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Anderson Torres | |
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Torres em abril de 2021 | |
Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil | |
Período | 30 de março de 2021 a 31 de dezembro de 2022 |
Presidente | Jair Bolsonaro |
Antecessor(a) | André Mendonça |
Sucessor(a) | Flávio Dino |
Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal | |
Período | 2 de janeiro de 2023 a 8 de janeiro de 2023 1 de janeiro de 2019 |
Governador | Ibaneis Rocha |
Dados pessoais | |
Nome completo | Anderson Gustavo Torres |
Nascimento | Brasília, Distrito Federal |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Centro Universitário de Brasília |
Partido | PSL (2021-2022) UNIÃO (2022-presente) |
Profissão | delegado de polícia |
Anderson Gustavo Torres (Brasília, 1976)[1] é um delegado de polícia e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO). Foi ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil entre 30 de março de 2021 e 31 de dezembro de 2022, durante o governo Jair Bolsonaro. Também foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Foi exonerado do cargo de secretário de segurança pública do Distrito Federal por indícios de conivência com os atos violentos e antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes por militantes bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. No dia 10 de janeiro de 2023, teve sua prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por omissão e negligência,[2] sendo preso no dia 14 de janeiro.
Anderson Torres formou-se em direito pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB) e possui especialização em Ciência Policial, Investigação Criminal e Inteligência Estratégica pela Escola Superior de Guerra (ESG). Foi professor da Academia de Polícia Civil do estado de Roraima, da Academia da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e da Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal.[1]
Foi papiloscopista da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e desde 2003 é delegado da Polícia Federal.[1] Coordenou investigações voltadas ao combate ao crime organizado na Superintendência da Polícia Federal, em Roraima, entre 2003 e 2005, tendo atuado em operações na reserva indígena Raposa Serra do Sol.[3]
Foi diretor de assuntos legislativos da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), em Brasília.[3] Na Câmara dos Deputados, coordenou comissões sobre temas relacionados à segurança pública e combate ao crime organizado, bem como foi chefe de gabinete do deputado Fernando Francischini (PSL).[1]
De 2019 a 2021, foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, nomeado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).[4]
Em 29 de março de 2021, foi anunciada a sua indicação pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.[5][6] Foi nomeado e tomou posse no dia seguinte.[1]
Em abril de 2021, Torres se filiou ao Partido Social Liberal (PSL) e foi designado como presidente do diretório do partido no Distrito Federal.[7] Manteve-se filiado à legenda após a fusão do PSL com o Democratas (DEM), que constituiu o União Brasil.[8]
Com o término do governo Bolsonaro, Torres foi exonerado do cargo de ministro em 31 de dezembro de 2022.[9]
Em 2 de janeiro de 2023, foi nomeado outra vez para o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pelo governador reeleito Ibaneis Rocha.[10]
No dia 8 de janeiro de 2023, seis dias após Torres assumir o cargo, militantes bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Torres estava nos Estados Unidos em uma viagem.[11] Em sua conta no Twitter, condenou os ataques.[12]
Em razão do mal-estar político causado por sua ausência durante a manifestação bolsonarista de teor golpista, acusado de negligência e de conivência com os atos, Torres foi exonerado por Ibaneis Rocha no mesmo dia.[13][14] Mais tarde, na mesma data, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal,[15] e no dia seguinte o próprio governador do DF foi afastado temporariamente do cargo por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.[16]
A Advocacia Geral da União (AGU) requereu a prisão de Anderson Torres ao Supremo Tribunal Federal, em virtude daquilo que foi interpretado como uma conduta omissiva da Secretaria de Segurança Pública do DF diante do ataque terrorista na Praça dos Três Poderes.[17] O ex-secretário negou que tenha sido conivente com os ataques e chamou de "absurda" a hipótese de sua participação nos atos.[18]
No dia 10 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a requerimento do diretor geral da Polícia Federal e deferiu a busca e apreensão na casa de Torres, bem como a sua prisão preventiva.[19][20] Na decisão, que também determinou a prisão do comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Moraes considerou como fatos que indicariam a omissão e conivência do ex-secretário de Segurança Pública a ausência de policiamento necessário na Praça dos Três Poderes, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal; a autorização para que mais de 100 ônibus ingressassem livremente em Brasília, sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticariam atos violentos e antidemocráticos; e a "total inércia" ao não desmontarem o acampamento criminoso na frente do QG do Exército, "mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas".[21]
Durante a busca e apreensão na casa do ex-ministro da justiça, foi encontrada uma minuta que previa a instauração de um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). [22] Além disso, pretendia-se instaurar uma comissão a fim de fiscalizar o TSE e produzir um relatório que analisaria a lisura das eleições de 2022.[23] Na ocasião, Torres alegou que este documento não era de sua autoria e seria "descartado oportunamente".[24]
A ordem de prisão foi cumprida no dia 14 de janeiro, quando Torres retornou dos Estados Unidos e desembarcou em Brasília.[25]
Precedido por André Mendonça |
Ministro da Justiça e Segurança Pública 2021–2022 |
Sucedido por Flávio Dino |
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