Este artigo ou se(c)ção trata de alguém que morreu recentemente. |
Berenice Azambuja | |
---|---|
Informação geral | |
Nascimento | 21 de março de 1952 |
Origem | Porto Alegre, (RS) |
País | Brasil |
Morte | 3 de junho de 2021 (69 anos) |
Local de morte | Passo Fundo, RS |
Gênero(s) | Música nativista |
Ocupação(ões) | cantora, compositora, instrumentista |
Instrumento(s) | acordeão, violão, baixo, cavaquinho, bateria |
Página oficial | www.bereniceazambuja.com.br |
Berenice da Conceição Azambuja (Porto Alegre, 21 de março de 1952 - Passo Fundo, 3 de junho de 2021) foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira de música nativista gaúcha. Seu maior sucesso é a canção É Disto Que o Velho Gosta, do álbum Romance de Terra e Pampa, de 1980, composta junto com Gildo Campos.[1] Tem gravado entre CDs e vinis 17 discos e um DVD.
Berenice Azambuja nasceu em 21 de março de 1952 no bairro Partenon em Porto Alegre, filha de Pedro Paulo de Azambuja e Ernestina da Conceição Azambuja. Cresceu no meio artístico (o pai era violinista e a mãe artista circense) e com uma tia próxima aprendeu a tocar acordeão ainda criança. Aos 7 anos ganhou sua primeira acordeona e entrou no conservatório de música, se formando aos 11 anos em teoria e solfejo.[2] Foi aos 11 anos de idade que se apresentou no programa infantil "Clube do Guri", acompanhando no acordeão a cantora Elis Regina, na época também criança.[3] Com 12 anos se formou em acordeão, com 14 fez curso de aperfeiçoamento e, aos 15, curso superior de música. Quando ia entrar para o curso de maestrina parou devido as viagens junto com os conjuntos de baile, onde se apresentava como menina prodígio que cantava e tocava.
Foi na sua juventude que ela adotou o chiripá, típico traje masculino gaúcho, para se apresentar. Usar vestido de prenda dificultava os movimentos com o acordeão, além de que esta era desconfortável, com sua saia de armação e exigindo o uso de salto alto. Assim, a mãe de Berenice fez um chiripá para mulher, onde os bordados eram voltados para a frente em vez de para trás, como é no chiripá masculino tradicional, parecendo uma sainha. O uso do chiripá gerou críticas entre tradicionalistas mais conservadores, mas acabou se tornando uma marca-registrada de Berenice.[4] Atualmente a peça adaptada é amplamente difundida entre as mulheres que frequentam o meio tradicionalista, assim como outros elementos que foram estilizados para atenderem ao público feminino, como a bombacha, o cinto e o lenço.[2]
Além de tocar em conjuntos de música regionalista Berenice durante um tempo participou de um grupo de jovem guarda chamado As Brasas, As Carecas, junto com a cantora Yoli Planagumá.[5] Esse grupo era formado só por mulheres jovens e todas as integrantes, excetuando ela, haviam raspado a cabeça. Durante a apresentação elas usavam perucas e no ponto alto da apresentação rapazes da platéia eram chamados para tirar as perucas exibindo assim as carecas das cantoras. Berenice encerrava o show com o seu acordeão vestida de gaúcho.[2]
Em 1975 aos 23 anos grava Fogo de Chão, seu primeiro disco acompanhada do grupo Os Açorianos. Durante a mixagem desse ela assinou o contrato com a gravadora Continental para gravar o primeiro disco solo, Gauchinha Faceira, em 1976. Em 1980 lança o disco Romance de Terra e Pampa com o seu grande sucesso "É disto que o velho gosta", composta junto com Gildo Campos em homenagem ao seu pai. Esse sucesso foi um marco em sua carreira, projetando ela nacionalmente. A música foi regravada em 1985, por Sérgio Reis, e em 1996, por Chitãozinho & Xororó.
Nas eleições de 2016 se candidatou a vereadora no município de Cidreira, no Litoral Norte do RS, pelo PSD. Não se elegeu, recebendo 23 votos.[6][7][8]
Morreu no dia 3 de junho de 2021 na cidade de Passo Fundo em decorrência de uma parada cardíaca.[8] A cantora lutava contra um câncer de pâncreas.[8]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2021-06-14 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=2783602