Hebe Camargo

Hebe Camargo
Hebe Camargo em 2009
Nome completo Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani
Pseudônimo(s)
  • Rainha da TV Brasileira
  • Loiruda
  • Estrelinha do Samba
  • A Estrela de São Paulo[1]
Nascimento 8 de março de 1929
Taubaté, SP
Morte 29 de setembro de 2012 (83 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Fortuna US$ 180 milhões (2012)[2]
Cônjuge Décio Capuano (c. 1964–71)[3]
Lélio Ravagnani (c. 1973–2000)[3]
Ocupação
Período de atividade 1943–2012
Principais trabalhos Hebe
Carreira musical
Gravadora(s)
Religião católica
Causa da morte parada cardiorrespiratória, durante o sono, decorrente de um câncer no peritônio. [4]

Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani,(Taubaté, 8 de março de 1929São Paulo, 29 de setembro de 2012)[5][6] foi uma apresentadora, cantora, radialista, humorista e atriz brasileira. Considerada como a Rainha da Televisão Brasileira, iniciou sua carreira como cantora de rádio, ainda na década de 1940, na Rádio Tupi. Lançou suas primeiras canções em 1950: Oh! José e Quem Foi que Disse. Já conhecida como A estrela de São Paulo, a principal estrela do rádio da cidade, foi convidada a integrar o grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos para dar início a primeira rede de televisão brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira ainda no ano de 1950. Em 1955, Hebe iniciou o primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres dirigido por Walter Forster e em 1959 lança seu primeiro disco, Hebe e Vocês. Hebe era considerada a maior entrevistadora do Brasil, tendo entrevistado diversas personalidades como Neil Armstrong, Edith Piaf, Christian Barnard, Amália Rodrigues e Julio Iglesias ainda nas décadas de 1960 e 1970.[7]

Em 1964 se afastou da televisão a pedido do marido Décio Capuano, para dar à luz ao filho Marcello Capuano. Neste ano, interpretaria duas regravações com sucesso absoluto nas rádios de todo Brasil, "Andorinha Preta" e "Paz do Meu Amor". Retornou à televisão pela RecordTV em abril de 1966, após vários convites e a contragosto do marido, com o programa Hebe, que permaneceu mais de quarenta anos no ar em diversas emissoras e estabilizou a apresentadora como a "Rainha da Televisão Brasileira". Na década de 1970 consagrou-se como uns dos programas de maior sucesso da televisão, com média de 70% de audiência. Em 1974 o programa é transferido para a Rede Tupi, saindo do ar em 1975 e retornando pela Rede Bandeirantes em 1979. Em 1986 o programa estreou no SBT, onde permaneceu por 25 temporadas. As duas últimas temporadas do programa foram veiculadas pela RedeTV!.

Início da vida

No início da carreira, anos 50.

Hebe nasceu em Taubaté no Vale do Paraíba, filha de Esther Magalhães de Camargo e Sigesfredo Monteiro de Camargo. Teve uma infância humilde sendo a mais jovem de sete irmãos (quatro mulheres e três homens). Estudou até a quarta série do ciclo primário e acompanhava seu pai em suas apresentações em festas, casamentos e recitais. Seu pai, mais conhecido como "Fêgo Camargo", era violinista e cantor.[8] Sua família mudou-se para a capital, São Paulo, em 1943, quando Hebe tinha catorze anos de idade. Fêgo já na capital passou integrar a Orquestra da Rádio Difusora, onde ele regeu a orquestra da emissora de rádio e sempre levava consigo Hebe Camargo.

Carreira

1943–49: Carreira na rádio

Hebe iniciou como cantora na Rádio Tupi aos 15 anos de idade no programa Clube Papai Noel.[9] Ainda na década de 1940, ela iniciou juntamente com sua irmã e duas primas o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá; o grupo durou três anos.[1] Já na Rádio Difusora no programa Arraial da Curva Torta em 1944, ela formou com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis a dupla caipira Rosalinda e Florisbela.[10] Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates. Ao gravar um disco em homenagem a Carmen Miranda, ela ficou conhecida como "estrelinha do samba" e posteriormente como "a estrela de São Paulo".[1] Em 1950 Hebe lançou sua primeira música cantada, "Oh! José" juntamente com "Quem Foi que Disse" em um compacto de 78 rotações.[9][11][12]

