Guerra em Donbas

Guerra em Donbas
Guerra Russo-Ucraniana
Map of the war in Donbass.svg
Situação militar em fevereiro de 2022: em rosa é destacado áreas mantidas pelos separatistas pró-Rússia (em vermelho as cidades controladas por forças do RPD e RPL) e em amarelo é destacado regiões ocupadas pelo governo ucraniano (em azul as cidades controladas por tropas da Ucrânia).
Data 6 de abril de 2014 – presente
Local Donbass, inclui:
os oblasts Donetsk e Luhansk da Ucrânia
Desfecho Em andamento
  • Insurgentes tomam o controle de partes dos oblasts de Donetsk e Luhansk;[1]
  • Contra-ofensiva das forças governamentais;[2]
  • As forças do governo retomam Mariupol, Sloviansk, Kramatorsk, Druzhkivka, Artemivsk, Sievierodonetsk, Lysychansk entre outras cidades, e recuperam um trecho de 121 quilômetros (75 milhas) da fronteira com a Rússia;
  • Depois de ofensivas, contra-ataques e uma intervenção militar russa, o conflito no solo beira o impasse. Então em setembro de 2014, o Protocolo de Minsk é assinado, sendo declarado então um cessar-fogo no leste da Ucrânia. Contudo, combates esporádicos continuaram a ocorrer entre 2015 e 2020;
  • Em fevereiro de 2022, após anos de estagnação diplomática no leste, o governo russo reconhece a independência das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, reatiçando as tensões na região;
Beligerantes
Donetsk People's Republic flag.png República Popular de Donetsk[3]

Flag of the Lugansk People's Republic (Official).svg República Popular de Lugansk

Organizações paramilitares:

 Rússia[6][7]

 Ucrânia

Apoio:

Comandantes
Donetsk People's Republic flag.png Aleksandr Zakharchenko
Donetsk People's Republic flag.pngRússia Alexander Borodai
Donetsk People's Republic flag.png Denis Pushilin
Flag of the Lugansk People's Republic (Official).svg Leonid Pasechnik
Flag of the Lugansk People's Republic (Official).svg Igor Girkin
Donetsk People's Republic flag.png Vladimir Kononov
Donetsk People's Republic flag.png Pavel Gubarev
Donetsk People's Republic flag.png Vladimir Kononov
Flag of the Lugansk People's Republic (Official).svg Igor Plotnitsky
Flag of the Lugansk People's Republic (Official).svg Valery Bolotov
Rússia Vladimir Putin
Rússia Serguei Choigu
Rússia Valeri Gerassimov
Ucrânia Volodymyr Zelenski
Ucrânia Petro Poroshenko
Ucrânia Arseniy Yatsenyuk
Ucrânia Oleksandr Turchynov
Ucrânia Valeriy Heletey
Ucrânia Viktor Muzhenko
Ucrânia Andriy Parubiy
Ucrânia Stepan Poltorak
Ucrânia Oleksiy Reznikov
Forças
40 000 – 45 000 combatentes separatistas[32]
(3 000 – 4 000 voluntários russos)[33]

9 000 – 12 000 soldados russos (de acordo com os EUA e a Ucrânia)[34][35]
~ 64 000 – 69 000 militares[36] (mobilizados)
Baixas
~ 5 772 separatistas mortos[37][38]
12 700 – 13 700 feridos[37]

400 – 500 militares russos mortos (de acordo com o DoS americano, entre 2014-2015)[39]
~ 4 629 mortos[40][41]
70 desaparecidos[42]
9 700 – 10 700 feridos[37]

3 344 civis ucranianos mortos[43]

Total: 13 000 mortos e 27 500 – 30 000 feridos[44]
1 414 798 deslocados internamente; 925 500 fugiram para o exterior[45]

A Guerra no Leste da Ucrânia, também referida como rebelião pró-russa na Ucrânia ou Guerra em Donbass/Donbas, é um conflito armado em andamento na região de Donbass na Ucrânia. Desde o início de março de 2014, manifestações de grupos pró-russos e antigoverno ocorreram nos oblasts de Donetsk e Luhansk, que integram a região da Bacia do Rio Donets, na sequência da Revolução Ucraniana de 2014 e do movimento Euromaidan. Esse conflito armado ocorreu em parte do território ucraniano que foi objeto de diversos protestos pró-russos em todo sul e leste da Ucrânia. Trata-se de um conflito armado entre as forças separatistas das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk e o governo ucraniano.[46][47] Os separatistas são amplamente liderados por cidadãos russos.[48] Os paramilitares voluntários russos são relatados por compor entre 10% [49][50][51] e mais de 50% dos combatentes.[52][53]

Após o colapso da União Soviética em 1991, a Ucrânia se firmou como uma nação independente. Contudo, no leste, especialmente nos oblasts de Donetsk e Luhansk (na região de Donbass), as minorias russas começaram a reinvindicar mais autonomia política, algo que o governo central em Kiev resistia. No final da década de 2000, o governo ucraniano passou a buscar uma maior aproximação com a Europa Ocidental, algo que a Rússia via com maus olhos. Em 2013, em meio a uma crise econômica, o presidente Víktor Yanukóvytch rejeitou um acordo com a União Europeia e iniciou uma reaproximação com o governo russo. A população ucraniana, principalmente aquelas concentradas nas grandes cidades do oeste, iniciaram enormes protestos (conhecidos como Euromaidan) e forçaram o presidente Yanukóvytch a renunciar em fevereiro de 2014. Aproveitando-se do caos político que se seguiu na Ucrânia, a Rússia anexou, em março, a região da Crimeia. No mês seguinte, protestos pró-Rússia se intensificaram na região de Donbass, no leste, exigindo autonomia política. O governo ucraniano afirmou que essas manifestações eram orquestradas por Moscou para desestabilizar o país. Em abril de 2014, a revolução no leste da Ucrânia virou uma revolta armada, com militantes pró-Rússia pleiteando ser uma nação independente, fundando as repúblicas autônomas de Donetsk e de Luhansk, que receberam apoio militar e econômico da Rússia.[54][55][56]

Como resposta a insurreição no leste, o governo ucraniano iniciou a chamada "Operação Anti-terrorista", lançando uma série de ofensivas e reavendo várias cidades e regiões ocupadas pelos separatistas. Em agosto de 2014, as forças rebeldes já haviam sido empurradas para o território próximo a fronteira. Frente a esses reveses, a Rússia optou por modificar sua estratégia de guerra híbrida e apostou em táticas mais convencionias, com reforços cruzando a fronteira com suprimentos e armas, sendo que em alguns casos, o exército russo chegou a combater os ucranianos diretamente. Em 22 de agosto, o governo ucraniano definiu a situação naquele momento como "uma invasão russa", gerando protestos do Ocidente.[57] A Rússia assumiu uma posição ambígua, negando a presença de seus militares em solo ucraniano, mas reconhecendo a presença de "especialistas" e utilizando outros eufemismos, ao mesmo tempo que confirmava que protegeria a população de origem russa no leste da Ucrânia.[58] Em fevereiro de 2015, seguindo protocolos de paz e outras negociações, ambos os lados firmaram um acordo chamado de Minsk II. Após uma grande batalha em Debaltseve, a guerra passou a ser caracterizada como um "conflito congelado", embora combates continuassem, de forma esporádica, matando soldados e civis. Entre 2015 e 2020, houve mais de vinte e nove acordos de cessar-fogo, com a maioria sendo violados por ambos os lados.[59][60]

Em outubro de 2019, a OSCE, a liderança separatistas e o governo ucraniano concordaram em um "mapa para paz", porém ao final de 2020 a situação voltou a um impasse, com ambos os lados acusando um ao outro de violar acordos de cessar-fogo. Ao final de 2021, o governo russo começou a mover uma enorme quantidade de tropas e equipamentos para a fronteira Rússia-Ucrânia. O presidente russo Vladimir Putin afirmou que via com maus olhos a reaproximação da Ucrânia com o Ocidente e rechaçava a ideia do país vizinho de ingressar na OTAN. Putin via o território ucraniano, assim como outros países da Europa oriental, como parte central da zona de influência russa, afirmando que a presença militar da OTAN no leste da Europa colocava a Rússia em perigo. Em fevereiro de 2022, o governo russo reconheceu formalmente a independência das zonas separatistas das auto-proclamadas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. Foi reportado então que tropas russas cruzaram a fronteira, levando a uma enorme crise diplomática internacional.[61]

Antecedentes

A Bacia do Donets (em ucraniano: Донбас; em russo: Донба́сс; também chamada de Donbass) é composto pelos oblasts de Donetsk e Lugansk, com uma população pré-guerra de aproximadamente 4,5 milhões. Segundo um censo de 2001, sua composição étnica era de aproximadamente 57% dessa população de origem ucraniana, 38% eram etnicamente russos e outros 4,3% eram de outras origens. Contudo, 72% da população afirmava ter o russo como língua nativa, em contraste com 26% da população que tinha o ucraniano como língua mãe.[62]

Até o século XVIII, a região era controlada pelo Canato da Crimeia, quando foi tomada pelo Império Russo. Os russos chamaram a região de Новоро́ссия ("Novorossiya", ou "Nova Rússia"). No século XIX, com a revolução industrial, a região se tornou importante para o império devido a sua produção de carvão.[63] A população na região sempre foi etnicamente diversa, com um censo 1897 reportou que mais da metade dos habitantes de Donets eram ucranianos, enquanto russos eram 28%. Outras minorias incluíam gregos, alemães, judeus e tártaros.[64]

No decorrer de boa parte do século XX, a Ucrânia se tornou uma República soviética. Durante o regime de Josef Stalin, a região passou por um processo de "russificação".[65] Os ucranianos foram duramente afetados pelas políticas de Stalin, como o Holodomor, que matou mais de 2,5 milhões de pessoas.[66] A russificação se expandiu, com as escolas ensinando primordialmente o russo, além da repressão cultural da Ucrânia. Russos étnicos começaram a chegar em peso no leste do país e ao fim da década de 1950, eles já eram 2,5 milhões. Já no final dos anos 80, o percentual de russos vivendo em Donets já havia chegado a 45% da população.[67]

Com a dissolução da União Soviética em 1991, boa parte da população do leste da Ucrânia eram favoráveis a relações mais próximas com a Rússia. Já o resto do país, principalmente nas áreas mais a oeste, defendiam uma maior integração com o Ocidente. Em 1993, greves de mineiros pediam a redução do poder do governo federal e mais autonomia para a região de Donets.[67] Apesar da maioria da população do leste favorecer a federalização, o governo em Kiev favoreceu uma política de centralização do poder e estado unitário, assim Donets não ganhou qualquer autonomia.[67] No período de 2004-05 ocorreu a chamada Revolução Laranja, com a população do oeste da Ucrânia protestando contra primeiro-ministro Víktor Yanukóvytch. A população de Donets apoiou Yanukóvytch (que era nativo da região). Aproveitando a situação de caos político da nação, o povo de Donets começou a pedir por um referendo popular para tentar estabelecer uma República autônoma no leste ou até mesmo uma secessão completa da Ucrânia. Nenhuma das ideias foi adiante. Em 2006, contudo, Yanukóvytch voltou ao cenário político e seu partido passou a ser um dos maiores no Parlamento. Em 2010, ele foi eleito presidente em um apertado pleito. Neste mesmo ano, seu governo passou uma controversa lei de línguas, permitindo a região de Donets a adotar o russo como língua semi-oficial, usando na administração pública e até em cortes.[68]

