Anielle Franco | |
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Anielle enquanto recebe uma homenagem da ALERJ | |
6.ª Ministra da Igualdade Racial do Brasil | |
Período | 1 de janeiro de 2023 (a assumir) |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Nilma Lino Gomes |
Dados pessoais | |
Nome completo | Anielle Francisco da Silva[1] |
Nascimento | 3 de maio de 1985 (37 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater |
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Parentesco | Marielle Franco (irmã) |
Partido | PT (2021-presente)[2] |
Ocupação | jornalista, ativista |
Anielle Francisco da Silva (Rio de Janeiro, 3 de maio de 1985), mais conhecida como Anielle Franco, é uma professora, jornalista e ativista brasileira, diretora do Instituto Marielle Franco e colunista do Ecoa UOL, e futura ministra da Igualdade Racial do Brasil.[3]
Ainda jovem, Anielle foi jogadora de vôlei profissional e começou a jogar aos 8 anos. Aos 16, ganhou uma bolsa para estudar nos Estados Unidos. Ela viveu doze anos lá onde pode dar continuidade aos seus estudos graças à bolsas esportivas e passou por diversas escolas como a Navarro College, em Corsicana, no Texas, na Louisiana Tech University, na North Carolina Central University e a Florida A&M University. Sendo essas duas últimas instituições historicamente negras, Anielle foi influenciada desde o início a pensar de maneira antirracista e a se entender mais enquanto mulher negra. Lá ela conheceu o trabalho de pensadores como Angela Davis, Martin Luther King e Malcolm X.[4][5][6]
Ela se formou, em 2003, em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e em Jornalismo, em 2008, pela Universidade Estadual da Carolina do Norte. Em 2010, ela obteve seu mestrado em Relações Étnico-Raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).[7]
Ela trabalhava como professora e participava da vida política da sua irmã, a vereadora e ativista pelos direitos humanos Marielle Franco, até o assassinato desta em 2018. No mesmo mês da morte da irmã, Anielle alugou uma casa temporária para começar o que viria a ser o Instituto Marielle Franco, que promove uma série de atividades culturais e educacionais para crianças como cineclubes, rodas de conversa, oficinas com contação de histórias e lançamentos de livros. Desde então, através do instituto ela dá continuidade ao legado e às pautas políticas do mandato de sua irmã como o direito das mulheres, das pessoas negras, LGBTQIA+ e periféricas.[8] A entidade também tem diversas iniciativas para apoiar mulheres negras que queiram entrar ou que já estão na política.[9]
Uma das ações promovidas por Anielle no instituto foi o lançamento da plataforma Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE), lançada em julho de 2020, que visa apoiar candidaturas negras em eleições municipais. A plataforma organiza uma série de ações que ajudam pressionar os partidos para que eles viabilizem as candidaturas de mulheres negras; além de ajudar a fomentar a entrada dessas mulheres nos espaços de decisão e a cobrar o compromisso do maior número possível de candidaturas com a defesa de políticas antirracistas, feministas e em defesa da população LGBTQIA+.[10][11][12]
Ela também elaborou o projeto Escola Marielles, em 2021, com o objetivo de dar formação política para meninas e mulheres negras, periféricas e LGBTQIA+, com uma sede no Complexo da Maré, onde Anielle e sua irmã cresceram.[13][8] Ainda dentro de ações direcionadas dentro do seu ativismo político, Anielle coordenou uma pesquisa para mapear a violência política de raça e gênero no Brasil com o objetivo de fazer um retrato sobre a situação dos direitos políticos das mulheres negras no país.[14]
Convidada pela Editora Boitempo, ela escreveu em 2020 a orelha do livro Angela Davis - Uma Autobiografia, da autora e ativista estadunidense. Meses depois, Anielle lançou seu próprio livro, Cartas Para Marielle, na Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP). A obra é uma coletânea de desabafos, entrevistas para reportagens e lembranças.[5]
Em 2021 ela organizou ao lado de Ana Carolina Lourenço o livro A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras, uma coletânea de escritos políticos de mulheres negras como Lélia Gonzalez, Leci Brandão e Erica Malunguinho.[15] No mesmo ano foi convidada do programa Roda Viva.[16]
Resgatando sua formação como jornalista, Anielle começou um programa de entrevistas no Youtube, o Papo Franco. O programa é apresentado por e apresenta pautas diversas, conversas descontraídas e convidados especiais todas as semanas.[17]
Anielle foi uma dos quatro brasileiros selecionados para nova edição do programa de fortalecimento de lideranças globais, o Ford Global Fellow, da Fundação Ford, para uma bolsa que visou conectar e apoiar a próxima geração de líderes mundiais.[4]
Em 22 de dezembro de 2022, foi anunciada ministra da Igualdade Racial do governo Lula.[18]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2022-12-31 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=6833902