Joker | |
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Pôster promocional | |
No Brasil | Coringa |
Em Portugal | Joker |
Estados Unidos 2019 • cor • 122 min | |
Direção | Todd Phillips |
Produção | Todd Phillips Bradley Cooper Emma Tillinger Koskoff |
Roteiro | Todd Phillips Scott Silver |
Baseado em | Joker por Bill Finger Bob Kane Jerry Robinson |
Elenco | Joaquin Phoenix Robert De Niro Zazie Beetz Bill Camp Frances Conroy Brett Cullen |
Gênero | suspense psicológico |
Música | Hildur Guðnadóttir |
Cinematografia | Lawrence Sher |
Efeitos especiais | Scanline VFX Shade VFX |
Edição | Jeff Groth |
Companhia(s) produtora(s) | Village Roadshow Pictures DC Films Sikelia Productions Joint Effort Productions Green Hat Films |
Distribuição | Warner Bros. Pictures |
Lançamento | 31 de agosto de 2019 (Festival de Cinema de Veneza) 3 de outubro de 2019 4 de outubro de 2019 |
Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 50 milhões[1][2] |
Receita | US$ 1.074.251.311[3] |
Joker (prt: Joker[4]; bra: Coringa[5]) é um filme de suspense psicológico estadunidense de 2019, dirigido por Todd Phillips, que co-escreveu o roteiro com Scott Silver. Baseado no personagem de mesmo nome da DC Comics, o filme é estrelado por Joaquin Phoenix como o Coringa. Joker é ambientado em 1981, e representa Arthur Fleck, um comediante de stand-up fracassado, que é levado à loucura e se envolve em uma vida de crimes e caos em Gotham City. Robert De Niro, Zazie Beetz, Frances Conroy, Brett Cullen, Marc Maron, Bill Camp, Shea Whigham, Glenn Fleshler, Douglas Hodge e Brian Tyree Henry, entre outros, aparecem em papéis coadjuvantes. Produzido pela Village Roadshow Pictures, DC Films, Sikelia Productions, Joint Effort Productions e Green Hat Films e distribuído pela Warner Bros. Pictures, faz parte da DC Black, uma série de filmes baseados nos personagens da DC separados do Universo Estendido DC. Não há relação com as outras versões do personagem vistas anteriormente no cinema.[6]
O desenvolvimento de um filme independente do Coringa começou em 2016 e foi confirmado em agosto de 2017, depois que a Warner Bros. e a DC Films decidiram enfatizar a natureza compartilhada do Universo Estendido DC. Phillips e Silver escreveram o roteiro em 2017, inspirados nas obras de Martin Scorsese e no romance gráfico Batman: The Killing Joke (1988). Scorsese foi ligado à produção no início da produção do filme, mas deixou de lado devido a outras obrigações. Phoenix passou a se envolver com o projeto em fevereiro de 2018, sendo escalado para o papel em julho, enquanto a maior parte do elenco assinou seus contratos em agosto. As filmagens ocorreram entre setembro e dezembro de 2018 em Nova Iorque, Jersey City e Newark. Joker foi o primeiro filme situado no universo Batman a receber uma classificação indicativa R nos Estados Unidos (proibido para menores de 17 anos, mas permitido para adolescentes desde que acompanhados por pais ou responsáveis) pela Motion Picture Association of America, devido ao seu conteúdo violento.[7][8]
Joker estreou no 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza em 31 de agosto de 2019, quando recebeu o prêmio máximo do evento, o Leão de Ouro.[9] Foi lançado no Brasil e em Portugal em 3 de outubro de 2019 e nos Estados Unidos em 4 de outubro. A recepção do filme foi polarizada; enquanto a performance de Phoenix, a direção de Phillips, cinematografia de Sher e os valores de produção foram elogiados, o tom sombrio, a forma como distúrbios psicológicos foram retratados e o uso da violência receberam opiniões mais divididas.[10] O filme também gerou preocupação pela possibilidade de inspirar violência no mundo real, como o massacre no cinema de Aurora, ocorrido em 2012, durante a exibição de The Dark Knight Rises. Devido a isso, o filme não foi exibido naquela cidade.[11] Apesar disso, este se tornou um grande sucesso de bilheteria, estabelecendo recordes para um lançamento em outubro. Joker arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheteria, o que o tornou o primeiro filme classificado para maiores de idade a atingir a marca do bilhão, a sexta maior bilheteria de 2019 e a trigésima primeira maior bilheteria de todos os tempos.
