House of the Dragon | |
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A Casa do Dragão (BR) | |
Informação geral | |
Formato | série |
Gênero | Drama Fantasia |
Criador(es) | Ryan J. Condal George R. R. Martin |
Baseado em | Fire & Blood de George R. R. Martin |
Desenvolvedor(es) | Ryan J. Condal Miguel Sapochnik |
País de origem | Estados Unidos |
Idioma original | inglês |
Produção | |
Produtor(es) executivo(s) | Ryan J. Condal Miguel Sapochnik George R. R. Martin Vince Gerardis Casey Bloys Greg Yaitanes |
Editor(es) | Tim Porter |
Cinematografia | Fabian Wagner |
Distribuição | Warner Bros. Domestic Television Distribution (HBO Max) |
Elenco | Paddy Considine Matt Smith Emma D'Arcy Rhys Ifans Olivia Cooke Steve Toussaint Eve Best Sonoya Mizuno Fabien Frankel Milly Alcock Emily Carey Graham McTavish |
Tema de abertura | "Main Title (From Game of Thrones)" |
Composto por | Ramin Djawadi[1] |
Empresa(s) produtora(s) | GRRM Bastard Sword 1:26 Pictures Inc. |
Localização | Reino Unido Espanha Estados Unidos Portugal |
Exibição | |
Emissora original | HBO |
Formato de exibição | 4K (Ultra HD) Dolby Vision |
Formato de áudio | Dolby Atmos |
Transmissão original | 21 de agosto de 2022 | – presente
Temporadas | 1 |
Episódios | 2 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Game of Thrones |
Ligações externas | |
Site oficial |
House of the Dragon (no Brasil: A Casa do Dragão), também conhecida e comercializada pelo título Game of Thrones: House of the Dragon é uma série de televisão de drama e fantasia medieval norte-americana criada por Ryan J. Condal e George R. R. Martin para o canal HBO. Condal e o diretor Miguel Sapochnik são os desenvolvedores da série e atuam também como produtores executivos.[2] A série é uma prequela de Game of Thrones (2011–2019) e é baseada em uma parte específica do livro Fire & Blood de 2018, escrito por Martin. Situada 172 anos antes de Game of Thrones, House of the Dragon apresentará a disputa dos meios-irmãos Rhaenyra Targaryen e Aegon II pela posse do Trono de Ferro dos Sete Reinos de Westeros.[3]
A série recebeu um sinal verde para ser produzida em outubro de 2019, com elenco começando a ser divulgado em julho de 2020 e fotografia principal começando em abril de 2021 no Reino Unido. A série estreou em 21 de agosto de 2022. Sua primeira temporada será composta por dez episódios.[4][5]
Menos de uma semana depois da exibição do primeiro episódio, a série foi oficialmente renovada para a segunda temporada por um comunicado enviado pela assessoria da HBO.[6]
№ na série | № na temporada | Título | Dirigido por | Escrito por | Exibição original | Audiência (milhões) |
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1 | 1 | "The Heirs of the Dragon" "Os Herdeiros do Dragão" | Miguel Sapochnik | Ryan Condal | 21 de agosto de 2022 | 9.9[11] |
Durante o reinado do velho rei Jaehaerys Targaryen, tragédias fatais tiraram as vidas de seus dois filhos mais velhos, os príncipes Aemon e Baelon, deixando a sucessão indecisa. Um Grande Conselho é convocado para os senhores de Westeros escolherem um futuro governante. Dois dos netos de Jaehaerys são candidatos: A princesa Rhaenys Targaryen, esposa do rico lorde Corlys Velaryon, e o príncipe Viserys Targaryen, primo mais novo de Rhaenys e marido da senhora Aemma Arryn. Pela lei Westerosi, um descendente masculino tem precedência sobre uma descendente feminina apesar de sua ordem de nascimento, o que fez Viserys ganhar a eleição. Nove anos depois, o rei Viserys I reina sob a ameaça da Triarquia, uma aliança feita pelas cidades livres de Essos, para obter a região dos Degraus. Viserys também tem que lidar com a brutalidade de seu irmão mais novo, o príncipe Daemon Targaryen, contra os criminosos em King's Landing. Demon usa violência extrema ao exercer seu cargo de comandante da Patrulha da Cidade. Durante um torneio para celebrar o nascimento iminente do príncipe, sor Criston Cole derrota Daemon. A rainha Aemma morre durante o parto, junto com seu filho recém-nascido e herdeiro de Viserys. A Mão do Rei, sor Otto Hightower, propõe que a única filha viva de Viserys, a jovem princesa Rhaenyra, seja nomeada herdeira do Trono de Ferro ao invés de Daemon. Depois de uma discussão acalorada com Daemon, Viserys nomeia oficialmente Rhaenyra como a Princesa de Dragonstone e sua herdeira. Ela também recebe o juramento de lealdade de vários senhores dos Sete Reinos. | ||||||
