff, conquistou a Liga dos Campeões e o Campeonato Espanhol. Fez parte da equipe que perdeu a final da Copa Intercontinental para o São Paulo do treinador Telê Santana por 2 a 1, em Tóquio, em dezembro de 1992. Mais dois títulos espanhóis vieram nas duas temporadas seguintes, tendo o volante permanecido com a titularidade, assim como em 1996-97, quando foi designado capitão da equipe, nas conquistas da Copa do Rei, das Super e Recopa Europeias, já com Bobby Robson como treinador, e com o treinador adjunto José Mourinho.
Depois de rejeitar propostas da Roma e do Parma no fim da temporada, o Barcelona renovou o contrato de Guardiola até 2001.
Pep ficou de fora da maior parte dos jogos da temporada seguinte devido a uma lesão que o deixou afastado dos gramados, mas retornou em 1998-99 para participar ativamente de mais conquistas, como o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei.
No final do contrato, já com 31 anos, sem ter conquistado mais títulos nas últimas duas temporadas que passou no Barcelona, Guardiola se despediu do clube catalão para ir jogar na Itália, pelo Brescia.
Sondado por diversos clubes ingleses e italianos, acabou assinando com o Brescia e logo depois com a Roma, onde passou por momentos difíceis, sendo suspenso por quatro meses por uso da substância proibida Nandrolona. Depois de retornar ao Brescia em 2003, foi contratado pelo Al-Ahli, clube do Qatar.
Recusou propostas como a do Manchester United para jogar no Qatar, onde virou estrela mas sem o mesmo brilho da época em que defendia o Barcelona. Em 2005, aceitou uma proposta de Juan Manuel Lillo para jogar no México, pela equipe do Dorados de Sinaloa, onde ficou por seis meses antes de encerrar a carreira de jogador.
Guardiola jogou 47 partidas pela Seleção da Espanha, entre 1992 e 2001,[16] e foi capitão do time que ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992, em Barcelona, sendo esta a maior conquista da história da Seleção daquele país até então.
Foi membro da seleção durante a Copa de 1994 nos EUA, mas teve problemas com Javier Clemente e não disputou a Euro 1996. Lesões o tiraram da Copa da França em 1998, mas depois jogou a Euro 2000.
Entre 1995 e 2005, Guardiola também jogou pela Seleção Catalã. No total, foram 7 partidas amistosas pela seleção.[17]
Guardiola iniciou sua carreira de treinador comandando o Barcelona B, no dia 21 de junho de 2007. Foi campeão da Tercera División.[18] Com esta equipe, Guardiola comandou alguns jogadores que mais tarde promoveria para o time principal do Barcelona, como Sergio Busquets, Pedro Rodríguez e Thiago Alcântara. No dia 8 de maio de 2008, Guardiola foi nomeado oficialmente treinador do Barcelona. Assumiu a partir da temporada 2008-09 a equipe principal do Barça , substituindo o holandês Frank Rijkaard. E desde então, se tornou o maior treinador estreante de todos os tempos, superando até o lendário Cruyff, conquistando nada menos que a Copa do Rei, o Campeonato Espanhol, a Supercopa da Espanha, a Liga dos Campeões da UEFA, a Supercopa Europeia e Copa do Mundo de Clubes da FIFA, na mesma temporada, inclusive conquistando diversos prêmios de melhor treinador do ano por revistas e associações de renome superando oponentes como José Mourinho treinador do Real Madrid, maior rival do Barcelona, entre outros. Em 27 de abril de 2012 anunciou que não era mais o treinador do Futbol Club Barcelona.[19] Após o anúncio de sua saída do Barça, Pep declarou que iria descansar por um ano, assim não assumindo o comando de nenhuma equipe na temporada seguinte.
