Alison dos Santos

Alison dos Santos
Atletismo
Nome completo Alison Brendom Alves dos Santos
Apelido Piu
Modalidade 400m c/ barreiras, 400 m
Nascimento 3 de junho de 2000 (22 anos)
São Joaquim da Barra, Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Compleição Altura: 2,00 m
Clube Esporte Clube Pinheiros
Medalhas
Jogos Olímpicos
Bronze Tóquio 2020 400m com barreiras
Campeonatos Mundiais
Ouro Eugene 2022 400m com barreiras
Campeonato Mundial de Revezamentos
Prata Chorzów 2021 4x400m misto
Jogos Pan-Americanos
Ouro Lima 2019 400m com barreiras
Universíada
Ouro Nápoles 2019 400m com barreiras

Alison Brendom Alves dos Santos (São Joaquim da Barra, 3 de junho de 2000), conhecido como Piu, é um atleta brasileiro especialista nos 400 m c/ barreiras, medalhista olímpico, campeão mundial e pan-americano e o terceiro melhor atleta do mundo na modalidade em termos de marca obtida.[1][2]

Carreira

Com apenas dezenove anos de idade participou dos Jogos Pan-Americanos de 2019 realizados em Lima, no Peru, onde venceu a prova dos 400 m c/ barreiras batendo seu recorde pessoal, com o tempo de 48.45. Foi o quarto melhor tempo do mundo naquele ano, e com isso classificou-se para as Olimpíadas de Tóquio 2020. Ele já havia ganho o ouro na mesma prova, na Universíade de Verão de 2019, semanas antes.[3]

No mesmo ano, no Campeonato Mundial de Atletismo de 2019, em Doha, Catar, venceu a semifinal da prova com o tempo de 48.35, batendo novamente seu recorde pessoal e indo para a final com o segundo melhor tempo geral.[4] A última vez que um brasileiro havia chegado à final desta prova em Mundiais foi com Eronilde Araújo, em 1999. Na final, novamente quebrou seu recorde pessoal, terminando na 7ª colocação, com o tempo de 48.28, a apenas 0.25 do medalhista de bronze.[5]

Em abril de 2021, quebrou novamente o recorde brasileiro com o tempo de 48.15 em Des Moines (Estados Unidos). Em 9 de maio de 2021, quebrou o recorde sul-americano, que pertencia desde 2005 ao atleta panamenho Bayano Al Kamani (47.84). obtendo a marca de 47.68 na etapa Mt.Sac do Continental Athletics Tour, na Califórnia, (EUA). No mesmo mês quebrou novamente o recorde sul-americano com o tempo de 47.57, em Doha, no Catar, etapa da Diamond League, ficando em 3º lugar no ranking mundial e como o 22º melhor corredor da prova de todos os tempos.

Alison em Tóquio 2020

Em julho de 2021 quebrou novamente seu recorde sul-americano e por duas vezes. A primeira no dia 1° de julho quando obteve a marca de 47.38, ficando com a medalha de prata na etapa de Oslo da Diamond League, ficando atrás apenas do norueguês Karsten Warholm, que na oportunidade bateu o recorde mundial da prova com o tempo de 46.70. Três dias depois venceu a etapa de Estocolmo, novamente estabelecendo melhor marca sul-americana, com o tempo de 47.34. Esta marca o colocou como o 14°. melhor de todos os tempos na história da prova, além de ser a terceira melhor marca do ano, atrás apenas do recordista mundial Warholm e do norte-americano Rai Benjamin (46.83), que, junto com o qatari Abderrahman Samba – que correu a prova em 46.98 em 2018 – apareciam como os maiores rivais de Alison na briga pelas medalhas nos Jogos de Tóquio 2020.[6][7]

Em Tóquio 2020, Alison classificou-se para a final quebrando novamente o recorde sul-americano com a marca de 47.31.[8] Na final ele obteve a medalha de bronze, quebrando por larga margem o próprio tempo com a marca de 46.72 (baixou seu tempo em 0,6 segundo). Warholm baixou o próprio recorde mundial em quase 0,8s – 45.94 – tornando-se o primeiro homem a correr a prova em menos de 46s, e Benjamin bateu o recorde das Américas também por 0,8s – 46.17 – fazendo a segunda melhor marca do mundo. A prova foi a mais rápida da história dos 400 metros com barreiras, com os três medalhistas olímpicos obtendo os três melhores tempos já registrados, todos superando o antigo recorde mundial do norte-americano Kevin Young, conseguido em Barcelona 1992, que havia durado por quase 30 anos e só havia caído um mês antes das Olimpíadas. Alison passou a ser o terceiro mais rápido de todos os tempos nesta prova, com apenas 21 anos de idade.[9][10]

Em abril de 2022 fez a 2ª melhor marca brasileira da história nos 400m, 44s54, prova que não é sua especialidade.[11] Em maio de 2022 conquistou a medalha de ouro nos 400m com barreiras na etapa Doha da Liga Diamante com o tempo de 47s24, derrotando Rai Benjamin. [12] No final de junho, ele ganhou outra prova dos 400m com barreiras na Liga Diamante, agora na etapa de Estocolmo, com o tempo de 46s80, sua segunda melhor marca na carreira até o momento. [13]

Em 19 de julho de 2022, no Campeonato Mundial de Atletismo de 2022, ele quebrou o recorde sul-americano e o recorde do Campeonato Mundial nos 400 m com barreiras com o tempo de 46.29, tornando-se campeão mundial, derrotando Warholm e Benjamin. Foi o primeiro ouro masculino da história do Brasil em Mundiais, e apenas o segundo ouro de modo geral – o primeiro foi de Fabiana Murer em Daegu 2011. Alison ficou a 0,13s de bater o recorde das Américas de Benjamin e a 0,36s de bater o recorde mundial de Warholm, com 22 anos de idade. [14][15][16][17][18][19]

Vida pessoal

Aos dez meses de idade Alison sofreu um acidente doméstico com uma panela de óleo quente que deixou uma grande cicatriz em sua cabeça e outras menores no braço esquerdo e no peito. Devido a isso, ele possui uma falha no cabelo que lhe faz aparentar ter mais idade.[20]

Referências

Em formação

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