Joker recebeu inúmeros prêmios e indicações. Na 92ª edição do Oscar, o filme recebeu 11 indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, vencendo em Melhor Ator para Phoenix e Melhor Banda/Trilha Sonora para Hildur Guðnadóttir. Joker foi o segundo filme de quadrinhos indicado na categoria de Melhor Filme, depois de Black Panther ter recebido indicação no ano anterior.
A sinopse deste artigo pode ser extensa demais ou muito detalhada.Janeiro de 2021) ( |
Em 1981, Arthur Fleck é um homem que sofre de um problema neurológico que faz com que ele ria em momentos inapropriados e, por isso, visita regularmente um serviço de assistência social para adquirir remédios. Ele trabalha como um palhaço prestando serviços para terceiros, enquanto mora com sua mãe, Penny, em Gotham City. Arthur se relaciona com poucas pessoas até conhecer Sophie, uma mãe solteira que vive no mesmo prédio que ele, a quem ele convida para conhecer seu outro trabalho como comediante de stand-up.
Depois que um grupo de delinquentes o atacam em um beco, um colega de trabalho de Arthur, Randall, lhe empresta uma arma para sua proteção. Porém, durante uma apresentação em um hospital para entreter crianças, a arma cai do seu bolso. Arthur é demitido por isso e Randall mente dizendo que Arthur comprou a arma sozinho. Voltando para casa de metrô, ele é agredido por três executivos da Wayne Enterprises após estes pensarem que ele estava debochando da tentativa de assédio deles a uma mulher. Ele atira nos dois primeiros em autodefesa e persegue e executa o terceiro. Os assassinatos geram uma série de protestos contra os ricos de Gotham em que os manifestantes se fantasiam de palhaços tal como o assassino não identificado.
Posteriormente, Arthur descobre que o programa de assistência social teve seu orçamento cortado e ele ficará sem seus remédios. Nessa noite, Sophie vai ao seu show de stand-up, que vai mal porque ele não consegue parar de rir, o que dificulta sua apresentação. Seu fracasso repercute e as cenas de seus risos são exibidas num famoso programa de auditório de um de seus ídolos, Murray Franklin. Mais tarde, Arthur lê uma carta de sua mãe para o bilionário e candidato a prefeito Thomas Wayne, para quem ela trabalhou por 30 anos; na carta, ela alega que Arthur é filho de Thomas. Depois de se exaltar com sua mãe, Arthur vai até a mansão Wayne atrás de satisfações. Mas ele só encontra o filho de Thomas, Bruce, e é barrado por Alfred Pennyworth, a quem Arthur agride através do portão antes de fugir. Quando ele chega em casa descobre que sua mãe sofreu um acidente vascular cerebral e foi internada depois que dois detetives interrogaram-na quanto à possibilidade do envolvimento de Arthur com as mortes no metrô.
Após entrar disfarçado num evento de gala, Arthur confronta Thomas, que diz que Penny tem problemas mentais e não é sua mãe biológica. Depois dessa relevação, Artur ri-se, e Thomas fica furioso e agride-o com um soco na boca e avisa-o seriamente para não voltar a cruzar-se com seu filho. Descrente, Arthur vai ao Asilo Arkham e rouba a ficha da sua mãe. Ele lê que ele foi adotado após ser abandonado quando era bebê e que Penny tem problemas mentais, tinha um namorado abusivo que a agredia e a Arthur. Então, surge um flashback em uma cena em que Penny está numa delegacia e que os policiais referem que Artur foi "encontrado amarrado a um radiador no seu apartamento imundo, mal nutrido com múltiplas escoriações pelo corpo e trauma severo na cabeça." [nota 1] Atordoado, Arthur vai ao hospital, mata sua mãe e volta para seu prédio, entrando no apartamento de Sophie sem avisar. Assustada, Sophie pede para ele sair e é revelado que os encontros anteriores entre os dois foram produtos da mente de Arthur.