1950–65: Pioneirismo na televisão e música

Hebe Camargo e Borges de Barros como mendigo em A Praça da Alegria, TV Paulista (julho de 1960)

Em 1950 Hebe estava no porto de Santos quando decidiu ajudar um grupo de pessoas que estava descarregando equipamentos de comunicação, o qual ela nem imaginava que eram para inaugurar a primeira televisão do Brasil, a Rede Tupi.[7] Entre eles estava o dono do futuro canal, Assis Chateaubriand, que a convidou para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira em 18 de setembro, onde cantaria o recém-criado "Hino da Televisão Brasileira", porém no dia ela desistiu e foi substituída por Lolita Rodrigues.[1] Apenas anos depois ela revelaria que tinha achado a letra do hino horrível e preferiu acompanhar seu namorado na época em uma cerimônia na qual seria promovido.[1][13] Dias depois ela participou do programa Rancho Alegre, onde fez um dueto com o cantor Ivon Curi, a qual foi gravada por câmeras profissionais de filme e passou a ser considerada uma relíquia da televisão brasileira, uma vez que na época ainda não existia videotape para gravação na televisão e a gravação em formato de filme era muito cara, sendo raríssimos momentos registrados.[11]

Contratada pela Tupi no final daquele ano, ela passou a participar do TV na Taba apresentando números musicais semanalmente.[11] Em 1955 Hebe iniciou o primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres dirigido por Walter Forster.[14] Em 1957, Hebe, originalmente com os cabelos escuros passou a se apresentar com os cabelos tingidos de louro, os quais tornaram-se uma de suas marcas registradas.[7] Em 1959 decidiu deixar a Tupi e mudar-se para o Rio de Janeiro, onde assinou com a TV Continental e apresentou por três anos o Hebe Comanda o Espetáculo, cuja edição especial em 1961 foi lançada em disco.[15] Em 1963 deixou a televisão e voltou para São Paulo para focar em sua carreira musical e fazer tratamentos de fertilização, já que desejava ser mãe, sendo que ela conseguiu engravidar apenas em 1965.[6]

1966–85: Hebe e reconhecimento

Em 1966 decidiu retomar a carreira na televisão e assinou com a RecordTV, estreando em 10 de abril de 1966 seu programa dominical Hebe, acompanhada do músico Caçulinha e seu regional TV Record; o programa a consagrou como entrevistadora e a tornou líder absoluta de audiência da época.[11][7] Durante a Jovem Guarda muitas personalidades e novos talentos passaram pelo "sofá da Hebe", no qual eram entrevistados em um papo descontraído. Seus temas preferidos na época eram separações, erotismo, fofoca e macumba.[11] Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas. Hebe também arranjava tempo para o seu programa diário na Rádio Panamericana (Jovem Pan).[15] Nos anos 70, produzido pela Transbrasil e lançado pelo Selo Continental, gravou participação com a música "Pai Nosso" na adaptação para radiodifusão do livro Fernão Capelo Gaivota ou "Johnathan Gaivota" narrado por Moacyr Ramos Calhelha.[16] Em 1970 estrelou sua única telenovela, As Pupilas do Senhor Reitor, também na RecordTV, interpretando a cantora de cabaré Magali, que chegava no vilarejo causando alvoroço nos homens.[11] Em 1973 decidiu deixar a Record e levar seu programa para a Rede Tupi, porém devido as interferências da direção nas pautas encerrou seu vínculo com o canal em 1975.[6] Hebe passou os quatro anos seguintes longe da carreira, dedicando-se apenas à infância do filho.[6]

Em 1979 a família Saad, proprietários da Band, convenceram Hebe a retomar seu programa de entrevistas, reestreando ele inicialmente aos domingos e, a partir de 1980, nas noites de segunda-feira. Em 8 de setembro de 1981, sofreu um acidente com o marido Lélio Ravagnani e mais quatro amigos. O avião em que estavam sofreu uma pane no motor esquerdo e caiu. Após o acidente ela comentou sobre o fato: "Eu vi a morte de perto", afirmou a apresentadora.[7] Em 1985 em meio a uma transmissão ao vivo de seu programa, jogou o microfone no chão e reclamou que a emissora estava sucateando seu programa, uma vez que estava há 6 anos com o mesmo cenário, além de sua produção ter sido cortada pela metade e haver problemas para levar artistas.[7] No mesmo ano ela foi convidada para posar nua na revista Playboy, pedido que não foi aceito.[7] No fim de 1985, ainda incomodada com o descaso com seu programa, decide deixar a Band e assinar com o SBT, onde estrearia em 4 de março de 1986.[14]

1986–2010: Consolidação às segundas-feiras

Hebe Camargo em dezembro de 2006.