Então, entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, manifestações tomaram conta da capital ucraniana de Kiev. Os protestos se espalharam e ganharam força, ficando a ser conhecidos como Euromaidan. Uma das principais queixas era a política cada vez mais amigável de Yanukóvytch com Vladimir Putin, o presidente russo. A população etnicamente ucraniana (77%, no geral), especialmente no oeste, preferia uma maior aproximação com a União Europeia. A 22 de fevereiro de 2014, Viktor Yanukovych renuncia e foge para Moscou. Um governo de transição assume e busca se distanciar da Rússia e buscar melhores relações com o Ocidente, especialmente para aliviar a crise econômica que atravessava a nação. No meio deste caos, outra região ucraniana onde a maioria da população é de origem russa, a Crimeia, pediu para se separar da Ucrânia. Protestos russofílicos começaram e uma crise se instaurou. A Rússia respondeu desembarcando tropas na região e, com apoio da classe política local, formalmente anexou a Crimeia (via referendo, embora este foi duramente questionado dentro e fora da Ucrânia).[69]

Tentando algo similar ao que aconteceu na Crimeia, onde o governo central em Kiev foi fraco em responder, a população de origem russa no leste do país começou a protestar em massa pedindo a secessão das regiões de Donets da Ucrânia. Manifestantes pró-Rússia tomaram prédios públicos e começaram a controlar ruas e bairros inteiros em Donetsk e Lugansk, onde os protestos foram mais intensos.[70]

Em Donetsk, o povo de maioria russa começou a pedir por mais autonomia e por um governo regional que atendesse as necessidades do povo. Como as exigências dos manifestantes foram ignoradas, a liderança do movimento pró-Rússia se reuniu e em 7 de abril de 2014 proclamaram a criação da República Popular de Donetsk.[71] Vinte dias depois, foi a vez de Lugansk declarar sua independência e proclamar a República na sua região.[72]

Perdendo o controle da situação, ainda em abril, o governo em Kiev reagiu, e ordenou que suas forças armadas lançassem operações "anti-terrorismo" no leste, visando reverter o processo de independência em Donets.[73][74] Mesmo assim, a situação continuava a se deteriorar com milícias pró-Rússia fortemente armadas tomando controle de várias cidades e edifícios públicos. O governo ucraniano passou a acusar a Rússia de instigar os separatistas e até arma-los. Várias unidades do exército da Ucrânia baseadas em Donets ou se renderam ou espontaneamente mudaram de lado e passaram a apoiar os rebeldes.[75] O leste do país caminhava então para uma guerra civil aberta.

Referendo e governo popular

Referendos em Donetsk e Lugansk de 2014

Com boa parte do leste da Ucrânia ocupada por milícias separatistas pró-Rússia, um referendo foi convocado, apesar da intensificação dos combates com o governo ucraniano lançando suas tropas em ofensivas contra Donets. A 11 de maio de 2014, após as apurações do referendo, são autoproclamadas formalmente Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, com os federalistas e pró-russos se declarando independentes do atual governo de Kiev: "Pela primeira vez formaremos um Governo verdadeiramente popular e posteriormente formaremos nossas Forças Armadas e os corpos da ordem" e "a vitória do referendo não representa a saída imediata da Ucrânia nem a união com outros Estados" declarou o líder Denis Pushilin. O referendo do dia 11 de maio foi marcado por hostilidades no sudeste ucraniano entre civis e as forças militares de Kiev.[76] As potências Ocidentais condenaram a organização do referendo. Em 24 de maio foi anunciada a fusão de Donetsk e Lugansk formando a Novorossiya (a Nova Rússia), tendo também uma discussão sobre incluir outras regiões, incluindo um projeto de Frente Popular para combater as políticas de Kiev.[77][78]

Guerra

Movimentos iniciais

Em 13 de abril, as autoridades de Kiev lançaram uma operação especial no leste do país, com a participação das Forças Armadas.[79][80] Segundo o presidente deposto Viktor Yanukovich, isso deixava a Ucrânia a "beira de uma guerra civil".[81]

Em 17 de abril, foi celebrada uma reunião em Genebra, na Suíça, entre os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, da União Europeia, dos Estados Unidos e da Rússia, sendo aprovado um documento com medidas para pôr fim ao conflito, que seriam monitoradas pelos observadores da OSCE.[82][83][84] As revisões à Constituição da Ucrânia também foram acordadas.[85][86] No entanto, tal não foi aceito pelas milícias pró-russas.[87]

Intensificação dos combates

Em 1 de maio, até 16 cidades e vilas do leste ucraniano estavam parcialmente ou totalmente em mãos de grupos armados pró-russos,[88] no dia seguinte a Ucrânia reconheceria publicamente que a situação nos oblast de Donetsk e de Lugansk estavam fora de seu controle.[89] No dia 2 de maio, as autoridades de Kiev lançaram uma nova operação especial com a participação das Forças Armadas em Sloviansk.[90]

Em maio se intensifica confrontos armados entre federalistas e as forças civis e militares do atual governo de Kiev.

Confrontos em Kramatorsk deixaram civis mortos, enquanto em Sloviansk rebeldes derrubam dois helicópteros ucranianos e acusaram Kiev pelas baixas em suas fileiras.[91][92] Em Odessa um confronto envolvendo ultranacionalistas (Setor Direito) contra manifestantes russos resultou no incêndio do prédio dos sindicatos de Odessa causando a morte de 43 russos que ficaram encurralados pelos ultranacionalistas dentro do prédio.[93] Em resposta, os federalistas ocuparam um prédio de um oligarca ucraniano em Donetsk[94] e conseguiram libertar ativistas presos em quartel-general da polícia em Odessa.[95]

Em 9 de maio, nas comemorações do Dia da Vitória, após um revisionismo histórico que provocou indignação em Kherson,[96] as forças de Kiev lançaram operações em Mariupol provocando mortes e dia de luto na cidade rebelde que resistiu à ofensiva.[97] Após resultados do dia 11 de maio os confrontos continuaram em Kramatorsk resultando em baixas nas forças armadas de Kiev.[98] Enquanto o campo de batalha se concentra em Sloviansk e Kramatorsk e nas propostas de troca de reféns e da retirada de tropas de Kiev,[99] os líderes federalistas anunciaram as nacionalizações das empresas dos oligarcas que apoiam Kiev e atuam contra a revolta.[100][101] Anteriormente Sloviansk tinha anunciado tal medida contra "homens de negócios com as mãos sujas, declarou o prefeito federalista."[102]

Eleição presidencial e escalada da violência

No final de maio, após o magnata Petro Poroshenko ser eleito presidente da Ucrânia prometendo de se reunir com Putin e de combater os insurgentes do leste, as hostilidades continuaram em Sloviansk deixando civis mortos,[103][104] em Donetsk os rebeldes pró-russos intensificaram o conflito tentando ocupar o aeroporto, ao enviarem dezenas de insurgentes armados com lançadores de granadas e fuzis automáticos para impedir uma futura visita do presidente a região mineradora de Donbass a qual consideram ilegal. O exército ucraniano anunciou o início de uma "operação antiterrorista" com helicópteros de combate para retomar o controle do aeroporto tomado por rebeldes pró-Rússia durante a manhã.[105][106][107] O ataque inicial com paraquedistas e jatos contra pró-russos em aeroporto deixou dezenas de baixas nas forças rebeldes e terminou no controle do aeroporto por forças ucranianas.[108] Enquanto Sloviansk começa a evacuar moradores, principalmente crianças, um general ucraniano morreu em helicóptero militar abatido pelos rebeldes em meio a intenso tiroteio na região.[109][110]

Entre abril e maio, quando a ofensiva do governo ucraniano contra o leste do país se intensificou, mais de 200 pessoas morreram nos combates.[111]

Ofensivas separatistas

No começo de junho, os rebeldes laçaram uma mega grande ofensiva em Lugansk e a força aérea ucraniana responde com ataques aéreos contra alvos rebeldes provocando vitimas civis, desde o fim das eleições presidenciais, Kiev procurava sufocar a insurgência através do seu poderio militar encontrando forte resistência em Sloviansk. Em junho de 2014, tropas leais ao governo central de Kiev retomaram o controle da importante cidade portuária e industrial de Mariupol.[112][113][114][115]

Destruição em Donbass.

Já no começo de julho de 2014, as forças ucranianas controlavam Kramatorsk e finalmente tomaram a cidade Sloviansk dos rebeldes que teriam recuado para Donetsk onde houve uma enorme presença separatista pró-russa. Enquanto Lugansk continuava sendo bombardeada por Kiev, os confrontos causando vítimas e destruição ao longo da linha de frente.[116][117][118] Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777-200ER foi derrubado na região de Donetsk sem deixar sobreviventes, o incidente com o voo Malaysia Airlines 17 continua sendo investigado. A derrubada do avião foi atribuída a grupos separatistas, armados com o sistema de lançamento de mísseis Buk, de fabricação russa.[119]

Em 23 de julho, o Comité internacional da Cruz Vermelha reconheceu que os combates no Leste da Ucrânia constituíam uma situação de guerra civil.[120]

Ofensivas do governo ucraniano

Entre julho e agosto, o governo ucraniano lançou várias ofensivas contra o leste do país, visando reconquistar Donetsk e Lugansk.[121][122] Os combates então se intensificaram, matando mais 1 100 pessoas entre abril e julho.[123] As operações iniciais foram bem sucedidas e os rebeldes separatistas recuaram em diversas frentes, enquanto o exército ucraniano fazia progressos, conquistando várias cidades. Perante essa situação, o líder insurgente, Igor Girkin, exigiu mais ajuda russa e até teria pedido uma intervenção militar direto em seu favor. O presidente russo, Vladimir Putin, que segundo informações de inteligência europeias e americanas, já estaria armando os rebeldes, não respondeu diretamente.[124][125] Por sua vez, a Rússia acusou as potências ocidentais de "terem dois pesos e duas medidas" ao suspenderem as restrições para a venda de equipamentos e de tecnologia militar à Ucrânia, as restrições que foram estabelecidas em 20 de fevereiro quando o Conselho Europeu, ou seja, "quando o presidente Víktor Yanukóvytch estava no poder."[126] Nesse meio tempo, o líder rebelde, Pavel Gubarev, garantia que suas forças se sairiam vitóriosas em Donbass.[127] A crise humanitária na região também se acentuava. Em agosto, dados confirmados pela Acnur, estimava cerca de 730 mil refugiados do conflito na Rússia.[128][129] Enquanto o governo de Kiev continuava ganhando terreno no leste, as potências ocidentais anunciaram mais uma rodada de sanções econômicas contra a Rússia devido ao seu envolvimento no conflito.[130]

Em meados de agosto, a ofensiva ucraniana a leste prosseguia a todo o vapor enquanto os rebeldes recuavam. Vários importantes redutos rebeldes na região de Donbass foram atacados. As cidades de Donetsk e Lugansk, considerados os principais focos da rebelião separatista, já estariam cercadas por tropas leais a Kiev.[131][132] Enquanto isso, cerca de 45 000 soldados russos se aproximavam da fronteira ucraniana, com o apoio de equipamento pesado incluindo tanques de guerra, sistemas de mísseis, aviões de combate e helicópteros, segundo um porta-voz militar ucraniano. A OTAN expressou preocupações afirmando que era alta a probabilidade de a Rússia invadir a Ucrânia, com o propósito de impedir o colapso dos rebeldes no leste do país. O governo russo negou que a movimentação seja agressiva e disse que enviaria uma coluna com ajuda humanitária para a população daquela localidade.[133] Enquanto isso, as cidades de Pervomaisk, Kalynove e Komyshuvakha, no oeste de Luhansk Oblast, próximo de Popasna, foram tomadas por forças ucranianas após violentos combates.[134] Durante todo esse período, o cerco e bombardeio de Donetsk prosseguiam.[135] Nesse meio tempo, Igor Girkin renunciou ao posto de líder dos rebeldes na região.[136] Ele foi substituído pelo comandante Vladimir Kononov.[137]