Isolado em seu apartamento, Arthur ignora as ligações da polícia quando, inesperadamente, recebe a proposta de aparecer no programa de Murray por causa da popularidade dos vídeos do seu show. Logo após se maquiar e se vestir para o programa, ele é visitado por seus antigos colegas de trabalho Gary e Randall. Arthur mata Randall, mas poupa Gary, pois este o tratava bem no passado. No caminho para o estúdio, ele é perseguido pelos dois detetives que interrogaram sua mãe, entram num trem cheio de manifestantes fantasiados de palhaços. Um dos policiais acidentalmente dispara num dos manifestantes, que morre, e os dois policiais são espancados pela multidão, permitindo assim que Arthur escape.
Antes de o programa entrar no ar, Arthur pede a Murray que o apresente como "Coringa", uma referência ao deboche do próprio apresentador quando o vídeo de Arthur foi apresentado. Bem recebido no início, Arthur passa a contar piadas mórbidas, assume o assassinato dos homens no trem e expressa sua raiva sobre o deboche de Murray e sobre como a sociedade trata pessoas como ele. Murray também fica indignado e confronta-o, dizendo que Arthur também é uma pessoa ruim por ter matado os três jovens e ter colocado a cidade em alvoroço por conta disso. Arthur continua a falar, mas Murray, enojado, ignora-o e pede a Gene para chamar a polícia. Ele então mata Murray, para horror dos convidados, do público e dos telespectadores e é preso, mas, inadvertidamente, provoca uma onda de protestos violentos por Gotham. Nesse caos, um dos fantasiados de palhaço mata Thomas e sua esposa Martha, poupando apenas o perplexo e traumatizado Bruce[nota 2]. Outro grupo, usando uma ambulância, colide com o carro da polícia e liberta Arthur, que é aclamado pela multidão.
Tempos depois, Arthur está num manicômio e ri sozinho, alegando a sua psiquiatra que ela não entenderia a piada. Arthur então foge pelos corredores, deixando um rastro de pegadas ensanguentadas.
Além disso, Brett Cullen interpreta Thomas Wayne, um filantropo bilionário concorrendo à prefeitura de Gotham.[16] Diferentemente dos quadrinhos, Thomas desempenha um papel nas origens do Coringa e é menos simpático do que as encarnações tradicionais.[17] Alec Baldwin foi inicialmente escolhido para o papel, mas desistiu devido a conflitos de agendamento.[18][19] Douglas Hodge interpreta Alfred Pennyworth, o mordomo e zelador da família Wayne, e Dante Pereira-Olson interpreta Bruce Wayne,[20] filho de Thomas, que se torna o arqui-inimigo do Coringa, Batman quando adulto.[21][22]
Membros adicionais do elenco incluem: Glenn Fleshler e Leigh Gill como Randall e Gary, os colegas palhaço de Arthur;[23] Bill Camp e Shea Whigham como dois detetives do Departamento de Polícia de Gotham City;[24] Marc Maron como Gene Ufland, produtor do programa de Franklin;[25] Josh Pais como Hoyt Vaughn, agente de Arthur;[26][27] Brian Tyree Henry, como funcionário do Hospital Estadual Arkham;[28] Ben Warheit, banqueiro de Wall Street, assassinado por Arthur em uma plataforma de metrô;[29] Gary Gulman, como comediante que atua no restaurante antes de Arthur;[30] e Bryan Callen como Javier, um colega de trabalho de Arthur.[31] Justin Theroux tem uma participação especial não creditada como convidado de celebridade no show de Franklin.[32]
Entre 2014 e 2015, Joaquin Phoenix manifestou interesse em atuar em um tipo de filme de "estudo de personagem" de baixo orçamento sobre um vilão de quadrinhos, como o personagem Joker da DC Comics.[33] Phoenix já havia se recusado a atuar no Universo Cinematográfico da Marvel, porque ele teria que desempenhar papéis, como Hulk e Doctor Strange, em vários filmes.[34] Ele não acreditava que sua ideia para um filme deveria abranger o Coringa, pois achava que o personagem já havia sido retratado de maneira semelhante antes e tentou pensar em outro. O agente de Phoenix sugeriu marcar uma reunião com a Warner Bros., mas ele recusou.[33] Da mesma forma, Todd Phillips havia sido oferecido para dirigir filmes baseados em quadrinhos várias vezes, mas recusou porque achava que eram "barulhentos" e não o interessavam. De acordo com Phillips, Joker foi criado a partir de sua ideia para criar um filme de quadrinhos diferente e mais fundamentado.[35] Ele foi atraído pelo Coringa porque não achava que houvesse um retrato definitivo do personagem, que ele sabia que proporcionaria considerável liberdade criativa.[36]