Em 1986, Hebe foi para o SBT, onde apresentou três programas: Hebe, no ar até 2010, Hebe por Elas e Fora do Ar, além de participar do Teleton e em especiais humorísticos, Romeu e Julieta, em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, artistas que foram grandes amigos da apresentadora e de um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto. O programa Hebe entrou no ar pela emissora em 4 de março de 1986.[1] Entre 1986 e 1993, o programa foi ao ar nas terças-feiras. Em 1993, migrou para as tardes de domingo. No ano seguinte, foi para as segundas-feiras. Durante um período, seu programa foi exibido aos sábados. A apresentadora recebia convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentam em um confortável sofá. Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe. Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o milésimo programa pelo SBT. Ela também tinha participado em atividades sociais, tais como tomar parte no Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros (Cansei), um protesto crítico iniciado em 2007 sobre o governo brasileiro.[17] No dia 07 de abril de 2000, foi convidada junto a Lolita Rodrigues e Nair Bello para uma entrevista no Programa do Jô na Rede Globo.[18] e falaram sobre o tão temido hino à 'televisão brasileira'. Na véspera de ano novo em Miami a apresentadora se queixou de dor abdominal intensa.[19] Em 8 de janeiro de 2010 ela foi submetida a uma videolaparoscopia para a retirada de nódulos na região abdominal e após a uma biópsia se confirmou que ela tinha um tumor primário de peritônio um tipo de câncer raro.[20] Após a cirurgia e a quimioterapia, ela voltou a trabalhar em 8 de março de 2010.[21]

Em 28 de abril de 2010, Hebe foi submetida a um exame clínico no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O exame constatou que o câncer descoberto em janeiro havia sido curado, e o tratamento não mais era necessário.[22] "Deus nunca me abandonou, nunca vi a vida com tanta alegria", ela disse para agradecer seus fãs pelo seu apoio.[23] Em 2010, aos 81 anos, Hebe Camargo gravou seu primeiro álbum ao vivo, Hebe Mulher e Amigos, com duas apresentações, uma em São Paulo, no Credicard Hall em 27 de outubro e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall em 24 de novembro. No show, a apresentadora recebeu diversas personalidades da música brasileira como Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone, os quais entrevista em um sofá, como se estivesse em seu programa de auditório.[24] Em 11 de dezembro de 2010, a apresentadora com permissão do SBT, gravou com o apresentador Fausto Silva o Domingão do Faustão da Rede Globo, onde recebeu o Troféu Mario Lago de 2010 (este programa foi ao ar no dia 26 de dezembro de 2010).[25] Por volta das 16h30min de 13 de dezembro de 2010, ao final da gravação do especial de Réveillon de seu programa no SBT, Hebe, surpreendeu a todos, e leu uma carta de próprio punho para seu público informando que aquela foi a sua última atuação como funcionária do SBT. Estava ela se despedindo da emissora de Silvio Santos, depois de 24 anos. O contrato dela com o SBT venceria no dia 31 de dezembro, mas diante disto Hebe confirma que não renovaria com a emissora. O último programa de Hebe Camargo no SBT foi ao ar em 27 de dezembro de 2010.[26] Após sua saída do SBT, ela assinou contrato com a RedeTV! em 15 de dezembro de 2010 para receber 500 mil reais por mês, mais 50% de todos os merchandisings do programa.[27]

2011–12: Últimos trabalhos e morte

Hebe e o jornalista brasileiro Paulo Henrique Amorim em 2006.