2 | 2 | "The Rogue Prince" "O Príncipe Rebelde" | Greg Yaitanes | Ryan Condal | 28 de agosto de 2022 | 10.2[12] |
Seis meses após a princesa Rhaenyra ser nomeada herdeira, o príncipe Daemon permanece em Dragonstone, enquanto os piratas liderados pelo Engorda-Carangueijos ameaçam os Degraus a mando da Triarquia. Enquanto isso, o Pequeno Conselho trabalha para encontrar um par adequado para o novo casamento do rei Viserys, a fim de propagar sua linhagem real, colocando o status de Rhaenyra como herdeira em questão caso ele se case novamente. Enquanto Alicent Hightower continua a confortar o rei Viserys por insistência de seu pai, lorde Corlys Velaryon propõe que sua própria filha Laena se case com o rei. Daemon rouba um ovo de dragão para incitar Viserys a vir para Dragonstone, mas o Mão do Rei Otto Hightower se oferece como voluntário. Quando há uma ameaça de derramamento de sangue, Rhaenyra aparece em Dragonstone em Syrax para recuperar o ovo. Sua desobediência irrita o rei, e pai e filha têm uma conversa franca sobre a rainha Aemma e a questão de seu novo casamento. Mais tarde, Viserys anuncia que pretende se casar com Alicent, irritando Rhaenyra e Corlys; Corlys, por sua vez, se aproxima de Daemon para formar uma aliança. | ||||||
3 | 3 | "Second of His Name" "O Segundo de Seu Nome" | Greg Yaitanes | Gabe Fonseca & Ryan Condal | 4 de setembro de 2022 | ASD |
4 | 4 | "King of the Narrow Sea" "Rei do Mar Estreito" | Clare Kilner | Ira Parker | ASA | ASD |
5 | 5 | "We Light the Way" "Iluminamos o Caminho" | Clare Kilner | Charmaine DeGraté | ASA | ASA |
6 | 6 | "The Princess and the Queen" "A Princesa e a Rainha" | Miguel Sapochnik | Sara Hess | ASA | ASD |
7 | 7 | "Driftmark" | Miguel Sapochnik | Kevin Lau | ASA | ASD |
8 | 8 | "The Lord of the Tides" "O Lorde das Marés" | Geeta V. Patel | Eileen Shim | ASA | ASD |
9 | 9 | "The Green Council" "O Conselho Verde" | Clare Kilner | Sara Hess | ASA | ASD |
10 | 10 | "The Black Queen" "A Rainha Negra" | Greg Yaitanes | Ryan Condal | ASA | ASD |
O anúncio da produção da série derivada de Game of Thrones ocorreu em 29 de outubro de 2019, durante um evento da WarnerMedia, em que a empresa apresentou as principais novidades da nova plataforma de streaming HBO Max.[13] A HBO logo encomendou a produção de 10 episódios completos para a primeira temporada da série.[14] O presidente de programação da HBO, Casey Bloys, afirmou que estava animado para expandir o universo da saga A Song of Ice and Fire para a televisão.[15] A criação da série é de Ryan Condal, co-criador da série Colony, que também atua como showrunner ao lado de Miguel Sapochnik, ganhador do Emmy de melhor direção por sua contribuição em Game of Thrones.[16]
Condal revelou que já conhecia o universo de A Song of Ice and Fire à 20 anos quando leu A Game of Thrones (1996) na faculdade e desde então se tornou fã das obras de Martin. Ao trabalhar para a HBO em Santa Fé, Arizona, cidade de Martin, ele pediu para seu agente convidar Martin para um jantar e que desde esse jantar, eles se tornaram amigos.[17] Anos mais tarde, quando os pitchings para as séries derivadas de Game of Thrones começaram a ser encomendados, Condal já tinha em mente uma possível adaptação para desenvolver.[17]