A 14 de agosto, foi então reportado que uma coluna de blindados russos havia penetrado no território ucraniano, na região de Izvaryne, controlada pelos insurgentes.[138] A veracidade da informação teria sido confirmada pela OTAN.[139] O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que os militares do país abriram fogo contra o comboio russo, destruindo vários dos seus veículos.[140] A autenticidade do ocorrido não foi confirmada, mas seria a primeira vez que tropas ucranianas e russas se enfrentaram no conflito.[141] A Rússia negou as informações e classificou as acusações como "fantasiosas".[142] Frente a esses retrocessos, o primeiro-ministro da auto proclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zakharchenko, afirmou que os rebeldes estariam recebendo reforços que incluíam cerca de 150 veículos blindados, incluindo 30 tanques, que teriam sido abandonados pelo exército ucraniano, e ainda 1 200 combatentes que teriam sido treinados na Rússia. A Ucrânia, em resposta, teria pedido mais ajuda militar da OTAN e da União Europeia.[143][144][145]

Enquanto a ofensiva governamental contra os separatistas em Donetsk e Lugansk avançava, foi reportado que blindados russos atravessaram a fronteira ucraniana em Mariupol, num território em disputa entre rebeldes separatistas e tropas leais a Kiev. Segundo o Conselho de Defesa da Ucrânia, os veículos inimigos teriam sido repelidos e recuaram após uma curta, porém violenta luta.[146] Em um outro incidente, um grupo de paraquedistas da Rússia teria sido capturado por soldados ucranianos no seu lado da fronteira. Essas ações receberam críticas da comunidade internacional e levantou suspeitas de uma possível intervenção militar russa no leste da Ucrânia. Uma fonte do ministério russo da Defesa confirmou a detenção destes combatentes do país, mas afirmou que estes haviam entrado em território ucraniano por engano. Já Sergey Lavrov, ministro das relações exteriores de Moscou, disse que não tinha conhecimento de tais eventos e afirmou que tudo isso é uma campanha de desinformação do governo ucraniano.[147][148] No meio tempo, os rebeldes lançaram uma contra-ofensiva em larga escala para tentar deter o avanço das forças governamentais na região de Donbass.[149] Os separatistas firmaram posições nas estradas entre Donetsk e Novoazovsk, onde várias localidades próximas a este município, perto do mar de Azov, teriam caído nas mãos dos guerrilheiros. Eles também tomaram rapidamente vários vilarejos na cidade de Starobesheve e se apossaram de muitos equipamentos militares abandonados. Cidadãos locais afirmaram que soldados com sotaques russos e sem insígnias ajudaram os insurgentes na luta.[150]

Um prédio queimando em Shahtersk, na região de Donetsk, após combates entre separatistas e forças do governo ucraniano, em agosto de 2014.

Impasse e contra-ataques rebeldes

As contra-ofensivas separatistas no leste coincidiram com aumento nas denúncias de que a Rússia estaria intervindo militarmente na Ucrânia. Militares ucranianos afirmaram que capturaram dezenas de soldados russos que estavam do lado dos rebeldes. Apesar do governo de Vladimir Putin, em Moscou, continuar a negar qualquer tipo de invasão, o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, Alexander Zajarchenko, afirmou que muitos soldados russos haviam se unido aos separatistas. Segundo ele, esses combatentes "preferiram não passar as férias na praia, e sim ao lado de seus irmãos lutando pela liberdade de Dobnbass". A OTAN afirmou que haviam pelo menos 1 000 soldados da Rússia no país. Porém, o ministério das relações exteriores russo voltou a afirmar que eles "não tem interesse em fragmentar a Ucrânia".[151] Enquanto isso, no fim de agosto, em Snizhnye, uma cidade em disputa no leste ucraniano, uma coluna de soldados russos teria sido atacado por mísseis BM-21 Grad e pelo menos 100 pessoas teriam morrido. Apesar de nenhuma dessas informações pudesse ter sido verificada como verdadeiras ou não, líderes de nações ocidentais, como a França e os Estados Unidos, condenaram a suposta invasão russa. Enquanto isso, os combates se intensificavam por toda a região oriental da Ucrânia.[152][153]

No fim de agosto e começo de setembro, as contra-ofensivas rebeldes pareciam ir bem. Apesar da Guarda Nacional do governo ter retomado a cidade de Komsomolske, em Donetsk Oblast, no resto do país as forças leais a Kiev ou retrocediam ou empancavam. Militares afirmaram que tropas russas, incluindo tanques de guerra, estariam ajudando os separatistas, algo que o Kremlin continuava a negar até então.[154] Em Luhansk, onde as tropas ucranianas pareciam estar fazendo progressos, foram surpreendidos com vigorosas investidas dos insurgentes. A 1 de setembro, o aeroporto da cidade foi reconquistado pelos rebeldes. Novamente, a presença de combatentes da Rússia foi apontada por observadores e por oficiais governistas da Ucrânia.[155]

Nos primeiros dias de setembro, os combates também se intensificavam na importante região sudeste da Ucrânia. Em Mariupol, tiroteios e bombardeios de artilharia assolavam a área, enquanto forças separatistas tentavam ocupar esta cidade. Militares ucranianos teriam contra-atacado e conseguido manter suas posições, mas o barulho de explosões ainda eram ouvidos por toda a região.[156]

Acordos de Minsk e negociações

Insurgentes separatistas marchando em Donetsk.

No dia 5 de setembro, representantes dos governos russo e ucraniano, reunidos em Minsk, iniciaram a negociação para um acordo de cessar-fogo no leste do país. Na sexta feita, representantes da Ucrânia e dos rebeldes pró-russos assinaram, em Minsk, um acordo para o cessar-fogo, mediado pela Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.[157] Quase três mil pessoas já tinham morrido na guerra até então, com outras um milhão fugindo de suas casas.[158] Nos dois dias seguintes, apesar de uma redução dos confrontos, as duas partes se acusavam de violações isoladas do acordo.[159][160] Combates continuaram a ser reportados no leste da nação. Nos arredores de Mariupol, tiros e bombas eram ouvidas enquanto os rebeldes esporadicamente tentavam avançar. Nesse meio tempo, o aeroporto de Donetsk, que estava em mãos dos separatistas, foi bombardeado pela artilharia do governo ucraniano.[161] Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que pelo menos 70% dos soldados russos que estavam no seu país já haviam se retirado, apesar do governo da Rússia não reconhecer que tinha qualquer tropa na região.[162]

Com a interrupção das hostilidades, teve início o processo de troca de prisioneiros.[163][164] Como parte das negociações também incluía planos de anistia aos combatentes envolvidos e ainda garantia "status especiais" para o leste da Ucrânia, incluindo algum nível de autonomia, especialmente para as regiões de Donetsk e Lugansk.[165] Ao fim de setembro, militares ucranianos e rebeldes separatistas começaram a retirar as peças de artilharia das proximidades das linhas de frentes, com o intuito de criar uma zona desmilitarizada.[166]

Destruição em Lugansk, no leste ucraniano.

No dia 28 de setembro, cerca de 3 mil manifestantes pró-Ucrânia derrubaram, em Kharkiv, a maior estátua referente ao líder revolucionário que criou a União Soviética, Vladimir Lenin. E ainda no dia 28, algumas explosões puderam ser ouvidas no centro de Donetsk, segundo a prefeitura local.[167]

Eleições separatistas e novas lutas

No dia 2 de novembro de 2014, foram realizadas eleições nas regiões separatistas. Alexander Zakharchenko e Igor Plotnitsky foram vitoriosos, respectivamente na República Popular de Donetsk e na República Popular de Lugansk. O Ministério das Relações Exteriores da Federação da Rússia declarou que tais eleições foram, de um modo geral, muito bem organizadas, destacou o elevado índice de comparecimento do eleitorado, e sustentou que os representantes eleitos obtiveram mandato para a solução de tarefas práticas de restabelecimento da vida normal nas regiões.[168][169][170] Por outro lado, o governo de Kiev, a União Europeia e os Estados Unidos disseram que o pleito careceria de legalidade e seria contrários aos termos do cessar fogo negociado em Minsk.[171][172]

Tanques de guerra e soldados do exército ucraniano no leste do país.

A luta em Donbass continuou, mesmo com o cessar-fogo e mesmo após as eleições em territórios separatistas. Uma equipe da OSCE foi então enviada para supervisionar a situação. De acordo com os monitores do grupo, tropas e veículos blindados continuavam a se movimentar nas regiões controladas pelos rebeldes.[173] Em novembro, o general Philip Breedlove afirmou que mais tropas russas e equipamentos militares estavam entrando na Ucrânia, em violação do Protocolo de Minsk.[174] O ministério da defesa ucraniano afirmou que a movimentação era uma preparação dos rebeldes separatistas para atacar.[175] Representantes do governo russo negaram tais informações.[174]

De acordo com um relatório, no começo de dezembro de 2014, mais de 1 000 pessoas já haviam morrido em combates desde a assinatura do Protocolo de Minsk, firmado em setembro, que tentava encerrar as hostilidades. Ambos os lados foram acusados de não respeitarem o cessar-fogo naquele momento.[176]

Em meados de janeiro de 2015, o governo ucraniano conseguiu recuperar boa parte do aeroporto de Donetsk.[177] Os rebeldes contra atacaram e o exército nacional revidou, resultando em pesados bombardeios e combates em áreas residenciais, causando muitas perdas civis.[177] No dia 21 de janeiro, o presidente Petro Poroshenko acusou a Rússia de enviar 9 000 soldados e equipamentos para o leste do país, instigando mais violência na região, enquanto os militantes separatistas renovavam suas ofensivas.[178][179] Segundo a imprensa britânica, em um desses ataques os rebeldes conseguiram retomar de assalto o aeroporto internacional de Donetsk.[180]

As ruínas do aeroporto internacional de Donetsk, abalado por semanas de intensos combates entre os rebeldes separatistas e militares do governo ucraniano.

