Carlos Alberto em 2007, durante treino pelo Werder Bremen | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Carlos Alberto Gomes de Jesus | |
Data de nasc. | 11 de dezembro de 1984 (38 anos) | |
Local de nasc. | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,75 m | |
Pé | destro | |
Apelido | Bad Boy | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | meio-campista | |
Clubes de juventude | ||
2000–2001 | Fluminense | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
2002–2003 2004–2005 2005–2007 2007 2007–2010 2008 2008 2009 2010–2013 2011 2011 2014 2014 2015–2016 2017 2019 |
Fluminense Porto Corinthians → Fluminense (emp.) Werder Bremen → São Paulo (emp.) → Botafogo (emp.) → Vasco da Gama (emp.) Vasco da Gama → Grêmio (emp.) → Bahia (emp.) Goiás Botafogo Figueirense Atlético Paranaense Boavista-RJ |
39 (5) 94 (14) 13 (3) 5 (0) 13 (1) 28 (10) 44 (15) 76 (11) 12 (1) 19 (0) 6 (0) 13 (0) 30 (8) 10 (1) 4 (1) | 59 (8)
Seleção nacional | ||
2001 2003 2003 2005 |
Brasil Sub-17 Brasil Sub-20 Brasil Sub-23 Brasil |
5 (0) |
Carlos Alberto Gomes de Jesus (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1984) é um comentarista esportivo e ex-futebolista brasileiro que atuava como meio-campista.[1] É irmão do também ex-futebolista Fernando.[2]
Atuando como meio-campista, foi revelado pelo Fluminense e subiu aos profissionais em janeiro de 2002, logo ganhando destaque. Pelo clube carioca, ficou até o final de 2003.[3]
Em janeiro de 2004 foi contratado pelo Porto, de Portugal.[4] Carlos Alberto teve um início espetacular nos Dragões, chegando inclusive a marcar um gol na final da Liga dos Campeões da UEFA, na vitória por 3 a 0 contra o Monaco.[5] Aos dezenove anos, cinco meses e quinze dias, tornou-se o segundo jogador mais novo a marcar um gol em uma final do principal torneio do continente europeu. O recordista é o holandês Patrick Kluivert, que tinha apenas dezoito anos quando marcou o gol do título do Ajax, em 1995, sobre o Milan.
Sob o comando de José Mourinho no Porto, Carlos Alberto chegou a ser elogiado pelo treinador e afirmou ter uma consideração recíproca pelo português.[6][7] No entanto, quando treinava a Internazionale anos mais tarde, Mourinho declarou numa entrevista:
“ | Treinei um jogador que é ainda hoje o mais jovem da história a marcar numa final da Liga dos Campeões. Tinha 18 anos. Não sei onde joga hoje. Sei que ganhou a Champions em 2004, em 2005 foi para o Corinthians, em 2006 para o Werder Bremen, em 2008 foi para o São Paulo e o Botafogo. É um jogador espetacular, absolutamente espetacular, mas não sei onde joga hoje. É significativo.[8] | ” |
Em janeiro de 2005, com a ajuda do grupo de investimentos MSI, Carlos Alberto foi comprado pelo Corinthians por 22 milhões de reais.[9] Estreou no dia 29 de janeiro, na vitória sobre o América-SP por 1 a 0 pelo Campeonato Paulista. Após algumas atuações irregulares e a contratação do meia Roger, Carlos Alberto acabou perdendo o posto de titular no time. Porém, após uma grave lesão do mesmo Roger, recuperou sua melhor forma e foi fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 2005 pela equipe.