A razão pela qual eu conheço George, foi porque eu o persegui quando estava fazendo um piloto em Santa Fé, onde ele tem uma casa. Eu sabia que ficaria lá por dois meses, então apenas disse aos meus agentes: 'Ei, eu sei que George mora na área, posso pagar um jantar para ele enquanto estou aqui'. Então saímos, nos demos bem, ele gostou de mim, gostou que eu trouxe uma ideia legal para filmar. – Ryan Condal para o podcast Take the Black Podcast.[18]
A princípio, Condal tinha em mente adaptar as histórias de Tales of Dunk and Egg, contos sobre o cavaleiro andante Dunk, que se tornaria um membro lendário da Guarda Real, o sor Duncan, o Alto. Além dele, é mostrado a história de seu escudeiro Egg, que se tornaria o futuro rei Aegon V Targaryen.[19] “Eu pensei muito e apaixonadamente por Dunk and Egg como uma ideia de spin-off, porque achei que era um ótimo caminho a seguir”, disse Condal. “Com a série original, como você a segue? É tão grande, é tão abrangente, é tão bem-sucedido. A única maneira de fazer isso é ir contra a corrente, mostrar esse tipo de 'Lobo Solitário' e 'Filhote', um espadachim errante pelo campo." Apesar da HBO gostar da história de Dunk e Egg, Martin deseja terminar de escrever essas histórias antes que sejam adaptadas.[18]
O escritor George R. R. Martin recebeu o crédito de co-criador da série e produtor executivo ao lado de Condal, Sapochnik, Vince Gerardis e Casey Bloys.[16] Martin está envolvido na criação da estrutura da história que para a adaptação, além de ajudar Condal na escrita do episódio piloto. Sobre o desenvolvimento de House of the Dragon, Martin disse que Ryan J. Condal e Miguel Sapochnik realizaram um "trabalho incrível". Comentando em uma publicação de seu blog, ele afirmou: "Assim como em Game of Thrones, a maioria dos espectadores terá apenas ouvido falar de alguns dos nomes, mas você vai se apaixonar por muitos deles. Apenas para ter o coração partido mais tarde, quando... não, isso seria dizer demais", disse Martin, ao manter o sigilo sobre a nova produção.[20]
A direção da série será feita por Sapochnik, Clare Kilner e Geeta V. Patel. Greg Yaitanes também irá dirigir a série e atuará como um co-produtor executivo.[21] Em 3 de dezembro de 2020, na conta oficial do HBO no Twitter, foi postado duas artes conceituais de dois dragões, anunciando que a produção iria começar em 2021.[22] Antes mesmo da primeira temporada estrear, segundo o site Redaninan Intelligence, a HBO deu sinal verde para o desenvolvimento de uma segunda temporada para a série. Os roteiros da segunda temporada começaram a serem escritos em segredo.[23] Um novo Trono de Ferro foi construído pela equipe artística da série com 2.500 espadas, a fim de ficar um pouco similar ao trono imaginado por George R. R. Martin na série literária. Segundo uma matéria da Entertainment Weekly, materiais vindo da série The Witcher e do filme Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos, foram utilizados na confecção do novo trono que é o principal símbolo de poder em Westeros.[24] No dia 26 de agosto de 2022, a série foi oficialmente renovada para a segunda temporada.[25]
A escolha do elenco iniciou em julho de 2020. O ator Paddy Considine foi escalado em 5 de outubro de 2020 para interpretar o Rei Viserys I.[26][27] Em 12 de dezembro de 2020, Olivia Cooke, Matt Smith e Emma D'Arcy foram escalados para interpretarem Alicent Hightower, Daemon Targeryen e Rhaenyra Targaryen, respectivamente.[28][29] Mais quatro atores foram escalados para a série em 11 de fevereiro de 2021, Steve Toussaint, Rhys Ifans, Eve Best e Sonoya Mizuno. Taussaint ganhou o papel de Lord Corlys Veralyon, enquanto Ifans, Best e Mizuno serão Otto Hightower, Rhaenys Targaryen e Misarya respectivamente.[30] Em abril, Fabien Frankel se juntou ao elenco como Ser Criston Cole. Em maio, Graham McTavish foi visto no set com figurinos. Emily Carey e Milly Alcock foram adicionadas ao elenco em julho de 2021 e serão as versões jovens de Rhaenyra e Alicent.[31]
Em janeiro de 2020, Casey Bloys, presidente de programação da HBO, afirmou que o processo de escrita havia começado e adivinhou que a série estrearia em 2022.[32]