Ela estreou na RedeTV! em 16 de março de 2011 ocupando o terceiro lugar na audiência na Grande São Paulo.[28] O programa possuía o mesmo formato do seu programa na antiga emissora sendo exibido às terças-feiras. No dia 8 de janeiro de 2012, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, na Cidade de São Paulo.[29] Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago.[30] Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos, atestando ser um tipo raro e de difícil tratamento do câncer no peritônio.[31] O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região.[32] Em junho de 2012, Hebe foi internada para ser submetida a uma cirurgia de retirada da vesícula biliar. Em julho do mesmo ano foi novamente internada por motivo não divulgado oficialmente.[33][34] Em julho de 2012, o site Radar on-line da revista Veja anunciou que a Rede TV estaria propondo aos seus funcionários uma diminuição para a renovação dos contratos pela metade do salário.[35]

Em 24 de agosto de 2012 a colunista do jornal Folha de S.Paulo Keila Jimenez publicou que após a apresentadora ter reclamado dos atrasos de salários pela emissora a equipe de seu programa havia sido desmanchada.[36] Após várias especulações sobre a ida da apresentadora de volta para o SBT, o colunista Flávio Ricco do portal UOL intitulou a matéria de "Hebe Camargo está de volta ao SBT", sobre o retorno a sua antiga emissora, o que foi desmentido pelo agente da apresentadora.[37] A confirmação da rescisão do contrato com a RedeTV! saiu dois dias após em 17 de setembro. A última exibição do programa Hebe na RedeTV! ocorreu no dia 25 de setembro de 2012 em uma edição especial de despedida da emissora.[38] Dois dias após a exibição do especial, o SBT anunciou a volta da apresentadora a casa.[39] Após o acordo a emissora emitiu um comunicado:

Hebe morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo aos 83 anos após sofrer uma parada cardiorrespiratória de madrugada, enquanto dormia.[41] O corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes sede do governo do estado de São Paulo[42] e sepultado no cemitério Gethsemani.[43] Na semana seguinte à morte da artista, em sua homenagem, a avenida Perimetral em São Paulo foi renomeada para avenida Hebe Camargo, bem como o teatro do CEU do bairro de Paraisópolis, ambos localizados na Zona Sul da cidade.[44]

Na cultura popular e homenagens

Vida pessoal

Foi casada duas vezes. Seu primeiro matrimônio foi com o empresário Décio Capuano, segundo namorado de Hebe. Começaram a namorar em 1948, e em 1950 foram morar juntos, e só casaram-se no civil apenas em 14 de julho de 1964.[53] No mesmo ano, descobriu que estava grávida, o que foi uma grande surpresa, pois em todos estes anos de casada estava fazendo tratamento de fertilização e não conseguia engravidar. Apesar de ter sido uma gestação de risco, que exigiu repouso, em 20 de setembro de 1965 deu à luz um menino, a quem batizou de Marcello de Camargo Capuano. A criança nasceu de parto normal, na Maternidade São Paulo, em São Paulo, em um parto prematuro de oito meses. Décio era muito ciumento, não aceitava a carreira de Hebe, tanto que ela interrompeu seu trabalho por um ano após o nascimento do bebê, até voltar ao rádio e à televisão.[6]

Antes de casar-se oficialmente, logo no início da união conjugal, Hebe engravidou, mas sofreu dois abortos espontâneos, o que a deixou muito mal. O marido e ela brigavam muito, e ele a acusava de estar trabalhando demais na televisão, querendo que ela parasse de atuar na TV, e a acusava de ser a culpada pelos dois abortos sofridos, porque trabalhava demais. Depois de casada e conseguir ter seu filho, a personalidade agressiva do marido não mudou, se tornando uma mulher infeliz no casamento. Não aguentando mais as humilhações, traições e a oposição do marido a sua carreira, gerando inúmeras crises conjugais, Hebe saiu de casa com o filho, em 1971, e se divorciaram no mesmo ano. Morando sozinha com o filho Marcello, conheceu o empresário Lélio Ravagnani. Começaram a namorar, e em 1973 casou-se com Lélio em uma cerimônia civil. Ele ajudou a criar seu filho, que tinha contato com o pai aos fins de semana somente. Hebe e Lélio foram casados por 29 anos, até a morte dele, em 2000.[6]