Essa boa fase, entretanto, durou pouco. Mesmo com a contratação do também meia Ricardinho, Carlos Alberto manteve-se no time titular, mas sem o mesmo brilho. O Corinthians acabou eliminado da Libertadores de 2006, fez má campanha no Campeonato Paulista e teve um Campeonato Brasileiro cheio de maus resultados. No mês de outubro, em um jogo pela Copa Sul-Americana contra o Lanús, Carlos Alberto ficou irritado ao ser substituído no primeiro tempo por Emerson Leão, e assim ofendeu o treinador. Após alguns dias, o técnico decidiu afastá-lo da equipe paulista.[10]
Data | Local | Placar | Resultado | Adversário | Gols | Competição | |
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1. | 20 de março de 2005 | São Paulo, Morumbi | 2–0 | 2–0 | Palmeiras | 1 | Campeonato Paulista |
2. | 23 de março de 2005 | São Paulo, Pacaembu | 1–1 | 2–2 | São Caetano | 1 | Campeonato Paulista |
3. | 8 de maio de 2005 | São Paulo, Morumbi | 1-5 | 1–5 | São Paulo | 1 | Campeonato Brasileiro |
4. | 18 de junho de 2005 | Brasília, Mané Garrincha | 1–0 | 4–2 | Brasiliense | 1 | Campeonato Brasileiro |
5. | 11 de setembro de 2005 | São Paulo, Pacaembu | 2–0 | 2–0 | Atlético Paranaense | 1 | Campeonato Brasileiro |
6. | 8 de outubro de 2005 | São Paulo, Pacaembu | 3–0 | 3–0 | Fortaleza | 1 | Campeonato Brasileiro |
7. | 13 de outubro de 2005 | Santos, Vila Belmiro | 3–2 | 3–2 | Santos | 1 | Campeonato Brasileiro |
8. | 24 de outubro de 2005 | São Paulo, Morumbi | 1–0 | 1–1 | São Paulo | 1 | Campeonato Brasileiro |
9. | 13 de novembro de 2005 | Curitiba, Couto Pereira | 1–0 | 1–0 | Coritiba | 1 | Campeonato Brasileiro |
10. | 27 de novembro de 2005 | São Paulo, Morumbi | 3–1 | 3–1 | Ponte Preta | 1 | Campeonato Brasileiro |
11. | 29 de janeiro de 2006 | Americana, Décio Vitta | 4–1 | 4–1 | Rio Branco | 1 | Campeonato Paulista |
12. | 25 de fevereiro de 2006 | São Paulo, Pacaembu | 4–1 | 4–1 | Santo André | 1 | Campeonato Paulista |
13. | 21 de maio de 2006 | Rio de Janeiro, São Januário | 3–2 | 4–2 | Vasco | 1 | Campeonato Brasileiro |
14. | 24 de setembro de 2006 | Porto Alegre, Beira-Rio | 1–0 | 1–1 | Internacional | 1 | Campeonato Brasileiro |
Sem espaço no Timão, em janeiro de 2007 Carlos Alberto retornou ao Fluminense para a disputa do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil. Nesta, acabou por conquistar o título de campeão.
Contratado como principal reforço do ano, o meia não correspondeu à expectativa depositada, sofreu com contusões e foi alvo de críticas por conta do seu peso.[11] Assim, deixou o Fluminense na metade de 2007 e foi anunciado como reforço do Werder Bremen no dia 13 de julho. Na época, o jogador foi a contratação mais cara da história do clube, sendo negociado em 7,8 milhões de euros ao grupo MSI, detentor dos direitos econômicos do atleta.[12][13] No entanto, mais uma vez Carlos Alberto não rendeu o esperado, chegou a envolver-se numa briga com o colega de time Boubacar Sanogo e acabou sendo afastado pela direção do clube.[14] Quando retornou, pouco atuou com o técnico Thomas Schaaf e passou a maior parte do tempo no banco de reservas.
Em janeiro de 2008, após um período apagado na Europa, Carlos Alberto foi contratado por empréstimo pelo São Paulo, equipe que o seu irmão Fernando defendera no ano anterior.[15] Estreou pelo Tricolor Paulista no dia 27 de janeiro, pelo Campeonato Paulista, num empate de 0 a 0 contra o Corinthians, seu ex-clube.[16]
Marcou seu primeiro - e único - gol com a camisa são-paulina no dia 11 de fevereiro, contra o Santos, então treinado por seu antigo desafeto Emerson Leão, na vitória por 3 a 2, sendo o terceiro o seu.[17] Logo depois, envolveu-se em brigas internas com o volante Fábio Santos e acabou afastado do elenco.[18][19] O Werder Bremen, dono de seu passe, também não o quis de volta.[20]
Foi anunciado no dia 6 de maio pelo Botafogo, chegando por empréstimo ao clube que seu pai torcia.[21] Estreou pelo Alvinegro no dia 17 de maio, na derrota por 1 a 0 no Mineirão contra o Cruzeiro, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro.[22] Marcou seu primeiro gol pelo Botafogo no dia 8 de junho, contra o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro, em jogo realizado no Engenhão.[23] Naquele ano Carlos Alberto foi o artilheiro do time na Copa Sul-Americana, além de ser um dos principais destaques da equipe. No entanto, devido à novas polêmicas, o jogador deixou o clube antes do término de seu contrato, em meados de novembro, indo à Justiça exigir direitos trabalhistas.[24]