Sobre os roteiros e o desenvolvimento da história, George R. R. Martin elogiou a equipe envolvida na produção da série[33] e comentou:
"Eu assisti a cortes brutos de 9 dos 10 episódios, e continuo impressionado. A atuação, a direção e a escrita são de primeira linha. E para os fãs dos livros, esta é minha história. Há algumas mudanças em relação a Fire & Blood, mas acho que Ryan Condal e seus roteiristas fizeram boas escolhas. Até algumas melhorias (heresia, eu sei, mas sendo o autor, eu posso falar)." – Martin em publicação de seu blog.[33]
Em entrevista ao podcast Coupledom de Idris e Sabrina Elba, Ryan Condal comentou que o roteiro promete se assemelhar com a obra original de Martin e que ele estava comprometido a fazer isso. Ele afirmou: "Eu prometi a ele [Martin] desde o início que farei uma adaptação do material o mais fiel possível, entendendo que certas coisas precisam mudar e ser inventadas porque estamos colocando isso em um meio visual."[34]
George R. R. Martin explicou em uma postagem em seu blog em 20 de fevereiro de 2022, como a série foi desenvolvida desde a concepção até a atribuição de roteiros específicos para a primeira temporada.[35] Na fase inicial de produção, o próprio Martin colaborou com Ryan Condal em um roteiro piloto para o primeiro episódio. Quando o piloto da prequela sobre a Longa Noite chamado Bloodmoon de Jane Goldman foi repentinamente rejeitada em outubro de 2019,[36][37] a HBO deu luz verde para uma primeira temporada completa de House of the Dragon – pulando apenas o piloto – surpreendendo até mesmo Condal.[38]
"Foi um desafio, houve muito mais criação de mundo porque ela [Jane] definiu o dela 8.000 anos antes do show [a série principal], então exigia muito. Uma das coisas sobre House of Dragons é que há um texto, há um livro, o que tornou um pouco mais parecido com um roteiro para uma série."
Nos estágios iniciais e imaginando a série como um todo além da primeira temporada, Condal e Martin tiveram uma "mini sala de roteiristas" com os roteiristas Claire Kiechel, Wes Tooke e Ti Mikkel.[35] Todos os três contribuíram com ideias para a série como um todo, mas Kiechel e Tooke partiram para outros projetos antes que o processo de escrita em roteiros específicos da primeira temporada começasse (portanto, eles não faziam parte das reuniões da mesa redonda da "sala dos roteiristas" na primeira temporada). Ti Mikkel, no entanto, é uma assistente de escrita de Martin, e permaneceu como parte das reuniões da sala de roteiristas para a primeira temporada (embora ela não seja creditada por escrever um episódio específico, Martin a menciona ao lado dos outros como parte da equipe de redação da primeira temporada).[35]
Em sua postagem no blog, Martin listou que a sala dos roteiristas da primeira temporada consistia em oito pessoas: Ryan Condal, Sara Hess, Gabe Fonseca, Ira Parker, Ti Mikkel, Charmaine DeGrate, Kevin Lau e Eileen Shim. Ele também disse que alguns deles passaram para outros projetos não relacionados e não retornarão para a segunda temporada, embora outros esperem retornar para uma possível segunda temporada.[35] O próprio Martin também não pôde contribuir com um roteiro completo específico para a primeira temporada devido a seus outros compromissos de escrita. Martin confirmou, no entanto, que "eu co-criei a série com Ryan e ajudei a dar forma, e ele e eu estamos em contato constante desde então".[35]