Phillips lançou a ideia de Joker para a Warner Bros. depois que seu filme War Dogs estreou em agosto de 2016.[35] Antes de War Dogs, Phillips era conhecido principalmente por seus filmes de comédia, como Road Trip (2000), Old School (2003) e The Hangover (2009); Os Cães de Guerra marcaram uma aventura em território mais perturbador.[37] Durante a estreia, Phillips percebeu "War Dogs não iria incendiar o mundo e eu pensava: "O que as pessoas realmente querem ver?"[35]. Ele propôs que a DC Films diferenciasse sua marca da Marvel concorrente. Studios ', produzindo filmes independentes e de baixo orçamento.[38][39] Após o lançamento bem-sucedido de Mulher Maravilha (2017), a DC Films decidiu enfatizar a natureza compartilhada de sua franquia de filmes baseada em DC, o Universo Estendido DC (DCEU).[40] Em agosto de 2017, a Warner Bros. e a DC Films revelaram planos para o filme, com Phillips dirigindo e coescrevendo com Scott Silver, e Martin Scorsese começou a coproduzir com Phillips.[41]
De acordo com Kim Masters e Borys Kit, do The Hollywood Reporter, Jared Leto, que interpretou o Coringa no DCEU, ficou descontente com a existência de um projeto separado de sua interpretação.[42][43] Em outubro de 2019, Masters relatou que Leto "se sentiu 'alienado e chateado'" quando soube que a Warner Bros. - que havia prometido a ele um filme independente do DCEU Joker - deixou Phillips prosseguir com Joker, chegando a pedir ao gerente de música Irving Azoff para cancelar o projeto. Masters acrescentou que a irritação de Leto foi o que o levou a encerrar sua associação com a Agência de Artistas Criativos (CAA), pois acreditava que "seus agentes deveriam ter lhe contado sobre o projeto Phillips anteriormente e lutado mais pela sua versão do Coringa". No entanto, fontes associadas a Leto negam que ele tenha tentado cancelar Joker e deixou o CAA por causa disso.[43]
A Warner Bros. pressionou Phillips a escalar Leonardo DiCaprio como o Coringa,[37] na esperança de usar o envolvimento de seu colaborador frequente Scorsese para atraí-lo.[42] No entanto, Phillips disse que Phoenix era o único ator que ele considerava,[44] e que ele e Silver escreveram o roteiro com Phoenix em mente: "O objetivo nunca era introduzir Joaquin Phoenix no universo dos filmes de quadrinhos. O objetivo era introduzir filmes de quadrinhos no universo Joaquin Phoenix.[45] "Phoenix disse que quando soube do filme, ficou empolgado porque era do tipo que procurava fazer, descrevendo-o como único e afirmando que não parecia típico filme de estúdio".[46] "Ele levou algum tempo para se comprometer com o papel, pois o intimidava e ele dizia: 'muitas vezes, nesses filmes, temos esses arquétipos simplificados e redutores, e isso permite que o público se afaste do personagem, como faríamos na vida real, onde é fácil rotular alguém como mal e, portanto, diga: Bem, eu não sou isso'."[45]
Phillips e Silver escreveram Joker ao longo de 2017, e o processo de escrita levou cerca de um ano.[47] Segundo a produtora Emma Tillinger Koskoff, demorou algum tempo para obter a Warner Bros., em parte devido à preocupação com o conteúdo. Da mesma forma, Phillips comentou que havia "um zilhão de obstáculos" durante o processo de escrita de um ano devido à visibilidade do personagem.[35] Phillips disse que, embora os temas do roteiro possam refletir a sociedade moderna, o filme não pretendia ser político.[47] Enquanto o Coringa já havia aparecido em vários filmes antes, Phillips pensou que era possível produzir uma nova história com o personagem. "É apenas outra interpretação, como as pessoas interpretam Macbeth", disse ele ao The New York Times.[44]