No início de 2009, Carlos Alberto foi emprestado pelo Werder Bremen pela terceira vez consecutiva, desta vez para o Vasco da Gama.[25][26] Inicialmente chegou por um período de seis meses, com grande apoio de Roberto Dinamite, presidente do clube. Ao término deste contrato, seu empréstimo foi prolongado por mais um ano, pois o jogador manifestou ser muito feliz no clube, desejando fazer história no Vasco por muitos anos, que o acolheu de braços abertos e deu motivação ao jogador para dar a volta por cima em sua carreira.[27]
Carlos Alberto era, então, o principal jogador da equipe Cruzmaltina, chegando a declarar seu amor pelo clube por diversas vezes, declarando que 2009 marcaria sua carreira e sua vida pessoal para sempre. Carlos Alberto amadureceu no Gigante da Colina e virou ídolo, abandonando sua fama de indisciplinado e polêmico para assumir a braçadeira de capitão do time treinado por Dorival Júnior e ao tornar-se a maior referência[28] da equipe no ano de 2009 com o título da Série B, jogando com grande regularidade. Sua felicidade no Vasco foi tanta que chegou a dizer que até na Série C jogaria pela equipe carioca, se emocionando profundamente com o título do Vasco no Campeonato Brasileiro, o que consagrou o retorno do time à primeira divisão e a volta de um Carlos Alberto mais forte, maduro e feliz e vascaíno declarado. O meia também foi eleito o melhor jogador do Vasco na temporada de 2009.
Em junho de 2010, seu contrato de empréstimo ao Vasco terminou. O clube carioca negociou com o Werder Bremen e conseguiu a rescisão amigável do contrato, em troca de uma percentagem de uma futura transferência do jogador. Em julho Carlos Alberto fechou contrato com o Vasco e assinou até agosto de 2013.[29][30]
Após envolver-se em confusões com Roberto Dinamite, além de ter um desempenho abaixo da média no Campeonato Carioca, no dia 4 de fevereiro de 2011 Carlos Alberto foi contratado pelo Grêmio para a disputa da Copa Libertadores da América. O meia chegou por empréstimo até o final do ano.[31]
Sob justificativa de falta de adaptação, a direção do clube tricolor gaúcho decidiu dispensar Carlos Alberto no dia 28 de abril. O jogador então ficou sem clube, uma vez que o Vasco divulgou que o meia não voltaria à equipe.[32] Segundo a diretoria do Grêmio, o jogador estava insatisfeito com a reserva e seu comportamento supostamente turbulento não teria influenciado na decisão.[33]
No dia 27 de maio de 2011, Carlos Alberto foi anunciado como reforço do Bahia para a disputa do Campeonato Brasileiro.[34] No entanto, com muitas contusões, baixo rendimento e nenhum gol marcado, o meia não quis continuar no Bahia[35] e mais uma vez ficou sem poder retornar ao Vasco, devido às contínuas desavenças com Roberto Dinamite.
O meia retornou ao Vasco em 2012, mas não vinha sendo aproveitado e seguiu treinando em separado. No dia 25 de março o Vasco anunciou o retorno do meia ao elenco principal, uma vez que estava treinando separado dos demais jogadores.[36] Por ter contrato vigente com o Cruzmaltino até junho de 2013, Carlos Alberto ficou regularizado e também foi inscrito no torneio estadual do Rio, podendo disputar o restante do Campeonato Carioca e a segunda fase da Copa Libertadores da América.[37]
Depois de marcar dois gols nas duas primeiras partidas vascaínas na temporada 2013, feito que o jogador não realizava desde 2009, Carlos Alberto se disse inspirado pelo ex-treinador do clube Ricardo Gomes. Segundo o meia, Gomes o teria aconselhado a não se preocupar em jogar os 90 minutos de uma partida, mas apenas 60, nos quais guardaria energia para os instantes finais em campo, que seriam suficientes para que o atleta de 28 anos tivesse um desempenho superior ao de 2009.[38]
No dia 11 de julho, o Vasco confirmou que Carlos Alberto não faz mais parte do elenco. A informação foi passada pelo presidente numa coletiva de imprensa.[39]
“ | Como presidente, informo que o Carlos Alberto não vai mais fazer parte do grupo. Vamos nos reunir com os representantes dele para acertar tudo e para que ele tenha os direitos preservados. Assim, poderá seguir o caminho dele”, se antecipou Dinamite em uma pergunta sobre o atleta a Dorival Júnior.[39] | ” |
O camisa 10 cobrava uma definição quanto ao seu futuro, já que o contrato venceria no início do próximo mês.