Em 2005, declarou em uma entrevista a revista Veja que aos 18 anos, em 1947, na sua primeira relação sexual, engravidou do seu primeiro namorado, o empresário Luís Ramos, um homem mais velho. Mesmo sendo católica praticante, sabendo que estava cometendo um ato pecaminoso para sua religião, Hebe fez um aborto, e tomou essa decisão pelo fato que seu namorado a traía constantemente, os dois viviam brigando por ciúmes, o mesmo não cumpriu sua palavra de casar-se, já que havia prometido, e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira. A situação piorou quando Hebe foi abandonada grávida por Luiz, que revelou já ser casado e ter filhos, não podendo assumir o filho deles e nem a relação afetiva com ela. Isto foi uma grande decepção para Hebe. Sem alternativas, com medo de ser expulsa de casa e com pena dos pais pelo vexame que passariam de ter uma filha sem marido e grávida. Sofreu por um mês até se decidir se optaria ou não pelo procedimento. Uma manhã, já gestante de dois meses, pegou o endereço de um local que fazia o procedimento com uma amiga, e foi até uma clínica clandestina. Hebe relata que o aborto foi feito num local sujo, e que o procedimento foi sem nenhum tipo de anestesia, a fazendo gritar de dor, por causa do corte vaginal na hora de tirar o feto. Isso a fez sofrer muito, arrependida do ato. Ao sair de lá, continuou mal e demorou por meses para se recuperar, sentindo dores uterinas, febre e hemorragias. Hebe acabou mentindo para os pais, escondendo tudo deles e dizendo que estava bem, somente com cólicas. A apresentadora afirmaria mais tarde: "Sou católica, mas defendo o aborto em alguns casos. A filha de uma conhecida minha foi estuprada e a família não quis o aborto. Foi pior: o filho nasceu com a cara do estuprador. É um estigma para o resto da vida. Num caso desses, como a Igreja pode ser contra?".[54]

Fortuna e investimentos

Durante sua carreira, Hebe acumulou muitos bens e dinheiro. No auge do sucesso na televisão, entre a década de 1980 e a década de 2000, seu salário chegava a 1,5 milhões de dólares por mês, sendo considerada a apresentadora mais bem paga da América Latina.[55] Em 2008, teve seu salário no SBT reduzido a R$ 1 milhão, o que teria deixado a apresentadora descontente.[55] Em 2010, Hebe recusou uma proposta de renovação do SBT por R$ 250 mil mensais[56] e migrou para a RedeTV!, por um salário de R$ 500 mil por mês.[57] Além de ter o maior salário da emissora, Hebe tinha um helicóptero à disposição.[58]

Na década de 1990 lançou a Revista Hebe e se tornou uma das artistas com mais licenciamentos, ultrapassando a marca de 100 produtos licenciados,[59] entre máquinas de lavar roupa, panelas, talheres, enceradeiras, produtos de limpeza e lingeries, faturando mais de R$ 70 milhões ao ano.[60][61] Hebe também era figura frequente em publicidades. Em 2003 Hebe assinou um contrato de R$ 5 milhões com a Nestlé para uma campanha publicitária.[62] Até 2005, Hebe já havia recebido 37 milhões de dólares de lucro final proveniente de produtos licenciados.[60] Em 2011, assinou um outro contrato de 300 mil reais mensais com a Nestlé.[63] Enquanto contratada da RedeTV! gerava uma receita superior a 10 milhões de reais em publicidade para a emissora.[64]

Em 2000, após a morte do marido, mudou-se para uma mansão no Morumbi. Anos depois, Hebe comprou terrenos vizinhos para expandir a mansão. Ao todo, a propriedade tem 7.000 m²[65] e está avaliada em mais de US$ 15 milhões.[66] Hebe ainda era proprietária de uma mansão em Itu, conhecida por ter uma piscina de 400m² e avaliada em US$ 1,5 milhão[67] Uma mansão em Taubaté, avaliada em R$ 1,5 milhão, também foi adquirida pela apresentadora.[68] Na década de 1980 Hebe adquiriu uma propriedade em Caraguatatuba.[69]

