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Black Friday | |
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Dia do Black Friday, num grande armazém Target dos Estados Unidos, 2009. | |
Outro(s) nome(s) | Sexta-feira negra |
Celebrado por | Vários países do mundo |
Tipo | Comercial |
Data | Dia seguinte ao de Acção de Graças |
Significado | Dia que inaugura a temporada de compras natalícias. |
Tradições | Compras |
Relacionado(s) | Dia de Ação de Graças, Cyber Monday, Natal, Dia Mundial sem Compras |
Black Friday (em português, sexta-feira negra)[1] é o dia que inaugura a temporada de compras natalícias com significativas promoções em muitas lojas retalhistas e grandes armazéns. É um dia depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, ou seja, celebra-se no dia seguinte à quarta quinta-feira do mês de novembro.[2] Esta festividade começou nos Estados Unidos e com a ajuda das novas tecnologias e a promoção deste dia por parte das diversas empresas vem-se estendendo pelo resto dos países do mundo.
A Black Friday é uma das datas mais importantes para o setor varejista, porque representa ótimas oportunidades de compra para os clientes e muitas vendas para os lojistas. Em 2019, por exemplo, o faturamento da data foi de R$ 3,2 bilhões, o que representou 20 vezes mais vendas do que o resto do ano.[3]
Como complemento ao evento, existe a Cyber Monday, que é um dia dedicado às compras pela Internet e que é celebrado na segunda-feira depois da Ação de Graças.
Há vestígios de que a denominação surgiu no início dos anos 90 na Filadélfia,[4] quando a polícia local chamava de Black Friday o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças. Havia sempre muitas pessoas e congestionamentos enormes, já que a data abria o período de compras para o natal. O termo já foi associado com a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 1869. Também passou a ser usado em 1966 por milhares de pessoas em torno do mundo, mas só se tornou popular em 1975, quando o uso do termo passou a ser conhecido por meio de artigos publicados em jornais que abordavam a loucura da cidade durante o evento.
Já se referiu ao período de conforto financeiro para os varejistas. No início de 1980, foi criada uma teoria que usava a cor vermelha para se referir aos valores negativos de finanças e a cor preta para indicar valores positivos. O período negativo correspondia ao período de janeiro a novembro e o lucro acontecia no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças e permanecia até o final do ano.
Alguns anos depois, Black Friday foi o nome usado pelos varejistas para indicar o período de maior faturamento[5] e desde então é a data mais agitada do varejo no país. No dia do evento muitas lojas abrem bem cedo, algumas com até quatro horas de antecedência para atrair o maior número de consumidores através de ofertas. Milhares de pessoas aguardam em filas enormes.[6] Embora não seja um feriado, muitas pessoas ganham o dia de folga[carece de fontes] e se tornam consumidores com grande potencial. O dia também é conhecido por dar início à temporada de compras de natal. A popularidade do evento é grande, sendo que os descontos oferecidos são considerados mais atrativos do que os natalinos por muitos consumidores.
A primeira Black Friday do Brasil aconteceu no dia 28 de novembro de 2010 e foi totalmente online. A data reuniu mais de 50 lojas do varejo nacional.[7]
Em 2013, a Black Friday no Brasil bateu seu recorde, faturando R$770 milhões em comércio online. Os produtos mais almejados são televisores e smartphones. A média de desconto para aparelhos celulares foi de 16% e para televisores chegou a 19%.
Segundo a consultoria E-Bit, em 2014, a data gerou R$1,2 bilhão em vendas somente na internet, que corresponde a 3,5% do faturamento anual, consolidando assim a Black Friday como uma das datas mais importantes para o comercio online.
Para evitar práticas fraudulentas, como a maquiagem de preços e falsos descontos, a câmara brasileira de comércio eletrônico (Câmara e-net) criou o código de ética para a Black Friday e publicou uma lista com as lojas participantes que foram regulamentadas segundo as normas da cláusula.[8][9]
Outra ótima opção para não cair em armadilhas de falsas promoções[10] é utilizar comparadores de preços como a Econovia e o Buscapé que oferecem um histórico de preços dos produtos de até um ano.
Apesar de fraudes serem comuns e cada vez mais frequentes, a black friday brasileira não pode ser manchada apenas por este ponto de insatisfação, existem sites de promoções sérios dispostos a ajudar consumidores comuns a encontrar promoções verdadeiras pela internet, com o número cada vez mais crescente de ofertas, estas ferramentas que são verdadeiras comunidades, se mostram extremamente úteis em ajudar os consumidores a economizar tempo e descobrir novas ofertas verdadeiras.