O exame antidoping de Carlos Alberto, realizado após a partida contra do Fluminense pelo Campeonato Carioca, no dia 2 de março de 2013, indicou a presença das substâncias proibidas no esporte hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno.[40] Análise confirmada na contraprova, o jogador foi suspenso preventivamente por trinta dias, mas, em julgamento realizado no dia 22 de abril, Carlos Alberto foi absolvido pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) por quatro votos a um, após os auditores do processo considerarem plausível a tese da defesa de que o suplementos vitamínicos ingeridos pelo atleta haviam sido contaminados com as substâncias proibidas.[41]
No dia 28 de janeiro de 2014, Carlos Alberto foi anunciado como novo reforço do Goiás. Ele não entrava em campo desde o dia 8 de junho de 2013, quando havia disputado seu último jogo pelo Vasco.[42]
Após uma péssima passagem teve seu contratado rescindido, atuando em apenas seis partidas, sem fazer nenhum gol ou dar nenhuma assistência e colecionado cartões - quatro amarelos e um vermelho. Seu salário, no começo, girava em torno de 50 mil reais, podendo ser aumentado durante a Série A.[43]
No dia 2 de maio de 2014, acertou seu retorno ao Botafogo para a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil.[44] Na estreia, deu uma assistência. Porém, foi mal como boa parte do elenco alvinegro, atuando em apenas 14 partidas e sendo rebaixado para a Série B.
Em janeiro de 2015, acertou com o Al Dhafra, dos Emirados Árabes Unidos, por uma temporada.[45] Depois de assinar contrato de um ano, viajar para Abu Dhabi, ser apresentado, treinar e conversar com o treinador, o meio-campista brasileiro se deu conta de que nada havia sido honrado pela nova equipe. Então, retornou ao Brasil sem clube.[46]
No dia 23 de abril de 2015, Carlos Aberto assinou com o Figueirense por um ano.[47] Marcou seu primeiro gol em sua estreia pela equipe, no dia 31 de maio, contra o Cruzeiro, no Estádio Orlando Scarpelli. Já no dia 1 de outubro, marcou na derrota para o Santos por 3 a 2, em partida válida pela Copa do Brasil.[48]
Teve grande atuação no dia 24 de agosto de 2016, contra o Flamengo, pela Copa Sul-Americana. Carlos Alberto aplicou uma linda caneta no lateral Chiquinho e o Figueira venceu o rubro-negro por 4 a 2.[49] Já no dia 3 de setembro, marcou um golaço contra o Fluminense na derrota por 3 a 2.[50] Posteriormente marcou de pênalti contra o São Paulo, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. Entretanto, foi desligado do clube catarinense no dia 13 de setembro.[51]
No início da temporada de 2017, assinou contato com o Atlético Paranaense.[52] Marcou um gol importantíssimo no dia 14 de maio, contra a Universidad Católica, pela Copa Libertadores da América, decretando a vitória por 3 a 2 fora de casa e classificando o Atlético para às oitavas de final da competição.[53]
Em julho, após ser flagrado por torcedores em uma boate, Carlos Alberto pediu a rescisão do seu contrato com o clube.[54]
Aos 34 anos, no dia 21 de junho de 2019 ele anunciou oficialmente sua aposentadoria como jogador de futebol.[55] O jogador afirmou ao GloboEsporte.com:
“ | Decidi parar principalmente pela questão física. Por isso entendi que não posso mais dar ao futebol a performance que gostaria. Fui muito feliz, acertei mais do que errei. Vou continuar dentro do futebol. | ” |
Em 2001, Carlos Alberto foi convocado pela Seleção Brasileira Sub-17 para cinco amistosos.
No ano de 2003 foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-20, onde foi campeão Sul-Americano de Futebol. No mesmo ano, vestiu a camisa da Seleção Brasileira Sub-23, onde foi vice-campeão da Copa Ouro da CONCACAF.[56]
Teve sua única convocação para a Seleção Brasileira principal em 2005, atuando no amistoso contra a Guatemala que marcou a despedida de Romário da Seleção.[57]
Em 2018 foi contratado como comentarista da Fox Sports Brasil, canal no qual ficou até 2020, com a fusão entre a Fox e a ESPN.[58] Também em 2020, foi contratado pontualmente pelo SBT para comentar a final do Campeonato Carioca.[59] Em janeiro de 2022, foi contratado pela Rede Bandeirantes para integrar a nova formação da versão regional do esportivo Os Donos da Bola, na Band Rio.[60] Em 9 de fevereiro de 2023, após ser acusado de agredir um torcedor do Flamengo, foi demitido da Band.[61]
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