Fã de automóveis da marca Mercedes-Benz, colecionava doze modelos, avaliados em cerca de R$ 10 milhões.[70] Em 2005, começou a investir em bois da raça Simental, avaliados em R$ 1 milhão.[71] Era considerada a maior colecionadora de jóias do Brasil, depois da empresária Lily Safra. Somente um conjunto de esmeraldas da apresentadora foi orçado em mais de US$ 4 milhões.[72] Hebe adquiriu em 1998 uma gargantilha de diamantes exclusiva da grife Chanel, semelhante a usada por Céline Dion no Oscar de 1997, por 490 mil dólares.[73][74] Chegou a presentear fãs e artistas com joias, tratamentos de saúde e imóveis.[75]

Hebe também era conhecida por oferecer grandes festas. Em 2008, comemorou seus 79 anos no Porto, em uma festa de dois dias no Hotel Infante Sagres. A festa foi orçada em 50 mil euros e Hebe acomodou 150 convidados nas 72 suítes do hotel por sua conta.[76] Hebe havia comprado um apartamento na cidade.[77] Nesta altura, foi convidada a ter um programa na TVI, em Portugal, onde receberia 100 mil euros, o maior salário da história da televisão portuguesa.[78] Ter um programa português era um sonho antigo de Hebe, mas não foi concretizado pela descoberta de sua doença rara, o que impossibilitava Hebe de viajar a Portugal todos os meses.[77] Se o projeto se concretizasse, não haveria conflito entre os programas de Hebe Camargo no Brasil e em Portugal, porque o SBT não tem canal internacional.[79] Até seu falecimento, sua fortuna era avaliada em 180 milhões de dólares.[2]

Polêmicas

O programa Hebe ficou conhecido principalmente pela irreverência da apresentadora, que por diversas vezes abordou temas polêmicos ao vivo. Em 1985 abandonou seu programa ao vivo após saber da demissão de funcionários de sua equipe. Em 1994 Hebe sugeriu o fechamento do Congresso após diversos casos de corrupção, recebendo dois processos criminais, que posteriormente foram retirados.[7] Por muitos anos foi cabo eleitoral do amigo Paulo Maluf e em 1996 ajudou a eleger Celso Pitta prefeito de São Paulo e anos depois declarou que Pitta foi o "prefeito mais incompetente da história da cidade" e que se arrependera amargamente de ter o apoiado.[7] Em 2000 criticou publicamente o amigo Chitãozinho e sua então namorada Márcia Alves por ele ter traído a ex-mulher, recebendo outro processo e desta vez sendo condenada a pagar indenização aos dois.[7] Em 2003, ao comentar o Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé, pediu prisão perpétua para o assassino Champinha e disse que se pudesse, o entrevistaria armada e não o deixaria sair vivo da entrevista. Dias após essa declaração, Hebe se desculpou a contragosto.[80]

Processo de Inocêncio e Humberto

Em seu programa no SBT em 1994 ela sugeriu o fechamento do Congresso, em março do mesmo ano, Inocêncio Oliveira até então presidente da Câmara dos Deputados e Humberto Lucena presidente do Senado, processaram a apresentadora criminalmente. Segundo ela o processo não teria sucesso já que nem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) obteve sucesso, e ela complementou dizendo:

Dias após, Inocêncio retirou o processo.[1]

Processo de Márcia Alves

Em seu programa no final de 2000 ela comentou sobre a separação do cantor Chitãozinho com sua mulher na época Adenair, para namorar Márcia Alves, ex-integrante do grupo Banana Split que atuava como bailarina. Segundo comentário da apresentadora ela sustentou as expressões: "daquela coisa", "falsa", "garota de programa" e ainda de acordo com Márcia, Hebe também a comparou ao personagem Capitu da telenovela Laços de Família, que era uma prostituta.[81] A apresentadora ainda perguntou aos filhos de Chitãozinho o que achavam do novo relacionamento do pai. Um dia antes de sua morte, ou seja em 28 de setembro de 2012, Hebe foi condenada a pagar cerca de R$ 186,6 mil para Márcia Alves.[82]

Salário na RedeTV!