A vitória no aeroporto permitiu que os rebeldes renovassem suas ofensivas no leste de forma mais eficiente, atacando tropas ucranianas por toda a região de Donetsk e Luhansk, conquistando alguns progressos.[181] Com a maré da guerra voltando ao seu favor, os separatistas lançaram mais uma ofensiva ao redor de Mariupol, onde violentos combates foram reportados, ameaçando enterrar de vez o Protocolo de Minks e o cessar-fogo.[182]

Cessar-fogos e novos combates

Desde setembro de 2015, contudo, os combates reduziram vertiginosamente de intensidade, chegando a parar completamente em várias regiões. Acordos informais entre autoridades locais e separatistas fizeram parar os engajamentos e operações militares, por ambos os lados, em várias localidades, enquanto ajuda internacional tentava amenizar a crise humanitária na região. Especialistas afirmam que a guerra entrou numa nova fase chamada de "conflito congelado".[183]

Novas negociações e tentativas de cessar-fogo aconteceram por 2016. Apesar disso, o final deste ano viu um crescimento da violência em várias áreas, enquanto outras regiões testemunharam de fato uma redição nas hostilidades. Contudo, combates entre separatistas e militares ucranianos começaram a ser reportados com mais frequência, ameaçando qualquer acordo de cessar-fogo. Nesse meio tempo, embargos econômicos e dificuldades de infraestrutura agravara ma crise humanitária no leste da Ucrânia.[184]

O ano de 2016 acabou se tornando o primeiro desde 2014 em que o governo ucraniano não cedeu território para os separatistas e também foi o qual perderam menos tropas. Já em 2017, novos combates foram reportados. Militantes separatistas atacaram, entre janeiro e fevereiro, a cidade industrial de Avdiivka, num dos maiores flagrantes de violação do cessar-fogo após os acordos de Minsk. Soldados ucranianos resistiram e os dois lados acabaram acertando uma trégua.[185] O ministro de relações exteriores russo, Sergey Lavrov, após se reunir com autoridades da Ucrânia, Alemanha e França, anunciou, durante um encontro na cidade de Munique, em 18 de fevereiro, um novo cessar fogo em território ucraniano foi acertado para aquele mês ainda.[186] O governo ucraniano, contudo, acusaram os separatistas de viola-lo. O secretário-geral da OSCE, Lamberto Zannier, confirmou tais violações e disse que "não havia evidências da retirada das armas".[187]

Uma posição do exército ucraniano em Pisky, na região de Yasynuvata, no centro do Oblast de Donetsk.

Em junho de 2017, outro cessar fogo foi firmado, mas ao mesmo passo das outras tentativas, acabou falhando rapidamente.[188] Em agosto, outra trégua foi decretada, que acabou em novo fracasso, com ambos os lados acusando um ao outro de ser o responsável pela retomada dos combates.[189] No natal, uma nova tentativa de cessar fogo aconteceu. Em menos de 24 horas, foi reportado, por diversas fontes, que soldados separatistas se aproveitaram da situação para realizar ataques nas fronteiras, matando vários militares ucranianos, provocando uma reação destes.[190] Ainda assim, em 27 dezembro de 2017, em cumprimento ao acordo de Minsk, houve uma troca de prisioneiros, onde 73 soldados ucranianos aprisionados foram libertados em troca de 200 separatistas presos.[191]

Em 18 de janeiro de 2018, parlamentares ucranianos passaram uma lei que tinha por finalidade dar legalidade ao plano de retomada do controle das áreas sob domínio dos separatistas, reconhecendo o território leste do país como "regiões ocupadas" e dando autoridade ao presidente Poroshenko para usar de força militar para reconquistar Donbass, ao mesmo tempo que legalizava um bloqueio econômico e sanções contra as cidades orientais rebeladas na Ucrânia.[192] O governo russo afirmou que isso era uma violação dos Acordos de Minsk e sinalizava uma "preparação para guerra".[193] Mais uma nova tentativa de cessar fogo foi firmado em 5 de março de 2018, mas as autoridades ucranianas acusaram os separatistas pró-Rússia de viola-lo em questão de dias.[194]

Em 16 de março de 2018, o presidente ucraniano Petro Poroshenko, em uma conferência realizada em Vinnytsia, anunciou o fim das "operações anti-terroristas" no leste da Ucrânia, substituindo-as pela chamada "Operação de Forças Conjuntas" (OFC, ou Operatsiya Obyednanykh Syl), utilizando poderes dados a ele pelo parlamento para retomar o controle da região de Donbass. O general Serhiy Nayev foi apontado como comandante da OFC.[195][196] Em 30 de abril, os Estados Unidos entregaram mísseis anti-tanque FGM-148 Javelin aos militares ucranianos, como parte do início de uma entrega sistemática de meios defensivos letais ao governo de Kiev.[197] Enquanto isso, combates esporádicos continuaram a ser reportados nas fronteiras, ainda que com intensidade reduzida.

Durante todo o final de 2018, novas tentativas de cessar fogo foram firmadas, mas ambos os lados acusaram um ao outro de viola-las. Em 8 março de 2019, mais um cessar fogo foi acordado.[198] Embora autoridades ucranianas afirmaram que separatistas apoiados pela Rússia tenham violado o acordo no mesmo dia, foi reportado que, por toda a linha de frente, que o número de combates e tiroteios começou reduzir a partir de 10 de março.[199] Como de costume, a acusação de violação do cessar fogo foi mútua, com os separatistas também acusando as tropas ucranianas de os terem atacado. Ainda assim, a UNIAN (Agência de Informação Independente da Ucrânia) reportou que os combates, de fato, haviam caído consideravelmente até o fim do primeiro semestre de 2019.[200]

Outubro de 2019: Acordo da fórmula Steinmeier

Zelensky, Merkel, Macron e Putin em Paris, em dezembro de 2019.

Após extensas negociações, autoridades da Ucrânia, Rússia, Donetsk, Lugansk e da OSCE assinaram um acordo, em 1 de outubro de 2019, para tentar encerrar a guerra em Donbass. Chamada de "Fórmula Steinmeier", já que a ideia veio do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier. O acordo prevê eleições livres nos territórios de Donetsk e Lugansk, sob observação e verificação da OSCE, e então, subsequentemente, estes territórios seriam reintegrados à Ucrânia com status especiais.[201] Uma pesquisa de opinião realizada nos territórios, em Donbass, controlados pelas autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk, feita pelo Centro de Estudos da Europa Oriental e Internacional, em março de 2019, reportou que 55% da população das regiões separatistas favoreciam reintegração com a Ucrânia. Destes, 24% apoiavam a reintegração total na forma como era antes da guerra, onde voltariam a ser oblasts subordinados a Kiev, enquanto 33% apoiavam o retorno mas com a região de Donbass tendo status especiais dentro da Ucrânia.[202]

Dentro dos parâmetros da "Formula Steinmeier", tropas ucranianas e separatistas se retiraram da cidade de Zolote, em 29 de outubro de 2019. As tentativas de retirada foram atrasadas por um mês devido a protestos de veteranos de guerra ucranianos.[203] Outra retirada foi completada na cidade de Petrovske, em novembro. Após essas retiradas, uma tropa de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia ocorreu. Então o presidente russo Vladimir Putin e o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel se reuniram, em 9 de dezembro de 2019, para continuar com as conversas de paz que haviam começado na Normandia, em fevereiro de 2015.[204] Ambos os lados concordaram em trocar todos os prisioneiros de guerra restantes até o final de 2019, firmar eleições limpas em Donbass e então anunciaram uma nova rodada de negociações para o começo de 2020.[205]

Escalada militar entre Ucrânia e Rússia (2021–presente)

Em fevereiro de 2021, foi reportado que Ucrânia e Rússia estavam se preparando para uma possível escalada na violência da região, com o governo ucraniano comprando mais armamentos, incluindo drones Bayraktar TB2, e a Rússia mandando tropas para a fronteira e aumentando sua retórica belicosa em Donbass.[206] Isso representaria o maior estado de tensão na região entre russos e ucranianos em quase sete anos, preocupando as potências Ocidentais a respeito de um reacendimento do conflito.[207]

A secretária de imprensa do governo dos Estados Unidos, Jen Psaki, anunciou em abril de 2021 que o aumento da presença militar russa na fronteira ucraniana era o maior em meia década e deveria acabar, se juntando a líderes de França e Alemanha que pediam para que ambos os lados diminuissem o volume da retórica.[208] Dmitry Kozak, uma autoridade do governo russo, alertou que qualquer escalada do conflito significaria "o início do fim da Ucrânia".[209] No dia 22 de abril de 2021, Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou o retorno de parte das tropas que se encontravam junto à fronteira com a Ucrânia.[210]

Os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden numa reunião para discutir a crise no leste da Ucrânia, em 7 de dezembro de 2021.

Em novembro de 2021, a tensão voltou à se intensificar, com ambos os lados acusando o outro de mobilizar armas e tropas para a fronteira. No dia 22 de novembro, a Rússia afirmou que estava alarmada com a movimentação ocidental no sentido de fornecer à Ucrânia armas de alta tecnologia, que segundo o Kremlin estão sendo usadas pelo governo ucraniano para provocar o vizinho. Segundo o governo russo, a OTAN seria responsável de estar armando as forças ucranianas. Diversos países membros da OTAN de fato fornecem armas à Ucrânia e a organização internacional já se comprometeu com a integridade do território ucraniando diante de uma possível invasão russa. Por outro lado, a Ucrânia e a OTAN afirmaram recentemente que a Rússia estaria aumentando sua presença militar na fronteira - são 92 000 soldados russos na fronteira, segundo a inteligência militar ucraniana, que estariam se preparando para um ataque no fim de janeiro ou início de fevereiro de 2022. O governo russo tem rejeitado essas acusações como meramente inflamatórias.[211]

Com a escalada da crise diplomática e com a Rússia movendo mais tropas para a fronteira ucraniana, autoridades russas, como Vyacheslav Volodin, o presidente do Parlamento Russo, começaram a pedir pelo reconhecimento das regiões de Donetsk e Lugansk, na Bacia do Donets, como nações independentes.[212] Segundo especílistas ocidentais, a Rússia quer reafirmar sua posição como potência mundial ao expandir sua zona de influência, o que incluiria a desestabilização política da Ucrânia ao fomentar um conflito no leste.[213] O presidente Vladimir Putin, por outro lado, culpou o expancionismo da OTAN pela crise, afirmando que o Ocidente queria cercar e denegrir o poder russo. De forma mais central, com relação a Ucrânia, Putin afirmou que impediria a entrada ucraniana na OTAN, sob qualquer circunstâncias. O presidente russo já havia reafirmado, várias vezes, como a Ucrânia e a Rússia eram "um povo só" e via a interferência estrangeira naquele país como uma ameaça a segurança da própria Rússia.[214][215]

Entre os dias 18 e 20 de fevereiro, cerca de 7 mil refugiados, oriundos das Repúblicas Populares de Donetsk de Lugansk chegaram em locais de alojamento temporário na região de Rostov (Rússia).[216]

Em 21 de fevereiro de 2022, o governo russo oficialmente declarou que reconhecia a independência da República Popular de Lugansk e da República Popular de Donetsk, atiçando a crise no leste da Ucrânia.[217] A OTAN e várias países da União Europeia condenaram a atitude da Rússia que, naquele momento, tinha entre 150 000 e 190 000 tropas na fronteira ucraniana.[218] Poucas horas após a notícia do reconhecimento, o Presidente Putin ordenou o enviou de tropas russas para os territórios de Lugansk e de Donetsk para "manutenção da paz", nas palavras dele.[219] Em Donetsk, pessoas foram às ruas comemorar com bandeiras russas,[220][221] enquanto muitos líderes de nações pelo mundo (como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Turquia e Coreia do Sul) condenaram as ações russas como uma violação da lei internacional e da soberania da Ucrânia.[222][223]

Invasão russa

Um blindado destruído na batalha por Konotop.

