Este artigo ou se(c)ção trata de alguém que morreu recentemente. |
Joseph Yacoub Safra[1] em árabe: يوسف صفرا em hebraico: יוסף ספרא | |
---|---|
Desenho com Joseph Safra | |
Conhecido(a) por | proprietário do Banco Safra |
Nascimento | 1 de setembro de 1938 Beirute, Líbano |
Morte | 10 de dezembro de 2020 (82 anos) São Paulo, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro libanês |
Fortuna | ![]() |
Progenitores | Pai: Jacob Safra |
Parentesco | Edmond Safra (1932—1999) Moise Safra (1935—2014) (irmãos) |
Filho(s) | Esther Safra Dayan |
Ocupação | banqueiro empresário filantropo |
Religião | judaica |
Joseph Yacoub Safra (Beirute, 1 de setembro de 1938 — São Paulo, 10 de dezembro de 2020) foi um banqueiro, empresário e filantropo libanês[3][4] naturalizado brasileiro,[5] fundador do Banco Safra, que chegou ao Brasil em 1962.[6] Com uma fortuna estimada em 23,3 bilhões de dólares em 2020, era considerado o homem mais rico do Brasil e o 37.º do mundo, de acordo com a Forbes. Ele também era considerado o banqueiro mais rico do mundo.[5][7][8]
Joseph Safra nasceu no Líbano (ou em Alepo, Síria[9]), filho de Jacob e Esther Teira Safra, numa família de origem judaica. Seu pai (oriundo da Síria), havia imigrado para Beirute nos anos 20, onde se estabeleceu e iniciou seus negócios no setor bancário, fundando o Banco Jacob E. Safra. Nos anos 50, a família imigrou para o Brasil, fugindo da perseguição aos judeus no Oriente Médio,[10] fundando o Banco Safra em 1957.[11] Safra estudou na Inglaterra e trabalhou no Bank of America, nos EUA, antes de juntar aos pais e irmãos. O irmão Edmond, mais velho dos nove filhos, cuidava dos negócios no exterior, e Moise e Joseph ajudavam Jacob no Brasil.[10] Após a morte de Edmond, em 1999, em um incêndio criminoso,[10] Joseph e Moise mantiveram o controle do banco até 2006, quando Joseph adquiriu a parte de Moise, numa transação estimada em cinco bilhões de dólares que desgastou as relações familiares.[12][11]
Ao longo dos anos, Joseph diversificou seus negócios em diversos campos, com destaque para o mercado de Private Equity em empresas como a Aracruz Celulose SA, da qual foi sócio entre 1988 e 2009 (quando vendeu os ativos ao Grupo Votorantim). Também esteve à frente das empresas de telefonia móvel BCP e Cellcom (israelense). Em 2012 deixou a gestão do Banco Safra — passada para seus filhos Alberto, David e Jacob — , um processo adiado devido à crise econômica de 2008,[10] e passou a dedicar-se ao recém adquirido banco suíço Sarasin. Para tanto, fundou a holding Bank J. Safra Sarasin Ltd. Apesar do poder econômico, Joseph afirma gostar de viver uma vida simples e reservada, longe da imprensa e exposição geral.[5][6][13]
Assim como seus irmãos Edmond e Moise, Joseph também sempre buscou manter o nome da família Safra ligado à filantropia, com contribuições e esforços voltados para as áreas de assistência social, educação e saúde, não apenas no Brasil mas no exterior também.[14][10]
Joseph casou-se com Vicky Sarfati Safra, em 1969,[15] com a qual teve quatro filhos: Jacob, Esther, Alberto e David. Morava no Morumbi e ia todos os dias de helicóptero para a sede do banco. Gostava de nadar e assistir os jogos do Corinthians no estádio, junto dos netos.[11] Nos últimos anos, porém, viveu na Suíça.[10] Era poliglota, falando línguas como inglês, francês, espanhol, árabe e hebraico.[11]
Safra lutava contra o mal de Parkinson[11] e morreu no dia 10 de dezembro de 2020 em São Paulo de causas naturais.[16]
O conteúdo apresentado do artigo da Wikipedia foi extraído em 2020-12-20 com base em https://pt.wikipedia.org/?curid=393513