O roteiro se inspira em filmes de Scorsese, como Taxi Driver (1976), Raging Bull (1980) e The King of Comedy (1983),[41][37], além da trilogia The Hangover de Phillips.[48] Outros filmes que Phillips citou como inspiração incluem estudos de personagens lançados na década de 1970 - como Serpico (1973) e One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975) - o filme mudo The Man Who Laughs (1928) e vários musicais. Phillips disse que, além do tom, ele não considerava Joker tão diferente de seu trabalho anterior, como seus filmes da ressaca.[47] Enquanto a premissa do filme foi inspirada na novela gráfica de Alan Moore e Brian Bolland, Batman: The Killing Joke (1988), que descreve o Coringa como um comediante de stand-up fracassado,[35] Phillips disse que não "segue nada dos quadrinhos". ..."Isso foi o que foi interessante para mim. Nós nem estamos interpretando o Coringa, mas a história de nos tornarmos Coringa".[49] Phillips esclareceu mais tarde que ele queria dizer que eles não procuravam inspiração em um quadrinho específico, mas sim" escolhidos " e escolheu o que gostamos "da história do personagem.[50] Tendo crescido em Nova Iorque, Phillips também se inspirou na vida em Nova Iorque durante o início dos anos 80.[51] A cena do tiroteio no metrô e suas consequências foram inspiradas no tiroteio no metrô de Nova Iorque em 1984[51][52], enquanto Arthur Fleck é parcialmente baseado no autor do tiroteio, Bernhard Goetz.[52][51]
Phillips e Silver encontraram a história de origem mais comum do Coringa, na qual o personagem é desfigurado depois de cair em uma cuba de ácido, muito irrealista.[35] Em vez disso, eles usaram certos elementos do folclore do Coringa para produzir uma história original,[53] que Phillips queria parecer o mais autêntico possível.[35] Como o Coringa não tem uma história de origem definitiva nos quadrinhos, Phillips e Silver receberam considerável liberdade criativa e "se pressionavam todos os dias para criar algo totalmente insano".[47] No entanto, eles tentaram manter a ambiguidade. natureza de "múltipla escolha" do passado do Coringa, posicionando o personagem como um narrador não confiável - com histórias inteiras sendo apenas delírios dele[36] - e deixou claro que doenças mentais ele sofre.[37] Como tal, Phillips disse que o filme inteiro está aberto à interpretação.[36] Um segmento que foi confirmado como real, de acordo com Phillips, em uma entrevista, foi a aparição de Arthur no programa de Murray Franklin, pois a intenção original era passar para Sophie, que o está assistindo na TV, apenas para mostrar ao público que ela ainda está viva, mas foi decidido que isso atrapalharia a narrativa, que era ver tudo do ponto de vista de Arthur.[54]
Após o decepcionante desempenho crítico e financeiro da Liga da Justiça (2017), em janeiro de 2018, Walter Hamada substituiu Jon Berg como chefe da produção de filmes baseados em DC na Warner Bros.[55] Hamada classificou os vários filmes da DC em desenvolvimento, cancelando alguns enquanto avançava no trabalho em outros; o filme do Coringa estava programado para começar a ser filmado no final de 2018 com um pequeno orçamento de US$ 55 milhões.[56] Masters relatou que a Warner Bros. estava relutante em deixar o Coringa seguir em frente, e fez um pequeno orçamento em um esforço para dissuadir Phillips.[43] Em junho, Robert De Niro estava sob consideração por um papel coadjuvante no filme.[57] O acordo com a Phoenix foi finalizado em julho de 2018,[58] após quatro meses de persuasão de Phillips.[35] Imediatamente depois,[58] a Warner Bros. publicou oficialmente o filme,[59] intitulou-o Coringa e deu a ele um dia 4 de outubro de 2019, data de lançamento.[60] A Warner Bros descreveu o filme como "uma exploração de um homem desconsiderado pela sociedade [que] não é apenas um estudo de caráter corajoso, mas também um conto de advertência mais amplo".[61]