O livro Fire & Blood foi lançado em 2018 e se passa 300 anos antes de A Game of Thrones, primeiro livro da saga A Song of Ice and Fire, que inspirou o desenvolvimento de Game of Thrones. O livro contém a origem da Casa Targaryen, uma casa nobre e eventualmente a principal dinastia dos Sete Reinos do continente de Westeros.[39] Fire & Blood aborda os primeiros 150 anos de dinastia que foram marcados por grandes batalhas. Apesar de ser baseado nesse livro, House of the Dragon não aborda o conteúdo completo do enredo do romance e apenas adapta os eventos ocorridos antes e durante a guerra civil conhecida como "A Dança dos Dragões", uma série de conflitos iniciada por integrantes da Casa Targaryen.[40] Os principais beligerantes da Dança dos Dragões são Rhaenyra Targaryen e seu meio-irmão Aegon II, ambos filhos do rei Viserys I, que após a morte deste último dividem a família e casas vassalas em duas facções predominantes conhecidas como "Os Negros" e "Os Verdes", a fim de conquistar o trono.[3] Esses conflitos também são mencionados nos contos de Martin, The Princess and the Queen e The Rogue Prince, onde cada um foi lançado em um livro de antologia de contos, sendo eles Dangerous Women (2013) e Rogue (2014), respectivamente. Os eventos de The Rogue Prince antecedem a guerra civil narrada em The Princess and the Queen e tem como protagonista o príncipe Daemon Targaryen, que de acordo com quem narrada a história, ele tem um temperamento forte e ao mesmo tempo charmoso, sendo conhecido como um príncipe malandro ("the rogue prince").[16]
Durante a San Diego Comic-Con 2022, o autor George R. R. Martin revelou que House of the Dragon é inspirada em um turbulento momento histórico vivido pela Inglaterra no século 12. Trata-se do fim do reinado de Henrique I que deu lugar a um período conhecido como “A Anarquia”.[41] Após a morte do príncipe herdeiro Guilherme Adelino em um naufrágio no ano 1120, o rei Henrique I nomeou sua filha Matilde como sua sucessora ao trono inglês. Ele fez sua corte jurar lealdade a ela, porém, apesar de os desejos do rei serem claros, os nobres não gostaram da possibilidade de ter uma mulher como governante deles.[41] Quando Henrique veio à óbito em 1135, o primo de Matilde, Estêvão de Blois, usurpou o trono com o apoio de seu irmão, Henrique de Blois. Ainda que tivesse o apoio do clero e da nobreza, Estêvão logo se viu ameaçado pela reivindicação de Matilde. Seu regime também foi caracterizado por uma onda de agitação social, fragmentação política e colapso da lei e da ordem.[41]
Apesar de Game of Thrones ter sido filmado no Titanic Studios em Belfast, na Irlanda do Norte, durante todas as suas oito temporadas, House of the Dragon mudou sua base para a Inglaterra, a noroeste de Londres. Os locais de filmagem serão principalmente no Leavesden Studios em Watford, Inglaterra. A instalação já recebeu produções como Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, todos os filmes de Harry Potter, Wonder Woman 1984 e entre vários outros.[42]
A fotografia principal da primeira temporada de dez episódios da série começou em abril de 2021.[43] A série foi filmada principalmente no Reino Unido.[44] Durante a última semana de abril de 2021, as filmagens aconteceram na Cornualha, Inglaterra.[45] De acordo com a Lista de Produção, partes da primeira temporada também foram filmadas na Espanha e na Califórnia.[46] House of the Dragon foi a primeira produção a ser filmada no novo estágio de produção virtual do Leavesden Studio da Warner Bros.[47] Em 9 de julho foi confirmado que partes da série também iriam ser filmadas no vilarejo de Monsanto, em Portugal.[48] Em 18 de julho de 2021, a produção foi interrompida por dois dias devido a um caso positivo de COVID-19.[49]
A publicação espanhola Hoy informou que House of the Dragon filmaria na província de Cáceres, no oeste da Espanha, entre 11 e 21 de outubro de 2021.[50] De 26 a 31 de outubro, a série foi filmada em Portugal no Castelo de Monsanto.[51] Em fevereiro de 2022, a HBO confirmou que House of the Dragon havia terminado a produção de sua primeira temporada.[6]
O linguista de Game of Thrones, David J. Peterson, foi chamado pela produção da série para continuar seu trabalho na criação do idioma fictício do Alto Valiriano, idioma esse que está muito presente no decorrer da trama entre os Targaryen.[52]
House of the Dragon está programado para estrear em 21 de agosto de 2022.