“ | "Em todos os esportes coletivos, o segredo é sobrecarregar tanto um lado do gramado que o oponente deve forçar sua própria defesa a jogar. Você sobrecarrega de um lado e os atrai tanto que eles deixam o outro lado fraco. E quando nós fizermos tudo isso, nós atacamos e marcamos do outro lado. É por isso que você tem que passar a bola, mas apenas se você estiver fazendo isso com uma intenção clara. É apenas para sobrecarregar o oponente, para atraí-los e então acertá-los com o golpe. É assim que nosso jogo deve ser.[20] | ” |
No auge, Guardiola venceu mais que os outros treinadores porque ele ousou inovar, modernizando os valores e táticas dominantes no futebol de então,[21] trazendo para o Século XXI as ideias de Rinus Michels de compactação, pressão, posse de bola e superioridade numérica.[22] As equipes que treinou não só obtiveram sucesso nos respectivos campeonatos nacionais e europeus, como serviram de base para as seleções campeãs do mundo de 2010 e 2014.[21]
Adepto do jogo posicional, Guardiola costuma armar suas equipes no 4-3-3 ou no 4-1-4-1. Outras características dos times treinados pelo Guardiola são: utilização do chamado Falso 9, marcação à pressão, altas taxas de posse de bola,[23] obsessão pelo controle da bola e do ritmo do jogo, e constante revezamento no elenco para diminuir a chance de lesão.[24] Sua obsessão por essa filosofia é tanta que ele chegou a defender que todos os gramados dos campos de competições nacionais e internacionais devem ser aparados o máximo possível. Teoricamente, isso faria a bola correr com maior velocidade.[25]
Seus times são comumente atribuidos ao tiki-taka, entretando ele reclamou do tiki-taka, no livro "Herr Pep", que fala sobre sua carreira.[26]
“ | "Odeio o tiki-taka. A posse de bola é apenas um método para ordenar a equipe e desmontar o time adversário. Se não há uma sequência de 15 passes, é impossível fazer uma transição da defesa para o ataque de forma correta."[26] | ” |
Em 16 de janeiro de 2013, foi anunciado como treinador do Bayern, substituindo Jupp Heynckes.[12][27]
Em seu primeiro ano a frente do Bayern, fez algumas mudanças na equipe titular (inclusive mudando a posição de alguns jogadores), diminuindo a estatura e aumentando a velocidade da equipe.[28] Apesar de ter conquistado resultados expressivos, Guardiola recebeu várias críticas negativas. Beckenbauer (presidente de honra do clube alemão) por exemplo, chegou a afirmar que, diferentemente do que tem acontecido nos jogos do Bayern, ele sempre tentou ser muito objetivo em suas jogadas e, por isso, vê com maus olhos o estilo de "posse de bola a todo custo", implantado por Guardiola.[29] Pep se defendeu dizendo que o problema é que seu estilo de jogo não faz parte da cultura alemã de futebol.[30]
“ | "Quando estão na linha do gol, os jogadores tocam outra vez a bola para trás. (...) Se tenho a chance de chutar de fora da área, ainda mais diante de uma defesa fechada, eu o faço. É a forma mais eficaz."[29] | ” |
A goleada (e a eliminação) de 4 a 0 para o Real Madrid, na Liga dos Campeões, fez Pep repensar seu jogo para seu segundo ano a frente do Bayern. Ele percebeu que adiantar suas linhas, aprofundando as jogadas pelos flancos, já não parecia ser suficiente para surpreender os rivais.[31] Assim, Pep incorporou alguns conceitos germânicos de futebol. Sua equipe passou a ser mais faltosa, levando mais cartões, mas também fazendo mais gols de cabeça. As jogadas aéreas sempre foram grande deficiência do Barcelona quando por ele treinado.[32]
No dia 20 de dezembro de 2015, o Bayern comunicou oficialmente que o treinador catalão não renovaria o seu contrato com o clube, deixando-o ao final da temporada 2015-16.[33]