Assim como nos Estados Unidos, a Black Friday Brasil[11] acontece anualmente na sexta-feira seguinte à quarta quinta-feira de novembro[12]. Há registros de que o evento também aconteça em lojas físicas, pelo menos no Brasil e Estados Unidos[13]. Outro problema sério que ocorre no Brasil são os descontos "maquiados", ou seja, as lojas sobem o preço alguns dias antes da Black Friday e abaixam no dia do evento, alegando "megadescontos".
A segunda edição da Black Friday, em 25 de novembro de 2011, rendeu um faturamento de 100 milhões para o e-commerce brasileiro, representando um incremento de 80% em relação ao ano de estreia país[14]. Após o sucesso de vendas da Black Friday, o Cyber Monday também foi importado para o Brasil[15].
O terceiro Black Friday ocorreu em 23 de novembro de 2012, em mais de 300 lojas virtuais, e foi a primeira vez que lojas de decoração participaram do evento.[16][17][18] As empresas Carrefour, Walmart, Extra, Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Saraiva e Fast Shop também foram notificadas pelo Procon por indícios de maquiagem nos descontos.[19][20][21][22]
A quarta Black Friday, que caiu no dia 29 de novembro de 2013, mais uma vez bateu recorde de vendas[23], contemplando a venda tanto de bens, como produtos diversos, imóveis[24], carros[25], artigos infantis;[11] utilidades domésticas, quanto de serviços, como turismo, festas infantis e comunicação[26]. Segundo pesquisa do Provar – Programa de Administração do Varejo – o preço de 21% dos produtos foram aumentados na Black Friday, o que gerou indignação nos e-consumidores, que usaram a expressão "Black Fraude" para se referir ao evento.[27] Houve um movimento nas redes sociais de posts de print screen dos preços e seu aumento à medida que o dia da Black Friday Brasil se aproximava.[28] Devido a essas incidências, a empresa Reclame Aqui lançou uma ferramenta de monitoramento, onde os usuários podiam conferir a reputação das empresas das quais desejavam efetuar compras e também reclamar ou denunciar práticas irregulares nas promoções.[29]
O evento não tem regulamentação, nem organização centralizada. Qualquer empresa, tanto virtual quanto física, pode fazer promoções com o nome Black Friday. A procura pelo termo 'Black Friday' em 2013 cresceu mais de 300% em relação a 2012[30], o que levou muitas agências de publicidade a se colocarem como centrais oficiais do evento.
Em 2016, as vendas cresceram 17%, chegando à R$2,1 bi, mas acabou decepcionando muitos lojistas, que esperavam um crescimento ainda maior, freado por conta da crise econômica enfrentada no país.[1]
Em 2017 a Black Friday ocorreu no dia 24 de novembro. Somente no Brasil, a Black Friday gerou um faturamento de R$ 2,1 bilhões para o e-commerce. Uma alta de 10,3%, levando em consideração o mesmo período do ano passado.[31]
Em 2018 a Black Friday ocorreu no dia 23 de novembro.
Em 2019 a Black Friday acontece dia 29 de novembro.
Apesar da proposta do evento, alguns lojistas elevam deliberadamente o preço dos produtos antes da Black Friday para poder anunciá-lo por um preço mais baixo durante o evento, de modo a fazer o consumidor acreditar que está fazendo um bom negócio.[32] Por conta disso, o Procon de diversos estados do país realizam o monitoramento dos preços a fim de evitar fraudes.[33][34]
De acordo com um estudo realizado em 2014 pela Opinion Box em parceria com o Mundo Marketing, três em cada quatro internautas brasileiros pretendiam aproveitar a data para realizar compras online. Apesar de vários outros números positivos apresentados pela pesquisa, foi constatado que 42% dos entrevistados ainda desconfiavam dos descontos oferecidos no Black Friday.[35]
O Procon-SP iniciou em 2013 uma listagem de e-commerces não confiáveis. Trata-se de uma Lista de sites que devem ser evitados principalmente na Black Friday, pois tiveram reclamações de consumidores registradas no órgão, foram notificados e não responderam ou não foram encontrados.[36]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2021-12-02 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=3427270