O sócio de longa data de Scorsese, Koskoff, juntou-se para produzir,[62][63] embora Scorsese tenha deixado seus deveres de produção devido a outras obrigações.[62] Scorsese considerou servir como produtor executivo, mas estava preocupado com seu filme The Irishman.[35] Também foi confirmado que o filme não teria efeito no Coringa de Leto[64] e seria o primeiro de uma nova série de filmes da DC não relacionados ao DCEU.[65] Em julho, Zazie Beetz foi escalada para um papel de apoio,[66] e De Niro entrou em negociações em agosto.[67][68] Frances McDormand recusou uma oferta para retratar a mãe de Arthur, e Frances Conroy foi escalada.[69][70] No final de julho, Marc Maron, que havia acabado de filmar a terceira temporada da série de televisão na web GLOW,[71] e Bryan Callen se juntaram ao elenco.[25][72] Alec Baldwin foi escalado como Thomas Wayne em 27 de agosto, mas desistiu dois dias depois devido a conflitos de agendamento.[18]
Phillips promoveu o filme postando fotos em seu feed do Instagram.[73] Em 21 de setembro de 2018, ele divulgou imagens de teste de Phoenix fantasiado de Coringa, ao som de "Laughing", da banda The Guess Who, acompanhando as imagens.[74] No CinemaCon, em 2 de abril de 2019, Phillips apresentou o primeiro trailer do filme,[75] que foi lançado online no dia seguinte.[76] O trailer, com destaque para a música "Smile", interpretada por Jimmy Durante, gerou críticas positivas, com alguns comentários comparando-o com Taxi Driver e Requiem for a Dream e elogiando a performance de Phoenix.[77][78] Os roteiristas descreveram o trailer como obscuro e ousado (dark and gritty).[79] Mark Hamill, que dubla o Coringa desde o desenho animado de 1992 Batman: The Animated Series, expressou entusiasmo em um post no Twitter.[80] O trailer recebeu mais de oito milhões de visualizações nas primeiras horas de lançamento.[81]
Em 25 de agosto de 2019, Phillips lançou seis breves teasers que continham flashes de escrita, revelando que o segundo trailer seria lançado em 28 de agosto.[82] O cineasta Kevin Smith elogiou o trailer, afirmando que achava que o filme "ainda funcionaria mesmo que a DC Comics não existisse" e elogiando sua singularidade.[83]
No geral, a Deadline Hollywood estimou que a Warner Bros. gastou US$ 120 milhões em promoção e publicidade.[84]
Mark Hughes, da Forbes, descreveu o filme como "Uma conquista impressionante, determinada a deslumbrar os fãs do personagem e do gênero, bem como os espectadores que procuram um filme espetacular para o público adulto. (...) Uma das obras-primas de filmes de super-heróis e um dos maiores feitos de 2019".[85] Peter Travers, da Rolling Stone, apreciou muito o desempenho de Joaquin Phoenix, descrevendo-o como um "soco no estômago" e concluiu que "se você considerar entretenimento ou provocação, o Coringa é simplesmente maravilhoso".[86] Ao escrever para o site IGN, Jim Vejvoda deu ao Joker uma pontuação perfeita, alegando que o filme "funcionaria tão bem como um estudo de personalidade sem precisar dos adereços da DC Comics. O fato do filme ainda pertencer ao universo do Batman é a cereja do bolo". Ele ainda descreveu o desempenho de Phoenix como o Coringa como cativante e "digno de Oscar"[87]. Da mesma forma, Xan Brooks, do The Guardian - que também deu uma pontuação perfeita ao filme – classificou o filme como "gloriosamente ousado e explosivo" e apreciou como Phillips usou elementos dos filmes de Scorsese para criar uma história original.[88]
No sítio agregador Rotten Tomatoes, Coringa tem 69% de aprovação em 396 críticas, que chegaram ao consenso de que o filme "dá ao seu infame personagem central uma história de origem assustadoramente plausível que serve como uma vitrine brilhante para sua estrela - e uma evolução sombria para o cinema inspirado em quadrinhos".[89] O crítico de cinema Márcio Sallem do Cinema com Crítica conferiu 4/5 estrelas à produção que denominou como "Uma piada de mau gosto, reflexo da sociedade egoísta habituada a erguer grades que separam os ‘sortudos’ dos ‘azarados’ e a debochar do sofrimento alheio, e ainda uma piada mortal, pois infelizmente os risos frenéticos ecoaram na cabeça de quem perdeu contato com a realidade após tanto escutá-los"[90].