No dia 1 de fevereiro de 2016, o Manchester City confirmou a contratação de Guardiola para as próximas três temporadas, substituindo Manuel Pellegrini a partir de 1 de julho 2016.[34] Em sua primeira temporada, não conquistou nenhum campeonato e apresentou números abaixo da média.[35] Na temporada seguinte, trouxe grandes reforços ao clube como o meia português Bernardo Silva, o goleiro brasileiro Ederson e o lateral Kyle Walker, iniciando uma reformulação no elenco. Conquistou seu primeiro título na Inglaterra ao bater o Arsenal na final da Copa da Liga Inglesa.[36] Na Premier League de 2017–18, bateu um recorde que nenhum clube havia alcançado em 130 anos no país, ao conquistar a incrível marca de 100 pontos.[37] Iniciou a temporada 2018–19 com o título da Supercopa da Inglaterra ao derrotar o Chelsea por 2 a 0.[38] Novamente conquistou a Copa da Liga Inglesa ao bater o Chelsea nos pênaltis.[39] Na Premier League, travou uma disputa intensa com o Liverpool, conquistando o bicampeonato com 98 pontos, um a mais que o Liverpool.[40] No dia 18 de maio de 2019, conquistou a Copa da Inglaterra após golear o Watford na final por 6 a 0, conquistando uma inédita tríplice coroa nacional.[41]
Temporada | Clube | Primeira Divisão | Copa Nacional | Europa1 | Outros2 | Total3 | ||||||||||||||||||||||
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Partidas | Gols | Partidas | Gols | Partidas | Gols | Partidas | Gols | Partidas | Gols | |||||||||||||||||||
1990–91 | Barcelona | 4 | 0 | 1 | 0 | 5 | 0 | |||||||||||||||||||||
1991–92 | 26 | 0 | 3 | 0 | 11 | 0 | 2 | 0 | 42 | 0 | ||||||||||||||||||
1992–93 | 28 | 0 | 5 | 1 | 4 | 0 | 4 | 0 | 41 | 1 | ||||||||||||||||||
1993–94 | 34 | 0 | 5 | 0 | 6 | 0 | 2 | 0 | 47 | 0 | ||||||||||||||||||
1994–95 | 24 | 2 | 4 | 0 | 6 | 0 | 2 | 0 | 36 | 2 | ||||||||||||||||||
1995–96 | 31 | 1 | 7 | 0 | 7 | 1 | 45 | 2 | ||||||||||||||||||||
1996–97 | 38 | 0 | 8 | 0 | 7 | 1 | 2 | 0 | 55 | 1 | ||||||||||||||||||
1997–98 | 6 | 0 | 3 | 0 | 3 | 0 | 2 | 0 | 14 | 0 | ||||||||||||||||||
1998–99 | 22 | 1 | 3 | 0 | 1 | 0 | 26 | 1 | ||||||||||||||||||||
1999–00 | 25 | 0 | 12 | 1 | 2 | 0 | 39 | 1 | ||||||||||||||||||||
2000–01 | 24 | 2 | 4 | 3 | 7 | 0 | 35 | 5 | ||||||||||||||||||||
Total | 262 | 6 | 43 | 4 | 64 | 3 | 16 | 0 | 385 | 13 | ||||||||||||||||||
2001–02 | Brescia | 11 | 2 | 2 | 0 | 13 | 2 | |||||||||||||||||||||
2002–03 | Roma | 4 | 0 | 3 | 1 | 1 | 0 | 8 | 1 | |||||||||||||||||||
2002–03 | Brescia | 13 | 1 | 3 | 1 | 16 | 2 | |||||||||||||||||||||
2003–04 | Al-Ahli | 18 | 2 | 18 | 2 | |||||||||||||||||||||||
2004–05 | Al-Ahli | 18 | 5 | 18 | 5 | |||||||||||||||||||||||
2005–06 | Dorados de Sinaloa | 10 | 1 | 10 | 1 | |||||||||||||||||||||||
Total na carreira | 336 | 17 | 51 | 6 | 64 | 3 | 16 | 0 | 467 | 26 | ||||||||||||||||||
1 - Inclusos: UEFA Champions League, Recopa da Europa e Copa da UEFA
|
Seleção Espanhola de Futebol | ||
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Ano | Partidas | Gols |
1992 | 2 | 1 |
1993 | 5 | 0 |
1994 | 7 | 1 |
1995 | 0 | 0 |
1996 | 5 | 1 |
1997 | 4 | 1 |
1998 | 0 | 0 |
1999 | 9 | 0 |
2000 | 8 | 1 |
2001 | 7 | 0 |
Total[16] | 47 | 5 |
# | Data | Local | Adversário | Placar | Resultado | Competição |
---|---|---|---|---|---|---|
1. | 16 de dezembro de 1992 | Sánchez Pizjuán, Sevilla, Espanha | ![]() |
2–0 | 5–0 | Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1994 |
2. | 27 de junho de 1994 | Soldier Field, Chicago, Estados Unidos | ![]() |
0–1 | 1–3 | Copa do Mundo FIFA de 1994 |
3. | 14 de dezembro de 1996 | Mestalla, Valencia, Espanha | ![]() |
1–0 | 2–0 | Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1998 |
4. | 12 de fevereiro de 1997 | José Rico Pérez, Alicante, Espanha | ![]() |
1–0 | 4–0 | |
5. | 3 de junho de 2000 | Ullevi, Gotemburgo, Suécia | ![]() |
0–1 | 1–1 | Amistoso |
Atualizadas até 29 de abril de 2021.
Clube | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aproveitamento |
---|---|---|---|---|---|
Barcelona B | 42 | 28 | 9 | 5 | 66.67 |
Barcelona | 247 | 179 | 47 | 21 | 72.47 |
Bayern de Munique | 161 | 121 | 21 | 19 | 75.16 |
Manchester City | 287 | 218 | 36 | 39 | 75.96 |
Precedido por Frank Rijkaard |
Treinadores do Barcelona 2008–2012 |
Sucedido por Tito Vilanova |
Precedido por Jupp Heynckes |
Treinadores do Bayern de Munique 2013–2016 |
Sucedido por Carlo Ancelotti |
Precedido por Manuel Pellegrini |
Treinadores do Manchester City 2016– |
Sucedido por - |
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