Por volta das 4h da manhã, horário de Moscou, em 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que ele havia decidido lançar uma operação militar no leste da Ucrânia.[224][225] No seu discurso, Putin disse que ele não tinha intensões de ocupar militarmente o território ucraniano, mas salientou que apoiava o direito dos povos da Ucrânia à autodeterminação. O presidente russo afirmou que pretendia "desnazificar" a Ucrânia e proteger civis de origem russa contra o que ele chamou de "genocídio", exigindo ainda que as forças armadas ucranianas largassem suas armas e não resistissem.[226]

Minutos após o discurso do Presidente Putin, explosões foram ouvidas em Kiev, Carcóvia, Odessa e em várias regiões de Donbass (como Mariupol e Kramatorsk).[227] Autoridades ucranianas afirmaram que a Rússia havia desembarcado tropas perto de Odessa e dispararam mísseis de cruzeiro contra bases aéreas ucranianas e o quartel-general em Kiev.[228] O espaço aéreo sobre o leste da Ucrânia foi restrito ao tráfego aéreo civil como resultado desses desenvolvimentos, com toda a área sendo considerada uma zona de conflito ativa pela Agência de Segurança da Aviação da União Europeia.[229] Apesar do governo ucraniano também ter afirmado que as cidades de Carcóvia e Odessa foram atacadas por soldados da infantaria russa.[230][231]

No raiar do dia 24 de fevereiro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou a instauração da lei marcial na Ucrânia.[232] Ao longo de toda a manhã do primeiro dia de invasão, a Rússia intensificou seu bombardeio aéreo e com mísseis balísticos e de cruzeiro contra alvos militares ucranianos. Tropas aerotransportadas também tomaram posições estratégicas pela Ucrânia, incluindo nas proximidades de Kiev. Segundo informações e videos divulgados na internet, o exército russo atacou o território ucraniano vindo principalmente da Bielorrússia e da Crimeia, mas com combates também acontecendo em Donbass.[233]

Envolvimento externo

Ver artigo principal: Guerra Russo-Ucraniana

O diretor da CIA, a agência de inteligência dos EUA, John Brennan, visitou no 12 e 13 de abril 2014 a capital da Ucrânia, Kiev, para se reunir secretamente com os atuais dirigentes da Ucrânia e os responsáveis dos e Serviços de Segurança da Ucrânia.[234][235][236]

Segundo os jornais alemães Der Spiegel, Frankfurter Allgemeine Zeitung e Die Zeit a noticia que 400 mercenários dos EUA, empregados da empresa Greystone Limited (filial de Academi, antiga Blackwater USA), estariam colaborando nas operações do exército e da polícia de Kiev em operações contra guerrilheiros no leste da Ucrânia, nada mais do que uma "tentativa sensacionalista para criar histeria" por "bloggers irresponsáveis e jornalistas on-line". A noticia tinha sido divulgada no Bild am Sonntag, o qual citou que o serviço secreto alemão Bundesnachrichtendienst, informou em 29 de abril de 2014 a Chancelaria Federal da Alemanha de Angela Merkel do evento.[237][238] O vice-presidente da empresa de segurança dos EUA negou as informações que mercenários da Academi estejam na Ucrânia.[239]

No começo de maio 2014, de acordo com o tabloide alemão Bild, a CIA e o FBI mantinham dezenas de agentes em Kiev para aconselhar o governo ucraniano, além de combater o crime organizado no país, sendo suas supostas atividades limitadas à capital.[240]

Em 14 de maio foi anunciada a nomeação de Hunter Biden, filho do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para comandar a Burisma, a maior empresa privada da área de Gás e Petróleo da Ucrânia. A companhia mantém um portfólio com permissões para desenvolver jazigos nas bacias do Dniepre-Donets, os Cárpatos e de Azov-Kuban.[241][242][243][244][245]

Soldados russos em uma base militar ucraniana na Crimeia, durante a anexação desta pela Federação Russa. Apesar de usarem uniformes e armas russas, as bandeiras e insígnias dos seus trajes foram removidas para evitar identificações.

O Príncipe Carlos da Inglaterra comparou o comportamento de Putin na Ucrânia ao de Hitler. Tal comparação é provável que seja vista como uma crítica do Ocidente por não confrontar Putin sobre a sua anexação de Crimeia. A anexação foi a primeira de uma grande potência na Europa desde 1956, depois da anexação pela Alemanha Ocidental do Protectorado de Sarre. Alguns observadores compararam a crise na Ucrânia, com a invasão de Hitler na Checoslováquia, onde havia uma população alemã significatica no território dos Sudetas.[246][247]

No dia 23 de maio, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que a crise na Ucrânia se converteu em uma verdadeira guerra civil.[248]

Em 27 de maio, o líder regional da Chechênia confirmou que alguns chechenos podem ter ido à Ucrânia por conta própria para lutar ao lado de rebeldes pró-Rússia.[249][250]

Segundo o Departamento de Estado americano, o governo russo apoia militarmente e financeiramente os rebeldes separatistas, com ajuda principalmente no formato de equipamentos, treino, logística e até com combatentes.[6]

Desde 2015, denúncias de envolvimento militar russo no conflito na Ucrânia se tornaram mais frequentes. Equipamentos (como armas e veículos) e soldados de etnia russa com uniformes militares russos foram vistos por toda o leste ucraniano. Órgãos de inteligência de Kiev também reportaram que agentes russos estavam diretamente envolvidos na articulação dos protestos separatistas do leste. Jornalistas estrangeiros que tentavam se aproximar de áreas controladas pelos rebeldes pró-Rússia eram frequentemente ameaçados e muitos eram até presos.[251] A Rússia, contudo, nega envolvimento direto no conflito na nação vizinha. Contudo, eles reconheceram que cidadãos de seu país estavam de fato lutando ao lado dos separatistas, mas sem consentimento do governo de Moscou.[252]

Um relatório da ONU liberado em junho de 2015 indicou que há evidências que apontam para uma presença militar russa em massa no leste da Ucrânia, lutando ao lado dos separatistas.[253] Foi reportado que soldados do exército russo intervieram em embates em território ucraniano, como na batalha de Debaltseve onde os rebeldes estavam quase sendo derrotados mas foram salvos por reforços vindos do leste. Estas tropas (que evidências apontam que sejam russas) vieram com armamento pesado e artilharia, equipamentos dos quais os separatistas não detém em seu arsenal. Os Estados Unidos acusaram os russos de envolvimento militar direto no conflito e afirmam que o governo de Vladimir Putin quer desestabilizar a Ucrânia.[254][255]

Em 25 de janeiro de 2017, o brasileiro Rafael Lusvarghi, ex-primeiro-tenente do Batalhão Prizrak de Lugansk, tornou-se o primeiro estrangeiro a ser condenado criminalmente na Ucrânia por participação na guerra. Foi posteriormente solto provisoriamente por irregularidades no processo, mas depois localizado e capturado pelos grupos neonazistas Batalhão Azov e C14, em ocasião que forçou o governo a adiar seu segundo julgamento.[256][257]

Caráter do conflito

A OTAN considera o conflito uma guerra contra soldados irregulares russos[258] e outros consideram que é uma guerra por procuração.[259][260][261] O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, o árbitro do direito humanitário internacional para as Nações Unidas, descrevem os acontecimentos na região de Donbass como um "conflito armado não internacional".[262][263] Algumas agências de notícias, como a Agência de Informação e Telegrafia da Rússia e a Reuters, interpretaram esta declaração no sentido de que a Ucrânia estava em um estado de "guerra civil".[264][265]

O presidente da Verkhovna Rada e ex-presidente interino ucraniano Oleksandr Turchynov considera o conflito uma guerra direta com a Rússia.[266]

