Loading ID TV S.A.[1] | |
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Tipo | Rede de televisão comercial aberta |
País | Brasil |
Fundação | 3 de dezembro de 2020 (0 mês) |
Pertence a | Kalunga Spring Comunicação |
Presidente | Thiago Garcia |
Cidade de origem | São Paulo, SP |
Sede | São Paulo, SP |
Estúdios | São Paulo, SP |
Formato de vídeo | 1080i (16:9 HDTV) |
Canais irmãos | Ideal TV |
Emissoras afiliadas | Lista de emissoras |
Nome(s) anterior(es) | MTV Brasil (1990–2013) Ideal TV (2013–2020)[nota 1] |
Página oficial | loading |
Disponibilidade aberta e gratuita | |
Ver mais
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Disponibilidade por satélite | |
Canal 11 | |
Canal 227 (Amazonas) Canal 246 (Intelsat 34) | |
Canal 244 | |
Canal 20 | |
Canal 16 | |
4162 MHz Banda L, Horizontal (HDTV) | |
Disponibilidade por cabo | |
Canal 25 (São Paulo) Canal 525 (HD; São Paulo) | |
Canal 21 (Piracicaba e Santos) Canal 22 (Osasco) Canal 522 (HD; São Paulo) | |
Canal 19 | |
Canal 28 | |
Canal 32 | |
Canal 324 | |
Canal 619 (HD) | |
Disponibilidade digital | |
Simulcast |
Loading é uma rede de televisão brasileira sediada em São Paulo, capital do estado homônimo. Sua pré-estreia ocorreu dia 3 de dezembro de 2020, com transmissão pela TV aberta, pela TV por assinatura e via streaming, substituindo a Ideal TV, que operava em canal aberto desde 2013 no lugar da antiga MTV Brasil.[2] A estreia definitiva da programação do canal ocorreu quatro dias depois. Sua programação tem foco em atrações sobre culturas pop, geek e eSports, além de conteúdos orientais como animes e tokusatsu.[3][4]
As concessões e estrutura da emissora pertencem aos empresários José Roberto Garcia e Paulo Sérgio Garcia, proprietários da rede de lojas Kalunga, e a José Roberto Maluf, proprietário da Spring Comunicação e atual presidente da TV Cultura.[5][6]
O projeto da Loading foi anunciado pela primeira vez em outubro de 2020 como um canal com conteúdos voltados para as culturas pop, geek, oriental, dentre outros.[7] Suas concessões e estrutura física foram herdadas da MTV Brasil, canal que encerrou suas atividades em 2013, sendo substituído pela Ideal TV e posteriormente adquirido em leilão público após um longo processo de oficialização da venda, finalizado em 2016.[8] Sua estrutura física consiste em um prédio localizado no bairro de Sumaré, em São Paulo, originalmente construído para abrigar a sede da extinta TV Tupi entre 1960 e 1980.[9] A estreia, que estava prevista para o dia 1.º de dezembro, foi adiada para o dia 7 do mesmo mês.[10]
Em uma entrevista, o CEO do Loading Thiago Garcia afirmou o canal seria uma solução de entretenimento para uma parcela do população brasileira que não tem acesso a conteúdo via streaming.
“ | "Por isso que a Loading estar na TV aberta é uma forma de democratizar o acesso a um conteúdo que hoje, em grande parte, só é possível ser consumido na internet. É dar pertencimento às pessoas. Pertencimento às comunidades de fãs. Não importa a condição financeira. A Loading existirá para todos. Sem que ninguém precise pagar por ela. Conteúdo livre para todos."[11] | ” |
Em 2 de dezembro, o canal anunciou uma parceria com a Sony Pictures Entertainment para a exibição de mais de cem títulos, entre filmes, séries e animes.[12]
Às 18 horas de 3 de dezembro, a transmissão via internet do canal e um lista de cidades que contam com o sinal digital aberto da emissora e de canais disponíveis nas TVs por assinatura é colocada no website.[13] Às 19h59min do mesmo dia, os sinais de TV terrestre e por assinatura da Ideal TV são interrompidos e, pouco mais de um minuto depois, inicia-se a programação experimental do canal, em que o personagem "Mr. 52X" aparece diretamente do switcher da emissora - discursando aos telespectadores contra os rumos recentes do entretenimento na TV aberta brasileira e do controle dos algoritmos das redes sociais e das plataformas de video sobre o público - e anuncia a "invasão" do sinal da emissora, seguido da exibição do primeiro episódio do anime Saint Seiya: The Lost Canvas, com uma contagem regressiva para o lançamento oficial da emissora no canto. Depois da exibição, uma tela com uma imagem inspirada em um cartão de teste de monoscópio com os escritos "Please stand by" ("Aguarde um momento", em inglês) é fixada e se alterna aleatoriamente com cenas curtas protagonizadas pelo "hacker".