Já o Filmmelier apontou as semelhanças com o contexto histórico de Taxi Driver. "Nesse contexto, temos um estudo de personagem quase puro, em uma atuação impecável de Joaquin Phoenix". O serviço de recomendação de filmes concluí: "Por tudo isso, a história é dura, impactante, chocante, formando uma quase perfeita combinação de cinema de arte com blockbuster baseado em HQ"[91].
No Brasil e em Portugal, o filme estreou nos cinemas no mesmo dia (3 de outubro de 2019), mas teve diferenças quanto à classificação. No Brasil, o filme foi classificado para maiores de 16 anos e tem a sua apresentação com dublagem brasileira. Já em Portugal, a classificação foi para maiores de 14 anos e é apresentado na versão original com legendas.[92][93]
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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9 de Fevereiro de 2020 | Melhor Filme | Indicado | |
Melhor Diretor | Todd Phillips | Indicado | |
Melhor Ator | Joaquin Phoenix | Venceu | |
Melhor Roteiro Adaptado | Todd Phillips e Scott Silver | Indicado | |
Melhor Fotografia | Lawrence Sher | Indicado | |
Melhor Edição/Montagem | Jeff Groth | Indicado | |
Melhor Maquiagem/Maquilhagem e Penteados | Kay Georgiou e Nicki Ledermann | Indicado | |
Melhor Figurino/Guarda-Roupa | Mark Bridges | Indicado | |
Melhor Mixagem/Mistura de Som | Tod Maitland, Tom Ozanich e Dean Zupancic | Indicado | |
Melhor Trilha/Banda Sonora | Hildur Guðnadóttir | Venceu | |
Melhor Edição de Som | Alan Robert Murray | Indicado |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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5 de Janeiro de 2020 | Melhor Filme - Drama | Indicado | |
Melhor Diretor | Todd Phillips | Indicado | |
Melhor Ator em Filme - Drama | Joaquin Phoenix | Venceu | |
Melhor Trilha Sonora Original | Hildur Guðnadóttir | Venceu |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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12 de Janeiro de 2020 | Melhor Filme | Indicado | |
Melhor Ator | Joaquin Phoenix | Venceu | |
Melhor Roteiro Adaptado | Todd Phillips e Scott Silver | Indicado | |
Melhor Fotografia | Lawrence Sher | Indicado | |
Melhor Direção de Arte | Mark Friedberg e Kris Moran | Indicado | |
Melhor Cabelo e Maquiagem | Indicado | ||
Melhor Trilha Sonora | Hildur Guðnadóttir | Venceu |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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19 de Janeiro de 2020 | Melhor Ator | Joaquin Phoenix | Venceu |
Melhor Elenco de Dublês | Indicado |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
---|---|---|---|
2 de Fevereiro de 2020 | Melhor Filme | Indicado | |
Melhor Diretor | Todd Phillips | Indicado | |
Melhor Ator | Joaquin Phoenix | Venceu | |
Melhor Roteiro Adaptado | Todd Phillips e Scott Silver | Indicado | |
Melhor Fotografia | Lawrence Sher | Indicado | |
Melhor Edição | Jeff Groth | Indicado | |
Melhor Direção de Arte | Mark Friedberg e Kris Moran | Indicado | |
Melhor Cabelo e Maquiagem | Kay Georgiou e Nicki Ledermann | Indicado | |
Melhor Som | Tod Maitland, Alan Robert Murray, Tom Ozanich e Dean Zupancic | Indicado | |
Melhor Trilha Sonora | Hildur Guðnadóttir | Venceu | |
Melhor Elenco | Shayna Markowitz | Venceu |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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14 de Março de 2021 | Melhor Trilha Orquestrada de Mídia Visual | Hildur Guðnadóttir | Venceu |
Melhor Arranjo, Instrumental ou A Cappella | Hildur Guðnadóttir (por "Bathroom Dance") | Indicado |
Data da Cerimônia | Categoria | Recipiente | Resultado |
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7 de Setembro de 2019 | Leão de Ouro | Venceu |
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