Galeria

Ver também

Referências

  1. «Ukraine unrest: Kiev 'helpless' to quell parts of east». BBC News. 30 de Abril de 2014 
  2. Parubiy says anti-terrorist operation will continue as separatists in Luhansk, Donetsk reject Putin’s call to postpone referendum. Kyiv Post. 8 de maio de 2014
  3. "Entenda o conflito envolvendo Ucrânia e Rússia". Página acessada em 2 de agosto de 2014.
  4. «Otras regiones de Ucrania miran de reojo a Crimea y se cuestionan su autonomía». RT en Español. 16 de março de 2014 
  5. «Ukraine's Yanukovych asked for troops, Russia tells UN». BBC. 4 de março de 2014 
  6. a b «Russia's Continuing Support for Armed Separatists in Ukraine and Ukraine's Efforts Toward Peace, Unity, and Stability». US State Department. Consultado em 16 de agosto de 2014 
  7. «U.S. releases images it says show Russia has fired artillery over border into Ukraine». Washington Post. 27 de Julho de 2014 
  8. «Ukraine Crisis: Who Are the Russian Neo-Nazi Groups Fighting with Separatists?». International Business Times UK (em inglês). 1 de setembro de 2014. Consultado em 28 de dezembro de 2021 
  9. «Poland's stance is 'anti-Russian hysteria', says Night Wolves leader». the Guardian (em inglês). 25 de abril de 2015. Consultado em 28 de dezembro de 2021 
  10. How Belarusians are fighting in Ukraine (in Russian)
  11. «Ingushetia leader: Ingush 'volunteers' fight in east Ukraine». Crimean News Agency. 6 de junho de 2014 
  12. «Uzbeks Adding To Ranks of Ukraine's Pro-Russian Separatists». Radio Free Europe/Radio Liberty. Consultado em 8 de julho de 2014 
  13. a b http://www.vesti.ru/doc.html?id=1587581  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  14. http://thekievtimes.ua/politics/374500-fiktivnaya-granica-ukrainy.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  15. «Добровольцы из Сербии едут на Донбасс | Volunteers from Serbia going to Donbass». Consultado em 30 de julho de 2014. Arquivado do original em 11 de agosto de 2014 
  16. a b В Донецке сформированы венгерские и польские интербригады |In Donetsk, Hungarian and Polish Brigade is formed (em russo)
  17. «El Parlamento ucraniano aprueba la creación de una Guardia Nacional». El Mundo. 13 de março de 2014 
  18. «В Славянск прибыли боевики "Правого сектора", сообщают протестующие» (em russo). RIA Novosti. 13 de abril de 2014. Consultado em 13 de abril de 2014 
  19. Ukrainian ultra-rightists given major cabinet posts in government
  20. «В Харькове разгромили офисы трех националистических организаций». Российская газета" (em russo). 16 de março de 2014 
  21. «Belarusian volunteers joining Ukraine's fight against pro-Russian militants». Belarus News. 7 de Julho de 2014 
  22. a b «Ukraine's battalion 'Donbas': Belarusian volunteers hoist national flag». Belsat TV. 18 de Junho de 2014 
  23. «Soldier of Belarusian squad Pahonia: We are going to win». Charter 97. 11 de Julho de 2014 
  24. «23 Georgian Volunteers Joined Azov Batallion in Ukraine». Chechen Center. 16 de Junho de 2014 
  25. «Volunteers Bolster Ukraine's Fighting Force». Institute For War & Peace Reporting. 26 de Junho de 2014 
  26. «Источник: иностранцы участвуют в борьбе с ополченцами на Украине». RIA Novosti. 3 de maio de 2014 
  27. «El Gobierno ucraniano llama a 300 extranjeros a unirse a la ofensiva contra el este». RT. 3 de maio de 2014. 300 ciudadanos de Polonia y los países bálticos recibirán pasaportes ucranianos para poder participar en la lucha contra las autodefensas, informó una fuente del Ministerio del Interior de Ucrania a la agencia rusa RIA Novosti. La orden, señaló la fuente, fue enviada al Servicio de Migraciones por el ministro del Interior, Arsén Avákov. 
  28. «РФ требует расследования возможного участия наемников на стороне Киева». RIA Novosti. 21 de julho de 2014 
  29. "NATO To Finalize Military Aid Package For Ukraine". Página acessada em 17 de agosto de 2014.
  30. "U.S. sending advisers, gear to Ukraine". Página acessada em 17 de agosto de 2014.
  31. "Obama pledges $5M in military aid to Ukraine". Página acessada em 17 de agosto de 2014.
  32. «Pro-Russian rebels have 40,000-strong army, sufficient for 'mid-sized European state': Ukraine defence minister». ABC AU. 9 de junho de 2015. Consultado em 26 de junho de 2015 
  33. Around 3-4 thousand Russian volunteers fighting for Donetsk People’s Republic militia. Information Telegraph Agency of Russia. 28 de agosto de 2014
  34. «Kyiv Says 42,500 Rebels, Russian Soldiers Stationed in East Ukraine». RadioFreeEurope/RadioLiberty. Consultado em 25 de junho de 2015 
  35. «Some 12,000 Russian soldiers in Ukraine supporting rebels - U.S. commander». Londres: Dailymail.co.uk. 4 de março de 2015. Consultado em 6 de março de 2015. Cópia arquivada em 26 de junho de 2015 
  36. «Probability of full-scale Russian invasion remains high - Ukrainian army general». Ukraine Today. Consultado em 29 de julho de 2015 
  37. a b c «ООН підрахувала кількість жертв бойових дій на Донбасі». Radio Liberty. Consultado em 19 de fevereiro de 2021 
  38. The overview of the current social and humanitarian situation in the territory of the Donetsk People’s Republic as a result of hostilities between 23 and 29 January 2021
    The overview of the current social and humanitarian situation in the territory of the Donetsk People`s Republic as a result of hostilities between 25 and 30 December 2021
    The overview of the current social and humanitarian situation in the territory of the Donetsk People`s Republic as a result of hostilities from 05 to 11 February 2022
  39. Bellal, Annyssa (2016). The War Report: Armed Conflict in 2014. [S.l.]: reliefweb.int/sites/reliefweb.int/files/resources/ukraine_-_issue_11_eng.pdf. Consultado em 17 de outubro de 2016 reliefweb.int/sites/reliefweb.int/files/resources/humanitarian_bulletin_20160908_en.pdf. [S.l.: s.n.] Oxford University Press (PDF). [S.l.: s.n.] p. 302. ISBN 978-0-19-876606-3 
  40. Книга пам'яті загиблих [Memorial Book to the Fallen]. Herman Shapovalenko, Yevhen Vorokh, Yuriy Hirchenko (em ucraniano). Consultado em 31 de janeiro de 2015 
  41. The Museum of Military History also lists separately 139 currently unidentified soldiers who were killed: 66 at Krasnopolye cemetery,[1] 63 at Kushugum cemetery [2] and 10 at Starobilsk cemetery.[3]
  42. «UNIAN: 70 missing soldiers officially reported over years of war in Donbas». Ukrainian Independent Information Agency. 6 September 2019. Consultado em 6 de setembro de 2019  Verifique data em: |data= (ajuda)
  43. 2 000 mortos (abril de 2014–junho de 2016), 8 mortos (julho de 2016), 16 mortos (agosto de 2016), 5 mortos (setembro de 2016),, total de 2 029 mortes reportadas
  44. «Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights Report on the human rights situation in Ukraine 16 February to 15 May 2019» (PDF). OHCHR. 15 de maio de 2019. Consultado em 21 de agosto de 2019 
  45. «Ukraine» (PDF). OCHA. Consultado em 15 de setembro de 2015 
  46. Grytsenko, Oksana (12 de Abril de 2014). «Armed pro-Russian insurgents in Luhansk say they are ready for police raid». Kyiv Post 
  47. Leonard, Peter (14 de Abril de 2014). «Ukraine to deploy troops to quash pro-Russian insurgency in the east». Yahoo News Canada. Associated Press 
  48. «Pushing locals aside, Russians take top rebel posts in east Ukraine». Reuters. 27 de Julho de 2014 
  49. Девяносто процентов ополченцев являются местными жителями - комендант Горловки
  50. Игорь Стрелков: в народное ополчение входят исключительно добровольцы
  51. «Представитель ДНР назвал процент российских добровольцев в местной армии». Consultado em 30 de julho de 2014. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014 
  52. Michel, Casey (28 de Julho de 2014). «'Ukrainian Rebels' Aren't Ukrainian or Rebels». The Moscow Times 
  53. РОССИЙСКИЙ НАЕМНИК: "ПОЛОВИНА ОПОЛЧЕНЦЕВ - ИЗ РОССИИ. МНЕ ПОМОГАЮТ СПОНСОРЫ. МЫ ВОЗЬМЕМ ЛЬВОВ"
  54. Kofman, Michael; Migacheva, Katya; Nichiporuk, Brian; Radin, Andrew; Tkacheva, Olesya; Oberholtzer, Jenny (2017). Lessons from Russia's Operations in Crimea and Eastern Ukraine (PDF) (Relatório). Santa Monica: RAND Corporation. 69 páginas 
  55. Fedorov, Yury E. (15 de janeiro de 2019). «Russia's 'Hybrid' Aggression Against Ukraine». Routledge Handbook of Russian Security (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 978-1-351-18122-8 
  56. Karber, Phillip A. (29 de setembro de 2015). "Lessons Learned" from the Russo-Ukrainian War (Relatório). The Potomac Foundation. p. 34 
  57. Katchanovski, Ivan (1 October 2016). «The Separatist War in Donbas: A Violent Break-up of Ukraine?». European Politics and Society. 17 (4): 473–489. ISSN 2374-5118. doi:10.1080/23745118.2016.1154131  Verifique data em: |data= (ajuda)
  58. «Putin Claims Russia Was 'Forced To Defend Russian-Speaking Population in Donbass'». The Interpreter. 12 de outubro de 2016. Consultado em 8 de janeiro de 2018 
  59. Whitmore, Brian (26 de julho de 2016). «The Daily Vertical: Ukraine's Forgotten War (transcrição)». Radio Free Europe/Radio Liberty. Consultado em 9 de setembro de 2016 
  60. «Найдовше перемир'я на Донбасі. Чи воно існує насправді (A trégua mais longa no Donbass. Será que realmente existe)». Pravda.com.ua. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  61. «Entenda os últimos acontecimentos da crise na Ucrânia em quatro mapas». O Globo. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  62. «National composition of population in Donetsk Oblast». Ukrainian Census of 2001. State Statistics Committee of Ukraine. Consultado em 2 de setembro de 2015 
    «National composition of population in Luhansk Oblast». Ukrainian Census of 2001. State Statistics Committee of Ukraine. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  63. Andrew Wilson (Abril de 1995). «The Donbas between Ukraine and Russia: The Use of History in Political Disputes». Journal of Contemporary History. 30 (2). 274 páginas 
  64. Hiroaki Kuromiya (2003). Freedom and Terror in the Donbas: A Ukrainian-Russian Borderland, 1870s–1990s. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 41–42. ISBN 0521526086 
  65. Potocki, Robert (2003). Polityka państwa polskiego wobec zagadnienia ukraińskiego w latach 1930–1939 (em polaco). Lublin: Instytut Europy Środkowo-Wschodniej. ISBN 978-8-391-76154-0 
  66. «The Number of Dead». Association of Ukrainians in Great Britain. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  67. a b c Don Harrison Doyle, ed. (2010). Secession as an International Phenomenon: From America's Civil War to Contemporary Separatist Movements. [S.l.]: University of Georgia Press. pp. 286–287. ISBN 0820330086 
  68. «Ukrainians protest against Russian language law». The Guardian. 4 de julho de 2014. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  69. "Russian news report: Putin approved Ukraine invasion before Kiev government collapsed". Página acessada em 2 de setembro de 2015.
  70. «Ukrainian city of Donetsk epitomizes country's crisis». CBS News. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  71. "Ukraine crisis: Protesters declare Donetsk 'republic'", BBC News (7 de abril de 2014)
  72. «ITAR-TASS: World - Federalization supporters in Luhansk proclaim people's republic». Information Telegraph Agency of Russia. Consultado em 2 de setembro de 2015 
  73. «Pro-Russian Group in Donetsk declare independence from Ukraine». news.biharprabha.com. Indo-Asian News Service. Consultado em 7 de abril de 2014 
  74. Laura Smith-Spark; Kellie Morgan (10 de abril de 2014). «Ukraine unrest will be resolved by force or talks in 48 hours, minister says». CNN. Consultado em 30 de julho de 2015 
  75. «Сепаратисти змусили керівника Донецької облміліції піти у відставку». Ukrainska Pravda. 12 de abril de 2014 