Em julho de 2012, quando Hebe estava internada num hospital da cidade de São Paulo, ela teve a ideia de ligar para Carlos Nascimento, jornalista e apresentador do SBT. Na ligação, ela disse que queria votar para o reality show O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, durante esta semana, o programa estava em uma competição do Pelé e Juscelino Kubitschek, e ela escolheu votar no rei do futebol.[83] Durante a conversa também falou sobre o estado de saúde, afirmando que graças a Deus e à riqueza dos remédios, estava melhorando. Em sua participação, aproveitou para elogiar o ex-patrão Silvio Santos e criticou a sua antiga emissora (RedeTV!).[84]

Filmografia

Televisão

Ano Título Cargo / Personagem Nota
1950–55 TV na Taba Cantora oficial
1955–59 O Mundo é das Mulheres Apresentadora
1960–63 Hebe Comanda o Espetáculo Apresentadora
1966–2012 Hebe[nota 1] Apresentadora
1968 Romeu e Julieta Julieta Especial de fim de ano
1970 As Pupilas do Senhor Reitor Magali
1977 O Profeta Ela mesma Episódio: "24 de outubro"
1980 Cavalo Amarelo Ela mesma Episódio: "15 de agosto"
1990 Romeu e Julieta (versão 2) Julieta Especial de fim de ano
1991–93 Hebe por Elas Apresentadora
1995 Escolinha do Golias Inspetora Sílvia Episódio: "20 de maio"
2002 SBT Palace Hotel Baronesa Gracinha Especial de final de ano
2003 Romeu e Julieta (versão 3) Julieta Especial de fim de ano
2004 Meu Cunhado Madame Olímpia Episódio: "O Marreteiro"
Branca de Neve e os Sete Peões Branca de Neve Especial
2005–06 Fora do Ar Apresentadora
2007 Amigas e Rivais Ela mesma Episódio: "8 de agosto"
2009 Vende-se um Véu de Noiva Santa Chanel[87] Episódio: "10 de agosto"

Cinema

Ano Título Personagem Nota
1949 Quase no Céu Soraia
1951 Liana, a Pecadora Liana
1960 Zé do Periquito Cantora no casamento
2000 Dinossauro Baylene (voz) Dublagem
2005 Coisa de Mulher Ela mesma
2009 Xuxa e o Mistério de Feiurinha Rainha-mãe
2012 Hebe: A Rainha Da Televisão Brasileira Ela mesma Documentário

Discografia

Álbuns de estúdio

Coletâneas

Álbuns de vídeo

Prêmios e indicações

Troféu Roquette Pinto

Ano Categoria Indicação Resultado
1963 Melhor Apresentadora de TV[89] Hebe Camargo Venceu

Troféu Imprensa

Ano Categoria Indicação Resultado
1963 Melhor Apresentadora de TV Hebe Camargo Venceu
1964 Venceu
1965 Venceu
1967 Venceu
1968 Venceu
1969 Venceu
1972 Venceu
1973 Venceu
1987 Venceu
1988 Venceu
1990 Venceu
1991 Venceu
1992 Venceu
1993 Venceu
1994 Venceu
1995 Venceu
1996 Venceu
1999 Venceu
2000 Venceu
2002 Venceu
2003 Venceu
2005 Venceu
2007 Venceu
2008 Venceu
2009 Venceu

Troféu APCA

Ano Categoria Indicação Resultado
1973 Melhor Entrevistadora de Televisão Hebe Camargo Venceu
1987 Melhor Programa de Variedades de Televisão Hebe Venceu
1989 Melhor Apresentadora de Televisão Hebe Camargo Venceu


Notas

  1. Ao longo dos anos o programa trocou de emissoras: Rede Record (1966–73), Rede Tupi (1974–75), Band (1979–85), SBT (1986–2010) e RedeTV! (2011–12)

Referências

  1. a b c d e f g h «Caixão de Hebe Camargo chega à casa de apresentadora em São Paulo». Terra. Jornal do Brasil. 29 de setembro de 2012. Consultado em 2 de outubro de 2012 
  2. a b Veja quem vai ficar com a fortuna de Hebe Camargo R7
  3. a b «Os grandes amores de Hebe Camargo». IG. Consultado em 29 de setembro de 2012 
  4. «Apresentadora Hebe Camargo morre, aos 83 anos, em São Paulo». emais.estadao.com.br. Consultado em 29 de setembro de 2012. Arquivado do original em 30 de setembro de 2012 
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