Em 4 de dezembro, o canal anuncia uma parceria com a Crunchyroll para a exibição exclusiva de animes em horário nobre, faixa que compreende das 18h à 1h.[14]
Em 7 de dezembro, o canal foi oficialmente lançado. Por volta das 20h28, após a exibição de um episódio de Transformers: Cyberverse, o personagem "Mr. 52X" aparece se despedindo dos telespectadores com um discurso oferecendo o canal à disposição do público, seguido de uma contagem regressiva contendo todas as atrações. Dois minutos depois, foi ao ar uma edição especial do programa Multiverso, que abriu definitivamente as transmissões do canal e recebeu todo o seu elenco para apresentar a programação, além de anunciar a parceria com a Funimation para exibição de mais de 30 títulos de animes entre eles Attack on Titan por meio de um bloco exclusivo.[15] Na mesma noite, também houve a estreia do programa MetaGaming e a transmissão ao vivo da Liga Loading de eSports (LLE) com um torneio do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), tendo a participação de seis times.[16] [17]
Em 11 de dezembro de 2020, menos de uma semana após a estreia, a Loading passa por sua primeira crise interna com o desligamento de toda a sua equipe de eSports, incluindo jornalistas da redação e os apresentadores Barbara Gutierrez e Chandy Teixeira, do programa Metagaming. Os profissionais desligados do canal alegaram em seus perfis nas redes sociais que o motivo seria "desalinhamento editorial", insinuando que teriam sido alvo de "censura".[18][19] De acordo com reportagem publicada pela The Esports Observer, as reclamações teriam começado devido a insatisfação da direção da Loading com o conteúdo apresentado nas duas primeiras edições do Metagaming. Na estreia, em 7 de dezembro, o programa exibiu uma reportagem investigativa sobre um possível esquema de fraude relacionado a uma campanha de arrecadação de fundos liderada por um jogador no Twitch, chamado de "caso Sparda". Descontente com o material, a direção teria avisado à produção que o objetivo do canal era ser "um lugar alegre, sem assuntos polêmicos". Apesar disso, o programa apresentou em sua segunda edição (em 8 de dezembro, a última que foi ao ar) uma reportagem abordando a saída da equipe Vivo Keyd do Campeonato Brasileiro de League of Legends, apresentando um destaque negativo para a Riot Games, desenvolvedora do evento, devido ao anúncio da empresa Oi (concorrente direta da Vivo) como nova patrocinadora.[20]
Em reação à reportagem, a direção da Loading demitiu o editor-chefe de eSports Vicenzzo Mandetta no dia seguinte (10 de dezembro) e reforçou para a equipe a ideia de produzir apenas notícias positivas, seguindo uma "agenda positiva" do canal, proibindo abordagens de assuntos polêmicos ou mesmo reportagens que denunciassem e discutissem sexismo ou discriminação nos esportes eletrônicos. Incomodados com a decisão, a equipe do Metagaming reclamou de censura e enviou à direção uma lista de demandas, cobrando por liberdade de expressão e produção de seu material "com a seriedade que as situações exigissem", exigências que foram rejeitadas. Esta atitude fez com que toda a equipe composta por 12 jornalistas concordasse em pedir demissão no dia seguinte, no entanto, a direção da Loading acabou por antecipar essa decisão e demitiu os profissionais.[20] Após a repercussão do caso na imprensa especializada, a Loading informou em comunicado que o programa Metagaming seria reformulado "devido ao desalinhamento entre o posicionamento da Loading, focado em entretenimento, e o time editorial do programa [...]" e que buscariam "entregar conteúdos que engrandeçam ainda mais o Esports, porém com a linha editorial focada no entretenimento".[21]
No mesmo dia, uma reportagem publicada pelo portal Splash (ligado ao portal UOL) apurou que a Loading ainda não tinha assinado contrato com os profissionais demitidos e com outros que ainda estavam na emissora. A empresa tentou realizar as assinaturas dos contratos, às pressas, para que a rescisão fosse oficializada na sequência, o que foi recusado. Por conta disso, os profissionais ainda não tinham recebido vale-transporte, vale-refeição e plano de saúde. Internamente, a emissora se justifica dizendo que é uma "start-up dando seus primeiros passos" e que não queria que a emissora "batesse em parceiros comerciais".[22] Declarações semelhantes também foram colhidas em matéria da The Esports Observer, onde reportaram dificuldades na produção de material com equipamentos antigos que ainda eram os mesmos usados pela MTV Brasil, "com tecnologia de 20 anos atrás e não depender nem mesmo de um software básico para produção de TV". O texto alega que devido a essa pressão, funcionários chegaram a chorar antes do primeiro Metagaming entrar no ar.[20]
Em solidariedade à equipe de jornalistas, os narradores da Liga Loading de eSports também anunciaram demissão. O programa que seria exibido no dia foi substituído por reprises do Multiverso.[23]
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O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2020-12-19 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=6420738