  76. Sudeste ucraniano diz sim em referendo de autodeterminação, 12/05/2014
  77. Repúblicas populares de Donetsk e Lugansk se unificam como Novorossia, 24/05/2014
  78. Novo movimento político criado no Sudeste da Ucrânia, 24/05/2014
  79. «Rusia: La orden de Kiev de utilizar al Ejército para sofocar las protestas es criminal». RT. Consultado em 13 de abril de 2014 
  80. «Ucrania comienza una operación antiterrorista contra las milicias prorrusas». Antena 3 Noticias. 15 de abril de 2014 
  81. «Yanukovich: «Ucrania tiene un pie a las puertas de la guerra civil»». La Voz de Galicia. 14 de abril de 2014 
  82. «Minuto a Minuto: Pulso entre el Gobierno autoproclamado de Kiev y regiones de Ucrania». RT en español 
  83. «Rusia, EE.UU., UE y Ucrania acuerdan la hoja de ruta para rebajar el conflicto». RT 
  84. «Ukraine crisis: Geneva talks produce agreement on defusing conflict». The Guardian 
  85. «Rusia promete a EE UU el desarme inmediato de las milicias en Ucrania». El País. 17 de abril de 2014 
  86. «Obama recela de que Rusia vaya a cumplir con el acuerdo de Ginebra». El País. 17 de abril de 2014 
  87. «Los rebeldes prorrusos en Donetsk ignoran el acuerdo para el desarme». El País. 18 de abril de 2014 
  88. «Kiev reintroduce la mili obligatoria para frenar la deriva en el Este». El País. 1 de maio de 2014. Hasta 16 ciudades y pueblos del Oriente ucranio se hallaban este jueves parcial o totalmente en manos prorrusas, en un pulso a las autoridades interinas de Ucrania que se intensifica a medida que se acerca el 11 de mayo, fecha del referéndum federalista; mientras, desde Kiev, un nuevo elemento atizaba el enfrentamiento con Moscú, la detención del agregado militar de la Embajada rusa en Ucrania, acusado de espionaje y declarado persona no grata. 
  89. El País (30 de abril de 2014). «El Gobierno de Kiev admite la pérdida de dos provincias en el Este» 
  90. «Kiev comienza una operación militar a gran escala en la ciudad ucraniana de Slaviansk». RT. 2 de maio de 2014 
  91. Pró-russos denunciam morte de 20 civis durante operação do Exército ucraniano, 03/05/2014
  92. Pró-russos derrubam helicópteros ucranianos e acusam Kiev de matar 5 rebeldes, 02/05/2014
  93. [4]
  94. [5]
  95. Rebeldes pró-russos invadem quartel de Odessa e libertam activistas detidos, 04/05/2014
  96. Veteranos abuchean a un gobernador ucraniano que llamó "libertador" a Hitler(com Vídeo), 10/05/2014
  97. Cidade de Mariupol, na Ucrânia, declara luto pelos mortos em conflitos ontem, 10/05/2014
  98. Enfrentamentos em Kramatorsk deixam 6 militares mortos e 8 feridos, diz Kiev, 13/05/2014
  99. República Popular de Donetsk pronta a negociar com Kiev, mas só dois temas, 20/05/2014
  100. Líder da República Popular de Donetsk anuncia campanha de nacionalizações, 20/05/2014
  101. Homem mais rico da Ucrânia convoca protestos contra separatistas, 20/05/2014
  102. Промышленность Славянска будет национализована
  103. Após vitória nas urnas da Ucrânia, 'Rei do Chocolate' se reunirá com Putin, 26/05/2014
  104. slavgorod.com.ua(vídeos), 26/05/2014
  105. Combates no aeroporto e estação de trem de Donetsk deixam pelo menos um morto, 26/05/2014
  106. [6] Ukraine launches airstrike on pro-Moscow rebels Associated Press 26 Maio 2014
  107. Ucrânia faz 'operação antiterrorista' no aeroporto de Donetsk, 26/05/2014
  108. Exército ucraniano retoma controle do aeroporto de Donetsk, 27/05/2014
  109. slavgorod.com.ua ,28/05/2014
  110. Rebeldes derrubam helicóptero militar no leste da Ucrânia. 29/05/2014
  111. «Ucrânia anuncia vitória sobre separatistas em parte do leste do país». G1. Consultado em 30 de maio de 2014 
  112. Insurgentes de Sloviansk dizem que derrubaram avião e helicóptero do exército, 03/06/2014
  113. Pró-russos promovem mega-ofensiva no leste da Ucrânia, 02/06/2014
  114. ukraine-human-rights.org. 03/06/2014
  115. Forças ucranianas retomam cidade portuária de rebeldes. 13/06/2014
  116. Após tomar fortaleza rebelde, Ucrânia diz que forças vão avançar, 06/07/2014
  117. rt.com, VER: ustream.tv/recorded/49631182, 06/07/2014
  118. ukraine-human-rights.org, 02/07/2014
  119. «The Weapon That Ukraine Says Shot Down Malaysia Airlines Flight 17». Mashable.com. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  120. Comité internacional da Cruz Vermelha considera Ucrânia em guerra civil, acesso em 26 de julho de 2014.
  121. «Ukrainian Military and Rebel Fighters Clash in Donetsk». The New York Times. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  122. «Ukraine crisis: Donetsk and Luhansk 'facing siege'». BBC. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  123. «Ucrânia prossegue ofensiva e UE prepara sanções». Exame.com. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  124. «Putin's Number One Gunman in Ukraine Warns Him of Possible Defeat». The Daily Beast. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  125. «Ukraine conflict: Army claims strategic town in Donetsk». BBC. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  126. Rússia acusa UE por retomar cooperação militar para a Ucrânia, 02/08/2014
  127. novorossia.su: Павел Губарев: Наступил коренной перелом в войне, 04/08/2014
  128. Separatistas disparam em soldados da Ucrânia voltando da Rússia, diz Kiev, 05/08/2014
  129. Conflito na Ucrânia já expulsou 730 mil pessoas para Rússia, 05/08/2014
  130. «Rússia tem atitude desafiadora diante de históricas sanções ocidentais». G1. Consultado em 4 de agosto de 2014 
  131. "Exército ucraniano aperta cerco a bastiões rebeldes de Donetsk e Lugansk". Página acessada em 12 de agosto de 2014.
  132. "Exército ucraniano se prepara para criar cerco definitivo em Lugansk". Página acessada em 12 de agosto de 2014.
  133. "Ucrânia diz que Rússia reuniu 45 mil homens na fronteira entre países". Página acessada em 12 de agosto de 2014.
  134. «Ukrainian troops liberate Pervomaisk, Kalynove, Komyshuvakha in west of Luhansk region – ATO press center». Interfax-Ukraine News Agency. 12 de agosto de 2014. Consultado em 16 de agosto de 2014 
  135. «Shells hit Donetsk amid Russia convoy row». BBC News. Consultado em 16 de agosto de 2014 
  136. «Rebel military chief Strelkov 'quits'». BBC News. Consultado em 14 de agosto de 2014 
  137. «Назначены новый Министр обороны и начальник Главного штаба МО ДНР». dnr.today. 14 de agosto de 2014 
  138. «Russian military vehicles enter Ukraine as aid convoy stops short of border». The Guardian. Consultado em 15 de agosto de 2014 
  139. «Russian aid convoy checked; NATO spots 'incursion' into Ukraine». CNBC. Reuters. Consultado em 15 de agosto de 2014 
  140. «Russia says Ukraine forces seeking to disrupt its humanitarian mission». Yahoo! News. Reuters. Consultado em 16 de agosto de 2014 
  141. "Analysis: Ukraine attack on convoy sends tough message". Página acessada em 16 de agosto de 2014.
  142. Ucrânia tem pequenos combates, mas não há sinal de piora em conflito, 16/08/2014
  143. "Ukraine crisis: 'We are getting tanks and reinforcements from Russia,' says separatist leader". Página acessada em 16 de agosto de 2014.
  144. "Ministro da Ucrânia pede ajuda militar da Otan e União Europeia". Página acessada em 16 de agosto de 2014.
  145. Separatistas anunciam reforço de meios para contra-ataque ao Exército da Ucrânia, acesso em 17 de agosto de 2014.
  146. "Guardas ucranianos combatem blindados que saíram da Rússia". Página acessada em 26 de agosto de 2014.
  147. "Soldados russos entraram na Ucrânia 'por acidente', diz Moscou". Página acessada em 26 de agosto de 2014.
  148. "Ukraine accuses Russia of opening new front before leaders' meeting". Página acessada em 26 de agosto de 2014.
  149. "Ukraina chwali się: Zlikwidowaliśmy 247 rebeliantów. A na wschodzie kontrofensywa, otoczone bataliony proszą o wsparcie". Página acessada em 26 de agosto de 2014.
  150. "Separatistas pró-Rússia retomam iniciativa no leste da Ucrânia". Página acessada em 28 de agosto de 2014.
  151. "Rússia é acusada de intervenção direta no leste da Ucrânia". Página acessada em 28 de agosto de 2014.
  152. "U.S. official says 1,000 Russian troops have entered Ukraine". Página acessada em 28 de agosto de 2014.
  153. "Mais de 100 soldados russos foram mortos na Ucrânia, dizem ativistas". Página acessada em 28 de agosto de 2014.
  154. «Ukraine National Guard now controlling Komsomolske in Donetsk region». Kyiv Post. Consultado em 29 de agosto de 2014 
  155. "Ucrânia perde controle sobre aeroporto e diz que Rússia iniciou 'grande guerra'". Página acessada em 1 de setembro de 2014.
  156. "Heavy shelling in Ukrainian port of Mariupol hours before agreed ceasefire". Página acessada em 5 de setembro de 2014.
  157. Ucrânia :Acordo de paz em risco, acesso em 07 de setembro de 2014.
  158. "Rebeldes pró-Rússia assinam acordo de cessar-fogo com a Ucrânia". Página acessada em 5 de setembro de 2014.
  159. "Entenda a fragilidade do cessar-fogo na Ucrânia". Página acessada em 7 de setembro de 2014.
  160. "Explosões no leste da Ucrânia ameaçam cessar-fogo", acesso em 07 de setembro de 2014.
  161. "Ukraine crisis: Ceasefire shaken by fresh shelling". Página acessada em 11 de setembro de 2014.
  162. "Presidente da Ucrânia diz que Rússia retirou maior parte de tropa do leste". Página acessada em 11 de setembro de 2014.
  163. "Rebeldes libertam 1,2 mil prisioneiros no leste da Ucrânia", acesso em 12 de setembro de 2014.
  164. "Kiev e separatistas trocam dezenas de prisioneiros", acesso em 12 de setembro de 2014.
  165. "Special status to E. Ukraine regions, amnesty to combatants - parliament". Página acessada em 23 de setembro de 2014.
  166. "Insurgentes da Ucrânia anunciam retirada da artilharia de combate". Página acessada em 23 de setembro de 2014.
  167. «Maior estátua de Lênin na Europa é derrubada no leste da Ucrânia». G1. Consultado em 28 de setembro de 2014 
  168. Moscou considera válidas as eleições no Sudeste da Ucrânia, acesso em 03 de novembro de 2014.
  169. Dirigente da RPL Plotnitsky venceu as eleições nessa república, acesso em 03 de novembro de 2014.
  170. Alexander Zakharchenko foi eleito dirigente da República Popular de Donetsk, acesso em 03 de novembro de 2014.
  171. EUA qualificam de ilegais as eleições em Donbass, acesso em 03 de novembro de 2014.
  172. UE considera eleições no leste da Ucrânia obstáculo à paz no país, acesso em 03 de novembro de 2014.
  173. «Spot report by the OSCE Special Monitoring Mission to Ukraine (SMM), 11 November 2014» (Nota de imprensa). Organization for Security and Co-operation in Europe. Consultado em 11 de novembro de 2014 
  174. a b «Russian troops crossed border, Nato says». BBC News. Consultado em 12 de novembro de 2014 
  175. «Ukraine redeploys troops, fearing new rebel offensive». Reuters. Consultado em 12 de novembro de 2014 
  176. «Ukraine, Russia and the ceasefire that never was». BBC News. Consultado em 9 de dezembro de 2014 
  177. a b «Ukrainian troops retake most of Donetsk airport from rebels». Reuters. Consultado em 18 de janeiro de 2015 
  178. «Ukraine conflict: US accuses rebels of 'land grab'». BBC News. Consultado em 21 de janeiro de 2015 
  179. «Russia sends 9,000 troops into Ukraine, says Petro Poroshenko». The Daily Telegraph. Consultado em 21 de janeiro de 2015 
  180. «Pro-Russia separatists vow further advances into Ukraine after taking Donetsk airport». The Daily Telegraph. Consultado em 23 de janeiro de 2015 
  181. «Ukraine's forces hold line against Russian troops, rebels - Poroshenko». Reuters. Consultado em 26 de janeiro de 2015 
  182. «Rebels say launched attack on Mariupol as 20 killed in east Ukraine city». Reuters. 26 de janeiro de 2015 
  183. Andrew E. Kramer (10 de novembro de 2015). «A Bleak Future in Eastern Ukraine's Frozen Zone». The New York Times. Donetsk. Consultado em 7 de fevereiro de 2016 
