Carmen Dolores | |
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Nome completo | Carmen Dolores Cohen Sarmento Veres |
Nascimento | 22 de abril de 1924 Lisboa |
Nacionalidade | portuguesa |
Morte | 16 de fevereiro de 2021 (96 anos) Lisboa |
Ocupação | Atriz e escritora |
Atividade | 1943 - 2005 |
Cônjuge | Vítor Manuel Carneiro Veres (1917 — 2011) |
Prémios Sophia | |
2016 - Sophia de Carreira | |
Globos de Ouro | |
2004 - Melhor Actriz de Teatro (Copenhaga) | |
Outros prémios | |
Prémio Lucinda Simões (1959, 1961) Medalha de Mérito Cultural (1991) Prémio António Quadros (2016) |
Carmen Dolores Cohen Sarmento Veres[1] GOIH • DmSE • GOM (Lisboa, 22 de abril de 1924 — Lisboa, 16 de fevereiro de 2021) foi uma atriz e escritora portuguesa.
Carmen Dolores nasceu a 22 de abril de 1924, em Lisboa.[2][3]
Filha de José de Matos Sarmento de Beja (Coimbra, São Bartolomeu, 20 de setembro de 1869 - Lisboa, 9 de novembro de 1939) e de sua mulher (Madrid, 29 de outubro de 1906) María del Pilar Manuela Cohen y Muñoz (Madrid, 31 de dezembro de 1889 - Lisboa, 5 de julho de 1960), de ascendência espanhola e judaica.[4] Foi irmã do já falecido actor António Sarmento.[5]
Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre e teve como professor e mestre Manuel Lereno.[6] Deu-se a conhecer através da rádio, em teatro radiofónico na RCP[6] onde se iniciou aos 12 anos, ao lado de nomes como Rogério Paulo, Alves da Costa, Isabel Wolmar, Laura Alves, Álvaro Benamor e Josefina e António Silva.[6] Aos 19 anos estreia-se no cinema, como protagonista de Amor de Perdição (1943), adaptação de António Lopes Ribeiro do romance de Camilo Castelo Branco. Seguir-se-á Um Homem às Direitas (1945) de Jorge Brum do Canto, A Vizinha do Lado (1945) de Lopes Ribeiro e Camões (1946) de José Leitão de Barros.
Aparece no teatro em 1945, integrada na Companhia Os Comediantes de Lisboa, sediada no Teatro da Trindade, depois foi somando sucessos.
Casou em Vila Nova de Gaia, Santa Marinha, a 30 de abril de 1947 com Vítor Manuel Carneiro Veres (Lisboa, 13 de junho de 1917 - Lisboa, 18 de abril de 2011), engenheiro, filho de Manuel Henriques Veres e de sua mulher Josefina Aurora Carneiro.[4]
Em 1951 passou para o palco do Teatro Nacional D. Maria II, sob a direção de Amélia Rey Colaço, com diversos sucessos de que se salienta Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
Criou, com outros atores, o Teatro Moderno de Lisboa, no palco do Cine-Teatro Império, tendo desenvolvido um projecto que levou à cena novas encenações de peças de autores consagrados como Fiódor Dostoiévski, William Shakespeare, August Strindberg ou José Cardoso Pires.
Viveu sete anos em Paris. Na década de 80 trabalhou no cinema com José Fonseca e Costa, em A Mulher do Próximo (1988) e Balada da Praia dos Cães (1987). Em 1998 foi dirigida por Diogo Infante em Jardim Zoológico de Cristal de Tennessee Williams, no Teatro Nacional.
Apareceu esporadicamente em televisão, nas telenovelas Passerelle, A Banqueira do Povo e A Lenda da Garça.
Abandonou os palcos em 2005 com a peça Copenhaga, de Michael Frayn, encenada por João Lourenço.[7]
Em julho de 2018, a atriz foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com as insígnias de Grande-Oficial da Ordem do Mérito, no âmbito de uma homenagem no Teatro da Trindade à atriz, que incluiu a estreia da peça Carmen inspirada nas suas memórias, e o batismo da sala principal com o seu nome.
Carmen Dolores foi ainda distinguida com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, atribuído pelo Presidente da República Jorge Sampaio, com a Medalha de Ouro da Câmara Municipal de Lisboa, o prémio Sophia de Carreira, da Academia Portuguesa de Cinema, e o Prémio António Quadros de Teatro, entre outros galardões.
Faleceu a 16 de fevereiro de 2021, aos 96 anos de idade, em Lisboa.[8] O funeral da atriz realizou-se a 19 de fevereiro, seguindo da Igreja de Nossa Senhora de Fátima para o Cemitério do Lumiar, em Lisboa, onde foi sepultada.[9]
Ano | Projeto | Personagem | Canal | Notas |
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1964 | O Óleo | RTP | ||
1966 | A Bela Doroteia | |||
1967 | Frei Luís de Sousa | |||
1968 | A Chave | |||
1972 | A Senhora das Brancas Mãos | |||
1987 | Cobardias | |||
1988 | Passerelle | Maria do Carmo | ||
1990 | Chuva de Maio | Teresa | ||
1991 | Claxon | Miranda Buick | ||
1993 | A Viúva do Enforcado | |||
1993 | A Banqueira do Povo | Tininha | ||
1999 | A Lenda da Garça | Beatriz Bessa | ||
2000 | Casa da Saudade | Elvira Lago |
Ano | Peça | Autor | Teatro | Notas |
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1952 | O Vestido de Noiva | Teatro Nacional D. Maria II | [13][14] | |
1952 | Sonho de Uma Noite de Verão | Teatro Nacional D. Maria II | [13][14] | |
1956 | Alguém Terá de Morrer | Teatro Nacional D. Maria II | [13][14] | |
1957 | Dona Inês de Portugal | Teatro Nacional D. Maria II | [14] | |
1958 | O Gebo e a Sombra | Raul Brandão | [13][14] | |
1959 | O Fim do Caminho | Allan L. Martin | [13][14] | |
1959 | Seis Personagens Em Busca de Autor | Pirandello | Teatro Avenida | [13][14][15] |
1961 | O Tinteiro | Teatro Moderno de Lisboa | [16] | |
1962 | Humilhados e Ofendidos | Teatro Moderno de Lisboa | [17] | |
1962 | Os Três Chapéus Altos | Teatro Moderno de Lisboa | [18] | |
1964 | Dente Por Dente | Teatro Moderno de Lisboa | [19] | |
1965 | O Render dos Heróis | Teatro Moderno de Lisboa | [20] | |
1969 | A Dança da Morte | Strindberg | [13][14] | |
1975 | As Espingardas da Mãe Carrar | [14] | ||
1976 | O Círculo de Giz Caucasiano | [14] | ||
1983 | Comédia à Moda Antiga | [14] | ||
1984 | Confissões Numa Esplanada de Verão | [14] | ||
1987 | O Jardim das Cerejas | Anton Tchekov | Teatro Aberto | [14] |
1992 | Espectros | Teatro Experimental de Cascais | [14] | |
1998 | Jardim Zoológico de Cristal | [14] | ||
2002 | Um Mês no Campo | Anton Tchekov | Teatro Aberto | [14] |
2003 | Copenhaga | Ivan Sergeivich Turguenev | Teatro Aberto | [14] |
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