No Brasil a série será transmitida pela HBO brasileira e estará disponível no serviço de streaming HBO Max, assim como nos EUA. Em Portugal, a série terá lançamento exclusivo apenas no HBO Max.[53] Na Nova Zelândia, a série será distribuída pelo canal de TV SoHo da Sky Network Television e pelo serviço de streaming Neon.[54] Na Índia, o Disney+ Hotstar está definido para distribuir o show.[55] No Reino Unido, Irlanda, Itália, Alemanha, Áustria e Suíça, a série irá ao ar na Sky Atlantic.[56]
O primeiro pôster de divulgação da série foi visto durante o evento da WarnerMedia sobre o futuro lançamento da HBO Max, estampando o brasão da Casa Targaryen com o slogan "Fire Will Reign" ("O Fogo Vai Reinar").[13] O primeiro vídeo teaser foi lançado em 5 de outubro de 2021.[57] Em 30 de março de 2022, dezessete novos pôsteres promocionais foram divulgados trazendo a data de estreia da série, com cada pôster mostrando um dragão olhando um ovo.[58] Um segundo teaser e pôsteres de membros do elenco principal saíram em 5 de maio de 2022[59], enquanto o pôster oficial da primeira temporada foi divulgado em 22 de junho destacando Milly Alcock como Rhaenyra Targaryen jovem e o dragão dela, Syrax.[60]
A Warner Bros. Shops lançou em 22 de junho de 2022 uma variedade de camisetas, jaquetas, capas para laptop, pôsteres, sacolas, mouse pads, capas de iPhone, canecas e várias outras mercadorias, usando a data como o "Day of the Dragon", para promover a série. A maioria dos produtos destacam figuras de dragões de diferentes formas e cores, como são apresentados na série.[61]
A produtora de vinhos americana Vintage Wine Estates e a Warner Bros. Consumer Products lançaram uma seleção de vinhos de House of the Dragon composta por três vinhos. Vinificados e engarrafados pelo selo "Seven Kingdoms Cellars", uma divisão da Vintage Wine Estates, os vinhos incluem um Oregon Pinot Noir da safra 2021 de Oregon, um Blend tinto de 2020 e um Cabernet Sauvignon 2019, ambos da Califórnia, ao preço de 20 dólares cada. Os vinhos da série foram disponibilizados primeiro nos EUA no dia 22 de junho de 2022, podendo ser comprados on-line.[62]
A HBO anunciou em 28 de junho de 2022 que iria lançar um aplicativo relacionado a série chamado "House of the Dragon: DracARys", onde os fãs poderão criar seus próprios dragões virtuais. Desenvolvido pela Pokemon Go Niantic Inc., o aplicativo teve lançamento marcado para o dia 27 de julho de 2022 com disponibilidade na Google Play Store e Apple Store.[63]
A audiência do primeiro episódio da primeira temporada foi de aproximadamente quase dez milhões de pessoas, a maior estreia na história da HBO.[64]
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No site de agregação de resenhas Rotten Tomatoes, a série possui um índice de aprovação de 83% com uma classificação média de 7,55/10, com base em 456 avaliações.[65] Enquanto no Metacritic, que usa uma média ponderada, a série recebeu uma pontuação de 68 em 100 com base em 41 críticas, indicando "críticas geralmente favoráveis".[66]
Escrevendo para o The Times, Ben Dowell diz que o projeto é "fantástico e terroso, maluco,as exatamente coloquial. Visualmente suntuoso, bem atuado e bem escrito".[67] Nick Hilton, do The Independent, diz que é "maior, mais ousado e mais sangrento que Game of Thrones".[68] Jaime Lovett, do Comic Book, diz que "tudo parece deslumbrante. A grandesa medieval dos cenários e os fantásticos efeitos especiais. A direção é impecável, especialmente o 1° episódio. Televisão lindamente trabalhada e atraente".[69]
Para Stephen Kelly da BBC, a série é um "trabalho rico e textualizado, bem escrito e bem dirigido que é mais sombrio e sofisticado que o original".[70] Em sua crítica para o Mashable, Belen Edwards disse que a série é "excelente por completo, conciliando personagens memoráveis, alta fantasia e emoções intensas com facilidade".[71] Lorraine Ali, do The Los Angeles Times, diz que "House of the Dragon recaptura o poder e a grandeza do original, enquanto acrescenta uma compreensão profunda de suas personagens femininas que Game of Thrones levou anos para encontrar".[72] Lucy Mangan, do The Guardian, diz que a série é "tão grande quanto o auge de sua antecessora. Divertido, de aparência fantástica e pronto para viciar novamente".[73]
Em relação a críticas negativas, Alan Sepinwall da Rolling Stone chamou os personagens de “uniformemente maçantes” e dizendo: “Intrigas no palácio e questões de sucessão e legitimidade eram, é claro, uma grande parte de Game of Thrones, mas longe de ser a única parte... Construir um show inteiro em torno desse assunto e preenchê-lo com uma gangue de Targareyns, em sua maioria severos, dá a todo o projeto o ar das prequelas de Star Wars."[74] Em sua crítica para o The Wrap, Natalie Oganesyan afirma que a prequela “não pega fogo” e é uma “imitação pálida do que uma expansão convincente”. Ele diz em sua crítica: “Embora pareça que há muita carne nesses velhos ossos de dragão, o enredo nunca ganha asas. Rhaenyra não é Daenerys. A sagacidade que sempre esteve lá para fermentar até os momentos mais mordazes? Se foi. O sexo? Seco. Principalmente, são pessoas desagradáveis fazendo coisas desagradáveis umas com as outras com menos tensão, menos em jogo e sem aventuras de dragão.”[75]
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