  184. "Ceasefire holding? One Ukraine soldier dead, 6 wounded overnight". Página acessada em 25 de outubro de 2016.
  185. "The Best of the Worst: What 2016 Was Like for Donbas", Hromadske International (9 de janeiro de 2017)
  186. «Russia's Lavrov says Feb. 20 ceasefire in Ukraine has been agreed». 18 de fevereiro de 2017 – via Reuters 
  187. Monitor Says Ukraine Cease-Fire, Weapons Withdrawal Not Being Honored, Radio Free Europe (22 de fevereiro de 2017)
  188. "Ukraine Says Two Soldiers Killed Despite Cease-Fire", Radio Free Europe (24 de junho de 2017).
    "Fragile 'Harvest Truce' Comes Into Being in East Ukraine", Sputnik News (24 de junho de 2017)
  189. "Ukraine’s Back to School “Ceasefire”", Atlantic Council's Digital Forensic Research Lab (29 de agosto de 2017).
    "Ukrainian military violate back-to-school ceasefire, one civilian injured – command", TASS news agency (16 de setembro de 2017)
  190. «Ukraine's Defense Ministry updates on number of attacks on Ukrainian troops on Dec 23». UNIAN. 24 de dezembro de 2017. Consultado em 9 de junho de 2018 
    «Ukrainian soldier killed by enemy sniper in Donbas on first day of "Christmas truce"». UNIAN. 24 de dezembro de 2017. Consultado em 25 de dezembro de 2017 
  191. Higgins, Andrew (27 de dezembro de 2017). «Ukraine Fighting Pauses, Briefly, for Big Prisoner Exchange». The New York Times. Consultado em 28 de dezembro de 2017 
  192. «Ukraine Passes Bill To Restore Control Over Separatist-Held Areas». RadioFreeEurope/RadioLiberty. Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  193. «Russia hysterical about Ukraine's Donbas law, says Kyiv "preparing for new war"» (em inglês). Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  194. "Ceasefire" in Donbas: 1 KIA, 1WIA amid two attacks on March 9, UNIAN (9 de março de 2018)
    Ukrainian military observes ceasefire for 24 hours for first time in 2018, TASS news agency (7 de março de 2028)
    JCCC: Ukrainian forces shell Republic with over 120 rounds in 24 hours, DAN (9 de março de 2018)
  195. «Poroshenko: ATO over, Joint Forces Operation starting». UNIAN. 16 de março de 2018. Consultado em 3 de maio de 2018 
  196. «Poroshenko pledges anti-terrorist operation in Ukraine's east to end in May». Censor.NET. 5 de abril de 2018. Consultado em 3 de maio de 2018 
  197. Miller, Christopher (30 de abril de 2018). «U.S. Confirms Delivery Of Javelin Antitank Missiles To Ukraine». rferl.org. Consultado em 3 de maio de 2018 
  198. "New truce in Donbas announced from March 8", UNIAN (7 de março de 2019)
  199. "Donbas sees full ceasefire in past day", UNIAN (11 de março de 2019)
  200. «JCCC records de-escalation on the contact line between Ukraine and DPR». DAN. 11 de março de 2019 
  201. «Will a deal with Russia bring peace to Ukraine?». BBC News (em inglês). Consultado em 11 de outubro de 2019 
  202. Sasse, Gwendolyn. «Most people in separatist-held areas of Donbas prefer reintegration with Ukraine – new survey». The Conversation (em inglês). Consultado em 3 de novembro de 2019 
  203. «Troops pull out from key Ukrainian front-line town». BBC News (em inglês). 29 de outubro de 2019. Consultado em 29 de outubro de 2019 
  204. «Putin and Zelensky in landmark Paris peace talks». BBC News (em inglês). Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  205. «Russia and Ukraine leaders, in first talks, agree to exchange prisoners». Reuters. 29 de dezembro de 2019. Consultado em 4 de março de 2020 
  206. «The Donbass conflict: Waiting for escalation». The Interpreter. Consultado em 7 de março de 2021 
  207. Deutsche Welle. «Conflito na Ucrânia revive dias tensos». G1. Consultado em 10 de abril de 2021 
  208. «Ukraine conflict: Moscow could 'defend' Russia-backed rebels». BBC News (em inglês). 9 de abril de 2021. Consultado em 10 de abril de 2021 
  209. Mackinnon, Amy. «Is Russia Preparing to Go to War in Ukraine?». Foreign Policy (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2021 
  210. Tropas russas vão retirar da fronteira com a Ucrânia, mas artilharia permanece, acesso em 22 de abril de 2021.
  211. «Russia sounds alarm over 'NATO push' to arm Ukraine». Al Jazeera (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2021 
  212. Jerusalem Post (21 de janeiro de 2022). «Russian Duma chair calls to recognize Donbas independence from Ukraine». Jerusalem Post (em inglês) 
  213. «What does Putin want in Ukraine? The conflict explained». CNN. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  214. «What Putin Really Wants in Ukraine». Foreignaffairs.com. 28 de dezembro de 2021. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  215. «The edge of war: what, exactly, does Putin want in Ukraine?». The Guardian. 12 de fevereiro de 2022. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  216. Casi 7.000 refugiados de Donetsk y Lugansk llegan a la región rusa de Rostov, em espanhol, acesso em 21/02/2022.
  217. «Putin recognises independence of Ukraine breakaway regions». Aljazeera.com. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  218. «'Violação do direito internacional': veja repercussão do reconhecimento de Putin à independência de territórios ucranianos». G1. Consultado em 21 de fevereiro de 2022 
  219. «Ukraine: Putin orders troops into Donetsk and Luhansk on 'peacekeeping duties'». The Guardian. 21 de fevereiro de 2021. Consultado em 21 de fevereiro de 2021 
  220. "Putin envia tropas de "manutenção da paz" para regiões separatistas da Ucrânia", acesso em 21 de fevereiro de 2022.
  221. "Ucrânia: Moradores de Donetsk celebram reconhecimento de independência pela Rússia", acesso em 21 de fevereiro de 2022.
  222. «The world reacts as Russia's Putin sends troops into eastern Ukraine». CNBC. Consultado em 22 de fevereiro de 2022 
  223. «How World Leaders Are Reacting To Vladimir Putin's Move In Ukraine». NDTV.com. Consultado em 22 de fevereiro de 2022 
  224. «Rússia inicia operação na Ucrânia; há relatos de explosões e movimentação militar em diferentes cidades». G1. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  225. «Russian President Vladimir Putin announces military assault against Ukraine in surprise speech». MSN (em inglês). Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  226. «Путин принял решение о проведении операции по денацификации и демилитаризации Украины». TASS (em russo). 24 de fevereiro de 2022 
  227. «Putin announces 'special military operation' in Ukraine». POLITICO (em inglês). 24 de fevereiro de 2022. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  228. Keith, Collins; Lazaro, Gamio; Scott, Reinhard (23 de fevereiro de 2022). «Maps: Tracking the Russian Invasion of Ukraine». The New York Times. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  229. «Operations in Flight Information Regions: FIR LVIV (UKLV), FIR KYIV (UKBV), FIR DNIPROPETROVSK (UKDV), FIR SIMFEROPOL (UKFV), FIR ODESA (UKOV)». EASA (em inglês) 
  230. «Ukraine-Russia crisis: Live updates». CNN.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  231. «Russia has launched its war in Ukraine». Vox. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  232. «Russia-Ukraine crisis live news: Putin has launched 'full-scale invasion', says Ukrainian foreign minister – latest updates | World news». The Guardian. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  233. «Russia launches massive invasion of Ukraine». Deutsche Welle. Consultado em 24 de fevereiro de 2022 
  234. Wie die CIA Kiew mit Geheim-Informationen hilft, Die Welt, 16 de Abril 2014
  235. Ucrânia: fronteira de fogo, Carta Capital, 26 de Abril 2014
  236. Pepe Escobar:Ucrânia e o grande tabuleiro de xadrez, Asian Times 26 de Abril 2014
  237. Einsatz gegen Separatisten: Ukrainische Armee bekommt offenbar Unterstützung von US-Söldnern, Der Spiegel, 11 de Maio 2014
  238. Amerikanische Söldner sollen in Ostukraine kämpfen, Frankfurter Allgemeine Zeitung, 11 de Maio 2014
  239. Academi bestreitet Einsatz in Ukraine, Die Zeit, 11 de Maio 2014
  240. Agenten von CIA & FBI beraten Kiew, Bild, 4 de Maio 2014
  241. Filho de vice-presidente dos EUA é contratado por produtora de gás da Ucrânia, Opera Mundi, 13 de Maio 2014
  242. Another Biden Has Waded Into the Ukraine Crisis - The vice president's son has taken a new role in the country's energy industry, National Journal, 13 de Maio 2014
  243. Biden’s Son, Polish Ex-President Quietly Sign On To Ukrainian Gas Company, Buzzfeed, 14 de Maio 2014
  244. Former President of Poland also has a position in the oil and gas holding deputy Kliuiev, Ukrayinska Pravda, 14 de Maio 2014
  245. Biden Offers Strong Support to Ukraine and Issues a Sharp Rebuke to Russia, The New York Times, 22 de Abril 2014
  246. [7] EXCLUSIVE: 'Putin is behaving just like Hitler', says Charles. Prince's controversial verdict on Russian leader's invasion of Ukraine Dailymail 21 de maio de 2014
  247. [8] Prince Charles reported to have likened Vladimir Putin to Hitler The Guardian 21 Maio 2014
  248. 'Há uma verdadeira guerra civil' na Ucrânia, diz Putin, acesso em 23 de maio de 2014.
  249. Chechen leader says He sent no troops to Ukraine, 28/05/2014
  250. Chechen leader says He sent no troops to Ukraine, PETER LEONARD, Associated Press, 28/05/2014
  251. "Evidence of Russian Support for Destabilization of Ukraine" Arquivado em 14 de abril de 2014, no Wayback Machine.. Página acessada em 20 de junho de 2015.
  252. "Moscow Admits Two Fighters Captured in Ukraine Are Ex-Russian Soldiers". Página acessada em 20 de junho de 2015.
  253. "U.N. finds growing signs of Russian involvement in Ukraine war". Página acessada em 20 de junho de 2015.
  254. "Examiner: Russian media admits that regular Russian troops took Debaltseve". Página acessada em 20 de junho de 2015.
  255. "U.S. Faults Russia as Combat Spikes in East Ukraine". Página acessada em 20 de junho de 2015.
  256. Tomaz, Kleber (6 de outubro de 2017). «Justiça da Ucrânia anula condenação por terrorismo de brasileiro preso há um ano». Consultado em 7 de maio de 2018 
  257. «Рекламный боевик. Что Лусварги делал в Украине» Reklamny boevik. Tchto Lusvargi delal v Ukraine. Korrespondent (em russo). 5 de maio de 2018. Consultado em 8 de maio de 2018 
  258. «Russian Actions Bring Europe to Decisive Point» (Nota de imprensa). American Forces Press Service. 30 de Junho de 2014 
  259. «Nato must focus on the 'hybrid wars' being waged on the west». Financial Times. 17 de Julho de 2014 
  260. «With Jet Strike, War in Ukraine Is Felt Globally». The New York Times. 19 de Julho de 2014 
  261. «Putin's Ukraine Assault: In a Shambles but Far From Over». The Wall Street Journal. 8 de Julho de 2014 
  262. «Ukraine war crimes trials a step closer after Red Cross assessment». Reuters. 22 de Julho de 2014 
  263. «Ukraine: ICRC calls on all sides to respect international humanitarian law» (Nota de imprensa). International Committee of the Red Cross. 23 de Julho de 2014 
  264. «Red Cross urges all sides in Ukraine civil war to uphold law». Reuters. 23 de Julho de 2014 
  265. «Red Cross admits Ukraine is in a state of civil war». Information Telegraph Agency of Russia 
  266. «Александр Турчинов: "При вторжении со стороны Чернигова, русские танки уже через пару часов могли быть в Киеве" (Alexander Turchinov: "With the invasion by the Chernigov, Russian tanks in a couple of hours could be in Kiev")» (em russo). LB.ua. 27 de Junho de 2014 

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Guerra em Donbas

Em formação

O artigo Guerra em Donbas na Wikipedia portuguesa ocupou os seguintes lugares na classificação local de popularidade:

O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2022-03-02 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=4342692